Em Lucifer, os traumas familiares celestiais são tão humanos quanto os seus

Poster de divulgação da série Lúcifer. O poster é retangular, com fundo vermelho. À esquerda, está o rosto de Lúcifer com os olhos vermelhos. Ele é um homem branco, tem barba rala na cor marrom escuro, da mesma maneira que seu cabelo e sua sobrancelha. Há sombreamento vermelho do lado direito de sua face. Logo depois, centralizado, encontram-se os escritos “SIN AND SINNER”, em letreiro de néon vermelho, e "Lúcifer" em dourado. Por fim, à direita do poster, está Miguel, o irmão gêmeo de Lúcifer. Ele possui as mesmas características físicas do Lúcifer, mas com uma cicatriz que começa na testa e termina na bochecha. Há um sombreamento vermelho no lado esquerdo de sua face.
“No princípio, o anjo Lucifer foi expulso do céu e condenado a governar o inferno para sempre. Até que ele decidiu tirar férias” (Foto: Netflix)

Jordana A. Pironti

Já se perguntou por que o anjo caído decidiu começar uma revolução no Paraíso que o levou a ser castigado e a comandar o Inferno pela eternidade? A segunda parte da 5ª temporada de Lucifer, série da Netflix desenvolvida por Tom Kapinos e comandada por Joe Henderson, coloca o Diabo à frente de seus problemas com seu pai, Deus (Dennis Haysbert), e mostra que na verdade a família celestial é tão desconfigurada e problemática como qualquer outra.

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A 17ª temporada de Grey’s Anatomy trouxe de volta o brilhantismo do seu drama tão popular

Imagem da série Grey’s Anatomy. Na imagem, uma mulher branca usando um jaleco de médico azul, luvas e uma espécie de capacete branco e com o visor na frente transparente. Ela apoia a cabeça em uma mesa branca, em que está apoiado seu celular vermelho embalado em um plástico. Ao fundo, é possível ver uma porta marrom e um quadro azul escuro na parede.
A temporada que abordou a pandemia da covid-19 foi uma das mais importantes para a história da série (Foto: ABC)

Larissa Vieira

Há quem diga que se tornou modinha falar mal de Grey’s Anatomy. O drama médico da ABC, sem dúvida alguma, tem seu charme encantador que agrada grande parte do público, e ao mesmo tempo, afasta outra boa parte dele. Lançada em 2005, a produção vencedora do Globo de Ouro caminhou por 17 e longas temporadas nos últimos 16 anos, que foram como uma montanha-russa, ou melhor dizendo, um carrossel, para os fãs e espectadores da série. 

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Invincible é realmente tudo isso ou estamos apenas dando importância demais para opinião de nerd?

Cena da série Invicible. A imagem apresenta em primeiro plano e centralizado o personagem Invincible. Ele está posicionado em ¾ e olhando para a frente com uma expressão de seriedade. O personagem é um homem adolescente branco, de estatura média, magro e com o cabelo preto; seu uniforme é um collant de corpo todo amarelo, azul e preto, o uniforme se completa com um óculos branco acoplado na máscara amarela. O fundo do cenário é uma avenida com carros de polícia, pessoas correndo e fumaça.
A série Invencível é uma adaptação da HQ de Robert Kirkman, também criador de The Walking Dead (Foto: Amazon Prime Video)

Nathalia Franqlin

Invincible chegou em março no Amazon Prime Video, despertando curiosidade e gerando polêmicas dentro do mundo nerd. Mas, afinal, a série é, realmente, tudo isso? Baseada nas HQs de mesmo nome de Robert Kirkman, Invencível é originalmente uma criação em quadrinhos de 2003. Ela foi incluída no catálogo da Amazon, que agora, aparentemente, segue apostando na nova onda de desconstrução de super-heróis iniciada no ano retrasado por The Boys – que, inclusive, também se baseia em HQs lançadas na longínqua década de 2000. 

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Cineclube Persona – Maio de 2021

Destaques de Abril de 2021: 5ª temporada de This Is Us, Cruella, BBB 21 e o legado eterno de Paulo Gustavo (Foto: Reprodução/Arte: Larissa Vieira/Texto de Abertura: Vitor Evangelista)

Como todo 2021 até agora, Maio foi um mês difícil. Dentro de casa, é impossível medir o tamanho da perda que foi o falecimento do brilhante Paulo Gustavo e das tantas vítimas da pandemia, ainda descontrolada no país. Partiu também a atriz Eva Wilma, face marcante da arte nacional, em decorrência de um câncer de ovário. Outra presença marcante e histórica do mês foi o centenário de Ruth de Souza, a primeira brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema (Melhor Atriz em Veneza, por Sinhá Moça) e primeira atriz negra a atuar no Theatro Municipal. 

Revelando o caráter frágil da manutenção da Arte no Brasil, a Suíça nos incluiu em um fundo para cineastas de países com democracia ameaçada, lado a lado com Sudão, Ucrânia, Irã, Iraque, Síria e Turquia. Enquanto o Governo tenta liquidar qualquer opinião que não concorde com a sua, o Cineclube Persona de Maio de 2021 segue na cruzada de defender a Arte e suas diversas manifestações. No texto abaixo, a Editoria e seus Colaboradores mergulharam no Cinema e na TV deste que é o último mês de elegibilidade para o Emmy, marcado para acontecer no meio de setembro.

Com fome do prêmio máximo das telinhas, a Netflix apostou em algumas frontes distintas. Halston retomou a parceria do streaming com Ryan Murphy, de praxe dando a Ewan McGregor o flamboyant necessário para elevar o drama histórico que entrelaça fama e Moda. Special finalizou sua sorridente trama, O Método Kominsky fechou as portas sem sua dupla dinâmica completa e Master of None deu um cavalo-de-pau e entregou uma trama diferente e ainda mais madura, com direito a subtítulo chique (Moments in Love) e um foco principal na personagem de Lena Waithe

No Amazon Prime Video, Barry Jenkins se dedicou à The Underground Railroad, uma minissérie exorbitante, polida e bem cuidada, encabeçada por uma novata de ouro e um elenco de apoio que sustenta a trama violenta e poética. A HBO apostou em Mare of Easttown, seu programa semanal de domingo, que finalizou sua rodagem no fim do mês. Tem Kate Winslet, Jean Smart e a receita para ficar na boca do povo por um bom tempo. O suprassumo da TV ainda investiu em Oslo, telefilme com o charmoso Andrew Scott, também de olho no Emmy.

A parte 2 da temporada cinco de Lucifer finalmente foi disponibilizada, reafirmando o poder da Netflix em explodir em audiência suas franquias mais famosas. O gênero do true crime encontrou novidades em Os Filhos de Sam: Loucura e Conspiração e The Circle US ganhou uma nova leva de capítulos Castlevania continua impressionando no quarto ciclo, e o Volume 2 de Love, Death + Robots foi menor que o esperado, mas sem perder a acidez característica da antologia. 

Na TV aberta dos Estados Unidos, This Is Us chutou a porta com o gancho que encerrou a quinta temporada, fazendo com que a audiência não pare de pensar em quem vai casar até 2022, data marcada para o retorno do sexto e último ano das crônicas da Família Pearson. Zoey e Sua Fantástica Playlist continua crescendo em audiência e falatório, carregada pelo talento de Jane Levy. O elenco de Friends se reuniu por quase duas horas, chorou o que tinha para chorar e deu adeus, ao lado dos mais diversos convidados, indo de Justin Bieber à BTS (vai entender).

Na parte de filmes, o Amazon Prime Video montou seu time de Vingadores do Rock em What Drives Us e reuniu Manu Gavassi e seus amigos em um drama nacional que transforma a quarentena em personagem principal. Dua Lipa levou a Nostalgia do Futuro para o Globoplay, Gia Coppola platinou o cabelo de Andrew Garfield e Michelle Pfeiffer jurou por Deus que o marido morto reencarnou em seu gato. 

O sucesso do mês foi a Cruella de Emma Stone, espevitada e elétrica, um show de qualidades e de looks icônicos. A Netflix acertou com o dramático Monstro, e errou feio com o Frankenstein A Mulher na Janela (Amy Adams, pisque duas vezes se você não estiver bem, por favor). Na correria de Maio, sobrou tempo para Zack Snyder brincar com zumbis e Angelina Jolie fugir de fogo.

No Brasil, teve produção excelente (Onde Está Meu Coração) e teve o fim do infinito Big Brother Brasil 21. O Persona dá um geral em tudo que teve de mais impactante nos últimos trinta e um dias, revelando os destaques e as bombas, com espaço reservado para o enaltecimento da melhor figura que 2021 nos deu: volte sempre, Gil do Vigor. 

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Aquele com a The Reunion de Friends

Foto retangular dos atores de Friends. À esquerda temos Matt LeBlanc. Um homem branco, de cabelos brancos e curtos. Ele usa uma jaqueta preta. É ele que está segurando o celular para tirar a foto. À direita está Matthew Perry. Ele é um homem branco, tem cabelos curtos e grisalhos. Também veste uma jaqueta jeans. Sua cabeça está apoiada no ombro de Jennifer Aniston. Uma mulher branca, de olhos azuis e cabelos lisos, médios e loiros. Ela veste uma regata gola alta preta. Abaixo, na altura do ombro de Jennifer Aniston, está Courteney Cox. Uma mulher branca, de olhos azuis e cabelos ondulados, médio e preto. À direita de Jennifer e Courteney está Lisa Kudrow. Uma mulher branca, de cabelos lisos na altura dos ombros e loiros. Ela veste uma camisa laranja. À sua direita está David Schwimmer. Um homem branco, de cabelos curtos e pretos. Ele veste um moletom preto. Ao fundo vemos uma pequena parte do cenário de Friends.
O último episódio de Friends foi exibido em 6 de maio de 2004, atingindo a marca de 52,46 milhões de telespectadores nos Estados Unidos (Foto: Matt LeBlanc)

Ana Júlia Trevisan

É inegável que Friends é uma das maiores séries já produzidas. A sitcom, que teve início em 1994 e foi finalizada com esplendor em 2004, continua carregando uma legião de fãs fiéis, mesmo depois de quase 20 anos do término. O que faz Friends tão popular? Pode ter sido seu contexto rotineiro, suas piadas fáceis e funcionais, seus personagens carismáticos. Mas, principalmente, a química entre os seis atores principais, que construíram uma amizade verdadeira além dos sets de filmagem e garantiram um entrosamento singular entre o grupo de amigos, fazendo as personagens funcionarem de maneira independente e em conjunto.

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Bay Yanlis: às vezes, a pessoa errada pode ser a certa

Póster da novela Bay Yanlis. Na imagem estão presentes os atores Özge Gürel e Can Yaman, que interpretam respectivamente Ezgi Inal e Özgür Atasoy. Ezgi é uma mulher branca de cabelo castanho comprido, ela está sentada num banco com a mão direita levantada, a personagem veste uma saia lilás com uma blusa branca e um terno lilás. Özgür Atasoy é um homem branco com cabelo castanho liso, ele veste uma camisa branca e uma calça jeans, está posicionado de pé com os braços cruzados. Ambos estão em uma varanda, com o nome da série em vermelho.
Pôster da dizi Bay Yanlis (Foto: Fox Turquia)

Maria José da Costa

No Brasil, nós temos o costume de assistir novelas e séries como forma de entretenimento. Na Turquia, eles assistem as famosas dizis, que são basicamente novelas/séries com bölüns (episódios) que tem em média duas horas de duração. Os programas passam semanalmente e alcançam um grande público, tanto nacional quanto internacionalmente. Uma dessas tantas dizis é Bay Yanlis (Senhor Errado), uma comédia romântica protagonizada pelo ator Can Yaman e a atriz Özge Gürel, que já fizeram par romântico em Dolunay (Lua Cheia), outra produção muito famosa.

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Sombra e Ossos traz um novo respiro para as sagas literárias

A imagem apresenta um tom sombrio em cores preta, cinza, areia e verde. A esquerda, há a Dobra das Sombras, um muro alto de sombras pretas com raios verdes em alguns locais. O resto da imagem é um amplo deserto de areia com pequenos navios ao fundo e um céu amarelo acinzentado com algumas nuvens. A direita e em foco há uma grande rocha e em cima temos Alina, pequena em relação ao todo, ela é uma mulher magra, jovem, com traços asiáticos usa uma camisa branca de mangas largas e longas, suspensório e calça preta, ela está de lado olhando para a Dobra com os cabelos pretos voando para trás do rosto.
“Uma cicatriz no mapa dividiu nosso país; para destruí-la, precisamos de um milagre” (Foto: Netflix)

Júlia Caroline Fonte

Após muito tempo das grandes sagas literárias longe das telas, Sombra e Ossos, nova série da Netflix, chegou suprindo as necessidades dos leitores que passaram a adolescência vidrados em fantasias e distopias nas páginas dos livros. A série conta a história de Alina Starkov (Jessie Mei Li), uma órfã que descobre ser a Conjuradora do Sol, e, dotada de grandes poderes, pode ser a salvação de seu mundo. Em seus primeiros dias de estreia, Sombra e Ossos ficou no top 10 das produções de maior audiência na plataforma de streaming, apresentando uma obra única que conquistou um grande público e marcou o forte retorno do gênero ao audiovisual. 

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Made for Love ilumina o caminho dos relacionamentos modernos com muita tecnologia

Cena da série Made For Love. No centro da imagem está Cristin Milioti e Billy Magnussen, intérpretes de Hazel Green e Byron Gogol, respectivamente. Cristin é uma mulher branca, de cabelo castanho iluminado longo e solto. Ela usa um vestido branco bordado na parte frontal do busto. Billy é um homem branco de cabelo curto e loiro. Ele veste um terno marrom claro. Na imagem, os dois estão se beijando inclinados no jardim da casa deles.
Made for Love é uma adaptação do livro de mesmo nome da escritora Alissa Nutting, que também trabalhou como co-criadora da série (Foto: HBO Max)

Andreza Santos

Como seria pudéssemos descobrir o que o outro está sentindo ou pensando para assim resolver problemas no relacionamento a dois? Essa é a premissa inicial da nova série de humor ácido da HBO Max intitulada Made for Love, que estreou em abril de 2021 na plataforma. Estrelando a talentosa Cristin Milioti (Palm Springs e How I Met Your Mother) no papel de Hazel Green, uma mulher que vive em um relacionamento sufocante de 10 anos com seu atual marido, Byron Gogol (Billy Magnussen de Aladdin), um magnata da tecnologia, sarcástico, controlador e impiedoso.

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1 Contra Todos explora a redenção dos homens bons

Pôster da série 1 Contra Todos. A imagem exibe o protagonista da série, Cadu, em um fundo com tons de preto e cinza. Ele veste uma camisa preta, com calça jeans azul e cinto preto. Ao lado de Cadu, um letreiro em letras garrafais com o nome da série 1 Contra Todos (branco).
Até que ponto uma mentira se torna sobrevivência? Em 1 Contra Todos mentir acaba sendo um ato legítimo, mas que não é isento de consequências (Foto: Fox Studios)

Gabriel Gomes Santana

Coprodução de Gustavo Lipsztein, Breno Silveira e Thomas Stravos, a série 1 Contra Todos está disponível no Globoplay com suas 4 temporadas completas. Ela retrata a vida de Cadu, um homem intrinsecamente honesto, mas com uma dificuldade tremenda de se impor frente às ameaças que o cercam. Indicada por dois anos consecutivos ao Emmy Internacional nas categorias de Melhor Série Dramática e Melhor Ator para Júlio Andrade (intérprete de Cadu), a trama explora conflitos de valores morais e éticos, expondo a linha tênue entre honestidade e corrupção.

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Them: uma impactante e polêmica série de horror

Cena da série Them. A imagem mostra a personagem Lucky Emory, interpretada por Deborah Ayorinde. Ela é uma mulher negra de cabelos castanhos e alisados na altura do ombro. Lucky está vestindo um roupão mostarda, com uma expressão de espanto. Atrás dela, há uma porta branca, uma parede com um papel de parede florido, com flores alaranjadas e um fundo azul. Também atrás dela há um móvel de madeira como um armário encostado na parede e acima dele um rádio, alguns livros e um abajur desligado. O ambiente é escurecido, como se fosse iluminado lateralmente pela luz do sol.
Debora Ayorinde é Lucky Emory, uma mãe aterrorizada por seus vizinhos e uma entidade demoníaca em Them (Foto: Amazon Prime Video)

Ma Ferreira

Em 1953, os Emory se mudam da Carolina do Norte para um bairro em Los Angeles. A mudança que prometia ser uma renovação na vida da família, logo se torna um grande e aterrorizante pesadelo. Cercados por uma vizinhança extremamente violenta e racista, eles não conseguem paz nem dentro de seu próprio lar, uma vez que este é amaldiçoado por um demônio que pretende enlouquecer seus moradores.

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