Lucas Marques dos Santos
O cineasta Paul Thomas Anderson comentou recentemente, em conversa com o jornalista Bill Simmons, que não entende por que as pessoas ficam tão sérias assistindo a seus filmes. O diretor não consegue conter a risada, por exemplo, nas conversas melodramáticas do último ato de O Mestre, enquanto o público coça a cabeça em busca de interpretações. Se o humor cruel e escondido na essência é uma marca na estética de Anderson, sua última obra, Trama Fantasma, retira lentamente os fios dramáticos do novelo que se mostra cada vez mais sombrio e absurdo. Não por coincidência o pano de fundo social é a aristocracia e seus rituais, normas e camadas de aparência prontas para serem reveladas. Continue lendo “Trama Fantasma: a graça desconfortável de Paul Thomas Anderson”