A inquietação é necessária na segunda temporada de Pose

Mulher posando em preto e branco com Pose escrito
A série retornou às terças-feiras do FX em junho, mês do Orgulho LGBT (Divulgação)

Leonardo Teixeira

O segundo ano de Pose começa com uma viagem. Conhecemos a Hart Island, uma ilha real que abriga o maior cemitério de indigentes dos EUA. Durante o auge da epidemia de AIDS/HIV, vítimas do vírus cujas famílias não podiam arcar com um sepultamento “convencional” acabavam ali. Os corpos dessas pessoas em específico eram enterrados em uma cova coletiva, separada das demais, “para que os outros corpos não fossem infectados”, afirmou uma autoridade da época.

É esse o cenário da nova fase do show produzido por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Steve Canals se inicia. Um cenário de descaso, violência e desinformação. Mas a esperança é o mote da temporada, que triunfa mais uma vez ao dar nome e endereço para pessoas que lutam diariamente para serem enxergadas.

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Euphoria e o retrato de uma juventude autodestrutiva

Sexo, drogas e muita maquiagem (Foto: Reprodução)

Egberto Santana Nunes

O rótulo de drama teen foi só fachada para Euphoria, série da HBO que teve seu último episódio transmitido no domingo (04). O subgênero fez o marketing e chamou atenção de um Conselho de pais dos EUA, que pediram pelo cancelamento da produção, antes mesmo de sua estreia. O motivo? “Conteúdo adulto extremamente gráfico – sexo, violência, profanação e uso de drogas – aos adolescentes e pré-adolescentes” e de acordo com o grupo, o programa estava comercializando “internacionalmente esse conteúdo para crianças”. E de fato, tem muito disso, mas também tem muito mais.

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Killing Eve: a obsessão tem nome, rosto e voz na segunda temporada

(Foto: BBC America)

Gabriel Oliveira F. Arruda

Após uma estreia surpreendente em 2018, a série da BBC America, co-produzida pela AMC e exibida no Brasil pelo Globoplay retorna para mais uma temporada sangrenta, maníaca, chic e deliciosamente obsessiva.

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All Stars 4: grandes estrelas e polêmicas ainda maiores

Da esquerda para a direita: Trinity The Tuck, Monique Heart, Gia Gunn, Jasmine Masters, Naomi Smalls, Latrice Royale, Valentina, Monet X Change, Manila Luzon e Farrah Moan (Divulgação)

Eduarda Motta

Estreando no canal Logo em fevereiro de 2009, o programa RuPaul’s Drag Race surgiu na televisão americana com uma competição entre drag queens, cujo objetivo era mostrar o talento, personalidade, carisma e humor de cada participante que concorria pelo título de próxima superestrela drag dos Estados Unidos. O sucesso e singularidade do show lhe renderam 11 temporadas, além do spin-off All Stars, que chegou à sua quarta edição no ano passado.
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Seria The Handmaid’s Tale uma distopia feminista?

Elizabeth Moss, produtora e protagonista da série. (Foto: Divulgação/HULU)

Rafaela Martuscelli

Com mais de 20 indicações ao Emmy, O Conto Da Aia (The Handmaid’s Tale) faz sucesso desde a sua estreia. A série é uma adaptação da obra literária da escritora canadense Margaret Antwoord, que foi publicada em 1985, e tem como produtora e protagonista a atriz Elisabeth Moss.

A história se trata de uma distopia. Tal conceito na ficção procura mostrar como a sociedade pode caminhar para um modo de autodestruição – e é dessa forma que ela se desenvolve. O livro foi lançado ao mesmo tempo em que acontecia a segunda onda feminista no mundo, aonde eram exigidos em suas manifestações a igualdade de gêneros e a garantia do direito das mulheres. Os atos tinham como objetivo atingir diretamente a sociedade conservadora que existia na época.

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Em seu segundo ano, This is Us transcende o tempo nas conexões

(Fonte: Reprodução/NBC)

Rayanne Candido

Em meio a dragões, dramas medievais, distopias futuristas e a realeza britânica, “This is us” consegue alcançar diversas indicações a 70º edição do Emmy com seu segundo ano. Numa temporada focada em perdas e superações, o seriado da NBC aproxima ainda mais seu público tratando das crônicas familiares e criando ali uma mitologia emocionante e empática.

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O caos reina em Game of Thrones

O atraso (proposital) do lançamento tornou o seriado inelegível ao Emmy 2017, concorrendo apenas na edição seguinte, que ocorre em 17 de setembro [Foto: HBO]
Vitor Evangelista

Numa leva menor de capítulos, Game of Thrones aparou as arestas e foi direto ao ponto. Com uma linha narrativa ágil, o penúltimo ano leva o público aos preparativos finais para dar fim às histórias de Westeros. A sétima temporada conseguiu juntar seus protagonistas, guinando a história para seu derradeiro final, a guerra contra o exército do Rei da Noite.

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Vikings: uma carta de amor para a mitologia nórdica

Lucas Lombardi

Na manhã de 8 de junho de 793, longos navios desembarcaram na costa do mosteiro da ilha de Lindisfarne, localizado no território onde hoje é a Inglaterra. Sem forma alguma de defesa, os monges do mosteiro foram massacrados. Os autores desse ato brutal então velejaram de volta para casa, carregando consigo tudo de valor que haviam encontrado: metais preciosos, arte e escravos. Eram guerreiros pagãos, normandos, oriundos da Escandinávia. Esse evento ecoaria por toda a Inglaterra, dando início à Era Viking.

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Novo Mundo: O velho heroísmo eurocêntrico na nova novela das seis global

Logotipo da novela Mundo Novo
Logotipo da novela Mundo Novo


Vitor Soares

A teledramaturgia brasileira, que é instrumento de interesses muito menos difusos do que sua falsa pluralidade pretende demonstrar, tem na ficção sempre os mesmos heróis. A narrativa histórica romântica, que o tempo canonizou no ideário popular, é contada e recontada inúmeras vezes. Continue lendo “Novo Mundo: O velho heroísmo eurocêntrico na nova novela das seis global”

Sick Sad World: Como Daria e Enid mostraram o quão fantasmagórico o nosso mundo é

Daria (ao centro) e a serenidade no olhar de quem não tem baixa auto-estima e, sim, baixa estima por todas as outras pessoas.
Daria (ao centro) e a serenidade no olhar de quem não tem baixa auto-estima e, sim, baixa estima por todas as outras pessoas

Bárbara Alcântara

É difícil de acreditar, mas houve uma época em que a MTV gastava os seus minutos com programas muito mais interessantes que Jersey Shore e My Super Sweet 16. Um exemplo é a série animada Daria, lançada em março de 1997 como um spin-off da queridinha da Era Dourada do canal, Beavis and Butt-Head. A protagonista era uma antítese da dupla de amigos sem noção que fez tanto sucesso: uma jovem inteligente, sarcástica e antissocial, que arrancava boas risadas do público ao tecer críticas ácidas ao estereótipo do americano “médio” – tudo isso sem esboçar um sorriso sequer. Continue lendo “Sick Sad World: Como Daria e Enid mostraram o quão fantasmagórico o nosso mundo é”