Bebê Rena é o retrato de uma sociedade corrompida pela obsessão

Cena da série Bebê Rena. Na imagem, Donny, interpretado por Richard Gadd, um homem branco de cabelos e olhos claros, está sentado em um sofá olhando para algo que está atrás da câmera. Ele é um humorista, por isso, veste um terno xadrez todo colorido que se assemelha aos trajes de um palhaço de circo. Ao fundo, o cenário desfocado se trata de uma sala de madeira com sofás vermelhos e iluminação quente.
Bebê Rena estreou no streaming com pouca audiência até viralizar duas semanas depois (Foto: Netflix)

Nathalia Tetzner

Em 2024, a mensagem “Enviado do meu Iphone” – que, normalmente, acompanha os e-mails dos usuários de dispositivos da ‘marca da maçã’ – passou a aterrorizar as pessoas. O motivo é a minissérie britânica Bebê Rena, sucesso da Netflix que disputa 11 categorias no Emmy 2024. A trama, inspirada no caso verídico de stalking ocorrido com o ator Richard Gadd, esbarra em temas extremamente sensíveis e coloca em discussão o modo como a obsessão corrompeu a nossa sociedade, principalmente com o avanço da tecnologia e a consequente deturpação do limite que separa o real do virtual.

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Não há espaço para heróis em Mare of Easttown

A imagem é uma cena da série Mare of Easttown. Nela, Kate Winslet, que interpreta Mare, está sentada na cozinha colocando queijo cheddar em um biscoito. Mare é uma mulher branca, de cabelos loiros presos em um coque baixo, ela veste uma camisa xadrez.
Mare of Easttown foi indicada em 16 categorias no Emmy 2021, e é um dos principais nomes cotados para dar o xeque-mate em O Gambito da Rainha na disputa pela estatueta de Série Limitada (Foto: HBO)

Vitória Silva

Não há isca melhor para prender o telespectador do que uma boa história de suspense. Crie uma morte inesperada e um núcleo de possíveis suspeitos, ainda por cima, ambiente-a em uma cidade interiorana pequena. Pronto, tem aí a fórmula perfeita para causar um burburinho necessário. Mas não o suficiente para, de fato, ter uma narrativa interessante, em meio a tantas outras que utilizam os mesmos ingredientes, e muitas que acabam se perdendo

Mare of Easttown se apoia no gênero para criar sua trama. Ambientada na pequena cidade da Pensilvânia presente no título da série, a obra acompanha Mare Sheehan (Kate Winslet), uma policial durona de meia-idade, que se ocupa diariamente com a solução de diversos crimes que atingem a população local. Entre ter que resolver pequenos problemas de demais habitantes, como a implicância da senhora Carroll (Phyllis Somerville) com seu vizinho delinquente, a detetive também lida com a investigação do desaparecimento da jovem Katie Bailey (Caitlin Houlahan), caso até então não solucionado.

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O feitiço de WandaVision se dissipa rápido demais

Cena da série WandaVision. Nela, vemos Elizabeth Olsen no papel de Wanda e Kathryn Hahn no papel de Agnes. Elas estão uma ao lado da outra, olhando para a frente. Wanda é uma mulher branca, adulta, ruiva e que veste um moletom vermelho. Agnes é uma mulher branca, adulta, de cabelos pretos e que veste roupas escuras. Ela está com a mão direita no queixo e tem um olhar de dúvida.
Agatha Harkness mandou avisar que WandaVision é minissérie e não tem planos para uma eventual segunda temporada (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Antes mesmo de lançar sua primeira série de TV, o Universo Cinematográfico da Marvel já usava a estrutura da telinha para contar histórias. Kevin Feige, a mente por trás do império, ligava os filmes entre si, como capítulos na grade semanal. Por conta disso, ao anunciarem a migração do início da Fase 4 para o Disney+, a empresa suscitou a curiosidade: como eles se comportariam frente ao formato propriamente dito? A Marvel seria capaz de sustentar uma narrativa difusa e não condensada nas duas horas e meia que acostumou o público a assistir, com óculos 3D e um baldão de pipoca com manteiga? O fim de WandaVision responde algumas dessas questões.

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O Gambito da Rainha: até o jogo da velha pode ser interessante se quem joga é a Anya Taylor-Joy

Beth Harmon, possui cabelo curto e laranja e veste um casaco azul, encara a câmera.
Criada pelo roteirista escocês Allan Scott, a série conta a história fictícia da talentosa enxadrista Beth Harmon (Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

Não é surpresa para ninguém que Anya Taylor-Joy é uma das atrizes mais promissoras da nossa época desde que estrelou A Bruxa. Uma das séries queridinhas de 2020, O Gambito da Rainha reafirma o talento da jovem que conquistou o público e a crítica, assim, a semelhança entre a protagonista da minissérie e de sua intérprete está justamente na característica de prodígio que ambas possuem. Com a implacável Beth Harmon nos mostrando como os jogos de xadrez podem ser tão interessantes quanto as lutas em Rocky (1976) ou Karate Kid (1984).

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I May Destroy You vai além dos múltiplos olhares sobre violência sexual

Michaela Coel cria narrativa necessária baseada em sua vivência (Foto: Reprodução)

Giovanne Ramos

Em 2018, a atriz, roteirista, poeta, cantora, compositora e – ufa! – dramaturga britânica, Michaela Coel, revelou enquanto palestrava no Festival de Televisão de Edimburgo ter sido estuprada em 2015. O relato chamou ainda mais atenção por ter ocorrido durante as filmagens de Chewing Gum, comédia lançada em 2016 no Brasil pela Netflix e, em parte, responsável pela popularização do seu nome no mundo do entretenimento. De acordo com os relatos, Coel tirou um intervalo do trabalho para se encontrar com uma amiga que estava por perto para um drinque. Quando se deu conta, estava novamente em frente ao computador, sem lembrar do que ocorreu na última noite. Após um flashback, a atriz lembrou de ter sido violentada por um grupo de homens.

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