Há 5 anos, Adoráveis Mulheres definia o que é irmandade

Cena do filme Adoráveis Mulheres. Na imagem, há quatro mulheres abraçadas. Elas estão na sala de casa, que possui decorações de natal. Da esquerda para direita, há uma mulher branca de cabelos castanhos escuros com uma blusa bege, uma mulher branca de cabelos ruivos e curtos com uma blusa azul, uma mulher branca usando uma blusa cinza com listra amarela e de cabelos ruivos com franja e uma mulher ruiva de cabelos longos utilizando uma blusa com estampa azul e laranja.
Relação entre irmãs é introdução, desenvolvimento e referência no universo repaginado por Greta Gerwig (Foto: Sony Pictures)

Guilherme Machado Leal

Em 2019, Greta Gerwig lançou a sua versão do clássico Mulherzinhas. A obra, baseada no romance escrito por Louisa May Alcott, é uma das inúmeras adaptações da história que acompanha as irmãs March durante a Guerra de Secessão nos Estados Unidos. Por ser uma trama que já foi retratada nos cinemas  e na Televisão, a diretora tinha um caminho árduo a percorrer: ampliar a discussão acerca dos temas discutidos pela autora. No mundo das Adoráveis Mulheres, a generosidade é quem dita a ação das personagens.

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O Desmoronar da Casa dos Sonhos em Barbie

A foto é uma cena do filme Barbie. Nela, temos a atriz Margot Robbie centralizada. Ela é loira, tem olhos claros e usa um chapéu branco de cowboy, além de uma bandana rosa amarrada no pescoço e um brinco prata. Ela está com uma feição séria e uma lágrima escorre do seu olho direito. O frame possui um ângulo fechado, e só é possível ver no fundo desfocado o que aparenta ser um subúrbio.
“Graças à Barbie, todos os problemas do feminismo foram resolvidos” (Foto: Warner Bros Pictures)

Amabile Zioli e Clara Sganzerla

Desde o começo dos tempos, quando a primeira garotinha surgiu, existem bonecas. Porém, elas eram sempre, e para sempre, bebês… Até a chegada da Barbie. Feita de plástico, com cabelos loiros, cintura fina e olhos azuis, a criação de Ruth Handler mudou o inexorável destino da maternidade e expandiu os horizontes – fique tranquila, você também pode brincar de ser designer de moda, astronauta, cantora ou jogadora de futebol. 60 anos nos separam desse marco histórico e Margot Robbie embarca em Barbie para um dos maiores triunfos de sua carreira, nos mostrando que o brinquedo mais famoso do mundo tinha uma história para contar.

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Em Ruído Branco, o mundo real é uma simulação

Em parceria com a A24, Ruído Branco estreou no Festival de Veneza e chegou à Netflix no penúltimo dia de 2022 (Foto: Netflix)

Bruno Andrade

“Consumista” já foi a palavra de ordem de uma geração que, em um passo ousado, julgava os relativos perigos de uma sociedade descontrolada – talvez como consequência direta da mudança social dos anos 1960, cuja virada cultural permanente se estabeleceu e desembocou no mal-estar das décadas seguintes. Mas o fato é que o julgamento parecia resfriar-se em um sólido cenário teórico, e ironicamente se perpetuava, muitas vezes, por aqueles que o apontavam. O consumo estava em toda parte. Em Ruído Branco, adaptação dirigida por Noah Baumbach do clássico homônimo de Don DeLillo publicado em 1985, outras facetas do consumo – para além da alienação – ganham espaço: o entretenimento vulgar, o delírio e a paranoia.

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