Os Melhores Discos de 2020

Arte retangular com fundo azul. No canto superior esquerdo, foi adicionado o texto "OS MELHORES DISCOS DE 2020" em azul, dentro de um retângulo na cor preta. No canto inferior esquerdo, foi adicionado o logo do Persona. No canto inferior direito foi adicionado uma colagem com 9 artistas, em ordem: Taylor Swift, Rina Sawayama, Phoebe Bridgers, Fiona Apple, BK', Chloe x Halle, Kali Uchis e Letrux.
Destaques de 2020: Taylor Swift, Rina Sawayama, Phoebe Bridgers, Fiona Apple, BK’, Chloe x Halle, Kali Uchis e Letrux (Foto: Reprodução)

2020 começou chutando as portas dos eventos inéditos. No Oscar, Parasita abocanhou a estatueta mais importante da noite; no Grammy, Billie Eilish quebrou um recorde de 39 anos e se tornou a primeira mulher a ganhar o Big Four, os quatro prêmios principais, em uma mesma noite (Álbum do Ano, Gravação do Ano, Música do Ano e Artista do Ano).

E um pouco depois disso o mundo acabou.

A partir de março nos vimos num limbo temporal e espacial, onde a arte era a nossa melhor amiga, nossa única distração, nossa única oportunidade de viajar, e tudo mais que você já deve ter cansado de ler nesse ano. Sem a possibilidade de fazer shows, assistimos pequenos e grandes artistas se virarem nos 30 com lives diversas. Os nomes gigantes do mainstream perderam uma receita ou outra nesse tempo, mas é com os independentes que devemos nos preocupar. Sem dinheiro não há música, e é agora que saberemos as consequências reais disso tudo. Por enquanto, só podemos esperar que as promissoras vacinas façam o segundo semestre de 2021 seguro o suficiente para retornarmos com os shows.

Para os que tinham estrutura e condições de produzir em casa, 2020 foi mais interessante. Charli nos deu o colaborativo how i’m feeling now e Taylor surpreendeu o mundo com seu folklore e o novíssimo evermore (e dizem as línguas que a terceira irmã está vindo). No Brasil, vimos artistas como Silva, Sandy e Adriana Calcanhotto também lançarem seus projetos frutos do isolamento social.

O dia infinito que foi 2020 ainda trouxe mais uma porrada de coisas: a volta bíblica de Fiona Apple e a primeira nota 10 em uma década, da impiedosa Pitchfork; a xenofobia sofrida por Rina Sawayama ao ser considerada ‘não elegível‘ para o British Music Awards mesmo sendo britânica; o racismo sofrido por The Weeknd ao não ser indicado ao Grammy 2021 nas categorias principais; a febre de documentários de artistas (Ariana Grande, Shawn Mendes, BLACKPINK, Taylor Swift…); e tantos outros acontecimentos.

Justin Timberlake já dizia em seu The 20/20 Experience: o ontem é história e o amanhã é um mistério. Se 2021 vai ser melhor? Torcemos que sim. Por agora, você pode conferir Os Melhores Discos e EPs que salvaram o apocalíptico ano de 2020, elencados pela Editoria do Persona e por nossos colaboradores.

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As Melhores Séries de 2020

A imagem é uma arte com fundo laranja. No canto superior direito, há um retângulo com fundo preto e escrito na cor laranja a frase "AS MELHORES SÉRIES DE 2020". No canto inferior direito, há o logo do Persona, que é o desenho de um olho aberto, no qual a íris possui a cor laranja e no lugar da pupila há um botão de "play" na cor preta. No canto esquerdo, há personagens de algumas séries organizados em duas fileiras. Na fileira superior, da esquerda para a direita, estão: a personagem Lúcia do seriado Amor e Sorte, interpretada por Fernanda Torres, que é uma mulher branca de cabelos castanhos escuros na altura dos ombros, Fernanda está sorrindo e veste uma blusa cinza; a personagem Marianne da série Normal People, interpretada por Daisy Edgar-Jones, que é uma mulher branca de cabelos castanhos claros compridos e franja, Daisy está com o olhar voltado para a direita; a personagem Hilda da série Hilda, que é um desenho animado de uma menina branca com cabelos longos e azuis, Hilda veste um cachecol amarelo e uma blusa vermelha de manga compridas, ela está sorrindo e com as mãos apoiadas na cintura; e o personagem David Rose da série Schitt's Creek, interpretado por Daniel Levy, que é um homem branco de cabelos castanhos escuros em formato de topete, Daniel está com uma feição assustada e veste um suéter cinza e preto. Na fileira inferior, da esquerda para a direita, estão: a personagem Devi Vishwakumar da série Eu Nunca..., interpretada por Maitreyi Ramakrishnan, que é uma jovem de traços indianos e cabelo preto comprido, Maitreyi está com o rosto virado para a esquerda e com um leve sorriso, ela veste uma regata listrada, um colar e um casaco laranja; a personagem Beth Harmon da série O Gambito da Rainha, interpretada pela atriz Anya Taylor-Joy, que é uma mulher branca com cabelos ruivos curtos e franja, Anya está com o olhar voltado para a direita, veste um casaco cinza e segura um jornal em suas mãos; a personagem princesa Margaret da série The Crown, interpretada por Helena Bonham Carter, que é uma mulher branca com cabelos castanhos escuros presos em um coque alto, Helena está com um olhar sério e usa uma coroa em sua cabeça, um colar em seu pescoço e um vestido rosa e branco; e a personagem Arabella Essiedu da série I May Destroy You, interpretada por Michaela Coel, que é uma mulher negra com cabelos rosa em tom pastel na altura dos ombros, Michaela está com um olhar sério para a frente, ela veste uma camiseta cinza e um casaco branco e vermelho.
Os destaques de 2020: Amor e Sorte, Normal People, Hilda, Schitt’s Creek, Eu Nunca, O Gambito da Rainha, The Crown e I May Destroy You (Foto: Reprodução)

A pandemia, que descarrilou a indústria do entretenimento, fez um estrago estrondoso no cinema. A TV, entretanto, conseguiu segurar as barras e teve até a premiação do Emmy meio virtual, meio presencial, mas inteiramente inovadora. Lá, Schitt’s Creek fez história: a única série a vencer todas as 7 categorias principais de comédia. Junto do hit canadense, Zendaya venceu Melhor Atriz em Drama, se tornando a ganhadora mais jovem da categoria. No campo das minisséries, narrativas fortes com enfoque em figuras femininas ditaram o tom. Teve a heroica avalanche de Watchmen, a comovente Nada Ortodoxa e a avidez de Mrs. America.

Fora dos prêmios, O Gambito da Rainha se tornou a minissérie mais assistida da história da Netflix. A série da enxadrista Beth Harmon, papel taciturno de Anya Taylor-Joy, é parte do panteão de 2020. O streaming muito se beneficiou das pessoas estarem trancadas em casa: os números de acesso e visualizações estouraram a boca do balão. Dark se encerrou com a maestria que prometeu, e The Crown finalmente nos mostrou a Lady Di. Na HBO, Michaela Coel retornou mais poderosa que o de costume com I May Destroy You, um soco no estômago empacotado em 12 episódios quase autobiográficos, discutindo o valor do consentimento e as consequências do abuso. 

Steve McQueen encontrou na Amazon o lar para sua poderosa Small Axe, antologia de filmes que lidam com racismo e luta por direitos, obras de vital importância nesse momento político em que vivemos. O sucesso foi tanto que uma porção de sindicatos da crítica está premiando Small Axe como Melhor Filme de 2020 (vai entender). Aqui no Brasil, a Rede Globo mostrou serviço produzindo, à distância, a antologia Amor e Sorte e o especial Plantão Covid, parte da fantástica Sob Pressão. Com todo esse parâmetro em mente, a Editoria do Persona se reuniu com nossos colaboradores para elencar o que de melhor a televisão nos ofereceu em 2020. 

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Os ensinamentos de Rebecca Sugar e a animação ocidental pós Steven Universo

(Foto: Reprodução)

Fellipe Gualberto

“Se você venceu uma luta, é como se não houvesse problema algum em se estar em uma luta”. A frase dita pela criadora de Steven Universe em uma entrevista ao LA Times resume muito bem sua filosofia e os ensinamentos de sua obra. Finalizada em maio com Steven Universe Future (SUF, ou como ficou conhecida por aqui, Steven Universo: O Futuro), esta última temporada radicaliza as lições da desenhista em uma conclusão após 6 temporadas, um filme e 7 anos.

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Maldição e luto se encontram em Dois Irmãos

A narrativa simples não implica que esta animação não tem nada a dizer (Foto: Reprodução)

Fellipe Gualberto

Dois Irmãos foi um dos poucos filmes que conseguiu furar a quarentena mundial e ainda desbancar Sonic. O novo feito da Pixar, estúdio responsável por obras que revolucionaram a animação mundial, como Toy Story (1996), chegou aos cinemas carregando altas expectativas. O longa tem a direção de Dan Scalon, de Toy Story 4 (2019) e Universidade Monstros (2013) e é parte do processo do artista para superar seu luto pessoal.

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Steven Universo: O Filme – tudo é culpa de Rose Quartz

 

(Foto: Reprodução)

Felipe Gualberto

Depois de um longo hiato de 224 dias (nada de anormal nesse desenho) os fãs de Steven Universo finalmente puderam assistir ao filme em 2 de Setembro de 2019. Nesse dia Rebecca Sugar e sua equipe concretizaram o projeto anunciado na SDCC de 2018. A história do longa se passa dois anos após os eventos de “Change your mind”, último episódio da quinta temporada, Steven agora está com 16 anos.

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Hora de Aventura: para crianças e adultos

Talvez mais tarde do que deveria (ou talvez não) Hora de aventura chegou ao seu fim contando com 10 temporadas e 208 episódios. Fonte: Reprodução/ Cartoon Network

Fellipe Gualberto

Hora de Aventura se apresenta como o carro-chefe do Cartoon Network desde 2010. A animação criada por Pendleton Ward conta as aventuras de Finn, um garoto humano, e Jake, seu cão amarelo com poderes elásticos. Juntos eles são heróis da terra de Ooo, um reino encantado com princesas feitas de doces, vampiros e magos.

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Bloom: Troye Sivan floresceu

A quebra expectativas em Bloom (Reprodução)

Fellipe Gualberto

O primeiro single de Bloom, My My My!, foi lançado na madrugada de 10 de janeiro de 2018 e os fãs de Troye Sivan reagiram de uma maneira muito positiva, rasgando elogios ao cantor nas redes sociais. Mas o choque, com certeza, aconteceu.

O segundo álbum do cantor australiano tem muito pouco de Blue Neigborhood, sua estreia. No primeiro trabalho encontramos um garoto tímido, ainda muito inseguro com a sua homossexualidade, praticamente pedindo desculpas a todos por ser gay e perguntando a si mesmo se, após sua morte, irá para o Céu.
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Han Solo: Uma História Star wars e a reconstrução de um personagem clássico

Esse texto contém spoilers, mas daquele tipo que só vão te deixar com mais vontade de ver o filme e não estragar a sua experiência!

(Foto: Reprodução)

Fellipe Gualberto

É uma ótima época para ser fã de Star Wars. Em um ano temos um filme da nova trilogia acrescentando narrativas que se passam após a saga original, e no ano seguinte temos um spin off contando histórias que se situam entre a trilogia prequel e a clássica, tem sido assim desde 2015. Mas será que é realmente uma época boa para ser fã de Star Wars? As novas produções do universo de George Lucas, como de costume, são carregadas de muito hype e inevitavelmente vão ter um exército de apoiadores e um exército de opositores. Quando fui assistir “Han Solo: Uma História Star wars” um dia após a estreia pensei que ia encontrar poucas cadeiras vagas no cinema. A sala estava praticamente vazia.

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Vessel: o surgimento de Twenty One Pilots sem a perda de sua essência

Integrantes da banda Twenty one pilots: Tyler e Josh

Fellipe Gualberto

Tyler Joseph e Josh Dun não estavam muito seguros quando assinaram contrato com a gravadora Fueled by Ramen (conhecida por Paramore e Panic! at Disco) fato que deu origem ao álbum Vessel, há 5 anos. Os integrantes de Twenty One Pilots pensavam que a chance de sucesso trazida pela gravadora poderia significar a perca da liberdade artística.

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