Em Versions of Me, Anitta se envolve, mas não se apega

Capa do álbum Versions of Me. Na imagem quadrada de fundo magenta. De forma centralizada e numa disposição piramidal estão seis bustos da cantora Anitta com diversas expressões faciais, cores de cabelo, penteados, com e sem maquiagem. No canto inferior direito está escrito o nome da artista em cima do nome do projeto em diferentes tons de magenta.
Como uma equipe de milhões deixa passar uma capa de centavos? Mistérios do pop (Foto: Warner Record)

Leonardo Oliveira

Que o Rio de Janeiro ficou pequeno demais para a Anitta, já se sabe faz tempo. A morena de Honório Gurgel agora quer a terra do Tio Sam para si e tem se dedicado de forma ferrenha para alcançar seus novos objetivos. Talvez o maior deles seja se tornar uma estrela mundial e nisso Versions of Me é apenas mais um passo em uma longa jornada. O quinto álbum de estúdio traz uma boa mistura sonora e algumas ideias requentadas para introduzir o fenômeno brasileiro em um dos maiores mercados fonográficos do mundo. A artista sabe o que quer e não tem medo de encarar os desafios, o que se materializa nesse seu novo projeto.

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Kisses para todo mundo

(Foto: Reprodução)

Leonardo Oliveira

Já faz um tempinho que a cantora de Honório Gurgel não sai de cena, desde seu estouro entre 2012 e 2013 Anitta vem atuando no cenário cultural brasileiro com muito afinco. Para além da música, com menos de 10 anos de carreira, Anitta já atuou como apresentadora, produziu uma animação, fez pontas como atriz e já agencia outros artista. Neste ano essa trajetória é levada a outro nível com a chegada de Kisses, o primeiro álbum visual trilíngue da cantora. Continue lendo “Kisses para todo mundo”

A atemporalidade crítica de Lily Allen: 10 anos de It’s Not Me, It’s You

(Foto/Reprodução)

Isabelle Tozzo e Leonardo Oliveira

Provavelmente 2009 foi um dos anos mais importantes para a música pop. Foi neste ano que ouvimos o álbum The Fame Monster da Gaga, em que Rihanna lançou o disco que viria a ser um dos mais significativos de sua carreira, Rated R; quando Black Eyed Peas nos apresentou a sonoridade eletrônica de The E.N.D. e que dançamos com a chiclete Tik Tok da Kesha. Grandes sucessos da época, depois de anos de saturação, hoje já nos traz um gostinho de nostalgia e até nos faz pensar “o pop era incrível e a gente não sabia”.

Neste mesmo ano, a crítica britânica só tinha olhares para uma pessoa: Lily Allen. E não à toa. Com It’s Not Me, It’s You, a inglesa nos mostrou como ser crítica, engraçada e única. Seu som conseguiu passar pelos anos sem tanto desgaste e isso o proporcionou a primazia de não ficar datado.

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Os melhores discos de 2018

Arte: Carlos Botelho

O fim do ano está próximo e com ele chega nossa tradicional seleção do que foi feito de melhor na indústria musical nos últimos 12 meses. Nessa edição, fizemos diferente e perguntamos aos personas como foi o ano musical de cada um, e de quebra elencar o seus 5 melhores discos de 2018. Sem mais delongas, vamos aos comentários:
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Hard Candy: a doce pitada egóica de Madonna

Leandro Gonçalves e Leonardo Oliveira

De beleza estonteante e orgulho não comedido, Narciso encontrou sua ruína na admiração exagerada pela própria imagem. Ao ver a si mesmo refletido nas águas de um bosque, o jovem filho do deus Cefiso apaixonou-se pelo seu respectivo eu e, hipnotizado, definhou diante da representação de seu rosto.

Em Hard Candy (2008), Madonna encarna a figura narcisista exemplificada pela fábula grega. Porém, diferentemente do pobre menino que sequer conhecia a si próprio, a material girl comprova ter completo domínio sobre a personagem que construiu durante sua carreira. Não intimidada pelo próprio poder, Madonna canta sobre ainda ser a melhor.
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