A opressão do amor em Tudo Que Imaginamos Como Luz

Cena do filme Tudo Que Imaginamos Como Luz. A imagem está em plano detalhe, captando apenas do ombro para cima das personagens. No centro está Prabha observando algo que Anu está segurando. Ela está atrás de Anu. Anu está segurando e observando uma air fryer vermelha.
Uma Noite Sem Saber Nada é o primeiro filme de Payal Kapadia (Foto: Petit Chaos)

Guilherme Moraes

Vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes, Tudo Que Imaginamos Como Luz chegou com muita expectativa na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, ao ponto de lotar as sessões. Dirigido por Payal Kapadia, o longa, que fez parte das seções Foco Índia e Competição Novos Diretores, fala sobre a opressão do amor de diferentes formas nos grandes centros urbanos indianos.

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John Wick 4: Baba Yaga é um épico de ação que redefine riscos

Cena do filme John Wick 4: Baba Yaga. John Wick em uma capela, protagonista da saga de filmes de mesmo nome, interpretado por Keanu Reeves. Um homem branco de cabelos longos na altura do ombro que veste um terno totalmente preto. Ele está andando de costas para o altar de uma capela com várias velas acesas em castiçais ao seu redor. A exibição está ao nível de sua cintura mostrando uma passarela cercada de cadeiras em que a frente está um homem sentado.
Keanu Reeves, conhecido por participar de vários filmes de ação e ser referência no gênero, chegou a doar parte de seu salário para a equipe de efeitos especiais de Matrix (Foto: Lionsgate)

Henrique Marinhos

John Wick 4: Baba Yaga reflete e pode ser definido pelo seu subgênero neo-noir, em sua exploração das complexidades do ser humano, desde seus conflitos internos até sua moral ambígua no contemporâneo. Ainda que a subcategoria o descreva tão bem, a ação e o suspense se sobressaem em função de sua construção, tanto pela direção de Chad Stahelski, à atuação do veterano Keanu Reeves. Em contrapartida às motivações triangulares – de construção simples, capazes de suportar grandes tensões e únicas –, todo desenrolar da narrativa segue a busca do protagonista pela vingança de um passado e uma esperança destruídos em atos simplórios em sua prequela, que ocasionaram uma sequência de desestruturações de escala mundial, reais e fictícias.

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Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental sacaneia os caretas

Cena do filme Má Sorte no Sexo, mostra uma mulher branca atendendo o telefone. Ela usa máscara azul e uma blusa preta.
Exibido após a coletiva de abertura da 45ª Mostra de São Paulo, Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental foi o grande vencedor do Festival de Berlim 2021, levando para casa o Urso de Ouro (Foto: Imovision)

Vitor Evangelista

Com um título desse, é esperado que Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental tenha prazer em chocar, mas ninguém está preparado para o que vem logo que as luzes se apagam. Uma fita de sexo abre a produção romena, que se centra na ruína de uma professora de Ensino Fundamental, a estrela do vídeo adulto, sofrendo as consequências quando a gravação cai na internet e a escola em que trabalha a encontra.

E não havia filme mais propício para abrir os trabalhos da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que em 2021 adota um formato híbrido após sobreviver a um 2020 completamente virtual. Na coletiva de imprensa de abertura, realizada de maneira on-line em nove de outubro, a diretora do evento Renata de Almeida revelou que Pornô Acidental reflete muito como a população enxerga a pandemia e, embora seja rodado na Romênia, assistiríamos por quase duas horas ecos fortes do Brasil. Ela não mentiu.

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