Os Melhores Filmes de 2020

Arte retangular de fundo verde. Ao lado esquerdo, foi adicionada uma colagem com 8 personagens dos filmes que estão na legenda. Na mesma ordem, esses são: Fern (Frances McDormand), Emicida, Joe (Jamie Foxx), Canário Negro (Jurnee Smollett), Norman (Chadwick Boseman), Autumn (Sidney Flanigan), David (Alan Kim) e Tutar (Maria Bakalova). Ao lado direito, foi adicionado o texto OS MELHORES FILMES DE 2020, em verde, dentro de um retângulo de cor preta. No canto inferior direito foi adicionado o logo do Persona, com a íris do olho na cor verde.
Destaques de 2020 no Cinema: Nomadland; AmarElo; Soul; Aves de Rapina; Destacamento Blood; Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre; Minari e Borat 2 (Foto: Reprodução)

2020 foi um ano extremamente atípico, mas isso já é de conhecimento geral. Todos sabemos que os cinemas fecharam e o conteúdo passou do presencial para o ambiente virtual. Nessa virada de mesa, quem se beneficiou foi a Netflix, citada à exaustão nas seleções abaixo. Outros gigantes de streaming, como a Amazon, a Apple e a Disney também tiraram uma casquinha do cenário pandêmico.

As indicações ao Oscar 2021 foram anunciadas e, com a Netflix angariando 35 nomeações, o futuro não pode andar para trás. Daqui em diante, o digital terá a força que os grandes estúdios sempre temeram. E, falando em Oscar, as regras para um filme (ou curta, ou documentário, ou o que quer que seja Hamilton) entrar na lista de Melhores do Ano foram um pouco mais puxadas.

De cara, qualquer produção que fez parte da temporada de premiações anterior não entra aqui. Com lançamento nacional em 2020, Joias Brutas, 1917, Retrato de uma Jovem em Chamas e Parasita não puderam passar de menções honrosas, impedidos de integrar qualquer ranking. Isso por conta do péssimo mercado de distribuição nacional, que atrasa o que pode para lucrar com o buzz dos prêmios.

Ainda considerando o careca dourado e seu prazo de elegibilidade maior, a lista do Persona abarca lançamentos entre primeiro de janeiro de 2020 e vinte e oito de fevereiro de 2021, a mesma janela delimitada para algo concorrer ao Oscar desse ano, que acontece no fim de abril, dois meses atrasado pela pandemia. E vale a data de lançamento tanto no país de origem como no Brasil, desde que obedeça à regra anterior de ter ficado de fora dos prêmios passados.

Sempre inclusiva e multifacetada, a lista da Editoria e dos colaboradores do Persona tem de tudo. Lançamentos pré-pandêmicos, filmes da Netflix, obras apresentadas na 44ª Mostra Internacional de São Paulo (que rendeu cobertura com direito a entrevistas) e produções normalmente escanteadas num ano comum e cheio de blockbusters no Cinema. O texto sobre Os Melhores Filmes de 2020 atrasou para abraçar lançamentos da temporada, mas finalmente chegou. Sente-se confortavelmente para embarcar numa viagem cheia de detalhes, nuances e vozes diferenciadas no Cinema do ano mais terrível para todos nós.

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Black is King traz ao mundo a luz de um continente um dia esquecido

A imagem é uma foto do filme Black Is King. Nela, a cantora Beyoncé está sentada em cima de um carro com estampa de oncinha. Beyoncé é uma mulher negra, com cabelos longos em tranças, ela veste uma calça, blusa de manga comprida e um salto de estampa de oncinha e usa um óculos escuro no rosto. Ao redor do carro, estão vários homens negros com terno e calça de estampa de oncinha.
Black is King estreou no Disney+ no dia 31 de julho de 2020 e nos mostra Beyoncé como a artista multifacetada que é; com figurinos deslumbrantes e um roteiro de tirar o fôlego, ela nos leva a uma viagem ao continente-mãe da humanidade (Foto: Reprodução)

Felipe Bascope

Em 2016, Beyoncé lançou o álbum visual Lemonade, trazendo para o topo grandes discussões sobre questões raciais, e revolucionando a indústria da música de muitas formas. Em sua nova obra visual, Black is King, ela cria uma linda ponte entre a cultura pop e o continente africano, entre as gerações anteriores e as novas. E mostra um lado do continente antes desconhecido, cheio de cores, vida, bem vibrante, como podemos ver nos primeiros minutos do filme, onde são mostradas diversas regiões da África. A narrativa de O Rei Leão serviu como inspiração para uma linda e repaginada história tão marcante em nossas vidas.

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