Napalm Death: 30 anos depois, o barulho ainda é a resposta

Napalm Death
“A Terra de onde todos evoluímos / essa Terra em que todas as pessoas são oprimidas / oprimidas por pessoas que prosperam da exploração / oprimidas por aqueles que infestam suas mentes fracas” (Foto: Reprodução)

Gabriel Leite Ferreira

“A arte reflete a vida. Tempos extremos demandam respostas extremas. Silêncio é ridículo. Barulho é sempre a resposta.” Essa é a frase de abertura da biografia virtual do Napalm Death, pioneiros da música extrema – mais especificamente do grindcore, subgênero notório pela velocidade alucinante e vocais ininteligíveis. O grupo foi fundado em 1981 no interior da Inglaterra, mas somente em setembro de 1988 gravou sua obra definitiva, aquela que consolidou uma das formas mais peculiares de se fazer música pesada.

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Bloom: Troye Sivan floresceu

A quebra expectativas em Bloom (Reprodução)

Fellipe Gualberto

O primeiro single de Bloom, My My My!, foi lançado na madrugada de 10 de janeiro de 2018 e os fãs de Troye Sivan reagiram de uma maneira muito positiva, rasgando elogios ao cantor nas redes sociais. Mas o choque, com certeza, aconteceu.

O segundo álbum do cantor australiano tem muito pouco de Blue Neigborhood, sua estreia. No primeiro trabalho encontramos um garoto tímido, ainda muito inseguro com a sua homossexualidade, praticamente pedindo desculpas a todos por ser gay e perguntando a si mesmo se, após sua morte, irá para o Céu.
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Sweetener: doce ou amargo?

(Foto: Reprodução)

Guilherme Luis

“Sweetener”, o quarto álbum de Ariana Grande foi lançado em agosto envolto em muita expectativa, seja dos fãs ou da crítica. Isso porque o disco prometia muito por todo o material que fora lançado até então. Além disso, soma-se o fato de que esse é o primeiro trabalho da cantora após o atentado terrorista em seu show em Manchester e as entrevistas que ela mesmo deu afirmando de que esse seria seu disco mais pessoal… não deu outra: as esperanças e as pré-afirmações de que esse seria o melhor CD pop do ano não eram poucas. No que será que isso deu?

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Melhores discos de Agosto/2018

Young, gifted and black (Divulgação)

Carlos Botelho, Egberto Santana Nunes e Leonardo Santana

Dos nossos escolhidos do mês, todos de alguma forma se relacionam  com Aretha Franklin. Fica provado o que já era óbvio: a Rainha do Soul nos deixou, mas o legado permanece fortíssimo.

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“Nunca nos separamos, sempre fomos os Tribalistas!”

A tribo em uma só voz (Foto: Heloísa Manduca)

Heloísa Manduca

Tríade, trinômio, trindade, trímero, triângulo, trio, trinca, três, terno, triplo, tríplice, tripé, tribo. Os Tribalistas – Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte – se apresentaram no último sábado, 18 de agosto, no Allianz Parque em São Paulo. A turnê Juntos Somos Um Só faz parte do segundo álbum homônimo do grupo lançado no ano passado (2017).

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Melhores discos de Julho/2018

Assim como a família Carter, o mundo da música parece ter saído de férias (Reprodução)

Egberto Santana, Gabriel Leite Ferreira e Leonardo Santana

O contraste com o mês anterior foi grande: julho foi paradíssimo. Mundo afora, nenhum grande lançamento nos chamou a atenção. Em terras tupiniquins, no entanto, o quadro foi um pouco melhor.
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Em High as Hope, Florence traz seus pés de volta ao chão

Jho Brunhara

Revisitar as memórias problemáticas e traumáticas da adolescência não é um trabalho psicológico fácil, mas existem certas feridas que só podem ser curadas através de um coração aberto. Florence Welch está de volta, acompanhada de fantasmas da adolescência e seus sentimentos do agora, amadurecidos e transformados em música. Com um trabalho muito mais curto que os anteriores, a cantora escreve e coproduz as 10 faixas de High as Hope, trazendo elementos sonoros que dialogam com outros momentos de sua carreira.

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Melhores discos de Junho/2018

O Brasil que eu quero (Mídia Ninja)

Egberto Santana, Gabriel Leite Ferreira, Jho Brunhara, Leonardo Santana

Junho foi frutífero para gregos e troianos. Teve comeback de diva pop, teve lançamento no underground, teve de tudo. Pela primeira vez em meses, faltou espaço para tantas oportunidades interessantes. Abaixo, colaboramos com os nossos momentos preferidos.
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CHVRCHES está de volta e o amor está morto

Jho Brunhara

“Você alcançou tudo o que queria fazer?” Assim ecoa um dos primeiros versos do novo álbum da banda escocesa CHVRCHES, com a faixa “Graffiti”. Love Is Dead, lançado dia 25 de maio, retoma o synthpop tão conhecido pelos fãs. Formado por Lauren Mayberry, Iain Cook e Martin Doherty, o novo trabalho do grupo aborda relacionamentos,  além de refletir o atual cenário político do mundo, um olhar da banda sobre o caos do século XXI.

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João Rock 2018: A procura de uma reação

“Mas as pessoas na sala de jantar / Estão ocupadas em nascer e morrer”: o Tropicalismo completa 50 anos em 2018 (Foto: Reprodução)

Camila Araujo

A edição do João Rock 2018 homenageou o movimento tropicalista, que surgiu no final dos anos 60 representado, na música, por nomes como Tom Zé, Os Mutantes, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre outros. O movimento surgiu no auge da ditadura, em que a censura era uma frequência social. A turma da Tropicália clamava por sensibilidade, resistência e luta. Utilizavam-se de metáforas, performances, e diversos mecanismos para burlar o sistema. Não é por menos que Caetano e Gil foram exilados para a Inglaterra, além de muitos outros nomes a época.

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