Após 15 anos de Arraste-Me para o Inferno, ser levado para os confins da Terra talvez não seja má ideia

Cena do filme Arraste-Me para o Inferno Na imagem, a personagem Christine Brown está sendo atacada pelos braços de uma pessoa. Ela está com lama cobrindo todo o cabelo e sujando o rosto, em sua volta tem mais lama. Christine está com expressão de dor. Ela é uma mulher na faixa dos 30 anos, de pele clara e cabelos loiros.
Em 2022, o filme entrou no top 10 dos mais assistidos na Netflix no Brasil (Foto: Ghost House Pictures)

Davi Marcelgo

Desde Sally (Marilyn Burns) de O Massacre da Serra Elétrica (1974) até Grace (Samara Weaving) de Casamento Sangrento (2019), a final girl é praxe no Terror, principalmente no slasher. É ela quem vence o assassino, sobrevive e, de quebra, aparece nas continuações. Mas para Christine Brown (Alison Lohman), do grotesco Arraste-Me para o Inferno (2009), já faz 15 anos que ela está perpetuada nos confins da Terra. O aniversariante que não é um filme de mascarados empunhando facas, sem dúvidas garante uma curiosa discussão sobre mulheres no gênero. 

Continue lendo “Após 15 anos de Arraste-Me para o Inferno, ser levado para os confins da Terra talvez não seja má ideia”

Gatos, Fios Dentais e Amassos: Há 15 anos, Angus desaparecia pela primeira vez

 Cena do filme Gatos, Fios Dentais e Amassos. Da esquerda para a direita está Jas (Eleanor Tomlinson), uma jovem branca, de cabelo loiro preso em uma trança. Ao seu lado está Rosie Barnes (Georgia Henshaw), uma jovem branca, loira em uma tonalidade mais clara que a de Jas e com franja. No meio está Ellen (Manjeeven Grewal), uma jovem com ascendência indiana, de cabelo preto longo. Por fim, Georgia Nicolson (Georgia Groome), uma jovem branca, de cabelo castanho escuro e com franja. Todas estão vestindo o uniforme escolar, composto por uma saia xadrez, um casaco verde, um colete cinza, uma camiseta branca e uma gravata vermelha listrada. Elas estão ao ar livre, sentadas na grama.
Se o inferno é uma garota adolescente, Georgia Nicolson está vivenciando seu próprio pesadelo (Foto: Paramount)

Ludmila Henrique

A juventude é um tema indispensável no audiovisual. As inúmeras questões sobre esse momento singular de nossas vidas é, sem dúvidas, um prato cheio de possibilidades para os cineastas explorarem a sua criatividade e levantarem discussões pertinentes a respeito da adolescência, que muitas vezes são desconsideradas no mundo real. Há 15 anos, Gurinder Chadha, diretora renomada por suas adaptações contemporâneas de livros para filmes – como o longa-metragem Noiva e Preconceito (2004), inspirado na literatura de Jane Austen -, retornava às telas do Cinema com o clássico cult Gatos, Fios Dentais e Amassos (2008), filme sobre o amadurecer de uma garota e que marcou uma nova geração de adolescentes. 

Continue lendo “Gatos, Fios Dentais e Amassos: Há 15 anos, Angus desaparecia pela primeira vez”

One of the Boys: 15 anos desde que Katy Perry se infiltrou entre os garotos para deixar a sua marca

Capa do álbum One of the Boys de Katy Perry. Na imagem, ela aparece deitada sobre uma esteira de descanso. Perry é uma mulher branca de cabelos escuros e olhos claros. A cantora está com uma das mãos apoiadas na esteira enquanto leva um óculos de sol à boca com a outra. Katy Perry veste um shorts jeans azul, um top vermelho com detalhes em branco, sandálias vermelhas e um chapéu azul. Ao fundo, o cenário é composto por um gramado repleto de flores e decorações como um flamingo e uma vitrola na cor rosa. Há também um cercado branco e um céu azul repleto de nuvens brancas. Na parte superior da arte de capa, o nome “Katy Perry” aparece estilizado e destacado em rosa e branco. Já na parte inferior, o nome do disco “One of the Boys” está escrito em letra cursiva azulada.
Em 2008, o lançamento de One of the Boys trouxe Katy Perry ao mundo (Foto: Capitol Records)

Nathalia Tetzner

Ela não gritou quando viu uma aranha assustadora e escolheu os acordes da guitarra em troca das sapatilhas de balé, mas dentro dela sempre existiu um desejo oculto: o de se tornar uma musa pin-up, daquelas que os meninos colecionam posters. Então, começou a ler revistas para adolescentes e a depilar as pernas na tentativa de se tornar a rainha do baile de alguém. Ainda assim, ela continuou invisível para eles. Há 15 anos, o álbum One of the Boys dava luz a Katy Perry, essa jovem que procurava incessantemente o seu lugar no mundo e que não teve outra escolha a não ser se infiltrar entre os garotos para deixar a sua marca.

Continue lendo “One of the Boys: 15 anos desde que Katy Perry se infiltrou entre os garotos para deixar a sua marca”

Mesmo após 15 anos, Breaking Bad tem a combinação química que explode em sucesso

 Foto com fundo em um deserto com céu azul. Ao centro, o personagem Walter White, um homem branco de cabelos castanhos e bigode, veste uma camisa verde, óculos de grau, uma cueca branca, tênis marrom e meia preta. Ele está segurando uma pistola. Do lado esquerdo, um trailer branco saindo fumaça vermelha. Do lado direito, uma máscara de gás preta jogada no chão.
O legado de Heisenberg corrói com ácido fluorídrico a natureza humana (Foto: Sony Pictures Television)

Leticia Stradiotto

Cidade de Albuquerque, Novo México. To’hajiilee, uma reserva indigena em Navajo. Um trailer parado no meio do deserto. Um homem de meia idade vestindo apenas uma cueca branca, uma camisa verde e uma máscara de gás. Assim, há 15 anos, Breaking Bad nos apresentou ao primeiro laboratório de metanfetamina de Walter White, o falido professor de química do Ensino Médio, que acabou de ser diagnosticado com câncer terminal.

Continue lendo “Mesmo após 15 anos, Breaking Bad tem a combinação química que explode em sucesso”

XOXO: 15 anos depois, Gossip Girl ainda é nossa fofoqueira mais amada

Personagens principais de Gossip Girl. Todos estão alinhados, em foco e caminhando em direção à câmera. Na ponta esquerda está Vanessa, uma mulher parda, com cabelos castanhos; ela está descalça e usa um vestido justo em tons de dourado; ela caminha segurando o lado direito da barra dele. Ao seu lado está Dan, um homem branco, com cabelos castanhos; ele veste um conjunto cinza claro de calça social e colete, além de uma camisa branca com as mangas dobradas até os cotovelos, uma gravata listrada em dois tons de cinza e sapatos pretos; ele carrega uma garrafa de champanhe em sua mão direita. Abraçada com Dan está Serena, uma mulher branca e loira; ela usa um vestido justo e com mangas bufantes na mesma cor que a roupa de Dan; está descalça e carrega sandálias prateadas em sua mão esquerda. Ao lado dela está Nate, um homem branco, com cabelos loiros escuros; veste sapatos, calça e camisa sociais na cor creme, além de um paletó cinza e uma gravata listrada nas duas cores; tem sua mão esquerda dentro do bolso frontal da calça. Ao seu lado está Chuck, um homem branco, com cabelos castanhos; veste uma calça social bege, sapatos na mesma cor, uma camisa branca com as mangas dobradas até os cotovelos e gravata cinza; carrega um paletó preto em sua mão esquerda e óculos de sol em sua cabeça. Ao lado dele está Blair, uma mulher branca, com cabelos castanhos; usa um vestido de estilo romântico perolado, com uma faixa preta em sua cintura, além de sandálias prateadas. De braços dados com Blair está Jenny, uma mulher branca, loira e mais jovem que os demais; usa um conjunto de blusa branca com barra preta e saia branca com sobreposição preta; ela está descalça. Atrás deles é possível ver um parque de diversões e um céu nublado.
Assim como Nova Iorque, Gossip Girl nunca dorme e está sempre pronta para novas intrigas (Foto: Mark Seliger)

Gabrielli Natividade 

Há pouco mais de 15 anos, Gossip Girl ia ao ar pela primeira vez. A série, que tinha como meta colocar os luxos da elite de Manhattan em foco e explorar todos os pecados de um grupo de adolescentes levando a vida como adultos, comemora sua década e meia de existência mantendo uma consolidada base de fãs nostálgicos e o gosto de ter influenciado uma geração e muitas produções posteriores. Claro que nem tudo envelheceu como vinho: apesar de diversas pautas importantes serem tratadas ao longo das seis temporadas, é possível perceber que nem todos os temas foram abordados com a sensibilidade necessária, reflexo da mentalidade da época. 

Continue lendo “XOXO: 15 anos depois, Gossip Girl ainda é nossa fofoqueira mais amada”

15 anos de Na Natureza Selvagem: a felicidade compartilhada com a totalidade do nada

Cena do filme Na Natureza Selvagem. Nela, Alexander Supertramp, um jovem branco de cabelos volumosos e barba, ambos castanhos, está sentado em uma cadeira na frente de um ônibus nas cores verde e branca. Ele veste uma camisa xadrez nas mesmas cores que o ônibus, porém com sujeira mais visível, calça bege e galocha preta. Ele segura um caderno azul aberto, o qual está olhando. Ao redor do ônibus, há plantas e flores na cor rosa.
A adaptação da história de Christopher McCandless por Sean Penn é carregada de significados (Foto: Paramount Vantage)

Guilherme Veiga

Solidão. Substantivo feminino. Estado de quem está só, retirado do mundo ou de quem se sente desta forma mesmo estando rodeado por outras pessoas; isolamento. Solitude. Substantivo feminino. Condição de quem se isola propositalmente ou está em um momento de reflexão e de interiorização. Popularmente usada em oposição à solidão para indicar que estar sozinho não implica obrigatoriamente estar em sofrimento. Associada à alegria de estar sozinho.

Se tudo é algo, então nada é algo. A relação entre preenchimento e vazio sempre bailou mais junta do que se imagina. Por mais que esses dois extremos estejam bastante próximos, a jornada para percepção dessa curta distância é bem trabalhosa. É essa via-crúcis que Na Natureza Selvagem (2007), filme que completa quinze anos em 19 de Outubro de 2022, busca percorrer.

Continue lendo “15 anos de Na Natureza Selvagem: a felicidade compartilhada com a totalidade do nada”

Keeping Up with the Kardashians: 15 anos da ascensão de um Império

Fotografia das mulheres da família Kardashian. Da esquerda para a direita na imagem: Khloé Kardashian, uma mulher branca de olhos e cabelos castanhos, veste um casaco de manga longa preto sobre um vestido curto de estampa de onça; Kylie Jenner, uma mulher branca de olhos e cabelos castanhos, veste um vestido de alça curto preto; Kris Jenner, uma mulher branca de olhos e cabelos castanhos, veste um vestido de manga longa de estampa de onça; Kourtney Kardashian, uma mulher branca de olhos e cabelos castanhos, veste um vestido de manga longa rosa com uma fivela preta; Kim Kardashian, uma mulher branca de olhos e cabelos castanhos, veste um vestido de manga curta de estampa de onça; Kendall Jenner, uma mulher branca de olhos e cabelos castanhos, veste um vestido de manga curta nas cores branco e preto. Com exceção de Kris, que aparece sorrindo para as câmeras, todas sinalizam um beijo para as lentes. O cenário é o tapete vermelho de um evento.
O reality show das Kardashians teve 20 temporadas, 3 diretores e 2 roteiristas ao decorrer da sua história (Foto: Tinseltown)

Nathalia Tetzner

Ao longo da história do mundo, impérios foram erguidos e derrubados, se alastraram pela imensidão e perderam territórios, derramaram sangue e no mesmo vermelho se afogaram. Desde os romanos, passando pelos mongóis até os britânicos, a humanidade parece naturalmente se inclinar sob a influência de uma força dominadora comum, apesar de passageira. Em 2007, o reality show Keeping Up with the Kardashians marcou a ascensão de um império liderado por mulheres que, pelo bem e pelo mal, moldaram a cultura de seu tempo e continuam à frente das áreas por enquanto não invadidas por bárbaros.

Continue lendo “Keeping Up with the Kardashians: 15 anos da ascensão de um Império”

15 anos de Minutes to Midnight: a ruptura entre o antigo e o novo Linkin Park

Capa do álbum Minutes to Midnight, da banda Linkin Park. Na parte inferior da capa, estão os seis integrantes, virados de costas e olhando para algum ponto à frente. Eles estão usando calças e jaquetas pretas. Por conta dos efeitos criados, é possível visualizar apenas as silhuetas deles. O cenário contém um mar ao fundo. Na parte superior, está escrito Linkin Park em letras pretas grossas e estilizadas, de maneira que se encaixam. Acima do nome da banda, está escrito o nome do álbum, em letras finas e num tom acinzentado. O álbum está em tons de preto e branco, fazendo a maioria do espaço da imagem ser branco, dando destaque para os integrantes e o que está escrito.
Com cerca de dois anos de gravação, Minutes to Midnight satisfaz o desejo do Linkin Park em ir além da replicação dos sucessos (Foto: Warner Bros Records)

Maria Vitória Bertotti 

11:58:20. O relógio do juízo final, criado em 1947 e atualizado em 2020, nos dá pouquíssimos minutos antes da meia-noite para repensarmos nossas atitudes antes do fim. Levados por essa simbologia, a banda californiana Linkin Park lançou, em 2007, o Minutes to Midnight, seu terceiro álbum de estúdio que chegou ao público após uma longa espera. Ao contrário dos dois primeiros discos, esse funcionou como uma rachadura, diferenciando com o experimentalismo, o som que a banda já estava acostumada a fazer há 15 anos.  

Continue lendo “15 anos de Minutes to Midnight: a ruptura entre o antigo e o novo Linkin Park”

Um brinde às batalhas internas e memórias da juventude em 15 anos de Skins UK

Fotografia da série Skins. A foto mostra quatro personagens principais da primeira temporada, da cintura para cima. Eles estão sentados, próximos da câmera, e todos são jovens. Da esquerda para a direita: Chris é interpretado por Joe Dempsie, um homem branco, de cabelos castanhos-claros, lisos e médios. Ele está sorrindo, usa uma camiseta cinza sobre uma blusa branca de mangas compridas e segura um jarro de vidro, que contém um líquido laranja, em uma das mãos. Ao seu lado está Sid, interpretado por Mike Bailey, um jovem branco. Ele tem cabelos lisos e escuros, que vão até a altura dos ombros. Usa um gorro preto sobre a cabeça e óculos retangulares. Ele tem um rosto fino, um nariz pontudo e usa uma camiseta azul. Ao seu lado está Maxxie, interpretado por Mitch Hewer. Mitch é um homem branco, de pele bronzeada, olhos azuis, rosto fino e cabelos loiros e lisos, com uma franja que cai sobre os olhos. Ele usa um moletom branco com listras. Por último, está Tony, interpretado por Nicholas Hoult. Ele é um homem branco, de olhos azuis, rosto fino e cabelos castanhos. Ele usa uma blusa preta de frio, com as mangas arregaçadas.
Oh baby, baby, it’s a wild world (Oh baby, baby, é um mundo selvagem) (Foto: E4)

Mariana Nicastro

A juventude é a fase da intensidade. De dramas, sensações, desejos e sonhos. Nela, as amizades são eternas, os amores são infinitos num dia, efêmeros no outro, e os problemas são o fim do mundo. É a fase da rebeldia e das descobertas. Há 15 anos, Skins (UK), ou Juventude à Flor da Pele, explorou tudo isso de forma intimista, sob perspectivas de distintos jovens ingleses que tinham uma coisa em comum: a consciência de que crescer não é fácil, mas que amizades, família e empatia tornam o processo menos cruel.

Continue lendo “Um brinde às batalhas internas e memórias da juventude em 15 anos de Skins UK”

15 anos de O Diabo Veste Prada e a vilanização de Miranda Priestly

Lançado em 2006, O Diabo Veste Prada continua gerando rixa na internet (Foto: DR)

Ana Júlia Trevisan

O que esperar quando dois grandes nomes da cultura pop como Meryl Streep e Anne Hathaway se juntam em um filme? Nada menos que uma produção tão calorosa quanto o inferno. Dirigido por David Frankel e adaptado de um livro de mesmo nome (esse escrito por Lauren Weisberger), O Diabo Veste Prada é um dos maiores marcos de 2006, eternizando a toda-poderosa Miranda Priestly, a jornalista recém-formada Andrea Sachs e os corredores da revista Runaway.

Continue lendo “15 anos de O Diabo Veste Prada e a vilanização de Miranda Priestly”