Eis a Mulher Maravilha que temos esperado

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Maria Gabriela Zanotti

E em sua melhor versão. Representatividade, de fato, pode movimentar um público há muito adormecido e desinteressado por mais do mesmo – para quem nunca simpatizou com filmes de super-heróis, as duas horas e vinte minutos de Mulher Maravilha podem assustar. Continue lendo “Eis a Mulher Maravilha que temos esperado”

Os Últimos Dias de Laura Palmer: uma outra Twin Peaks

O filme foi mal recebido em 1992, mas hoje recebe uma nova apreciação. Diferente o bastante da série para incomodar alguns fãs, David Lynch apresenta uma outra perspectiva do universo Twin Peaks.

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Lucas Marques

O longa-metragem Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer, de 1992, era, até este ano, o último vislumbre do universo da série de David Lynch e Mark Frost. Um último gole nada fácil de digerir: Lynch frustra a espera por respostas aos questionamentos deixados em 1991, situando o filme antes da narrativa da série. A obra possui uma estranha relação interna, pois tanto depende que o expectador conheça o material de origem, quanto pede que nós o tratemos como um produto único, quase que desvinculado do seriado. David Lynch, ao quebrar expectativas, reafirma a posição de autor na época mais popular de sua carreira.

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Eraserhead: a grotesca história de um pesadelo real

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Elisa Dias

Quarenta anos atrás, David Lynch lançava ao mundo seu primeiro longa-metragem: Eraserhead. Com roteiro de 21 páginas e cinco anos de filmagens, devido a problemas de financiamento, o filme já começa a revelar, mesmo que de maneira não intencional, uma onda de contrastes – que vão desde a oposição entre claro e escuro aos universos do onírico e do real. Continue lendo “Eraserhead: a grotesca história de um pesadelo real”

Corra! não assusta, mas incomoda

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Egberto Santana Nunes

Apropriação cultural, racismo institucional, a solidão da mulher negra, relacionamentos inter-raciais. Podemos dizer que, pelo menos nos últimos 20 anos, nunca essas questões foram tão debatidas e tiradas do tabu quanto tem sido agora. E é claro que tais pautas seriam usadas – como sempre foram – pela sétima arte. Os últimos bons exemplos foram Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016) que debate a busca por identidade enquanto homem negro e gay e o documentário indicado ao Oscar Eu Não Sou Seu Negro, que conta a história de James Baldwin a partir de um manuscrito inacabado do escritor, tal como a trajetória de luta de Malcolm X, Medgar Evers e Martin Luther King Jr., ativistas pelos direitos dos negros nos EUA. Agora o mais novo lançamento nos cinemas americanos inova ao debater o racismo disfarçado e os relacionamentos inter-raciais por uma ótica diferente, o terror.

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A Bela e a Fera: Sentimentos são fáceis de mudar, filmes nem tanto

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Aline Barbosa

Após o grande sucesso da animação A Bela e a Fera de 1991, que não só arrecadou mais de 400 milhões de dólares nas bilheteria, como também foi a primeira animação da Disney a ser adaptada para musical da Broadway, era de se esperar que o live-action, proposto para 2017, fosse ansiosamente esperado pelo público.

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O poderoso chefinho tem um bom enredo, mas está longe de ser memorável

Roubando a atenção e a cena – O chefinho é a alma do longa
Roubando a atenção e a cena – O chefinho é a alma do longa

Guilherme Hansen

Todos já sabem que a Disney é soberana em suas animações, tanto na qualidade gráfica, como em seus roteiros e sinopses. Porém, a Dreamworks não deixa por menos e surpreende com histórias muito atrativas para as crianças. O Poderoso Chefinho, lançado no último dia 30 de março e dirigido por Tom McGrath (Madagascar, Megamente), é um bom exemplo de enredo interessante, apesar de simples.

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Ghost in the Shell: Bonito, mas sem alma

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Matheus Fernandes

As canônicas adaptações do teatro e da literatura ao cinema já foram consideradas, injustamente, uma afronta à pureza do cinema como forma de arte, situação explanada no artigo “Por um cinema impuro – Defesa da adaptação”, de André Bazin, onde o teórico aborda essa relação entre linguagens como essencial para o progresso do cinema. Atualmente, as adaptações de quadrinhos dominam o cinema mainstream, fortalecendo as duas indústrias, apesar da divisão na crítica. Ainda assim, em busca de novas histórias e públicos, já planejando o fim da era dos super heróis, Hollywood se aproxima cada vez mais de outras fontes, especificamente os videogames e o universo japonês dos animes e mangás.

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O Ornitólogo e a naturalização do desejo

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Adriano Arrigo

Pouquíssimos compreenderam a performance da atriz transexual Viviany Beleboni na Parada Gay de São Paulo, em 2015. Naquele ano, ela se vestiu de Jesus Cristo para denunciar a morte e o martírio de transexuais no Brasil, o país mais letal para essas pessoas no mundo. Após sua encenação, Viviany viria a colocar sua vida em jogo, quando fora esfaqueada por dois homens ao sair sozinha de casa para ir ao supermercado. “Falavam em Romanos (o livro da Bíblia) e coisas como ‘não te deitarás com um homem, como se fosse mulher’, muitas palavras que não entendia, como se fosse em outro idioma”, contou em uma entrevista. Continue lendo “O Ornitólogo e a naturalização do desejo”

O Poderoso Chefão: ainda uma oferta irrecusável

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Gabriel Leite Ferreira e Nilo Vieira

Segundo Francis Ford Coppola, um termo-chave que defina o tema de suas produções é crucial para seu desenvolvimento – para ele, “sucessão” seria a escolha em relação à sua obra mais celebrada, O Poderoso Chefão (1972). Não há como negar que se trata de uma opção acertada, mas outra palavra parece fazer maior justiça: contradição. Continue lendo “O Poderoso Chefão: ainda uma oferta irrecusável”

Trainspotting 2: Quando a crise dos 40 atinge os junkies

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Bárbara Alcântara

Em 1996, o mundo assistia, maravilhado, ao mergulho que o jovem Mark Renton (Ewan McGregor) dava na “pior privada da Escócia”, em busca dos supositórios de ópio que havia introduzido em (mais uma) tentativa de abandonar o vício em heroína. Esse foi Trainspotting: as epopeias de quatro amigos de infância numa Edimburgo psicodélica, passando de bar em bar (e biqueira em biqueira), afogando em copos e agulhas as desilusões e insatisfações com o ideal de vida que lhes era enfiado goela abaixo. Continue lendo “Trainspotting 2: Quando a crise dos 40 atinge os junkies”