25 anos de Live Through This e o que fazemos com a arte de mulheres monstruosas

Bárbara Alcântara

Courtney Love é e sempre foi uma filha da puta ambiciosa. De certa forma, atingiu o que queria: em 1992, casou-se com Kurt Cobain, um dos grandes ícones da história do rock. Dois anos depois, no dia 12 de abril de 1994, preparava-se para lançar o que é até hoje a sua obra prima, Live Through This, segundo álbum de estúdio da banda Hole, em que era vocalista.

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Trust in the Lifeforce of the Deep Mystery nos leva em uma viagem espacial digna de Sun Ra e Alice Coltrane

A estética espacial e futurista permeia tudo o que envolve o trio londrino, The Comet is Coming da capa, ao visual e principalmente a música. (Foto: Reprodução)

 Frederico Tapia

Shabaka Hutchings vem se estabelecendo como um dos músicos mais intrigantes e criativos da cena de jazz britânica e seu novo álbum se consagra como mais um pedaço da construção dessa reputação. Cena esta que vive seu maior renascimento em termos de novas ideias desde as inovações nos anos 60, tempos de Joe Harriott e Evan Parker.

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Sucker Punch e o delicioso pop de Sigrid

Capa do álbum (Foto: Reprodução)

Jho Brunhara

Quase completando dois anos de lançamento do single Strangers, que alavancou sua carreira, Sigrid finalmente nos apresenta seu debut, Sucker Punch. Apesar da expressão remeter a um soco repentino no inglês, o álbum não soa tão inesperado assim, mas no melhor dos sentidos. Em 12 faixas, a cantora norueguesa de 22 anos não surpreende, e sim confirma seu potencial em ser ótima no que faz.

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Ramones: nasce um monstro no Rainbow Theatre

Capa do álbum It’s Alive (Foto: Reprodução)

Raul Felipe

A maior banda de punk rock de todos os tempos. É dessa maneira que podemos definir os Ramones, os precursores do new wave no cenário musical. Os nova iorquinos do Queens, começaram a carreira no famoso CBGB em Manhanttan. O grupo formado por Joey Ramone, Jhonny Ramone, Dee Dee Ramone e Tommy Ramone estreou em 1976 com um álbum autointitulado, depois vieram Leave Home e o excelente Rocket to Russia.

Foi da junção desses três que surgiu It’s Alive, considerado um dos melhores álbuns ao vivo gravado por uma banda, lançado como disco em primeiro de abril de 1979. A turnê Rocket to Russia – que reunia as melhores músicas dos três álbuns lançados – estacionou em Londres, no Rainbow Theatre, para uma sequência de quatro shows.

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Madvillainy: o rap pode (e deve) ser divertido

Gabriel Leite Ferreira

Madvillainy, o primeiro e único álbum da dupla MF Doom e Madlib, completou 15 anos na última semana e poderia muito bem ter saído ontem. Especialmente em 2018, sua influência ressoou em alto e bom som no hip hop com o some rap songs de Earl Sweatshirt. A produção lo-fi, as canções sem refrão, as letras enigmáticas e o fluxo contínuo entre as faixas: um filho direto da obra-prima de 2004. Os vilões mais daora do pedaço nunca foram tão relevantes.

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Os 50 anos de um novo caminho para o Velvet Underground

O álbum, que completou 50 anos em 1 de março, serve como um divisor de águas no trabalho da banda, conduzida por Lou Reed. Rompendo com a rápida batida, o ritmo das músicas desacelera. É proposta uma nova perspectiva musical para o Velvet Underground.

(Foto: Reprodução)

Anna Araia

 O The Velvet Underground foi fundado em 1966, em Nova Iorque, com liderança de Lou Reed nos vocais e composição das músicas. Em pouco tempo o grupo foi descoberto pelo artista Andy Warhol, que realizou a capa do “disco da banana”. Na contramão da proposta inicial, The Velvet Underground, lançado em 1969, visava atrair o público mainstream alterando a abordagem de certos temas, a batida e a própria composição da banda. Por conta de diversos fatores, é considerado um LP morno, se comparado com os antecessores The Velvet Underground & Nico e White Light/White Heat.

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Ladrão: o resgate das origens

Capa do disco Ladrão, do rapper Djonga. Liberado primeiramente no Youtube, o disco já se encontra disponível nas principais plataformas de streaming. (Foto: Reprodução)

Elder John

“Irmão, quem te roubou te chama de ladrão desde cedo. Ladrão. Então, peguemos de volta o que nos foi tirado. Mano, ou você faz isso ou seria em vão o que os nossos ancestrais teriam sangrado. De onde eu vim quase todos depende de mim. Todos temeram meu não, todos esperam meu sim. Do alto do morro, rezam pela minha vida. Do alto do prédio, pelo meu fim. Ladrão”

Pelo terceiro ano consecutivo, no dia 13 de março, Djonga lança mais um álbum. Heresia (2017), O menino que queria ser Deus (2018) e agora Ladrão (2019). Um processo muito rápido de aparição, amadurecimento e afirmação do artista. Hat-Trick perfeito.

A principal temática do disco é resgatar as origens. Não só saber onde quer chegar, mas principalmente, não esquecer de onde veio. Na letra de Bença, Djonga traz essa reflexão: “Então volte pras origem, é o colo de quem cê ama / Será que entende do que eu tô falando? Dessas coisa que deixa acesa a chama”.

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A atemporalidade crítica de Lily Allen: 10 anos de It’s Not Me, It’s You

(Foto/Reprodução)

Isabelle Tozzo e Leonardo Oliveira

Provavelmente 2009 foi um dos anos mais importantes para a música pop. Foi neste ano que ouvimos o álbum The Fame Monster da Gaga, em que Rihanna lançou o disco que viria a ser um dos mais significativos de sua carreira, Rated R; quando Black Eyed Peas nos apresentou a sonoridade eletrônica de The E.N.D. e que dançamos com a chiclete Tik Tok da Kesha. Grandes sucessos da época, depois de anos de saturação, hoje já nos traz um gostinho de nostalgia e até nos faz pensar “o pop era incrível e a gente não sabia”.

Neste mesmo ano, a crítica britânica só tinha olhares para uma pessoa: Lily Allen. E não à toa. Com It’s Not Me, It’s You, a inglesa nos mostrou como ser crítica, engraçada e única. Seu som conseguiu passar pelos anos sem tanto desgaste e isso o proporcionou a primazia de não ficar datado.

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Melhores discos de Fevereiro/2019

A audiência para a regulamentação dos ‘trenzinhos da alegria’, em fevereiro na Câmara Municipal de Fortaleza, rendeu o momento mais brasileiro do ano (Reprodução)

Egberto Santana Nunes, Gabriel Leite Ferreira, Leonardo Teixeira e Vinicius Silveira

Só depois do Carnaval. O sucesso da cantora Lexa não poderia ser mais verídico, já que nem a nossa curadoria resistiu à maior festa do mundo e acabou se atrasando. Pedimos desculpas.

Abaixo você confere os sons que embalaram o fevereiro do Persona e que, um mês depois, ainda valem o play.

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O retorno dos Jonas Brothers: um recomeço sempre vale a pena

O videoclipe de “Sucker” conta com a participação das companheiras dos irmãos Jonas. Da esquerda para a direita: Danielle Jonas e Kevin Jonas, Sophie Turner (Jonas) e Joe Jonas, e Pryanka Chopra Jonas e Nick Jonas. (Reprodução)

Júlia Paes de Arruda

O mês de março já começou com uma notícia que aqueceu o coração de muita gente. Os Jonas Brothers voltaram oficialmente após 6 anos de separação e já lançaram seu primeiro single de reunião, Sucker, que já tem mais de 40 milhões de visualizações no YouTube. A notícia foi dada através do Carpool Karaoke, um programa que James Carden entrevista artistas e canta junto com eles. O trio voltou muito mais amadurecido, deixando qualquer resquício da sua “era Disney” para trás.

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