Avatar – A Lenda de Aang: muito além de qualquer preconceito

Muita gente sente uma nostalgia quando ouve: “Água… Terra… Fogo… Ar! Há muito tempo as nações viviam em paz e harmonia, e aí tudo isso mudou quando a nação do fogo atacou. Só o avatar domina os 4 elementos e pode impedi-los, mas, quando o mundo mais precisa dele, ele desaparece.” A animação da Nickelodeon, Avatar: A Lenda de Aang, criada por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko, teve seu último episódio lançado há 10 anos, encerrando a épica batalha entre o Avatar Aang e o Senhor do Fogo Ozai, com a  instauração de uma era de paz e harmonia.

A Equipe Avatar (Imagem: Reprodução)

Leonardo Dota Zonaro e Raul Galhego da Silva

O conceito de avatar vem da teogonia bramânica, onde um deus encarna no mundo material para a realização de grandes feitos. O avatar, na definição da animação, é a junção de uma alma humana com um espírito ancestral e poderoso, Raava, sendo o único capaz de dominar todos os quatro elementos (habilidade concedida pelas tartarugas leão e possibilitada por Raava). Sendo o responsável por trazer equilíbrio para o mundo, o espírito do avatar é repassado para um recém-nascido da próxima nação assim que o portador atual morre, na ordem: Tribo da Água, Reino da Terra, Nação do Fogo e Nômades do Ar.

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Os Incríveis 2: os desafios da família e os vilões mundo afora

Os Incríveis 2 precisou lutar pra superar a expectativa de anos e acabou vencendo todos os públicos (Divulgação)

Guilherme Luis

Na sua 20ª produção, os estúdios Pixar tinham dois desafios: reviver um clássico dos filmes animados lançado há 14 anos, de forma que correspondesse com a gigantesca expectativa do público da época (hoje adulto) e, ao mesmo tempo, chamar a atenção da nova geração para a história da família Pera de super-heróis. Os Incríveis 2 acaba por ser mais um dos inúmeros acertos em cheio da Pixar: além de ser, em sua mais pura essência, uma animação divertidíssima e inteligente, traz consigo discussões que afetam e emocionam diretamente o público adulto.

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O Túmulo dos Vagalumes e Meu Vizinho Totoro: na tristeza e na alegria

Os protagonistas de ambas animações: as crianças, o Totoro e os vagalumes (Foto: Nerdist)

Egberto Santana Nunes

As animações do Estúdio Ghibli sempre foram conhecidas por terem em seu escopo mundos de fantasia que aparentemente são infantis, quase sempre protagonizados por crianças, mas com um fundo de dramaticidade que afasta os pequenos. Não chega a ser uma regra, mas grandes clássicos como A Viagem de Chihiro e Princesa Mononoke carregam discussões problemáticas que nos deixam fascinados e até mesmo assustados. Bem nos primórdios da companhia, Isao Takahata e Hayao Miyazaki lançaram Meu Vizinho Totoro e O Túmulo dos Vagalumes, uma estreia dupla que trouxe um clássico dominado por toda a cultura pop e um drama de sobrevivência que emociona até hoje.
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Vida de Inseto: como combater a opressão e o conservadorismo

Gabriel Jaquer

Quando assistimos a um filme na infância, não dá para perceber toda a complexidade presente na obra, e é sempre uma surpresa agradável rever os queridinhos do passado sob um olhar mais maduro e perceber que ainda são relevantes para nossas vidas (como em Shrek, onde as piadas de insinuações adultas só são percebidas depois que assistimos com mais idade, e pelos pais – ou não – que assistiram na época). Vida de Inseto, a segunda animação da Pixar (lançada 3 anos depois de Toy Story) que completa agora seus 20 anos, aposta nessas entrelinhas e consegue agradar todas as idades.

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Viva! mostra que a Disney não cansa de produzir clássicos da animação

Guilherme Hansen

Que a parceria Disney/Pixar é garantia de sucesso, isso já é fato conhecido por todos. A fusão de boas histórias com qualidade visual faz com que grandes animações sejam produzidas e agradem a todos os públicos. O mais novo sucesso dos dois estúdios é Viva – A vida é uma festa, lançada no Brasil em 4 de janeiro deste ano.

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A Bela e a Fera: Sentimentos são fáceis de mudar, filmes nem tanto

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Aline Barbosa

Após o grande sucesso da animação A Bela e a Fera de 1991, que não só arrecadou mais de 400 milhões de dólares nas bilheteria, como também foi a primeira animação da Disney a ser adaptada para musical da Broadway, era de se esperar que o live-action, proposto para 2017, fosse ansiosamente esperado pelo público.

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O poderoso chefinho tem um bom enredo, mas está longe de ser memorável

Roubando a atenção e a cena – O chefinho é a alma do longa
Roubando a atenção e a cena – O chefinho é a alma do longa

Guilherme Hansen

Todos já sabem que a Disney é soberana em suas animações, tanto na qualidade gráfica, como em seus roteiros e sinopses. Porém, a Dreamworks não deixa por menos e surpreende com histórias muito atrativas para as crianças. O Poderoso Chefinho, lançado no último dia 30 de março e dirigido por Tom McGrath (Madagascar, Megamente), é um bom exemplo de enredo interessante, apesar de simples.

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Kubo e as Cordas Mágicas: inovador, mas fiel ao stop motion

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Nádia Saori

Kubo e as Cordas Mágicas é um longa de animação indicado à categoria de melhor animação, concorrendo com Moana, Zootopia, A Tartaruga Vermelha e Minha Vida de Abobrinha, e a de melhores efeitos visuais, concorrendo com Doutor Estranho, Mogli: O Menino Lobo, Horizonte Profundo e Rogue One. Dirigido por Travis Knight e produzido pelo renomado estúdio Laika, o forte da animação não é sua história, mas sua produção em stop motion que, com certeza, foi uma obra prima. Continue lendo “Kubo e as Cordas Mágicas: inovador, mas fiel ao stop motion”

Zootopia: mais um acerto da Disney em animações

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Danielle Cassita e Guilherme Hansen

É muito comum as pessoas não darem importância a filmes de animação, com ideias prontas de que servem apenas para entreter e não passam nenhuma mensagem relevante ao público. Porém, a Disney tem provado nos últimos anos que esse conceito está completamente errado. Com animações bem feitas e também divertidas, seus últimos lançamentos provam que o conteúdo pode andar junto com o entretenimento. Continue lendo “Zootopia: mais um acerto da Disney em animações”

Paprika: entre a realidade e os sonhos

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Nádia Linhares

Quando se trata de longas de animação japonesa, talvez o nome mais conhecido seja o de Hayao Miyazaki, diretor de A Viagem de Chihiro, O Castelo Animado e Meu Amigo Totoro. O Studio Ghibli é a cara da animação japonesa no ocidente, mas há outro estúdio que, apesar de sua maioria de lançamentos ser de animes seriados, produziu longas que merecem destaque, entre eles os dirigidos por Satoshi Kon. Continue lendo “Paprika: entre a realidade e os sonhos”