A franquia que começou em 1979 já possui nove filmes (Foto: 20th Century Studios)
Davi Marcelgo
O diretor Ridley Scott pôde aproveitar intensamente do fator novidade em 1979, quando o mundo ainda não conhecia o visual tenebroso dos xenomorfos, criado pelo artista Hans Ruedi Giger, o que permitiu que o medo pelo desconhecido invadisse as salas de cinema sem fazer barulho. A sequência, Aliens, O Resgate (1986), dirigida por James Cameron, se afastou do Terror e abraçou a ficção científica dos blockbusters. De apenas um alien no filme anterior, o cineasta de O Exterminador do Futuro (1984)brincou com dezenas. Saturada a imagem da criatura, a franquia mirou em outros estilos de narrativa, mas em Alien: Romulus, o sanguinário Fede Alvarez conseguiu o feito de fazer o público temer a escuridão.
Vencedor em 2023, o time de Avatar: O Caminho da Água provavelmente voltará para a disputa com a terceira parte da saga de James Cameron, que será lançada em 2025 (Foto: ABC)
Nathan Nunes
Há um ano, quando o mundo se preparava para o Oscar 2023, duas apostas já eram tidas como certas: Avatar: O Caminho da Água venceria a categoria de Melhores Efeitos Visuais daquela cerimônia e Duna: Parte 2 venceria a da próxima. Naquela época, a segunda parte da adaptação de Denis Villeneuve ainda estava programada para estrear em Novembro e, consequentemente, prevista para angariar uma série de vitórias técnicas, como fez o seu antecessor na temporada de 2021.
No entanto, em Agosto, essas previsões sofreram um baque, quando a Warner Bros. anunciou o adiamento do longa para Março. A decisão ocorreu devido à greve do Sindicato dos Atores (SAG), cuja uma das regras proibia as aparições dos intérpretes nos circuitos de divulgação dos projetos. Repentinamente, a categoria que tinha seu campeão garantido se viu diante de uma série de possibilidades, tornando-se uma das mais imprevisíveis da temporada.
O longa arrecadou US$ 845,6 milhões nas bilheterias mundiais, o segundo mais lucrativo da trilogia (Foto: Marvel Studios)
Davi Marcelgo
Abdicar sonhos pelo bem maior, ser incorruptível, simbolizar a honra e bondade humana. Muitos filmes de heróis, desde Superman(1978), representam protetores benevolentes que transpiram sacrifícios. Os feitos desses mitos incluem girar a Terra em sentido anti horário e alterar o tempo, parar um trem desgovernado, salvar o Natal. Dentre os chavões do subgênero há a jornada em busca do que te faz um paladino. Ser tentado a usar os poderes para o próprio benefício, encarar dilemas, matar ou não seus inimigos e por aí vai. Homem-Aranha 2(2004) debateu as responsabilidades da vida de vigilante, nuances foram inseridas nos quadrinhos ao longo dos anos, afastando os homens que usam colã de uma noção maniqueísta. Mas o caminho de se tornar um herói pode ser apenas consequência de um objetivo muito mais nobre: o de se relacionar.
Em 2014, uma equipe de criminosos traumatizados foi introduzida na história de Hollywood, os Guardiões da Galáxia. Diferente dos outros super-poderosos, eles não são dotados de proezas ou nobreza. São interesseiros, faziam serviços em troca de pagamento e salvaram a galáxia só porque pereceriam se não impedissem os planos de Ronan, o Acusador (Lee Pace). Depois dos eventos contra os Kree, se aproximaram do formato de uma equipe à la Vingadores. Porém, em Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023), terceiro e último encontro dos heróis dirigido por James Gunn, salvar a família é o mais importante, e no meio da jornada, talvez dê tempo de se tornar um herói.
O longa se destaca pelo seu foco nos dramas do pós-guerra e no terror dos ataques do Godzilla (Foto: Toho Company)
Flora Vieira e Nathan Sampaio
Indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, Godzilla Minus One é a nova empreitada da produtora Toho para a franquia do monstro radioativo, entre nós desde 1954. Escrito e dirigido por Takashi Yamazaki, também responsável pelo CGI, o filme teve um orçamento calculado que varia de US$ 10 a 15 milhões. Seu primo americano, lançado em 2014 e considerado o reboot da franquia em terras ocidentais, em comparação, custou US$ 160 milhões. Sua indicação não é à toa. Com um pequeno orçamento e uma equipe reduzida, os efeitos alcançam um primor técnico invejável a qualquer blockbuster produzido pelos Estados Unidos, num triunfo alcançado pelo diretor outras vezes, como em Lupin III: The First(2019). Competindo com o novo Missão Impossível – Acerto de Contas Parte 1 e Guardiões da Galáxia Vol. 3, ambos com orçamentos que beiram os US$ 200 milhões, o longa faz história na categoria e tem boas chances de vitória.
O orçamento de Missão: Impossível 7 foi de US$290 milhões, o mais caro de toda franquia (Foto: Paramount Pictures)
Davi Marcelgo
Ex-espiões que se voltaram contra organizações, agentes duplos, traficantes de armas, bombas nucleares e risco biológico. Ethan Hunt (Tom Cruise) enfrentou todo tipo de perigo desde que a história se iniciou em 1996, mas nem ele nem o público estavam prontos para a missão do sétimo filme da franquia: deter uma Inteligência Artificial.
Na trama de Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, uma IA chamada Entidade desenvolveu consciência e desapareceu sem deixar pistas. Sabendo do poder furtivo da máquina, várias nações iniciam uma corrida para encontrar duas chaves que, juntas, podem controlar a arma. O rebelde Ethan Hunt e sua equipe nadam contra a corrente para impedir que esse poder caia em mãos erradas, ao mesmo tempo que precisam lidar com as armadilhas da tecnologia.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros completa 30 anos em 2023 (Foto: Universal Pictures)
Lara Fagundes
“Bem vindos ao Jurassic Park!” É com essa frase que o casal de apaixonados por dinossauros, Alan Grant (Sam Neil) e Ellie Satler (Laura Dern), é recebido na Ilha Nublar. Também é dessa forma que Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros foi apresentado ao público nos cinemas em 1993, por Steven Spielberg. O grande cineasta, já conhecido por Tubarão, E.T.: O Extraterrestre e os primeiros Indiana Jones, dirigiu ofilme que revolucionou a história do Cinema com uma equipe de efeitos visuais dedicada em levar o telespectador de volta a 66 milhões de anos atrás, quando os dinossauros ainda habitavam o planeta.
O primeiro Avatar ajudou a popularizar produções em 3D estereoscópico de alta definição, sendo um dos pioneiros na utilização (Foto: 20th Century Studios)
Henrique Marinhos
Em Avatar: O Caminho da Água, não há como negar uma qualidade técnica impressionante, que nos leva ainda mais fundo no mundo de Pandora que revolucionou o Cinema com a tecnologia CGI em 2009. O diretor James Cameron e o produtor Jon Landau criaram um marco ao proporcionar um nível de realismo nunca antes visto. A sequência de 2022 é também uma experiência cinematográfica única, com uma meticulosa atenção aos detalhes e uma riqueza de elementos visuais que são aprimorados pelos efeitos em 3D, imergindo o espectador e garantindo indicações ao Oscar 2023 nas categorias de Melhores Efeitos Visuais, Melhor Fotografia e Melhor Design de Produção.
Dono de uma indicação ao Oscar 2023 de Melhor Filme, Top Gun: Maverick já é a 12ª maior bilheteria da história do Cinema (Foto: Paramount Pictures)
Nathalia Tetzner
36 anos após tirar o fôlego de uma geração inteira com Top Gun: Ases Indomáveis, Tom Cruise está de volta na direção dos aviões de caça, dessa vez, apontando o alvo da trama diretamente para si na pele do protagonista e dono de um dos codinomes mais conhecidos do Cinema, Maverick. A sequência do clássico coloca nas lentes de Joseph Kosinski a missão de dar continuidade ao legado do falecido diretor Tony Scott. Assim, com quase 1,5 bilhão de dólares arrecadados em bilheteria mundial e 6 indicações ao Oscar 2023, Top Gun: Maverick revive os tempos de glória do audiovisual e prova que ainda queremos voar com Cruise.
Na 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a nova versão de Nada de Novo no Front, exibida na seção Perspectiva Internacional, mantém a mensagem anti-guerra do material original (Foto: Netflix)
Nathan Nunes
Nada de Novo no Front é um livro escrito por Erich Maria Remarque, baseado nas suas próprias experiências como veterano alemão na Primeira Guerra Mundial. Publicado em 1929, o texto não demorou a ser transposto para o Cinema, com a adaptação Sem Novidade no Front sendo lançada um ano depois. Dirigido por Lewis Milestone, o longa fez tanto sucesso que venceu o Oscar de Melhor Filme em 1931, consagrando-se como a primeira adaptação literária a conquistar essa honraria, bem como a primeira vitória conjunta da categoria principal com o prêmio de Melhor Diretor. Agora, 91 anos depois, o diretor Edward Berger (Patrick Melrose e Your Honor), em parceria com a Netflix, traz uma nova versão de mesmo nome do material base para o streaming, exibida na programação da 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo na seção Perspectiva Internacional.
Depois de viver o mesmo dia por tanto tempo, Guy decide abraçar a imprevisibilidade do seu mundo e ainda ser indicado ao Oscar 2022 (Foto: Disney)
Gabrielli Natividade da Silva
Lançado em 2021 não somente nos cinemas, mas também na plataforma de streaming Star+, Free Guy: Assumindo o Controle chega e se mostra ser mais do que apenas um filme de videogame. Escrito por Matt Lieberman e Zak Penn, e dirigido e produzido por ninguém menos que Shawn Levy – responsável por um dos maiores sucessos da Netflix, Stranger Things –, o longa possui um roteiro interessante, um ritmo envolvente, um balanço perfeito entre comédia e ação, e, claro, efeitos visuais impressionantes que fazem qualquer um ter vontade de jogar o famoso Free City.