Depois de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) ter apagado a memória da existência de Peter Parker (Tom Holland), em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, e Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) ter libertado a cidade de Westview de sua manipulação, em WandaVision, ambos se encontraram para uma batalha intensa que atravessou universos. Em maio de 2022, foi lançado Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, um filme com muita ação e adrenalina, como é de se esperar de uma produção Marvel. A obra, porém, deixa a desejar, quebrando as expectativas de fãs que estavam ansiosos por esse momento.
O que faz um personagem ser popular? A sua história sofrida ou sua personalidade marcante? O visual icônico ou as falas de impacto? Talvez seja a mistura disso tudo. É o caso do Homem-Aranha, personagem da Marvel que teve seu primeiro filme lançado 20 anos atrás, e que alçou o herói a fama ao unir um roteiro simples, porém muito bem construído, com cenas memoráveis e um visual excepcional.
O que significa ser um super-herói? O senso de justiça, o dever a ser cumprido e o regozijo em fazer o bem podem estar na ficha técnica de qualquer mascarado que pirueteia pelas vielas escuras de uma cidade recheada de crimes. O Homem-Aranha, mais do que qualquer outro advento quadrinhesco, ganha novas camadas quando analisamos suas características mais específicas: ele é um adolescente passando pela puberdade, alguém efervescendo e encontrando seu lugar no mundo, em adição a picada do aracnídeo e o combo de grandes responsabilidades que chegam junto dos grandes poderes.
Em 2018, Homem-Aranha no Aranhaverso soube destacar as particularidades do personagem-título com astúcia, deixando claro que, além do trauma de perder alguém, ser o Cabeça de Teia está muito ligado a ideia de sacrificar seu próprio espaço pessoal em prol de um parente, um amigo ou mesmo uma metrópole. Em 2021, chegou a vez do Peter Parker de carne e osso (Tom Holland) perder o chão e se firmar como o Amigão da Vizinhança que tanto lhe cobraram de ser desde que assumiu o manto em um aeroporto alemão.
O segundo capítulo da saga do Homem-Aranha veio cedo demais. Menos de três meses depois da avalanche Vingadores: Ultimato, a Marvel trazer de volta o Cabeça de Teia é uma jogada arriscada. Sim, podemos combinar que não dependia só deles, a parceria com a Sony exigia um filme do Teioso no catálogo neste verão americano.
É amargo o gosto que fica na boca depois de assistir o épico contra Thanos e absorver suas consequências para a franquia, lembrando que logo menos Peter Parker e cia iam voltar a se balançar por teias na Europa. Com isso estabelecido, Longe de Casa aceita a posição de epílogo da Saga do Infinito e semeia pistas para as futuras estações da Marvel nos cinemas.
O longa olha com nostalgia para o passado, ao mesmo tempo em que encontra um novo rumo para o personagem
Pedro Fonseca E. Silva
Há 17 anos, o Homem Aranha estreava nos cinemas pela primeira vez. Dirigido por Sam Raimi, o longa-metragem cativou o público e fez um estrondoso sucesso na bilheteria mundial. Essa também era a primeira história que o grupo Sony trazia aos cinemas após adquirir os direitos sobre o personagem. Não demorou muito para que a obra ganhasse uma sequência e, em 2004, os fãs puderam explorar mais ainda a mitologia do personagem. Mais uma vez o estúdio havia acertado a mão e muitos tomaram o filme como uma das maiores interpretações do personagem até hoje.
Uma dos super heróis mais populares que existem, o Homem-Aranha retorna aos cinemas pela sexta vez com um título próprio. É o segundo reboot do aranha desde a trilogia de Sam Raimi, os primeiros blockbusters de super-heróis modernos a levarem milhões aos cinemas, e novamente, os produtores encaram uma árdua tarefa de substituir – ou ao menos conquistar algum espaço – no imaginário dos fãs que assistiram ao Peter Parker interpretado como Tobey Maguire. Continue lendo “Em Homecoming, o Homem-Aranha volta a empolgar”