Há 15 anos, Brilhante Victória estreou na Televisão e fez tudo brilhar

Cena da série Brilhante Victória. A imagem mostra três mulheres com uma expressão confusa no rosto. A primeira é Jade, que é branca, tem cabelos pretos com mechas roxas, olhos escuros e usa regata e calça pretas. A adolescente do meio é Tori, que também é branca e tem longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor, está usando uma blusa azul estampada, uma jaqueta de couro bege e calça preta. A terceira garota é Cat, que é branca e baixa, tem cabelos tingidos de vermelho, usa uma blusa rosa com babado e um casaco verde água. O fundo da cena é iluminado e predomina tons de azul.
Ao longo dos anos, a série foi indicada ao Emmy quatro vezes, porém, não ganhou nenhuma das categorias pelo qual foi indicada (Foto: Nickelodeon)

Marcela Jardim

A Televisão infanto juvenil sempre desempenhou um papel fundamental na formação cultural de diferentes gerações, proporcionando entretenimento e, muitas vezes, moldando percepções sobre amizade, escola e desafios da adolescência. Dentro desse cenário, a Nickelodeon se destacou, ao longo dos anos, com produções que marcaram época, como iCarly, Drake & Josh e Zoey 101. Entre esses sucessos, Brilhante Victória (Victorious, no original) se consolidou como um dos grandes marcos do gênero, comemorando 15 anos desde sua estreia em 2010. Criada por Dan Schneider, a série inovou ao combinar Comédia, Música e tramas adolescentes, acompanhando a jornada de Tori Vega (Victoria Justice) ao ingressar na Hollywood Arts, uma escola de artes nada convencional, onde talentos são lapidados e conflitos juvenis ganham espaço.

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Os Melhores Discos de 2024

2024 foi o ano das mulheres, seja no pop, no rap ou no country (Texto de abertura e edição: Guilherme Veiga e Laura Hirata-Vale/Arte: Rafael Gomes)

Por mais impossível que pareça, até que dá para passar um ano inteiro sem ver filmes, ou até mesmo perder a temporada daquela única série que você assiste, mas experimenta ficar esse mesmo período sem Música? É praticamente impensável. E não há como fugir disso, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Ela está lá, no carro da rua que passa tocando o hit do carnaval; no verão ensolarado é ela quem dá o clima; nos corações partidos, o primeiro ombro amigo vem de seus acordes e nas comemorações; é ela que intensifica a euforia.

Em 2024 não foi diferente, pra onde você olhava, havia Música, e melhor, ela fazia história. No ano marcado pela ‘treta’ de Drake e Kendrick, ponto para o rapper de Compton, que, além de fazer o mundo inteiro trucidar seu oponente, ainda teve as honrarias máximas reconhecidas pela indústria. Em outra briga, dessa vez, menos sanguinária, Taylor Swift e suas várias versões do antológico THE TORTURED POETS DEPARTMENT batia de frente com quem ameaçasse seu pódio nos charts.

Mas não há como negar que foi o ano delas. O mundo foi pintado de verde pela efervescência de Charli xcx. A própria Swift ampliou ainda mais seu império, mas foi outra ‘loirinha’ – mais irônica e com intenção de instigar – que mostrou seu lado curto e doce para os holofotes. Foi o ano das também das voltas; uma veio a galope para reivindicar a música country, enquanto outra saiu do crepúsculo de seu hiato para alvorecer com sua voz de fada e pop de gente grande; enquanto o terror dos primos nos almoços de família, Billie Eilish, chegou como quem não quer nada e nos afogou em suas questões e genialidade.

Como em todo ano e já de praxe nessa Arte, foi a diversidade que dominou. Enquanto POCAH reconta sua história através de todas as suas versões, Twenty One Pilots dava um fim (?) para a sua. Se o The Cure voltou depois de 16 anos para o reino da tristeza com um álbum de inéditas, Rachel Chinouriri estreou abordando a mesma tristeza quase que com uma autopiedade cômica. Tyler, The Creator voltou com o pé na porta, já Gracie Abrams chegou com tudo. Luan Santana cantou amor, enquanto Duda Beat cantou tesão. Linkin Park entoou novamente o gutural típico do nu metal, diferente de Adrianne Lenker, que murmurou sentimentos doloridos.

Mas uma coisa é certa, mais uma vez a já tradicional lista de Melhores Discos retorna do jeito que é. No ano em que perdemos Liam Payne, o Persona segue uma direção: usar da Música e das Artes no geral para lembrar quem somos e discutir quem podemos ser.

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Os Melhores Filmes de 2024

Sexualidade, Terror e protagonismo feminino foram os destaques do ano (Texto de Abertura: Davi Marcelgo e Guilherme Leal/Arte de capa: Nicole Tiemi Kussunoki)

Qual imagem te lembra o Cinema em 2024? A Zendaya com os seus twinks do tênis ou da ficção científica? O discurso poderoso da Demi Moore no body horror de Coralie Fargeat? Ou você se lembra da marcante cena de Eunice Paiva e seus cinco filhos na sorveteria? O fato é que as mulheres dominaram as telonas e foram reconhecidas pelo público e crítica com histórias memoráveis. Ao todo, 33 obras foram mencionadas na lista de Melhores Filmes do Ano do Persona. De profissionais do sexo a vampiros sugadores de casadas, os longas-metragens citados possuem uma caractéristica que os une: o êxito em provocar sentimentos que ultrapassam a pupila e acessam outras partes do corpo para te fazer sentir.

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Há 20 anos, Robôs mostrava que qualquer um pode brilhar, não importa do que seja feito

Cena do filme Robôs. Na imagem, Rodney e Manivela estão interagindo pela primeira vez. Rodney é  azul, está  apreensivo e sendo puxado por Manivela, que segura uma câmera com um braço mecânico estendido. Ele é vermelho, tem olhos esbugalhados e uma aparência desengonçada, sugerindo um comportamento extrovertido e caótico. Ao fundo, há outros robôs em um ambiente futurista com estruturas metálicas e um grande veículo prateado.
Na ideia original, os produtores tinham em mente o gênero comédia maluca, que era muito popular nos anos 1930, e adicionar performances musicais (Foto: Blue Sky Studios)

Marcela Jardim

Lançado em 2005, Robôs completa 20 anos ainda como um marco na animação digital, embora nem sempre seja lembrado dessa forma. O filme, dirigido por Chris Wedge e produzido pela Blue Sky Studios, se destaca por sua estética vibrante e um mundo inteiramente mecanizado, explorando temas como inovação, meritocracia e desigualdade social. A trama acompanha Rodney Lataria (Ewan McGregor), um jovem robô inventor que sai de sua cidade natal em busca de oportunidades, a fim de dar um futuro melhor para sua mãe amorosa e o pai adoecido. Porém, ele encontra uma realidade dominada pelo lucro e pela obsolescência programada. A crítica ao capitalismo desenfreado e à exclusão dos menos favorecidos é evidente, mas a narrativa, voltada ao público infantil, simplifica questões complexas.

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Há 10 anos, Kingsman: Serviço Secreto mostrava que um cavalheiro também pode bater em caras maus

A cena mostra um homem de meia-idade, alto e de aparência refinada, usa um terno cinza risca de giz, gravata listrada e óculos de armação grossa. Seu cabelo é loiro-acinzentado, bem penteado, e ele tem uma expressão séria e autoritária enquanto levanta a mão para um jovem. O rapaz, de pele clara e aparência jovem, veste um boné azul, uma jaqueta preta acolchoada e uma camisa polo listrada. Ele tem um rosto anguloso, sobrancelhas marcadas e mantém uma expressão desconfiada ou desafiadora. A cena ocorre em uma sala de estilo clássico, com paredes verdes, quadros e uma mesa de bilhar ao fundo.
O filme arrecadou mais de US$ 414 milhões mundialmente, tornando-se o maior sucesso comercial de Vaughn até o ano de 2014 (Foto: 20th Century Studios)

Marcela Jardim

Lançado em 2015, Kingsman: Serviço Secreto trouxe um novo fôlego para os filmes de espionagem ao combinar ação estilizada, humor ácido e uma estética sofisticada. Dirigido por Matthew Vaughn, o longa subverteu clichês do gênero ao transformar um jovem marginalizado em um agente de elite, sob a tutela do carismático Harry Hart (Colin Firth). Inspirado na HQ The Secret Service, de Mark Millar, a obra se destacou pela violência coreografada e pelo tom irreverente, equilibrando homenagens aos clássicos de James Bond com uma abordagem moderna e exagerada. O roteiro dinâmico e repleto de reviravoltas, aliado às atuações cativantes, fizeram do longa uma experiência única, misturando o charme britânico com sequências de ação eletrizantes.

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A Nonsense Christmas abraça o absurdo e entrega um especial natalino engraçado e caótico

A imagem mostra Sabrina Carpenter, que é uma jovem mulher loira de olhos azuis, segurando um microfone e sorrindo para a câmera. Ela veste um vestido vermelho justo, decorado com pequenas pedrarias brilhantes e detalhes de plumas brancas na parte superior. Seu cabelo é longo, liso e tem franja, emoldurando seu rosto de traços delicados. Sua maquiagem inclui blush rosado, batom suave e olhos destacados com delineador e cílios volumosos. O cenário ao fundo sugere um ambiente de bastidores, com equipamentos de produção e iluminação. A luz quente do ambiente realça sua expressão animada e carismática.
“É uma hora de absurdo literal”, disse Carpenter à revista TIME sobre o especial em Outubro de 2024 (Foto: Netflix)

Marcela Jardim

Em meio a uma avalanche de clichês típicos das produções de fim de ano, A Nonsense Christmas, estrelado por Sabrina Carpenter, aposta em uma abordagem irreverente que subverte as expectativas do gênero. Apesar de seu charme inegável e do carisma da intérprete de Espresso, que transita com facilidade entre a atuação e sua persona musical, a produção levanta a questão: até que ponto o ‘nonsense’ pode sustentar uma narrativa? Enquanto alguns momentos brilham pela originalidade e criatividade, outros escorregam no excesso, deixando um ‘gostinho’ agridoce para o público.

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10 anos de 1989: o álbum que mudou a história do pop moderno

Uma foto estilo polaroid retratando Taylor Swift com o rosto parcialmente cortado, vestindo um suéter estampado com gaivotas voando contra um fundo azul. Abaixo da imagem, está escrito "T.S." e "1989" em letras manuscritas.
O título do álbum é uma referência ao ano em que a cantora nasceu (Foto:
Big Machine Records)

Marcela Jardim

Blank Space, Shake It Off e Bad Blood são apenas alguns hits de uma das eras mais icônicas da ‘loirinha’. Os clipes, a estética e as músicas do 1989 marcaram a transição de Taylor Swift do country para o pop, que mergulhou de cabeça nesse novo gênero – o que deu muito certo. Red (2012), o antecessor do álbum, já havia mostrado sinais de uma mudança estilística, mas 1989 foi a confirmação dessa transformação, apresentando um som claramente mais synth-pop e inspirado pela década de 1980.

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Na Short n’ Sweet Tour!, Sabrina Carpenter choca a crítica e fãs com performances intensas

A fotografia mostra a cantora Sabrina Carpenter, em que aparece deitada de lado sobre um fundo rosa. Ela tem cabelos loiros longos e ondulados, maquiagem com destaque para olhos levemente delineados e batom rosa claro. Ela está vestindo uma roupa de tecido delicado com alças finas, transmitindo uma aparência suave e glamourosa.A Short n’ Sweet Tour! é a primeira turnê de arena da cantora (Foto: Sabrina Carpenter)

Marcela Jardim

Com os hits Espresso, Please Please Please e Taste, o sexto álbum da cantora Sabrina Carpenter ganhou uma turnê mundial com prováveis datas na América Latina. Short n’ Sweet foi lançado em Agosto de 2024 e conta com 12 faixas cuidadosamente produzidas, revelando uma maturidade artística impressionante. O single Taste teve um videoclipe muito bem executado, protagonizado pela artista junto a atriz Jenna Ortega, e conta com mais de 100 milhões de visualizações no Youtube em menos de três meses de lançamento. Continue lendo “Na Short n’ Sweet Tour!, Sabrina Carpenter choca a crítica e fãs com performances intensas”