Ingrid Vai Para o Oeste: o uso descontrolado do Instagram

Uma trama adolescente com críticas preocupantes em relação ao abuso das redes sociais (Foto: Reprodução)

Gabriel Gomes Santana

Lançado em 2017 pela Star Thrower Entertainment, Ingrid Vai Para o Oeste (2017)  vem causando muitas reflexões sobre o poder de influência das redes sociais no estado de saúde mental de seus usuários. Adicionado no início de maio no catálogo da Netflix, o filme retrata o descontrole obsessivo de Ingrid Thorburn perante o seu uso do Instagram. Além de trazer Matt Spicer na direção, a obra ainda conta com o protagonismo de Aubrey Plaza e Elizabeth Olsen.

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Expresso do Amanhã: série retorna com distopia moderna e conserta furos do passado 

Em uma discussão sobre direitos básicos, a série apresenta diversos momentos de tensão (Foto: Reprodução)

Letícia Machado

Adaptado da graphic novel de 1982, Le Transperceneige de Jacques Lob, Benjamin Legrand e Jean-Marc Rochette, não é a primeira vez que O Expresso do Amanhã, ou Snowpiercer, ganha uma adaptação audiovisualBaseado no filme de mesmo nome, com direção de Bong Joon-ho (Parasita) – vencedor do Oscar de Melhor Diretor e Melhor Filme –, a história se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde após um experimento falhar na tentativa de conter o aquecimento global, a humanidade é praticamente extinta em um congelamento massivo do globo terrestre. 

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Mesmo antes da interatividade, Unbreakable Kimmy Schmidt tomava decisões aleatórias

Lançado em maio nos EUA, o filme só chegou no catálogo nacional da Netflix em agosto, tudo isso pelo atraso da dublagem, consequência da pandemia que vivemos (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista 

Unbreakable Kimmy Schmidt é uma série de lunáticos. Seus criadores Tina Fey e Robert Carlock são filhos do Saturday Night Live, o maior laboratório de malucos que a América filma e televisiona por mais de quatro décadas. De tão extravagante, a trama de Kimmy foi recusada pela NBC e achou casa na Netflix, lar aberto à visões distorcidas e um afinco pelo humor não-convencional. Lançada em 2015, a primeira sitcom da ‘emissora’ rendeu 4 temporadas, finalizando as aventuras da trupe nova iorquina ano passado. 

Junto do anúncio do fim, Fey revelou que desenvolvia um filme interativo que daria continuidade à história. E então Unbreakable Kimmy Schmidt: Kimmy vs. The Reverend chegou com a promessa de colocar quem assiste no controle das decisões dos personagens. Algo que, como o roteiro do seriado cansou de mostrar, já era recorrente da trama: Kimmy Schmidt sempre procurou o caminho mais louco e desmiolado para guiar sua protagonista. A única diferença é que agora temos a ilusão de que nós mesmos apertamos os botões decisivos. 

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Boca a Boca e seus vírus: série combina cor com beijo de língua e epidemia

(Foto: Netflix/Divulgação)

Victória Rangel

Línguas, línguas e mais línguas… É o que você vai ver logo no primeiro episódio de Boca a Boca. A série fala de um grupo que, como bons jovens de cidade pequena, tem que escapar atrás de diversão para uma região próxima, mas proibida pelos pais – a chamada Vila, cujos habitantes são tão diferenciados que existe até uma versão brasileira do cantor Will.i.am (do Black Eyed Peas) morando lá. Dá para imaginar uma festa regada a drogas e luzes psicodélicas acontecendo? É nesse contexto mesmo que aparece a principal motivação da série – por meio de muitos e muitos beijos no calor dessa aglomeração, começa a se espalhar a doença misteriosa.

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The Umbrella Academy: heróis diferentes pedem histórias diferentes

A nova temporada de The Umbrella Academy traz personagens mais bem resolvidos num ritmo ideal para a narrativa (Foto: Reprodução)

Vitória Silva

Não há uma fórmula perfeita para contar histórias de super-heróis. Desde que os quadrinhos passaram a ter suas narrativas adaptadas para as telas de cinema e da TV, diversas foram as tentativas de abordagem. Nas séries da DC, como Flash e Legends Of Tomorrow, vemos a presença de um tom mais leve e cômico para retratar suas histórias, enquanto as produções da Marvel optam pela seriedade e morbidez, explicitado em Jessica Jones e Demolidor. Já The Umbrella Academy, da Dark Horse, prefere não escolher radicalmente nenhum desses lados, e é a melhor coisa que ela faz.

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The English Game vai além do futebol para retratar as desigualdades sociais entre operários e elite

Conflitos dentro e fora de campo entre os operários e a classe alta da Inglaterra marcam o enredo de The English Game (Foto: Reprodução)

Marcela Franco

As produções audiovisuais voltadas para o esporte estão em alta. A série documental Arremesso Final, que narra a trajetória esportiva do astro do basquete Michael Jornal, comprova tal fato. O seriado foi assistido por mais de 23 milhões de usuários da Netflix fora dos Estados Unidos com apenas um mês de exibição no catálogo do streaming. Outros sucessos contam com F1: Dirigir para Viver e o documentário premiado no Oscar 2018, Ícaro. Assim como essas produções, The English Game leva as emoções do esporte, mas de maneira branda para dar espaço a uma outra premissa.

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Charlize Theron rouba a cena e garante o sucesso de The Old Guard

Com lugar garantido na lista dos dez mais vistos da Netflix, The Old Guard está perto dos 72 milhões de espectadores (Foto: Reprodução)

Vitória Lopes Gomez

“Não é o que o tempo rouba, é o que ele deixa para trás”. Com um trailer recheado de ação e uma pitada de mistério, e contando com ninguém mais ninguém menos que Charlize Theron como protagonista, a Netflix lançou sua nova empreitada: The Old Guard. Cada vez mais apostando em suas produções originais, desde romances adolescentes, como A Barraca do Beijo, e thrillers, como Bird Box, a plataforma arrisca pouco, mas, novamente, garante o entretenimento em seu novo longa de ação.

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#AnneFrank – Vidas Paralelas e a nossa responsabilidade para com a memória do Holocausto

#AnneFrank – Vidas Paralelas (Foto: Reprodução)

Raquel Dutra

75 anos nos separam de Anne Frank, do fim da Segunda Guerra Mundial e do fim do regime nazista na Europa. Historicamente, não estamos longe desta data, mas de forma geral, o Holocausto parece algo distante da maioria dos cidadãos do século XXI. Essa ilusão se dá com razão: é difícil assimilar a estimativa absurda de dezenas de milhões de pessoas que foram perseguidas, torturadas e assassinadas pelo nazismo entre os anos de 1930 e 1945. Também é difícil conceber que tamanha destruição foi arquitetada e executada por mentes e mãos humanas. 

É o que historiadores e psicólogos relembram no documentário #AnneFrank – Vidas Paralelas: nós costumamos distanciar da espécie humana quem esteve por trás do genocídio, mas embora esvaziadas de qualquer noção possível de humanidade, aquelas pessoas ainda eram conscientes de seus próprios atos. Parafraseando Primo Levi, que compartilha suas memórias do Holocausto e discute o conceito de humanidade no livro É isto um homem?, em certa medida, eram mentes e mãos humanas assim como as suas, que agora acompanham meu raciocínio e rolam essa página. Ou como as minhas, que agora organizam ideias e escrevem esse texto. Continue lendo “#AnneFrank – Vidas Paralelas e a nossa responsabilidade para com a memória do Holocausto”

Ayrton Senna: a memória de um campeão

Recém adicionado na Netflix, “Senna: O brasileiro, o herói, o campeão” é um documentário que explora o lado pessoal de Ayrton Senna, um dos maiores pilotos do automobilismo mundial (Foto: Reprodução)

Gabriel Gomes Santana 

Senna: O Brasileiro, o Herói, o Campeão, produção dirigida por Asif Kapadia e vencedora do prêmio BAFTA de Melhor Documentário em 2010, narra sua formação e trajetória ao longo da carreira no automobilismo. Um dos motivos para a obra ter alcançado grande repercussão entre o público, se deve ao fato de que ela soube trabalhar com o principal legado deixado por Senna: a emoção. Sentimento contagiante de um atleta que reconhecia o tamanho de seu potencial e inspirou a todos com o verdadeiro significado da palavra determinação. 

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A Ghost Story: ainda não sabemos o que fazer com o luto

A Ghost Story foi produzido pela queridinha A24, responsável por Corra! (2017) e Euphoria (2019) (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Minha bisavó morreu há pouco tempo. Nunca antes tinha sentido perda tão próxima, nem acolhido o vazio como um velho amigo tão rápido. Não sou chegado em críticas em primeira pessoa, mas ocasiões excepcionais demandam escolhas extraordinárias. Passei muito tempo ‘guardando’ A Ghost Story (2017) para o futuro, mesmo sem saber o porquê. Agora, entendi. O conto de tempo e fantasmas chegou à Netflix e decidi assistir. Encontrei um estudo sobre a solidão e os vazios que preenchemos no mundo, uma história íntima que me ligou pro fato de que ainda não sabemos processar todas essas emoções sem remetente físico. 

Em A Ghost Story, que ganhou o título nacional de Sombras da Vida, conhecemos a rotina de um casal, C (Casey Affleck) e M (Rooney Mara). Longas tomadas deles vivendo numa casinha de campo, ele tocando o piano que veio na mudança e o silêncio do lar. Inesperadamente, C morre e deixa M sozinha. O filme é simples quando fala sobre o tempo e a fragilidade de tudo que nos cerca. C vira um fantasma. Ele vaga pela casa, com um lençol branco cobrindo seu corpo, nunca diz nada. Ele acompanha o luto da esposa, assiste atônito enquanto ela segue em frente.

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