Dark é um marco temporal

A última temporada da produção alemã se consagra como a melhor original da Netflix (Foto: Netflix)

Vitória Silva 

O começo é o fim….

Um dos primeiros contatos do cinema com viagem no tempo foi na trilogia De Volta Para O Futuro, lançada em 1985, e, com o passar do tempo, novas produções como Efeito Borboleta, Donnie Darko e Vingadores: Ultimato foram surgindo. Essa temática pode ser considerada um dos assuntos mais utilizados em produções de ficção científica.  Apesar das diferentes abordagens, a reviravolta em grande parte das narrativas parece ser sempre a mesma: provocar alterações no passado geram consequências no futuro. E, por muito tempo, pode ter se pensado que essa era uma das únicas maneiras de se criar histórias sobre viagem no tempo, até o surgimento de Dark.

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Na segunda temporada, Netflix traz uma Coisa (ainda) Mais Linda

Adélia, Malu, Thereza e Ivone (Foto: Netflix)

Ana Júlia Trevisan

A continuação de Coisa Mais Linda já está entre nós! A série original da Netflix se passa no Rio de Janeiro da década de 1960, narrando o surgimento da Bossa Nova e mulheres em busca de seus direitos em uma sociedade extremamente machista. Após uma bem sucedida primeira temporada, o retorno vem para esclarecer os ganchos deixados e relembrar a importância da luta feminina por igualdade.

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Destacamento Blood relembra o que a América nunca deixou de ser

Arte original do filme reconecta as duas batalhas enfrentadas em um mesmo período: a luta por Direitos Civis e a linha de frente no Vietnã (Reprodução: Netflix)

Egberto Santana Nunes

Uma marca já consolidada de Spike Lee em seus filmes é renegar a simples representatividade positiva. Ele vai além e busca sempre mostrar como o povo negro é diverso e tem seus próprios conflitos – muitas vezes originados do homem branco. Em Destacamento Blood, a temática continua presente, mas dessa vez é no Vietnã que o choque acontece, um outro campo filmado pelos Estados Unidos que também nunca foi tão bem representado.

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“Eu Nunca…” ensinou como séries teens devem ser feitas

Maitreyi Ramakrishnan (Devi) teve o primeiro papel da sua carreira como protagonista em uma série da Netflix (Foto: Reprodução)

Natália Santos

Depois das polêmicas com o final da primeira temporada de 13 Reasons Why (2017) e da queda instantânea – e previsível – de Insatiable (2018), a Netflix USA deu uma segurada nas produções teens norte americanas. Nesse cenário fracassado, a empresa de streaming decidiu investir em novas vozes e expandir o território ao apostar em seriados para jovens feitos em outros países. Foi assim que nasceu a espanhola Elite (2018) e a britânica Sex Education (2019) – ambos seguindo a mesma fórmula de sexos e drogas.

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Disque Amiga para Matar tece uma narrativa de erros

O texto contém spoilers apenas da 1ª temporada, cuidado (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

A turma do Scooby-Doo sempre se metia em enrascadas antes de solucionar seus mistérios. Daphne, Velma, Salsicha, Fred e Scooby fazem o bem, geralmente erram no meio, mas o final é feliz. Disque Amiga para Matar, protagonizada por Linda Cardellini, a Velma dos filmes dos anos 2000, segue a mesma premissa. Sua personagem Judy Hale se junta à Jen Harding (Christina Applegate) para se equivocar e meter os pés pelas mãos. A dupla continua encobrindo assassinatos na 2ª temporada mas, acreditem, é tudo com boas intenções.

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De histórias amargas Hollywood já está cheia

Através da figura de Eleanor Roosevelt, a série sublinha a importância da arte e seu poder político: ‘you have more power to change the world than a government does’, declara sobre a escalação de uma negra como protagonista (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Quando o super produtor Ryan Murphy se afastou da Fox, casa de suas grandes obras, e assinou com a Netflix, a surpresa foi grande. O mega contrato de Murphy começou com The Politician (2019), uma dramédia política que servia aos agrados do protagonista Ben Platt. A segunda investida no streaming chegou em meio ao isolamento social, na forma da minissérie Hollywood. Centrada num grupo de jovens que sonham em ascender na terra do cinema, a afinada produção busca reescrever a história, sob tutela otimista e humor para abafar injustiças.

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As dúvidas e incertezas de um relacionamento chegam até mesmo para Lara Jean

Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você é a segunda adaptação da trilogia de livros de Jenny Han (Foto: Reprodução)

Vinícius Santos

Quando se trata de comédias românticas, a Netflix não se recusa em exagerar nos caprichos. E não foi diferente em Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você, a sequência do longa de Susan Johnson. O primeiro trabalho de Michael Fimognari como diretor traz reviravoltas na trajetória dos personagens que conquistam fãs desde a trilogia literária. Inclusive, com o lançamento do trailer, a obra já vinha recebendo críticas mesmo antes de sua estreia.

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O retrato da saúde mental toma forma em I Am Not Okay With This

I Am Not Okay With This é a segunda adaptação das HQs de Charles Forsman na plataforma (Foto: Reprodução)

Bruno Azevedo

Ano após ano a criação de conteúdo original na Netflix só aumenta. Apenas em 2019, foram lançadas 371 produções. Nessa enxurrada de filmes e séries, I Am Not Okay With This chama a atenção não só por ser dos mesmos produtores de Stranger Things, mas também por compartilhar da estética e da direção de The End of the F***ing World. O atrativo maior, no entanto, é a premissa da série, que prende pela mistura de drama e comédia irônica desde o primeiro episódio.

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A falsa despretensão em AJ and the Queen

Nos é prometida uma comédia, mas as pessoas são mais complexas do que isso

Capa oficial da Netflix para “AJ and the Queen”, à esquerda, AJ, interpretada por Isabella “Izzy” Gaspersz, e, à direita, RuPaul Charles como Robert Lee (Foto: Divulgação)

Arthur Almeida

AJ and the Queen é uma das primeiras séries a estrear na Netflix neste ano de 2020. A produção estadunidense, projeto da plataforma, tem como eixo narrativo as entrecruzadas histórias de AJ (Isabella “Izzy” Gaspersz) e Robert Lee (RuPaul Andre Charles). 

Amber Jasmine (AJ) é uma menina de 10 anos que, para sobreviver na cidade sem o auxílio de um responsável adulto presente em sua vida, engana outras pessoas e realiza furtos. Robert Lee é um homem com cerca de 50 anos que ganha a vida em cima dos palcos como a Drag Queen Ruby Red. 

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A odisseia caótica de Joias Brutas

Em Joias Brutas, a cidade é tão importante quanto seu protagonista (Foto: Reprodução)

Caio Machado

Joias Brutas, novo filme dos irmãos Safdie (conhecidos anteriormente por seu trabalho em Bom Comportamento, que tem Robert Pattinson no papel principal), serve para ilustrar o que as pessoas querem dizer quando hoje em dia as coisas estão muito mais aceleradas e cada minuto do seu tempo é mais precioso do que nunca. A trama do filme acompanha Howard Ratner (Adam Sandler), um joalheiro viciado em jogos de azar que precisa correr contra o tempo para pagar suas dívidas com mafiosos enquanto lida com seu casamento que está se desfazendo aos poucos.