Sem Carnaval, Bloco do Eu Sozinho completa 20 anos

Capa do disco Bloco do Eu Sozinho. Há uma borda cinza. Dentro do borda o fundo é ocre, como folha de papel reciclado. Na parte superior lê-se LOS HERMANOS em azul. No centro há o desenho de um boneco. Os cabelo, os olhos e a camiseta são verdes, a calça é azul escuro, os sapatos são violetas e há uma sombra azul clara. À esquerda lê-se em preto BLOCO SOZINHO. À esquerda lê-se em preto DO EU.
É com o amor e a alegria, de quem tem o coração como guia, que este bloco se anuncia (Foto: Zoy Anastassakis e Ludmila Ayres)

Ana Júlia Trevisan

Como continuar a carreira após um hit? Como produzir o segundo álbum quando o   primeiro conta com a música que estourou nas rádios e marcou toda a trajetória da discografia? Era nesse embate que os Los Hermanos se encontravam após seu disco de estreia ter emplacado Anna Júlia, a famigerada fim de festa que tirou o Grammy de Chico Buarque e, até hoje, é responsável por registros em cartório (vide a pessoa que vos escreve).

É em meio às brigas da banda, confusão com a gravadora e uma aliança fiel com fãs que, em 2001, nasce Bloco do Eu Sozinho, reforçando ainda mais a parceria musical entre Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, e marcando toda a escola de MPB unida ao rock alternativo construída pelos cariocas. Quebrando os próprios padrões, um dos discos mais importantes da música nacional alternativa foi criado e dita até hoje o rumo do gênero, servindo como fonte, direta ou indiretamente, dos trabalhos nacionais que o sucedem. 

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45 anos de Falso Brilhante: a vida de Elis Regina é a nossa joia mais preciosa

Fotografia de Elis Regina apresentando seu espetáculo Falso Brilhante. A artista está ao centro da imagem, numa passarela, cercada pelo público. Ela está de frente para a câmera mas contra a luz, que impede de exergarmos seu rosto. Ela segura uma bandeira grande na mão direita e um microfone na mão esquerda. Elis usa um vestido lingo, branco, de alças finas e estampado por estrelas prateadas. Ela também usa uma chapéu com uma pena grande e seus cabelos são curtos. A fotografia está colorida em tons de amarelo e um cinza azulado.
O disco que nasceu do espetáculo sobre a vida de Elis Regina é considerado um dos mais importantes da música brasileira e da carreira da artista (Foto: Reprodução)

Raquel Dutra

O legado na música brasileira não é o suficiente para eu me conformar. Vez ou outra, ainda me pergunto como é que alguém conseguiu convencer o sofrido povo brasileiro de que “viver é melhor que sonhar”. O sentido ensaia desenhar-se segundos depois, quando eu me lembro que quem cantou isso foi a sonhadora que é a concretização da ideia mais pura e completa do que pode vir a ser a vida. Mas mesmo assim, ainda é instigante, já que ela, em toda sua grandiosidade e relevância, ainda acrescenta que “qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa”.  

Quer profundidade mais condizente com a maior artista do Brasil do que a que ela mesma cria na obra que conta a sua história de vida, realiza seus maiores sonhos e desmistifica sua própria arte? Muito significado, muita intensidade e muita pulsão de vida: assim foi Elis Regina, e assim foi Falso Brilhante, cuja riqueza era autoexplicativa em 1976 e assim permanece até os dias de hoje – e muito provavelmente, assim será por todo o resto da nossa história.

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Em Shippados, o amor não precisa ser perfeito

A imagem é de uma das cenas da série Shippados. Nela, os personagens de Tatá Werneck, à esquerda, e Eduardo Sterblitch, à direita, estão caminhando juntos em uma praça, é possível visualizar o corpo deles da cintura para cima. Tatá é uma mulher branca, de cabelos castanhos escuros e compridos, ela está vestindo uma blusa branca com detalhes azuis e está usando uma mochila da cor vinho. Tatá está com o olho esquerdo fechado e o rosto virado em direção ao Eduardo, e segurando as duas alças de sua mochila. Eduardo é um homem branco de cabelos castanhos escuros ondulados, ele veste uma camisa cinza de manga curta e está usando uma mochila preta nas costas. Eduardo está com o rosto virado em direção à Tatá.
Série do Globoplay aponta as falhas da conectividade virtual a partir de uma perspectiva romântica e bem-humorada (Foto: Reprodução)

Vitória Silva

O amor em tempos modernos. As primeiras trocas de olhares foram substituídas por matches em aplicativos de relacionamento. As conversas deram espaço para emojis e figurinhas do Whatsapp. Chegamos num ponto em que até ouvir a voz da outra pessoa se tornou um grande ato de intimidade à primeira vista. Essa digitalização do romance é apenas mais um exemplo de como nos reconstruímos no meio virtual e somos cada vez mais dependentes dele para criar e manter nossas relações. 

Há quem diga que essa mediação tecnológica não é tão vantajosa quanto parece, Fernanda Young e Alexandre Machado decidiram mostrar isso. O casal de roteiristas que deu origem a séries grandiosas, como Os Aspones e Os Normais, decidiu encarar uma comédia-romântico-dramática no contexto dos tempos atuais. Quase que sucessores da dupla Vani e Rui, surgiram Rita (Tatá Werneck) e Enzo (Eduardo Sterblitch). E, dessa combinação, nasceu Shippados.

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