Há 35 anos, Seinfeld revolucionava as sitcoms e mudava a Televisão norte-americana

A imagem mostra quatro pessoas em um ambiente interno, com expressões faciais que sugerem surpresa ou preocupação. À esquerda, um homem com cabelo volumoso parece olhar fixamente para algo fora do quadro. Ao lado dele, outro homem de óculos se inclina levemente para frente, parecendo intrigado. No centro, um homem vestindo uma camisa vermelha está virado parcialmente de costas, e à direita, uma mulher com a boca aberta coloca a mão próxima ao rosto, demonstrando espanto. O cenário inclui móveis e prateleiras ao fundo, criando um ambiente casual e descontraído
Seinfeld é um exemplo de como a televisão pode capturar a essência de uma era e, ao mesmo tempo transcender os limites temporais (Foto: Netflix)

Rafael Gomes

Em Julho de 1989, a NBC exibia o primeiro episódio de Seinfeld. No ar durante 9 anos, a série gerou um enorme impacto na Televisão e no humor, modificando como o gênero é apresentado e percebido pelos espectadores. O programa se tornou uma referência na Comédia situacional 35 anos atrás e se mantém relevante até os dias de hoje – em 2019, a Netflix pagou 500 milhões de dólares pelos direitos do programa.

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O que os 15 anos de Que Chegue a Você: Kimi ni Todoke têm a ensinar sobre a natureza humana?

Cena do anime Que Chegue a Você: Kimi ni Todoke. Sawako, à esquerda da foto, tem o cabelo preto em um coque e está vestida com uma blusa branca de manga longa e uma calça da cor vinho. Ela tem os olhos bem abertos e uma feição surpresa. O Kazehaya de cabelo preto, à direita, usa uma blusa de manga longa da cor azul, calça preta e segura um filhote de cachorro da cor branca na direção da garota. Ele está sorrindo e com os olhos fechados. As duas personagens têm pele branca. Ao fundo, há uma paisagem rural, com poucas casas. O céu é um degradê de azul e tem algumas nuvens acinzentadas e douradas.
A adaptação foi inspirada em experiências pessoais de Shiina Karuho e levanta discussões atemporais (Foto: Production I.G)

Maria Clara Alves

Desde Outubro de 2009, o curso da história dos animes foi alterado com a estreia da primeira temporada de Que Chegue a Você: Kimi ni Todoke, que ganhou vida em 2d a partir do estúdio de animação Production I.G. O título de Shiina Karuho inaugurou um jeito novo e leve de contar histórias sobre suas personagens com um romance inocente, além de ter esclarecido, de uma vez por todas, que não há nada de errado em não ser perfeito. O ritmo do enredo guia o espectador a oscilar entre os sentimentos de leveza e frustração, e a constância desses conflitos na animação envolve o suficiente para maratonar o dia todo. Não à toa, a série, baseada no mangá Kimi ni Todoke, é sinônimo de nostalgia nos corações do público que experienciou as fases da adolescência junto com o elenco, além de ser uma opção de anime de conforto para todas as horas. 

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Matéria Escura, de Blake Crouch, tenta matar a saudade de Dark

Da esquerda para a direita: Jason Dessen (Joel Edgerton), um homem branco, com olhos claros, cabelo loiro escuro, barba rala e vestido com um casaco preto olha para sua frente com a boca aberta e expressão facial de alguém impressionado. Ao seu lado, está Amanda (Alice Braga), uma mulher branca, com cabelo castanho escuro, olhos escuros e vestida com um casaco cinza. Ela carrega a mesma expressão facial impressionada de Jason. No fundo, há uma parede de concreto e uma paisagem arborizada, que dividem a cena com um céu azul acinzentado.
Lançada em Maio de 2024, a série Matéria Escura presenteia o público com uma mistura de ciência e filosofia, com esplêndida atuação da atriz brasileira Alice Braga (Foto: Apple TV+)

Laura Lopes

Escrita e produzida por Blake Crouch, a produção de Matéria Escura foi baseada no livro homônimo escrito pelo mesmo autor norte-americano. A trama de ficção científica, lançada pela Apple TV+ em Maio de 2024, traz consigo elementos primordiais da filosofia ocidental, como a discussão proposta pelo existencialista francês Jean Paul-Sartre (1905 – 1980) e, principalmente, pela teoria do pessimista alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 1860). Enquanto o primeiro se debruça sobre o fato de a liberdade humana ser angustiante; o segundo, em sua ilustre obra literária O Mundo como Vontade e Representação (1818), estuda, a grosso modo, como o ser humano sempre deseja aquilo que não tem. Dark Matter (no original) é uma mistura de tudo isso.

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Há 25 anos, nos tornamos chapéus de palha em busca do lendário One Piece

Cena do anime One Piece. Tem dez pessoas na imagem. Da esquerda para a direita aparece Nami, uma mulher jovem branca, com cabelo longo e ruivo e olhos castanhos, ela usa um vestido vermelho com uma armadura de metal por cima do vestido, ela também segura um bastão laranja nas mãos. Do seu lado está Sanji, um homem jovem branco, ele tem cabelo curto loiro e olhos castanhos, ele tem um cavanhaque e uma sobrancelha ondulada, ele veste um terno de cor vinho e está fumando um cigarro. Atrás dele está Brook, um esqueleto vivo com um cabelo afro preto, ele veste um sobretudo branco e preto com um lenço vermelho no pescoço e usa uma cartola. Do seu lado está Jinbe, um mistura de homem com tubarão-baleia, ele é bípede e sua pele é azul, ele tem um cabelo longo preto, que está preso em coque, um cavanhaque e olhos castanhos, ele veste um quimono laranja com uma faixa vermelha na cintura e uma capa preta nas costas. Atrás dele está Franky, que está dentro de robô gigante que possui as cores prata, vermelho e amarelo, na cabeça do robô há uma broca. Na sua frente e no centro da imagem, está Luffy, um jovem branco de cabelo curto e preto, ele tem olhos castanhos e uma cicatriz em formato de X no peito, ele veste uma camisa vermelha, que está aberta, uma bermuda laranja, uma capa preta nas costas e o chapéu de palha que está preso em um cordão no pescoço. Ao seu lado está Chopper, uma rena humanoide, ele é bípede, tem a pelagem marrom e olhos castanhos, ele veste uma armadura de samurai vermelha e um elmo vermelho com chifres dourados. Do seu lado está Robin, uma mulher mais velha, que tem cabelo longo e preto, e olhos azuis, ela veste um quimono branco com uma faixa vermelha na cintura e uma capa preta nas costas. Seguido dela está Zoro, um homem jovem, com cabelo curto e verde, seus olhos são castanhos e o seu olho esquerdo possui uma cicatriz, ele um quimono preto com uma faixa vermelha na cintura e segura uma espada na mão esquerda, na sua cintura tem mais duas espadas. No canto esquerdo está Usopp, um jovem negro, ele tem o cabelo longo, cacheado e preto, que está preso em um coque, ele tem os olhos castanhos e um cavanhaque. Ele tem o nariz muito grande e pontudo. Ele veste uma armadura preta e uma calça amarela, na sua cabeça tem um capacete vermelho e ele segura um bastão preto nas mãos. No fundo da imagem, tem um gigante de pele rosada caído no chão.
Com mais de 1100 episódios, o anime comemora 25 anos em Outubro de 2024 (Foto: Toei Animation)

Nathan Sampaio

Um dos gêneros literários mais antigos existentes é a epopeia. Caracterizada por ser um poema longo que utiliza aspectos narrativos, ela narra feitos heroicos, passagens gloriosas e apresenta personagens icônicos, e pode ser considerada um registro histórico de sua época. Embora pesquisadores apontem que esse estilo de narrativa está extinto desde o século XVIII, sua influência em obras modernas ainda pode ser observada. Em 2024, comemora-se os 25 anos de uma das animações influenciadas pelo gênero: o anime One Piece.

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Os especiais de 60 anos de Doctor Who reconhecem um passado fantástico e gritam “allons-y” ao futuro

Aviso: o texto contém spoilers do seriado britânico de ficção científica que finalmente ganhou um orçamento decente

Doutor e Donna estão correndo em direção a câmera no meio do espaço sideral. Doutor é um homem branco de meia idade, cabelo castanho escuro arrumado em um topete. O personagem utiliza um casaco azul por cima de um colete preto em cima de uma camisa branca e gravata também azul. O Doutor usa uma calça quadriculada vermelhas com faixas pretas. O personagem segura uma chave de fenda sônica na mão, um objeto do tamanho de uma caneta branca e prateada e que emite uma luz azul na ponta. Donna Noble está ao lado. É uma mulher branca de cabelo ruivo longo de meia idade também. A companion utiliza um suéter listrado vermelho e rosa. Donna usa um casaco verde escuro e calças sociais pretas. A TARDIS está atrás deles, uma cabine telefônica azul escura com janelas quadradas e uma placa na porta. A galáxia ao redor dele se assemelha a nuvens de cores roxa, rosa, azul, dourado e lilás.
Uma das melhores duplas da série retorna para os especiais de 60 anos (Foto: Disney+)

Íris Ítalo Marquezini

Não é surpreendente falar sobre Doctor Who para alguém alheio à série e a pessoa se impressionar com o número de episódios. No ar desde 1963, e com décadas de influência na cultura pop, o seriado televisivo de ficção científica continua a encontrar novos fãs curiosos para saber como uma cabine telefônica policial – a TARDIS – pode ser maior por dentro. Os últimos três especiais da série não são exatamente receptivos para quem desconhece aquele universo transmídia gigantesco, mas com certeza confortam os dois corações dos ‘whovians’ que estavam com saudade das frenéticas e criativas aventuras que só os Senhores e Senhoras do Tempo sabem trazer. 

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One Piece: A Série é o tesouro que tanto procurávamos?

Na imagem, cinco personagens estão no convés de um navio, reunidos ao redor de um barril. Luffy, o personagem principal, usa uma blusa vermelha e seu característico chapéu de palha. Ao seu lado está Sanji, um homem de cabelos loiros vestindo um terno preto, seguido por Zoro, um homem de origem japonesa com cabelos verdes, usando uma blusa branca e três brincos dourados. Logo depois vem Ussop, um homem negro vestindo um macacão marrom e uma bandana vermelha, e por fim, Nami, uma mulher branca usando uma roupa branca com listras azuis e uma saia laranja. Todos eles têm um pé apoiado em um barril, olhando para Luffy, que sorri e ergue o braço em direção ao céu.
A série live-action de One Piece já conquistou o público da Netflix e vem batendo recordes desde sua estreia (Foto: Netflix)

Anna Clara Leandro Candido

Minhas riquezas e tesouros? Se vocês quiserem, eu os deixo pegar. Procurem por ele, deixei tudo naquele lugar!“. Foi com essa icônica frase que uma jornada de mais de 25 anos começou. One Piece, série produzida pela Netflix, é a adaptação em live-action do mangá e do anime homônimos criados por Eiichiro Oda em 1997. Com oito episódios, a produção enfrentou grande resistência do público antes mesmo de seu lançamento em Agosto de 2023. No entanto, apesar dos cortes de conteúdo e da simplificação de algumas tramas, a adaptação do famoso pirata elástico não apenas agradou os fervorosos fãs de longa data, como também atraiu novos companheiros para essa jornada rumo à Grand Line.

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Entre encontros e reencontros, The L Word: Geração Q retoma o significado do amor entre mulheres

Cena de The L Word: Generation Q. Na imagem vemos parte do elenco da série reunido e se abraçando pelas laterais. Da esquerda para a direita encontra-se Finley, Shane, Alice, Bette, Dani, Sophia e Micah, respectivamente. Finley, mulher branca de cabelos curtos, usa calça marrom clara e camiseta listrada preta, vermelha e verde. Shane, mulher branca de cabelos castanhos curtos, veste uma regata branca e jaqueta de couro preta, em seu pescoço carrega um colar. Alice, mulher branca com cabelos loiros, usa um macacão jeans claro. Bette, mulher biracial de cabelos castanhos cacheados, veste uma calça marrom e uma camiseta social na cor branca que encontra-se com alguns botões desabotoados. Dani, mulher branca de cabelos castanhos escuros compridos, usa um cropped branco com uma amarração na frente com listras pretas e calça preta. Sophia, mulher negra de cabelos pretos cacheados, usa uma camiseta branca florida azul e uma jaqueta preta. Micah, homem de pele branca e cabelos pretos curtos, veste uma camiseta de botão na cor roxa estampada com desenhos em formato de V. Todos estão com sorriso no rosto. Ao fundo é possível ver uma placa azul “Welcome to SilverLake Sunset Junction” escrita em letras brancas e árvores verdes com flores rosas. O céu está na cor amarela e azul claro.
The L Word: Generation Q aborda temas presentes na comunidade LGBTQIA+ (Foto: Showtime)

Vitória Borges

Desde sua estreia em 2004, The L Word estabeleceu-se como um marco na representação LBGTQIA+ na Televisão. A série, que durou até o ano de 2009, conta a história de um grupo de amigas lésbicas e bissexuais que vivem na cidade de Los Angeles. O seriado tem dramas quentes, provocativos e repleto de diálogos inteligentes e personagens ricamente desenhados.

Aclamada por alguns e odiada por outros, The L Word: Generation Q (no original) nasce como uma continuação do seriado icônico. A obra, lançada quase 15 anos após a primeira, retoma sua narrativa e retorna com personagens excepcionais como Bette Porter (Jennifer Beals), Alice Pieszecki (Leisha Hailey) e Shane McCutcheon (Katherine Moennig).

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Arlequina é quatro vezes mais divertida ao lado de Hera Venenosa

Cena do seriado animado Arlequina. Na imagem, as personagens Hera Venenosa e Arlequina se entreolham. Hera é uma mulher de pele verde e cabelos vermelhos, enquanto Arlequina é uma mulher branca de cabelos loiros com mechas em azul e rosa. As vilãs vestem uniformes característicos de suas cores, verde e vermelho. Elas parecem conversar sobre algo sério. Ao fundo, o cenário é o apartamento onde vivem.
A 4ª temporada de Harley Quinn estreou no verão estadunidense de 2023 (Foto: Max)

Nathalia Tetzner

Respirar novos ares é desafiador, mas refrescante. Na quarta temporada de Arlequina, o seriado aposta em uma roupagem diferente para a protagonista que, frente a decisão de mudar de ramo profissional – isso é, passar a irritar a Bat-Família no lugar da Legião do Mal enquanto persegue criminosos com seu bastão de baseball –, consegue proporcionar um sentimento de identificação com o público nunca antes explorado pela animação. Do humor pesado, floresce uma jovem que tenta equilibrar a nova fase de sua vida sem deixar a natureza maquiavélica para trás, justamente o que fez Hera Venenosa e nós cairmos de amores por ela pela primeira vez.

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Para além de um desenho: A Casa da Coruja nos deixa na terceira temporada, mas marca com sua representatividade

Imagem final do desenho A Casa da Coruja. Nela se encontram grande parte dos personagens reunidos para a despedida da série. Os personagens principais, Luz, King, Eda, Amith, Camila, Willow, Gus e Hunter estão no plano principal. A foto se passa no período noturno e tem um tom arroxeado
A personagem Tinella Nosa é uma caricatura de Dana Terrace, dublada e pensada por ela mesma (Foto: Disney+)

Juliana Craveiro Fusco

Mais um ciclo chega ao fim, um que foi forçado a terminar antes da hora. Nós sabemos que uma hora tudo vai acabar, mas é sempre mais triste quando precisamos nos despedir mais cedo. E assim, The Owl House  – A Casa da Coruja, em português – se encerra, antes da hora e deixando saudades, mas mostrando como uma animação tem capacidade de tocar profundamente seu público.

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PCC: Poder Secreto apresenta a irmandade envolvida entre os integrantes do Primeiro Comando da Capital

A imagem foca num grupo de 9 integrantes, com camisas e shorts lisos em tons claros, em cima de um telhado, levantando uma bandeira com as iniciais da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao lado inferior esquerdo há o logo da série documental escrito “PCC Poder Secreto”.
“Cadeia um cômodo do inferno, seja no outono no inverno”: PCC: Poder Secreto desdobra a história do Primeiro Comando da Capital em narrativas antes ocultadas (Foto: Max)

Marcela Lavorato e Rebecca Ramos

Em 1997, ao lançar o álbum Sobrevivendo no Inferno, os Racionais MC’s propuseram, pela primeira vez na grande mídia, uma reflexão acerca das dificuldades enfrentadas pelas pessoas na periferia, além de questionar o que leva certos indivíduos neste contexto ao dilacerante sistema carcerário. Embora seja incerto o número de participantes de facções dentro de presídios, certamente é algo a ser discutido. O Primeiro Comando da Capital, popularmente conhecido como PCC, tem uma presença enorme dentro e fora das prisões, mas continua-se a ignorar este fato, uma vez que é de extrema delicadeza debater sobre como são tratados indivíduos periféricos num contexto prisional e seus efeitos na sociedade civil.

A cadeia é um moedor de ser humano”. A frase dita pelo ex-agente penitenciário Diorgeres Victorio é o ponto de partida que a direção de PCC: Poder Secreto  – exibida pela Max, antiga HBO Max –  evidencia durante os quatro capítulos da obra. Entre Carandiru, Pedro Juan Caballero, Taubaté e Presidente Venceslau, os presídios são idênticos – não há nenhuma atividade de ressocialização; há somente o trancafiamento. E é a partir daí que começamos a entender o surgimento da facção.

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