Após 12 anos de espera, Sol da Meia-Noite traz novas perspectivas para a saga Crepúsculo

A proposta de Midnight Sun? Contar a história de Crepúsculo na versão de Edward Cullen (Foto: Reprodução)

Mayara Marques Breviglieri

Considerado o quinto livro oficial da saga Crepúsculo, o tão aguardado Midnight Sun, ou Sol da Meia-Noite, como foi traduzido no Brasil por Carolina Rodrigues, Flora Pinheiro, Giu Alonso, Maria Carmelita Dias, Marina Vargas e Viviane Diniz. Foi lançado no dia 04 de agosto de 2020, pela Editora Intrínseca. No entanto, assim como sua premissa, não se trata de um projeto novo. Stephenie Meyer já tinha planos para Sol da Meia-Noite em 2008, contudo, os primeiros capítulos da obra foram vazados na plataforma Tumblr. Fazendo com que a autora engavetasse a história até esse ano, data em que o primeiro livro da saga completa 15 anos. Continue lendo “Após 12 anos de espera, Sol da Meia-Noite traz novas perspectivas para a saga Crepúsculo”

As Boas Mulheres da China é o retrato universal de uma realidade penosa

As Boas Mulheres da China, publicado em 2007 pela Companhia das Letras, é marcado pelo caráter de denúncia que muitas das obras de Xinran compartilham (Foto: Reprodução)

Bianca Penteado

No processo de consumo cultural e midiático, temos a tendência de acatar meias verdades sobre um cenário ou de deixar de lado os cotidianos pouco destacados. Há 26 anos, essa era a realidade chinesa. Enquanto assistíamos a seriados de sucesso como Friends (1994) surgirem na TV, com mulheres independentes em uma cidade grande e moderna, esquecíamos-nos de uma China que, no Oriente, se encontrava em uma situação oposta. O atraso e o choque proporcionados pelos anos antecedentes ainda tinham participação ativa na sociedade. Esse pano, sujo do sofrimento e do resto de pólvora carregados, principalmente, pela Revolução Cultural Chinesa, é o que serve de fundo para As Boas Mulheres da China (2002).

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HEX triunfa sobre a atemporalidade do ser humano

A vertiginosa capa de HEX, em tons de verde neon, preto e branco (Foto: Reprodução)

Caroline Campos

“Isto é o quanto basta para as pessoas
mergulharem na insanidade: uma noite a sós
consigo mesmas e o que mais temem.”

Desde que o primeiro homem condenou a primeira mulher por bruxaria, as bruxas são personagens constantes nas histórias de terror e seus mitos apavoram crianças há gerações. As mulheres condenadas por serem, supostamente, seguidoras de Satã e assassinas de bebês eram queimadas, afogadas ou enforcadas ao som de aplausos e vivas, mas juravam vingança a seus inquisidores enquanto suas almas deixavam o corpo já apodrecido. Mais recentemente, a História nos mostrou que as verdadeiras bruxas não eram tão más assim, mas o estigma continua a existir.

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David Foster Wallace e um desejo infinito por empatia

David Foster Wallace em 1996 (Foto: Reprodução)

Bruno Andrade

Em algum momento da vida nos deparamos com a sensação de que ela não nos deve nada. Que, talvez, não exista algo além ou anterior a nós que seja crucial a nossa existência. Ou ainda, que nossa existência é irrelevante para o decorrer do universo. Os existencialistas, como Albert Camus, apegaram-se e destrincharam essas ideias mas talvez, só em 1996, um autor conseguiu explicar, com a angústia de quem não sabia para onde ir, como era viver nesse mundo frenético e cada vez mais tecnológico. A sensação de ler David Foster Wallace é ter seus olhos abertos e perceber pela primeira vez como é viver nesse mundo. Em 1 de fevereiro de 1996 chegava às livrarias a primeira edição de Graça Infinita, o livro que daria fama ao autor, o alçando como a “voz de uma geração”.

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Seja em livro ou filme, Cidades de Papel ainda encanta

Pôster do filme e capa do livro Cidades de Papel (Foto: Reprodução)

Gustavo Alexandreli

Após o sucesso da produtora Temple Hill em parceria com a FOX na adaptação do best-seller A culpa é das estrelas (2014), rendendo uma bilheteria de 307,2 milhões de dólares, as produtoras apostaram em mais uma adaptação da obra de John Green, desta vez em 2015. O best-seller Cidades de papel (Paper Towns) virou filme, dirigido pelo americano Jake Schreier. Em 9 de julho de 2020 a trama romântica completa cinco anos de lançamento e mantém temáticas atuais acerca de assuntos importantes, como a amizade, o amor na juventude e as transformações causadas pela chegada da vida adulta.

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Palavras são, para a autora de Harry Potter, sua inesgotável fonte de preconceito

A Maldição Cruciatus era usada para causar dor em suas vítimas para benefício de seu agressor (Foto: Reprodução)

Júlia Paes de Arruda

O sucesso da saga de Harry Potter deriva do fascínio dos fãs pelo mundo mágico. Essa admiração não faz parte apenas das aventuras dos personagens, como extravasa para além do papel. Não é nem necessária uma dose de Cerveja Amanteigada para observar o quanto das histórias de magia influencia a nossa realidade. 

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Ciranda de Pedra: Natércio amava Laura que amava Daniel

Edição de 2009 pela Companhia das Letras (Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

Em seu primeiro romance lançado em 1954, a dama da literatura brasileira Lygia Fagundes Telles propõe falar sobre identidade e a noção de pertencimento. Em Ciranda de Pedra, essa que foi a única mulher indicada a um Nobel de Literatura no país entrega na obra uma narrativa comovente, cheia de poesias e metáforas que acompanham mesmo depois da leitura. A trama segue a jovem Virginia na infância e começo da vida adulta, o que chama atenção é a possibilidade de se ver na menina que está sempre fora da “ciranda”.

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A fragilidade e o totalitarismo em A Insustentável Leveza do Ser

Edição feita no Brasil pela Companhia das Letras (Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

Existem algumas obras que se comunicam com o leitor sem qualquer pretensão. Esse é o caso do romance tcheco A Insustentável Leveza do Ser, publicado pela primeira vez em 1984, onde a descrição dos relacionamentos afetivos por Milan Kundera incomoda pela sinceridade. Tendo como pano de fundo o caótico cenário político da Primavera de Praga, ele aborda a complexidade da vida com metáforas brilhantes.

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Diário da Queda: uma construção do sujeito

Edição Lançada em 2011 pela Companhia das Letras (Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

O escritor e jornalista brasileiro Michel Laub traz em seu livro Diário da Queda um retrato comovente de três gerações marcadas pelo passado, junto de uma reflexão dos acontecimentos que constroem o que somos. Lançado em 2011 pela editora Companhia Das Letras, o livro escrito na forma de diário apresenta personagens não nomeados e uma questão central, “E como um indivíduo se torna aquilo que é?”.

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Série Napolitana: uma turbulenta e sincera amizade

Tetralogia Napolitana é composta por quatro livros editados no Brasil pela Biblioteca Azul (Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

A Série Napolitana, escrita pela autora italiana que atende pelo pseudônimo de Elena Ferrante, é a história de uma amizade entre duas mulheres durante toda a vida. A autora que permanece em segredo conseguiu apresentar uma relação tão complexa quanto as próprias protagonistas. Os quatro livros que compõe a série são: A Amiga Genial (2011), História do Novo Sobrenome (2012), História de Quem Foge e de Quem Fica (2013), e História da Menina Perdida (2014). Eles narram a intensa amizade entre Lenu e Lila da infância até a velhice. 

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