A Liga da Justiça de Zack Snyder não foi feita para você

Cena do Snyder Cut. Na cena, vemos Diana segurando uma flecha. Ela é branca, tem pele clara e cabelo escuro preso num coque, veste roupas pretas e olha para o horizonte com expressão de preocupação. O cenário ao fundo está desfocado mas podemos ver ruínas de templos de mármore branco.
Lançada 4 anos depois de sua concepção, a Liga da Justiça de Zack Snyder é mais que um reles exercício de ego, é uma demonstração de empatia (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

A Liga da Justiça de Zack Snyder não foi feita para você. E nem para mim. Por mais que a liberação do filme tenha acontecido pelo apoio massivo dos fãs do diretor, as quatro horas e dois minutos de exibição não são destinadas a ninguém além de Autumn Snyder. A jovem filha do cineasta se suicidou enquanto os pais trabalhavam na primeira versão da aventura da Liga. A tragédia familiar afastou Zack do controle criativo dos personagens, logo em seguida veio a contratação do crápula Joss Whedon e a finalização do longa de 2017 naquele misto de martírio e bugiganga defeituosa.

Continue lendo “A Liga da Justiça de Zack Snyder não foi feita para você”

Mulher Maravilha 1984 é a linha tênue entre expectativas e realidade

A imagem mostra Gal Gadot como Mulher Maravilha. Ela usa uma armadura dourada e tem os cabelos pretos soltos por baixo de um capacete com formato de águia. Ao findo vemos asas desfocadas nas cores azul, verde, vermelho e amarelo. Em um primeiro plano há o laço da verdade brilhando.
“A grandeza não é o que você pensa” (Foto: Reprodução)

Ana Laura Ferreira

“Diana de Themyscira, filha de Hippolitya, Rainha das Amazonas”. Mas e se ela fosse mais do que isso? O que aconteceria se ela saísse definitivamente do santuário destas guerreiras gregas e se mudasse para o “reino dos homens”? Mesmo tendo provado um gostinho dessa adaptação da heroína à um novo cotidiano em Mulher Maravilha (2017), Patty Jenkins torna a trazer Gal Gadot no papel da matadora de deuses, mas dessa fez de forma muito mais habituada, orgânica e organizada em Mulher Maravilha 1984.

Continue lendo “Mulher Maravilha 1984 é a linha tênue entre expectativas e realidade”

Liga da Justiça carece de traços autorais e cai no ordinário

Filme relega a visão de Zack Snyder do Universo DC, mas tampouco é atraente como obra cinematográfica.

Lucas Marques

Dentre tantos defeitos que o primeiro longa-metragem da Liga da Justiça poderia ter, ele possui o pior: ser esquecível. Não há nada mais triste do que presenciar filmes eventos exorbitantemente caros serem tímidos e não despertarem fortes emoções. Também dirigido por Zack Snyder, o antecessor Batman v Superman é uma das obras mais esquizofrênicas que o mainstream já viu – objetivamente pior que Liga da Justiça -, mas ao menos se parece com um filme caro, capaz de gerar amor e ódio. Até hoje as pessoas discutem BvS. De Liga da Justiça não podemos esperar o mesmo. Continue lendo “Liga da Justiça carece de traços autorais e cai no ordinário”