Florence Welch sabe enganar muito bem. Quem ouve sua voz angelical ou já a escutou seus trabalhos anteriores, como Lungs e Ceremonials, de relance nem imagina que a frontwoman do Florence + The Machine reivindica todas as desgraças sentimentais existentes para si. A princípio pode até soar prepotente e egoísta uma pessoa achar que só ela detém de todo o sentimentalismo do mundo, mas é justamente na ignorância de que nenhuma experiência é única que How Big, How Blue, How Beautiful se torna tão singular.
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10 anos de Eyes Wide Open: o início da carreira musical promissora de Sabrina Carpenter

Livia Queiroz
Você é do tipo de pessoa que vive juventude de forma leve e que preza pelo maior número de experiências possíveis, de certo modo, inconsequente, ou do tipo que se vê preocupada com o presente e o futuro, parecendo muito madura para sua própria idade? Não se preocupe, ambas situações são normais na vida de um adolescente. É sobre essa fase memorável que Sabrina Carpenter canta em seu debut. Eyes Wide Open te leva em uma jornada pela adolescência em sua essência: erros, acertos, paixões, amizades e inseguranças.
Há 15 anos, Brilhante Victória estreou na Televisão e fez tudo brilhar

Marcela Jardim
A Televisão infanto juvenil sempre desempenhou um papel fundamental na formação cultural de diferentes gerações, proporcionando entretenimento e, muitas vezes, moldando percepções sobre amizade, escola e desafios da adolescência. Dentro desse cenário, a Nickelodeon se destacou, ao longo dos anos, com produções que marcaram época, como iCarly, Drake & Josh e Zoey 101. Entre esses sucessos, Brilhante Victória (Victorious, no original) se consolidou como um dos grandes marcos do gênero, comemorando 15 anos desde sua estreia em 2010. Criada por Dan Schneider, a série inovou ao combinar Comédia, Música e tramas adolescentes, acompanhando a jornada de Tori Vega (Victoria Justice) ao ingressar na Hollywood Arts, uma escola de artes nada convencional, onde talentos são lapidados e conflitos juvenis ganham espaço.
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Há 10 anos, Kingsman: Serviço Secreto mostrava que um cavalheiro também pode bater em caras maus

Marcela Jardim
Lançado em 2015, Kingsman: Serviço Secreto trouxe um novo fôlego para os filmes de espionagem ao combinar ação estilizada, humor ácido e uma estética sofisticada. Dirigido por Matthew Vaughn, o longa subverteu clichês do gênero ao transformar um jovem marginalizado em um agente de elite, sob a tutela do carismático Harry Hart (Colin Firth). Inspirado na HQ The Secret Service, de Mark Millar, a obra se destacou pela violência coreografada e pelo tom irreverente, equilibrando homenagens aos clássicos de James Bond com uma abordagem moderna e exagerada. O roteiro dinâmico e repleto de reviravoltas, aliado às atuações cativantes, fizeram do longa uma experiência única, misturando o charme britânico com sequências de ação eletrizantes.
10 anos da 1ª temporada de Demolidor: o herói entre a fé e a justiça cega

Guilherme Moraes
A combinação entre a Marvel e a Netflix surgiu no início da onda de streamings e no meio da Saga do Infinito, como forma de expansão do UCM e da popularização do serviço. A ideia funcionou muito bem para ambos os lados, pois conseguiram produzir séries de qualidade, que funcionaram dentro do Universo Marvel e ajudaram a atrair pessoas para a plataforma. Posteriormente, as empresas foram para caminhos opostos, se tornando rivais no mercado e começando a produzir em escala, mas com uma qualidade bem inferior. Demolidor, foi pioneiro, recebendo um trato mais carinhoso com a imagem e dando para o público um protagonista com dilemas mais complexos e bem explorados do que as produções seguintes, servindo como um pilar das duas marcas. Continue lendo “10 anos da 1ª temporada de Demolidor: o herói entre a fé e a justiça cega”
A comunidade queer invade sua mente em Sense8

Maria Vitória Bertotti
Compartilhando as mentes uns dos outros e vivendo experiências de maneira onipresente, a série estadunidense Sense8 inova na ficção e nos mostra que o espaço é apenas um detalhe para se viver inteiramente. Lançada em junho de 2015, a produção trouxe a temática LGBTQIA+ para o mundo do streaming, o que chocou parte do público da Netflix. Por essa razão, tantas pessoas se renderam à trama revolucionária dos sensates e suas habilidades de conexão mental.
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Scream: eles sempre voltam

Vitória Lopes Gomez
Em uma época em que os slashers já estavam mais do que consolidados, Pânico se tornou um clássico por um motivo: o filme de Wes Craven revitalizou o subgênero ao se aproveitar das próprias convenções e regras e subvertê-las a seu favor. As fórmulas e os clichês viraram brincadeira nas mãos do diretor e do roteirista Kevin Williamson. Com muita referência, metalinguagem e, acima de tudo, autoconsciência, Pânico deu um jeito de satirizar o Terror ao mesmo tempo que se tornava um dos maiores clássicos do gênero.
Como a franquia de filmes apontou, “eles sempre voltam”. E assim foi: alguns anos e algumas sequências depois, a MTV resolveu dar continuidade às obras no formato televisivo. Afinal, “adolescentes” era basicamente o carro-chefe da emissora e, contanto que as vítimas agissem como a idealização das pessoas da idade, até um assassino à solta renderia conteúdo. O primeiro desafio veio, justamente, em adaptar os 120 minutos dos longas para os 10 episódios da primeira temporada de Scream. O próprio Noah avisou no piloto: slashers não duram muito tempo.
Corte de Espinhos e Rosas: uma viagem mágica no mundo atrás da Muralha

Mariana Chagas
É no meio de uma floresta nas terras mortais de Prythian que Feyre Archeron começa a sua jornada na série literária Corte de Espinhos e Rosas. Escrito por Sarah J. Maas, também autora da saga Trono de Vidro, o primeiro livro da trilogia é uma releitura da fábula A Bela e a Fera, que conquistou amantes de fantasia do mundo todo. A história, que já foi traduzida para mais de trinta e cinco idiomas, envolveu o público jovem com personagens engraçados e complexos que vivem em um universo que cativa o leitor desde o primeiro parágrafo.
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O Vilarejo e o que fazemos com histórias malignas

“O caráter do homem é o seu demônio”
-Heráclito
Caroline Campos
Algumas histórias são malditas. Elas carregam a perversidade e a podridão humana em suas palavras e nos deixam diante de um impasse: será que vale a pena eternizar tanta maldade? Logo no prefácio de O Vilarejo, Raphael Montes, autor da obra publicada em 2015 pela Editora Suma, toma a sua decisão. E ela não poderia ter sido mais certeira.
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