Corisco e Dadá: o Terror à luz do dia revive em alta definição

Na imagem, vemos Chico Diaz e Dira Paes interpretando os personagens Corisco e Dadá no filme Corisco e Dadá. Corisco, ao centro, veste um chapéu típico de cangaceiro, adornado com estrelas de metal e enfeites, com olhar melancólico. Ele usa colares e uma faixa cruzada no peito. Atrás dele, à esquerda, está Dadá, com uma expressão intensa e observadora, também usando um chapéu ornamentado com conchas. Ao fundo, vemos um ambiente de pedras, remetendo à aridez do sertão nordestino, cenário onde a narrativa se desenrola, com luz clara e direta.
Após a emboscada que matou Lampião em 1938, Corisco e Dadá assumiram a liderança no cangaço (Foto: Sereia Filmes)

Henrique Marinhos

A chegada da versão restaurada em 4K de Corisco e Dadá às salas de cinema é uma oportunidade rara de revisitar uma obra que, 28 anos após seu lançamento, continua brutal e relevante. Dirigido por Rosemberg Cariry e estrelado por Chico Diaz e Dira Paes, o filme oferece mais do que uma simples narrativa sobre os últimos suspiros do cangaço: ele é uma meditação sobre violência, fé e resistência. A remasterização, meticulosamente conduzida, redescobre a visão original de Cariry, que sempre tratou o sertão não como mero cenário, mas como um personagem repleto de beleza e Terror, iluminado pela luz crua e implacável do cerrado e pelas cicatrizes deixadas pela aridez da terra ressecada.

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A câmera de Delicada Atração como testemunha de desejo e medo

Cena do filme Delicada AtraçãoNa imagem, o personagem Jamie faz massagens nas costas de Ste, que está deitado de bruços na cama. Jamie é um garoto branco na faixa dos 18 anos, de pele clara e cabelos loiros. Ele veste uma camiseta amarela com estampa vermelha. Ste é um garoto branco na faixa dos 18 anos com o cabelo curto e liso, na cor escura. Ele veste uma camiseta branca e uma samba canção azul e cinza. O quarto é todo azul, paredes, cortinas e lençol de cama. Nas paredes há várias fotos coladas.
O filme foi inspiração para o músico Johnny Hooker compor a canção Flutua (Foto: Film4 Productions)

Davi Marcelgo

Os apartamentos de um subúrbio londrino são palco de opressão e violência. Dentro das paredes de um quarto azul, habita a tranquilidade e doçura de um romance púbere entre dois garotos: Ste (Scott Neal) e Jamie (Glen Berry). No mundo confortável de ambos, dedos passeiam através da pele e a câmera do longa de estreia da diretora Hettie MacDonald (Normal People) revela muito mais do que palavras conseguem. Delicada Atração (Beautiful Thing, no original) é um retrato cru de vivências homoafetivas, mas que não abandona o otimismo. 

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Cuidado! Rock escorregadio e Bon Jovi malicioso: 36 anos de Slippery When Wet

Imagem da arte de capa do disco Slippery When Wet do Bon Jovi. A arte consiste na fotografia de um saco de lixo preto molhado em que o título do álbum pode ser lido. Na parte superior, em letras vermelhas com bordas brancas está o nome da banda de rock.
Lançado no ano anterior, Slippery When Wet foi o disco mais vendido de 1987 (Foto: Mark Weiss)

Nathalia Tetzner

O ano era 1986 e Bon Jovi se deixava escorregar por lugares ainda não explorados com Slippery When Wet, o terceiro projeto em estúdio da banda. Marcadas pela sonoridade do hard rock, as 10 faixas transitam com malícia pela euforia e provocam a sensação de congelar o tempo, atos que explicam as 12 milhões de cópias certificadas pela Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA) e a presença na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall Of Fame. Em 2022, 36 anos desde o seu lançamento, o disco prova a sua atemporalidade com as composições que se tornaram clássicas.

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25 anos depois, Matilda ainda nos faz flutuar

Cena do filme Matilda. Matilda (Mara Wilson) está deitada em uma poltrona lendo um livro, mas olha para frente com uma expressão travessa. Matilda é uma menina caucasiana de cabelos pretos e lisos, usando um macacão jeans por cima de uma camiseta florida, com tênis pretos por cima das meias brancas e um laço vermelho no topo de sua cabeça. Suas pernas estão apoiadas na mão direita da poltrona, tocando a borda esquerda da tela. Matilda apoia seu livro em duas almofadas, uma vermelha com detalhes pretos e outra com uma estampa de onça. A poltrona é de uma cor amarela desbotada.
Nada mais de ser boazinha (Foto: Sony Pictures)

Gabriel Oliveira F. Arruda

Adaptado do famoso livro infantil de Roald Dahl em 1996, Matilda completou 25 anos em 2021 e, mesmo tendo sido um fracasso de bilheteria, o filme produzido, dirigido e estrelado por Danny DeVito marcou todos aqueles que o viram na infância e é, até hoje, adorado pelas gerações que se identificaram com os problemas de sua pequena protagonista. Desprezada por quase todos os adultos que a conheceram, Matilda (Mara Wilson) mergulha em livros para ter amigos, até que sua vida muda ao perceber que possui poderes telecinéticos e decide dar uma lição nas pessoas horríveis que a rodeiam.

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É claro que seu filme de terror favorito é Pânico

Cena do filme Pânico. Nela vemos uma pessoa vestindo um capuz preto e uma máscara branca com olhos pretos e a boca aberta. Há uma faca na mão direita. Na sua frente, e de costas da câmera, há uma mulher loira de cabelo na altura dos ombros. Ela veste um suéter bege. Na mão direita está um telefone branco que ela segura contra a orelha. Há um vidro entre os dois. O fundo é uma sala de jantar.
Em 2021, Pânico celebra 25 anos de sua estreia no mundo do slasher (Foto: Dimension Films)

Ana Júlia Trevisan

Você com certeza já viu essa máscara em algum lugar. Pode não saber sobre o que se trata ou não conhecer o roteiro do filme, mas é certo que conhece a Ghostface. Esse é o efeito Pânico: ser um divisor de águas e marcar de maneira inabalável o Terror apenas por sua identidade visual. Você está sozinha em casa à noite, fazendo pipoca e esperando seu namorado chegar. De repente, o telefone começa a tocar e você se vê dentro de um jogo macabro onde o fim é a morte. Essa é a fenomenal introdução de Scream, a franquia de Wes Craven que colocou o slasher de volta no radar e desmistificou que o subgênero do Horror estava em decadência.

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Kenan e Kel: pega um refrigerante de laranja, um ingresso da loteria, uma fantasia de mariposa e me encontra no zoológico

Foto da série Kenan e Kel. Kenan está a direita. Ele é um homem negro, de cabelos enrolados e usa uma jaqueta marrom. Ao seu lado está Kel, um homem negro com chapéu preto e camisa listrada. Kel toma um refrigerante no canudo. O fundo é azul.
Kenan, o cérebro da dupla, e Kel, o amante de refrigerante de laranja (Foto: Nickelodeon)

Marcela Zogheib

Em 2021, completam-se 25 anos da primeira vez que ouvimos “Kenan e Kel foi gravado nos estúdios da Nickelodeon na Universal Studios em Orlando, Flórida”. A série de dois adolescentes que entram diariamente em confusões e não se desgrudam de jeito nenhum estreou nos Estados Unidos no dia 15 de julho de 1996, e, apesar de ter feito sucesso na sua emissora de origem, conquistou grande parte do público brasileiro pelas reprises nas tardes da Globo, Band e SBT junto com Todo Mundo Odeia o Chris, Um Maluco no Pedaço e Eu, a Patroa e as Crianças.

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