5 anos atrás, Todd Phillips escavou a filmografia de Scorsese na construção do Coringa

No centro está o Coringa, com cabelos verdes, a cara pintada de branca, a boca pintada de vermelha, assim como a ponta no nariz. Os olhos estão pintados de azul e acima deles há um risco em vermelho. O personagem está com uma roupa vermelha e está de lado para a câmera, com um olhar de irritação.
Joaquin Phoenix ganhou o Oscar de Melhor Ator por seu papel em Coringa (Foto: Warner Bros. Pictures)

Guilherme Moraes

Ainda que o Cinema de blockbusters não esteja tão aberto a olhar para o audiovisual e sua história como matéria prima, isso é algo essencial na construção de um filme. George Lucas idealizou Star Wars (1977) a partir das obras de samurai japonesas do meio do século XX; Tim Burton se inspirou no expressionismo alemão para dar vida a Batman (1989). Enquanto isso, na atualidade, as grandes franquias e as superproduções se sentem satisfeitas em apenas utilizar suas referências como um artifício de satisfação pessoal para o público que irá entender o significado, além de que, normalmente, eles se auto-referenciam, não explorando o que há de melhor na arte. Por sorte, Todd Phillips entendeu o quão rico pode ser vasculhar a história da linguagem e dialogar com ideias originais. Dessa forma, há cinco anos, ele escavou a filmografia de Martin Scorsese e construiu sua própria versão do Coringa.

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Há 5 anos, Norman Fucking Rockwell! consagrava Lana Del Rey como uma das melhores compositoras do século XXI

Na imagem da capa do álbum 'Norman Fucking Rockwell!', vemos a cantora Lana Del Rey ao lado de Duke Nicholson. Ambos estão em um barco com o mar e o céu azul ao fundo. Lana veste uma blusa verde neon e estende a mão para frente, com uma expressão esperançosa olhando para a frente. Duke, vestido com uma camisa preta e calças brancas, está ligeiramente à frente, estendendo o braço em direção ao horizonte, como se estivesse apontando algo à distância. Atrás deles, uma bandeira americana está parcialmente visível, flamulando no vento. Ao fundo, também é possível ver uma cidade em chamas, provavelmente Los Angeles. O título do álbum está posicionado no canto superior esquerdo em um estilo que lembra uma explosão de quadrinhos, e as iniciais 'LDR' (Lana Del Rey) estão no canto inferior direito, em um estilo semelhante.
Na capa de Norman Fucking Rockwell!, Lana Del Rey e Duke Nicholson, neto do ator Jack Nicholson, navegam em direção ao horizonte, fugindo da nostalgia norte-americana em chamas (Foto: Interscope Records)

Arthur Caires

Caramba, moleque/Você me fodeu tão gostoso que eu quase disse ‘Eu te amo’” é a primeira frase que Lana Del Rey diz em seu sexto álbum de estúdio, Norman Fucking Rockwell!. A letra faz parte da faixa-homônima do disco, cujo nome é referência ao famoso pintor do século XX, conhecido pela sua representação do American Dream. Em meio a uma bela produção orquestral, Del Rey canta sobre esse homem prepotente, autodepreciativo, tóxico emocionalmente e, bem, um homem. É a forma brilhante que a artista encontra de introduzir a temática que irá se estender: uma reflexão sobre o mundo contemporâneo sob suas lentes melancólicas, ambientalizada na Califórnia da década de 1960.

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5 anos de Marighella e a contestação de uma narrativa única

[Texto alternativo: O ator Seu Jorge, interpretando Carlos Marighella, está localizado no centro da foto, olhando para seu filho Carlinhos, à esquerda. Ao fundo, há um céu nublado e acinzentado.]
A produção passa por quatro dos 58 anos vividos por aquele que era o ‘inimigo número um do Brasil’ (Foto: O2 Filmes)
Maria Clara Alves

Tão emblemática quanto polêmica, Marighella, cinebiografia dirigida por Wagner Moura, completa cinco anos em Novembro de 2024. Inspirado no livro Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo, de Mário Magalhães, o filme foi o primeiro trabalho do ator como diretor de Cinema e emplacou como uma de suas produções mais complexas, desafiadoras e, sobretudo, emocionantes. A partir do fascínio do cineasta por movimentos populares de resistência, fica claro que o longa-metragem foi pensado a partir da necessidade de recontar a história da Ditadura Militar por um ponto de vista mais vermelho e visceral.

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Há cinco anos, Taylor Swift achava que tinha encontrado seu amor dourado em Lover

Imagem da capa do álbum Lover de Taylor Swift. Taylor está vestindo uma camiseta branca, com mechas azuis em seu cabelo loiro. Ela tem um desenho de coração em glitter rosa ao redor de um dos olhos. O fundo é um céu com nuvens em tons de rosa, roxo e azul. A palavra Lover está escrita em glitter rosa no topo da imagem.
Taylor Swift dá adeus à escuridão de reputation e ressurge nas cores pasteis de um dia ensolarado (Foto: Valheria Rocha)

Arthur Caires

Ao contrário do que a era reputation (2017) proclamava, a “antiga Taylor” não estava morta, e ela ressurgiria mais forte do que nunca em Lover, de 2019. Deixando para trás a escuridão, as cobras e os dramas públicos, o sétimo álbum de estúdio de Taylor Swift abraça a luz do dia, borboletas coloridas e o amor em suas várias formas. É um retorno à forma da artista, que focou em lembrar ao público geral que a cantora de All Too Well ainda tinha as características que todos amavam: compositora, sonhadora e verdadeira consigo mesma.

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Há 5 anos, Era Uma Vez em… Hollywood nos envolvia em um sonho californiano

Cena de Era Uma Vez em… Hollywood. Brad Pitt segue Leonardo DiCaprio por sua garagem com dois carros ao fundo enquanto o personagem de DiCaprio gesticula com os braços abertos.
Segundo Brad Pitt, Tarantino é “tão purista que não há imagens computadorizadas em suas obras” (Foto: Sony Pictures)

Bianca Costa

Era Uma Vez em… Hollywood, a nona e mais recente obra de Quentin Tarantino, está completando cinco anos de estreia. Com dez indicações ao Oscar 2020, o longa ganhou as estatuetas douradas de Melhor Direção de Arte, assinada por Barbara Ling, e de Melhor Ator Coadjuvante para Brad Pitt. O filme é uma envolvente viagem no tempo para uma idealizada e ensolarada Califórnia na década de 1960, onde o diretor utiliza calmamente o cotidiano para expressar seu amor pela Sétima Arte, retratando um cenário que respira Cinema.

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Íntimo e poderoso: cinco anos de thank u, next

Capa do álbum "thank u, next" da cantora Ariana Grande. Ela está deitada de costas, parcialmente de cabeça para baixo na imagem. Ariana está com os olhos fechados e um sorriso suave nos lábios. Ela usa um batom escuro, um delineado preto e seu cabelo comprido está solto, caindo para baixo. No pescoço e no peito de Ariana, há escritas em preto, formando o nome do álbum. O fundo da imagem é de uma cor pastel suave, um tom de rosa claro.
Após um ano conturbado, Ariana Grande apresentou ao mundo o grandioso thank u, next (Foto: Alfredo Flores)

Guilherme Barbosa

Dois anos após o lançamento de um de seus álbuns mais majestosos, o Dangerous Woman, Ariana Grande lançou o doce Sweetener. Mas foi apenas seis meses depois, em Fevereiro de 2019, que ela apresentou ao público um de seus trabalhos mais poderosos, íntimos e bem sucedidos de toda sua carreira. thank u, next, seu quinto disco de estúdio, nasceu após um ano conturbado e movimentado na vida da cantora.

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Há cinco anos, Vidro juntou os retalhos das páginas dos quadrinhos e nós rasgamos

Na imagem, em primeiro plano no canto direito, está o personagem Sr.Vidro andando de cadeira de rodas. Ele veste um terno roxo, por dentro usa uma camisa e uma faixa branca no pescoço, ambos na cor branca. Um broche com a letra E está encaixado no peito. Sr.Vidro é um homem negro, na faixa dos 70 anos, com barba rala e cabelos crespos grisalhos. Ele está num corredor amarelo de uma clínica. Atrás dele em desfoque tem uma luta entre a personagem a Fera e funcionários da clínica.
Vidro arrecadou 247 milhões de dólares em bilheteria ao redor do mundo (Foto: Universal Studios)

Davi Marcelgo

Em 2019, enquanto o mundo se encantava com Vingadores: Ultimato durante o verão americano, em Janeiro daquele mesmo ano, Vidro de M. Night Shyamalan chegava aos cinemas, porém com a recepção bem menos calorosa em comparação ao apogeu do MCU. Sem pirotecnia ou confrontos de seres megalomaníacos, a terceira parte da trilogia encabeçada pelo ‘novo Spielberg’ se manteve no cerne da filosofia de super-heróis e regressou às origens das histórias infantis. Distraídos pela viagem no tempo de Capitão América e equipe, o público não soube ‘dar muita corda’ ao filme, mas por quê?  

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Entre encontros e reencontros, The L Word: Geração Q retoma o significado do amor entre mulheres

Cena de The L Word: Generation Q. Na imagem vemos parte do elenco da série reunido e se abraçando pelas laterais. Da esquerda para a direita encontra-se Finley, Shane, Alice, Bette, Dani, Sophia e Micah, respectivamente. Finley, mulher branca de cabelos curtos, usa calça marrom clara e camiseta listrada preta, vermelha e verde. Shane, mulher branca de cabelos castanhos curtos, veste uma regata branca e jaqueta de couro preta, em seu pescoço carrega um colar. Alice, mulher branca com cabelos loiros, usa um macacão jeans claro. Bette, mulher biracial de cabelos castanhos cacheados, veste uma calça marrom e uma camiseta social na cor branca que encontra-se com alguns botões desabotoados. Dani, mulher branca de cabelos castanhos escuros compridos, usa um cropped branco com uma amarração na frente com listras pretas e calça preta. Sophia, mulher negra de cabelos pretos cacheados, usa uma camiseta branca florida azul e uma jaqueta preta. Micah, homem de pele branca e cabelos pretos curtos, veste uma camiseta de botão na cor roxa estampada com desenhos em formato de V. Todos estão com sorriso no rosto. Ao fundo é possível ver uma placa azul “Welcome to SilverLake Sunset Junction” escrita em letras brancas e árvores verdes com flores rosas. O céu está na cor amarela e azul claro.
The L Word: Generation Q aborda temas presentes na comunidade LGBTQIA+ (Foto: Showtime)

Vitória Borges

Desde sua estreia em 2004, The L Word estabeleceu-se como um marco na representação LBGTQIA+ na Televisão. A série, que durou até o ano de 2009, conta a história de um grupo de amigas lésbicas e bissexuais que vivem na cidade de Los Angeles. O seriado tem dramas quentes, provocativos e repleto de diálogos inteligentes e personagens ricamente desenhados.

Aclamada por alguns e odiada por outros, The L Word: Generation Q (no original) nasce como uma continuação do seriado icônico. A obra, lançada quase 15 anos após a primeira, retoma sua narrativa e retorna com personagens excepcionais como Bette Porter (Jennifer Beals), Alice Pieszecki (Leisha Hailey) e Shane McCutcheon (Katherine Moennig).

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Há cinco anos, Billie Eilish mostrava seus pesadelos com WHEN WE ALL FALL ASLEEP, WHERE DO WE GO?

Capa do álbum When We All Fall Asleep, Where Do We Go?, no centro há uma cama branca com edredom, lençol e travesseiro branco. Na beira da cama está a cantora Billie Eilish, uma mulher branca de cabelos escuros. Ela está usando meias, calça e camiseta branca. Seus olhos estão completamente brancos e ela sorri.
Há cinco anos, a cantora lançou seu primeiro álbum que a tornou a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio de Álbum do Ano no Grammy (Foto: Kenneth Cappello)

Guilherme Barbosa

Billie Eilish entrou para a história em 2020, na 62ª edição do Grammy Awards, quando seu álbum de estreia aclamado, WHEN WE ALL FALL ASLEEP, WHERE DO WE GO?, ganhou o prêmio de Álbum do Ano, o que a tornou a garota mais jovem a conquistar essa categoria. Ao longo das 14 faixas que compõem o disco, a artista navegou por diferentes sentimentos, desde os melancólicos até os mais obscuros.

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Há 5 anos, YMA provou que o essencial é invisível a um Par de Olhos

Capa do álbum Par de Olhos. O fundo é totalmente vermelho. No centro da imagem, está YMA, uma mulher adulta branca de cabelos castanhos. Ela está vendada por um pano vermelho e veste uma blusa de manga comprida vermelha. Na frente de YMA, há dois recipientes de vidro contendo um líquido vermelho.
Par de Olhos é uma demonstração do fato de que existe, sim, amor em São Paulo (Foto: Gabriela Schmidt)

Ana Cegatti

As noitadas paulistanas sempre soaram como um chiado irritante para os que estão acostumados a levantar a cabeça e enxergar, sem dificuldades, o azul do céu. É como se as buzinas responsáveis por matutar uma pressa assídua nunca estivessem na mesma frequência das galinhas que cismam, ou melhor, ciscam incansavelmente diante de um tédio infinito. Afinal, aquilo que se escuta na metrópole é mero barulho ou pode ser tão íntimo quanto uma conversa entre crianças interioranas na sarjeta? Em 2019, a cantora e compositora YMA juntou o melhor dos dois mundos em seu álbum de estreia, Par de Olhos, ao criar um cenário no qual os sons artificiais da cidade grande são, literalmente, música para os ouvidos dos que temem sair da moita e se revelar demais diante das luzes vermelhas metropolitanas. 

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