Cineclube Persona – Agosto/2017

Esta é a primeira postagem do Cineclube Persona! Trata-se de uma seleção mensal dos filmes que foram lançados no Brasil no último mês. Porém, diferente da nossa seleção mensal de discos, o Cineclube Persona busca encontrar produções relevantes, mas que não necessariamente agradaram nossos colaboradores.

Para começar, temosas adaptações de Death Note e Valerian para o cinema, a refilmagem do clássico O Estranho que Nós Amávamos e a presença do cinema brasileiro com João, o Maestro e O Filme da Minha Vida.

Confira abaixo nossa seleção.

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But I’m a Cheerleader já dizia: identidade de gênero não tem a ver com orientação sexual

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Bárbara Alcântara

But I’m a Cheerleader (1999) é um filme que, a princípio, parece se tratar do clássico drama da saída do armário. A sinopse: Megan (Natasha Lyonne, a Nicky de Orange is the New Black) é uma adolescente americana padrão. Loira, magra, bonita, líder de torcida, com boas notas, que frequenta a igreja e tem um namorado de dar inveja. Tudo parece caminhar bem em sua vida. Até que ela descobre que a forma que olha para as amigas durante os treinos não é a mesma que olha para seu namorado enquanto o beija; que a atração física que sente é pelas primeiras e, não, pelo segundo – como era o esperado; que os seus gostos e atitudes não são assim tão “padrões”. Megan é lésbica. Continue lendo “But I’m a Cheerleader já dizia: identidade de gênero não tem a ver com orientação sexual”

Dunkirk: a mãe da esperança é a provação

dunkirk christopher nolan war harry styles

Guilherme Reis Mantovani

Christopher Nolan é um dos cineastas mais aclamados da atualidade. Não apenas por seu talento indiscutível e reincidente, mas por sua versatilidade em abordar temáticas diferentes em filmes que mantêm um nível de excelência considerável. Por uma década e meia, uma legião de fãs fervorosos chegou a duvidar de sua capacidade de falhar, sobretudo após obras-primas como Amnésia (2000), A Origem (2010) e Interestelar (2014). Continue lendo “Dunkirk: a mãe da esperança é a provação”

Em Homecoming, o Homem-Aranha volta a empolgar

O novo traje do Homem Aranha traz a tecnologia a serviço do herói/ Marvel Studios/Sony Pictures
O novo traje do Homem Aranha traz a tecnologia a serviço do herói/ Marvel Studios/Sony Pictures

Guilherme Sette

Uma dos super heróis mais populares que existem, o Homem-Aranha retorna aos cinemas pela sexta vez com um título próprio. É o segundo reboot do aranha desde a trilogia de Sam Raimi, os primeiros blockbusters de super-heróis modernos a levarem milhões aos cinemas, e novamente, os produtores encaram uma árdua tarefa de substituir – ou ao menos conquistar algum espaço – no imaginário dos fãs que assistiram ao Peter Parker interpretado como Tobey Maguire. Continue lendo “Em Homecoming, o Homem-Aranha volta a empolgar”

Em Ritmo de Fuga é música para os olhos

GTA: Atlanta City?
GTA: Atlanta City?

Nilo Vieira

Após a estreia em cinemas brasileiros ontem (27), as comparações mais constantes em críticas sobre Baby Driver (ou Em Ritmo de Fuga) serão com o clássico Cães de Aluguel (1992) e/ou a obra-prima de Nicolas Winding Refn, Drive (2011). Justo, dado a proposta comum de uma violência classuda em todos. No entanto, estes paralelos parecem tirar o foco do real diferencial do novo filme de Edgar Wright: a abordagem da música. Continue lendo “Em Ritmo de Fuga é música para os olhos”

Realidade e ficção em 20 anos de Princesa Mononoke

 

PRINCESS MONONOKE - ANEXO 01 - PÔSTER RETIRADO DO ANDB

Egberto Santana Nunes

Alguns anos antes de levar a estatueta de melhor animação no Oscar de 2003 com o clássico A Viagem de ChihiroHayao Miyazaki batia recordes de bilheteria japonesa há um tempo com Princesa Mononoke. Não é para menos. Completando 20 anos esse ano, o longa procura discutir, sob uma perspectiva fantasiosa, agressiva e dramática, a ação do homem na natureza através de sua guerra ecológica.

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E.T. completa 35 anos e mostra que é imortal

 

E.T. capa

Guilherme Hansen

A simples história de amizade que se tornou um dos filmes mais cultuados de todos os tempos.

Falar de clássicos nunca é uma tarefa fácil, pois é quase impossível explicar o porquê do sucesso de produtos tão aclamados. Porém, para filmes como E.T – O extraterrestre, obra-prima dirigida pelo mestre Steven Spielberg e com recém completos 35 anos de lançamento, a missão se torna um pouco mais palpável. Não dá para não se encantar pelo filme que une, de forma eficiente, qualidade de roteiro e de técnica. Continue lendo “E.T. completa 35 anos e mostra que é imortal”

Sofia Coppola e o necessário reconhecimento das mulheres como cineastas

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Daiane Tadeu

A diretora americana Sofia Coppola venceu o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes que ocorreu no último mês de maio. A cineasta foi premiada pelo filme O estranho que nós amamos, um remake do longa de 1971 dirigido por Don Siegel e baseado no romance A Painted Devil, de Thomas P. Cullinan. Continue lendo “Sofia Coppola e o necessário reconhecimento das mulheres como cineastas”

Ziggy Stardust: há 45 anos, David Bowie entrava de vez para a história

Nilo Vieira

Bastante rústico e ainda obscuro ao grande público, o curta-metragem The Image (1967) é uma produção peculiar na carreira de David Bowie. Primeira aparição do camaleão no cinema, o filme dirigido por Michael Armstrong já mostrava o cantor no papel que marcaria sua trajetória: uma entidade fantástica – bem antes das fábulas de Major Tom no espaço sideral e indagações sobre a existência de vida em Marte. Continue lendo “Ziggy Stardust: há 45 anos, David Bowie entrava de vez para a história”

Sepultura Endurance é um exercício de autoafirmação pela metade

O Sepultura do presente: orgulho e resistência
O Sepultura do presente: orgulho e resistência

Gabriel Leite Ferreira

Manter-se relevante por mais de três décadas no show business é proeza para poucos. O Sepultura, mais do que ninguém, tem plena noção disso. Do início precário em Minas Gerais ao posto de uma das maiores bandas de heavy metal do mundo e os atritos posteriores, a banda fundada pelos irmãos Cavalera superou barreiras até então intransponíveis – e ainda hoje, sob a batuta do guitarrista Andreas Kisser, não pode se dar ao luxo de se acomodar como outras bandas do segmento. Logo, batizar um documentário sobre a trajetória do grupo como Sepultura Endurance (do inglês “resistência”) é, no mínimo, adequado; o problema é que o material não faz jus à carreira do Sepultura do Brasil.  Continue lendo “Sepultura Endurance é um exercício de autoafirmação pela metade”