Há 35 anos, Seinfeld revolucionava as sitcoms e mudava a Televisão norte-americana

A imagem mostra quatro pessoas em um ambiente interno, com expressões faciais que sugerem surpresa ou preocupação. À esquerda, um homem com cabelo volumoso parece olhar fixamente para algo fora do quadro. Ao lado dele, outro homem de óculos se inclina levemente para frente, parecendo intrigado. No centro, um homem vestindo uma camisa vermelha está virado parcialmente de costas, e à direita, uma mulher com a boca aberta coloca a mão próxima ao rosto, demonstrando espanto. O cenário inclui móveis e prateleiras ao fundo, criando um ambiente casual e descontraído
Seinfeld é um exemplo de como a televisão pode capturar a essência de uma era e, ao mesmo tempo transcender os limites temporais (Foto: Netflix)

Rafael Gomes

Em Julho de 1989, a NBC exibia o primeiro episódio de Seinfeld. No ar durante 9 anos, a série gerou um enorme impacto na Televisão e no humor, modificando como o gênero é apresentado e percebido pelos espectadores. O programa se tornou uma referência na Comédia situacional 35 anos atrás e se mantém relevante até os dias de hoje – em 2019, a Netflix pagou 500 milhões de dólares pelos direitos do programa.

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35 anos de Disintegration: The Cure e a cura para todos os momentos

Aviso: o seguinte texto discursa sobre temas que podem se tornar gatilhos para algumas pessoas que sofrem/sofreram com dependência por uso de álcool e depressão.

Texto Alternativo: Capa do álbum Disintegration da banda The Cure. A imagem possui um fundo preto onde no centro podemos ver um homem branco, com o rosto pálido olhando para cima. Ele possui cabelos pretos, seus olhos estão com lápis de olho na cor preta e usa batom vermelho nos lábios. Apenas seus ombros estão à mostra, com uma camisa também branca. Ao redor do homem temos sombras de diversos tipos de flores, mas algumas se encontram visíveis. No topo da imagem, acima do homem, podemos ler “The Cure - Disintegration” em letras de forma e caixa alta na cor vermelha.
“Às vezes você me faz sentir/Como se eu vivesse na beira do mundo” (Foto: Fiction Records)

Marina Iwashita Canelas

Se por um lado, as cidades industriais inglesas do final da década de 1970 à metade de 1980 já tivessem tido dias mais coloridos, por outro, a sua cena musical era visualmente escura, com neblina e lápis preto nos olhos. Foi em uma apresentação pouco concorrida dos Sex Pistols no Lesser Free Trade Hall, em Manchester, que os fãs ali presentes posteriormente formariam bandas do movimento post punk, como o Joy Division e The Cure

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35 anos depois, Ferris Bueller permanece Curtindo a Vida Adoidado

Foto retangular de uma cena de Matthew Broderick no filme Curtindo a Vida Adoidado. Ele é branco, de cabelos pretos curtos e lisos. O personagem veste um roupão listrado vermelho e cinza. Ele fala ao telefone sem fio antigo branco, segurando-o com a mão direita. Com a mão direita, ele segura um copo de suco amarelo. Em seu colo, está um jornal. Ele está sentado em uma cadeira inclinável dourada. Ao fundo, há folhagens verdes.
Anos se passam e a gente ainda quer um dia de folga igual ao de Ferris Bueller (Foto: Paramount Pictures)

Ana Laura Ferreira e Júlia Paes de Arruda

Nos últimos anos, pudemos sentir uma enxurrada de influências oitentistas tomar conta de nossas vidas, indo desde o Cinema até a Moda. O estilo saudosista e a visita aos grandes clássicos do passado mostram apenas como a cultura é cíclica, se utilizando do que já foi criado para inspirar a inovação. Dentre as inúmeras referências que poderíamos coletar dessa grande nostalgia, Curtindo a Vida Adoidado (1986) é uma das mais relevantes, afinal o espírito de Ferris Bueller (Matthew Broderick) ainda se faz presente até mesmo em produções da Marvel. Completando 35 anos em 2021, o longa envelhece como vinho, ganhando cada vez mais nossa devoção.

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Os 35 anos de Karatê Kid II – A Hora da Verdade Continua: a viagem a Okinawa permanece um ícone

Foto retangular de uma cena de Karatê Kid II. Pat Morita e Ralph Macchio estão na foto, próximo a direita. Os dois estão de perfil, sentados. Pat está mais distante da foto. Ele tem 54 anos, é nipo-americano, com poucos cabelos brancos ao redor da cabeça. Ele tem barba e bigode branco. Veste uma regata branca, uma calça bege e um cinto preto. Ele olha para frente e suas mãos se apoiam nos joelhos. Ralph está do seu lado esquerdo. Ele tem 23 anos e cabelos curtos pretos. Ele veste uma camisa xadrez vermelha, de manga comprida, dobradas até o antebraço. Ele olha para frente, seus braços estão apoiados nas pernas, com as mãos cruzadas. O fundo é escuro, com poucos pontos com luz. Vem uma luz amarela de frente para eles, como uma fogueira acesa. 
“Para alguém que não tem piedade, viver é um castigo pior do que morrer” (Foto: Sony Pictures)

Júlia Paes de Arruda

Que a história de Karatê Kid é um marco da cultura dos anos 80, ninguém tem como negar. Dois anos depois do sucesso do primeiro filme, John G. Avildsen lança a continuação da aventura de Daniel LaRusso e seu sensei Miyagi, com um toque mais íntimo e mais carismático. Completando 35 anos, Karatê Kid II – A Hora da Verdade Continua é uma referência para muitos adolescentes e, particularmente, o mais especial de toda a série. 

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35 anos de Cabeça Dinossauro: os Titãs estavam putos da vida

Capa de Cabeça Dinossauro. O título do álbum e a palavra TITÃS estão escritos em vermelho, no topo da imagem. A capa é uma ilustração chamada "Expressão de um homem urrando", em que vemos o rascunho de um homem careca, com a cabeça sobressaltada, orelhas pequenas e olhos quase fechados. Ele está de perfil, com a boca aberta como que em um grito e a língua para fora. Está de perfil.
A capa de Cabeça Dinossauro não ilustrava os membros da banda; no lugar, foi utilizado um acetato de Leonardo da Vinci chamado “Expressão de um homem urrando” (Foto: Warner Music Brasil)

Caroline Campos

O ano era 1986 e os Titãs estavam irados. O Brasil começava a limpar os pulmões da fuligem dos militares e respirar o ar fresco da democracia quando, em 25 de junho, Cabeça Dinossauro saiu do escuro dos esgotos para fazer barulho na cena musical brasileira e enterrar os fósseis caretas remanescentes dos anos de chumbo. Com 13 faixas, o terceiro álbum da banda que contava com Arnaldo Antunes, Nando Reis, Paulo Miklos, Branco Mello, Tony Bellotto, Sérgio Britto, Charles Gavin e Marcelo Fromer foi uma experiência verdadeiramente punk rock que gritou na cara do sistema capitalista e das instituições hipócritas daquela terra sem lei dos anos 80.

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Ficções: a obra aberta de Jorge Luis Borges

Foto em preto e branco do escritor Jorge Luis Borges. Ele é um homem caucasiano, de cabelos brancos, veste terno preto, camisa branca e gravata preta. Ele mantém a cabeça ereta, enquanto olha para a frente
Ficções é considerado um dos livros mais importantes na carreira do escritor argentino, que faleceu há 35 anos (Foto: Ferdinando Scianna/Magnum Photos)

Bruno Andrade

Nos círculos literários, os autores são geralmente mensurados por seus romances. O tempo demandado, a prosa, a estética, o intuito, tudo isso é levado em consideração. Mas diferente dos romances — e parafraseando Julio Cortázar —, os contos não vencem por pontos, e sim por nocaute. Mesmo sem nunca ter escrito um romance, Jorge Luis Borges figura na lista dos maiores escritores de todos os tempos. Falecido em 14 de junho de 1986, a morte do autor completa 35 anos.

Borges nasceu em 24 de agosto de 1899 — fato que permitiu ao escritor classificar-se como “um homem do século 19” —, em Buenos Aires. Antes de aprender o espanhol, foi alfabetizado em inglês. Começou sua carreira como poeta, publicando seu primeiro livro, Fervor de Buenos Aires, em 1923. Depois publicou ensaios e, mais tarde, em 1935, publicou sua primeira coleção de contos, História universal da infâmia. A obra que daria projeção internacional ao autor seria publicada em 1944, cujo nome não poderia ser mais apropriado: Ficções.

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Há 35 anos, A Garota de Rosa Shocking marcava uma nova geração de clichês adolescentes

Foto retangular em preto e branco da capa do filme A Garota de Rosa Shocking. Na foto, estão presentes Andrew McCarthy, Molly Ringwald e Jon Cryer, respectivamente. Eles estão entre duas colunas de tijolos, com uma porta ao fundo. Andrew e Jon mais em cima, com o corte da foto na cintura, e Molly mais embaixo, com o corte da foto próximo aos ombros. Andrew é um homem de cabelos lisos e veste uma camisa com paletó. Jon veste uma camisa com a gola pra cima e um paletó com um bolso no lado esquerdo com um cifrão bordado e um óculos redondo pendurado. A sua mão esquerda está na frente do corpo, próximo ao bolso, e ele usa três anéis (um no indicador, um no dedo do meio e no dedo mínimo). Molly é uma mulher de cabelos ondulados curtos. Ela usa duas correntes no pescoço e sua roupa está preenchida com a cor rosa. No lado esquerdo, há uma faixa preta escrito “pretty in” em branco e letras minúsculas, seguido de “pink” em rosa e letras minúsculas.
As cenas na escola em A Garota de Rosa Shocking (no original, Pretty in Pink) foram filmadas no mesmo colégio de Grease – Nos Tempos da Brilhantina (Foto: Reprodução)

Júlia Paes de Arruda

Brooklyn, 1986. Lionel Richie e Madonna bombavam nas rádios com seus grandes sucessos. Ronald Reagan era presidente dos Estados Unidos. Todos ainda estavam angustiados com a passagem do Cometa Halley. É nesse cenário que John Hughes aposta suas fichas em A Garota de Rosa Shocking, após o grande sucesso de Gatinhas e Gatões. Completando 35 anos, o filme continua a encantar pela fórmula carro-chefe do produtor, mesmo que seu método de trabalho seja muito duvidoso.

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35 anos depois, O Clube dos Cinco não é mais tão bizarro assim

A imagem é uma fotografia dos personagens do filme, em frente à um armário escolar vermelho. Da esquerda para a direita estão: John, Allison, Andrew, Claire e Brian. John é um homem branco de cabelos castanhos lisos um pouco acima do ombro, ele usa um óculos escuro, jaqueta jeans, uma camisa xadrez vermelha e uma calça preta. John está encostado no armário, com o joelho direito dobrado. Allison é uma mulher branca, de cabelos castanhos curtos e franja, ela veste uma blusa preta de mangas compridas e uma saia cinza. Allison está sentada no chão, de joelhos dobrados em frente ao peito. Andrew é um homem branco de cabelos loiros curtos, ele veste um casaco azul estilo college, uma camiseta azul clara, uma calça jeans e tênis branco. Andrew está encostado no armário, com as pernas e braços cruzados. Claire é uma mulher banca, de cabelos ruivos acima dos ombros, ela veste uma blusa rosa, uma saia marrom e botas marrons. Claire está encostada no armário, com os braços cruzados para trás e as pernas também cruzadas. Brian é um homem branco com cabelos loiros curtos, ele veste uma blusa verde escura de mangas compridas, calças bege e um par de tênis azuis. Brian está encostado no armário, com a mão esquerda segurando seu pulso direito.
O clássico cult de John Hughes perdeu um pouco da sua essência nos dias atuais (Foto: Reprodução)

Vitória Silva

Sábado, dia 24 de março, 1984

Há pouco mais de 36 anos, cinco adolescentes foram convocados para um sábado de detenção na escola. Entre eles, uma patricinha, um atleta, um nerd, uma esquisitona e um rebelde. Cinco jovens com cinco personalidades totalmente distintas, e mais coisas em comum do que eles poderiam imaginar.

O filme que conta essa história foi lançado somente em 1985, 35 anos atrás, e assinado pelo diretor e roteirista John Hughes. Dono de outras grandes produções oitentistas, como Gatinhas e Gatões e Curtindo a Vida Adoidado, o legado do cineasta se consolidou, de fato, com O Clube dos Cinco, que se tornou um clássico cult anos depois.

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