A pura imaginação de Wonka

Cena do filme Wonka. No centro da imagem temos Willy Wonka (Timothée Chalamet), um jovem branco, de cabelo castanho ondulado. Ele veste um colete preto, um casaco na cor vinho e uma calça listrada branca e cinza. Além disso, ele usa como acessórios uma cartola marrom, um cachecol acinzentado e sapatos surrados. Ao fundo da tela temos dançarinas, com vestidos longos e saltos com ponta. Seus rostos estão cobertos com alguns guarda-chuvas, com a palavra “wonka” escrito nelas. Eles estão ao ar livre e o chão é decorado em várias tonalidades de roxo.
Wonka marca o retorno dos musicais e da fantasia nas telonas (Foto: Warner Bros. Pictures)

Ludmila Henrique

O chocolate, dos sabores mais doces até os mais amargos que conhecemos, transitou por grandes mudanças até se tornar um símbolo gastronômico. Originário da Mesoamérica antiga, as civilizações latinoamericanas foram as primeiras a utilizarem o cacau de maneira medicinal e em rituais. Os Astecas acreditavam que o chocolate era um presente dos deuses, usufruindo de seus grãos como moeda de troca e também como uma bebida afrodisíaca. No entanto, os componentes ganham uma característica familiar após sua vinda à Europa, onde foi adocicado com açúcar e mel, garantindo um sabor mais aprazível. Em Wonka, longa dirigido por Paul King, somos apresentados à fantasia de um ‘chocolateiro’, que deseja mudar o mundo com um pedaço de cada vez.

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DeBÍ TiRAR MáS FOToS e sua contribuição para o retorno do orgulho latino

Foto de um quintal contornado por bananeiras com folhas verde escuro vivas, algumas folhas secas em cor marrom e bege e um único cacho de banana enquanto duas cadeiras de plástico brancas solitárias protagonizam o cenário, localizadas em cima de um solo batido e com gramíneas verde claras.
A capa do álbum foi pensada para representar um ambiente comum não só da vida de Benito Antonio Martínez mas também de toda a comunidade latina (Foto: Rimas Entertainment LLC.)

Livia Queiroz 

Após pouco mais de um ano do seu último lançamento, nadie sabe lo que va a pasar mañana (2023), Bad Bunny volta ao tradicional ritmo musical latino: o reggaeton. O som dançante teve início em Porto Rico, país de nascimento do cantor e, portanto, pilar fundamental de sua criação e desenvolvimento. Entretanto, desde o começo de sua carreira, ele teve uma relação conturbada com o estilo musical, criando seus álbuns, muitas vezes, com base no rap norte-americano e no hip-hop

Nesse sentido, foi uma grande surpresa quando em seu novo trabalho, DeBÍ TiRAR MáS FOToS (2025), Benito Antonio Martínez voltou ás suas origens, juntando reggaeton, salsa, plena, cantores latinos em ascensão, samples, críticas sociais e histórias de sua vida traduzidas em canções. O disco inicia de forma animada, com várias referências, descrevendo a diversidade na cidade de Nova Iorque e suas infinitas possibilidades de viver por lá com a música NUEVAYoL, que constituí sonoras de Un Verano en Nueva York por El Gran Combo de Puerto Rico e a entrevista de Felix Trinidad depois de sua luta contra Oscar De La Hoya, em 1999. 

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Em So Close To What, Tate McRae chega muito perto de recriar a magia da década de 2000

Capa do álbum So Close To What, de Tate McRae. A imagem mostra a cantora sentada no chão, de costas para a câmera, usando um vestido branco curto e salto transparente. Seus cabelos longos e soltos caem sobre os ombros enquanto ela olha para uma enorme projeção de si mesma na parede, onde aparece de perfil com expressão intensa e iluminada por tons dourados.
Na capa de So Close To What, Tate McRae está que nem a Billie Eilish na frente do espelho (Foto: RCA Records)

Arthur Caires

Em 2023, Tate McRae lançou THINK LATER, seu segundo álbum de estúdio. Na faixa cut my hair, ela canta: “ser uma garota triste ficou um pouco chato”. Mais do que uma declaração sobre sua própria evolução artística, esse verso reflete o momento atual do pop. Nos últimos anos, o gênero foi dominado por composições confessionais e melancólicas, com artistas como Taylor Swift, Olivia Rodrigo, Billie Eilish e Phoebe Bridgers no centro da cena. Mas, essa atmosfera introspectiva acabou criando uma saturação, despertando no público o desejo por algo mais leve, enérgico e dançante.

Essa guinada ficou evidente em 2024, com o crescimento de nomes como Charli XCX, Sabrina Carpenter e Chappell Roan, que trouxeram frescor ao pop sem abandonar a conexão emocional com suas letras. Assim como essas artistas, Tate McRae entendeu que o zeitgeist precisa de diversão e é isso que ela entrega no seu terceiro disco, So Close To What.

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Há 10 anos, Kingsman: Serviço Secreto mostrava que um cavalheiro também pode bater em caras maus

A cena mostra um homem de meia-idade, alto e de aparência refinada, usa um terno cinza risca de giz, gravata listrada e óculos de armação grossa. Seu cabelo é loiro-acinzentado, bem penteado, e ele tem uma expressão séria e autoritária enquanto levanta a mão para um jovem. O rapaz, de pele clara e aparência jovem, veste um boné azul, uma jaqueta preta acolchoada e uma camisa polo listrada. Ele tem um rosto anguloso, sobrancelhas marcadas e mantém uma expressão desconfiada ou desafiadora. A cena ocorre em uma sala de estilo clássico, com paredes verdes, quadros e uma mesa de bilhar ao fundo.
O filme arrecadou mais de US$ 414 milhões mundialmente, tornando-se o maior sucesso comercial de Vaughn até o ano de 2014 (Foto: 20th Century Studios)

Marcela Jardim

Lançado em 2015, Kingsman: Serviço Secreto trouxe um novo fôlego para os filmes de espionagem ao combinar ação estilizada, humor ácido e uma estética sofisticada. Dirigido por Matthew Vaughn, o longa subverteu clichês do gênero ao transformar um jovem marginalizado em um agente de elite, sob a tutela do carismático Harry Hart (Colin Firth). Inspirado na HQ The Secret Service, de Mark Millar, a obra se destacou pela violência coreografada e pelo tom irreverente, equilibrando homenagens aos clássicos de James Bond com uma abordagem moderna e exagerada. O roteiro dinâmico e repleto de reviravoltas, aliado às atuações cativantes, fizeram do longa uma experiência única, misturando o charme britânico com sequências de ação eletrizantes.

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A 2ª temporada de Arcane revoluciona as animações e fecha, com chave de ouro, a história de Vi e Jinx

Jinx, uma das protagonistas da série, é uma jovem adulta com longos cabelos azuis prendidos em duas tranças que alcançam os pés. A mulher, com olheiras profundas e uma roupa surrada, segura um isqueiro  aceso com a mão direita em um ambiente completamente escuro.
Os traumas e as novas facetas de Jinx são exploradas na segunda e última temporada de Arcane (Foto: Netflix)

Por Isabela Pitta

O abandono e o luto são inerentes ao ser humano. Em períodos de guerra, a chuva cai sobre todos, o sofrimento é uníssono, porém, a maneira de lidar com a dor da perda diverge. A segunda e última temporada de Arcane, que estreou em Novembro de 2024, mergulha de cabeça na psique de cada personagem que enfrenta a desesperança coletiva de um mundo dilacerado pela cobiça terrena. As consequências de uma escolha ou de um posicionamento são tema da produção da Riot Games, em associação com o estúdio francês de animação Fortiche, desde o primeiro ano, em 2021. 

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10 anos da 1ª temporada de Demolidor: o herói entre a fé e a justiça cega

A imagem tem tons azulados. O Demolidor está vestindo uma touca preta que cobre toda a parte do nariz para cima de seu rosto. Ele está caído e com o rosto de frente para o chão. De sua boca sai sangue que está caindo numa poça de água. A câmera está próxima, captando apenas do ombro para cima do personagem.
Sete anos depois do cancelamento de Daredevil, a série volta para uma quarta temporada em 2025 (Foto: Marvel)

Guilherme Moraes

A combinação entre a Marvel e a Netflix surgiu no início da onda de streamings e no meio da Saga do Infinito, como forma de expansão do UCM e da popularização do serviço. A ideia funcionou muito bem para ambos os lados, pois conseguiram produzir séries de qualidade, que funcionaram dentro do Universo Marvel e ajudaram a atrair pessoas para a plataforma. Posteriormente, as empresas foram para caminhos opostos, se tornando rivais no mercado e começando a produzir em escala, mas com uma qualidade bem inferior. Demolidor, foi pioneiro, recebendo um trato mais carinhoso com a imagem e dando para o público um protagonista com dilemas mais complexos e bem explorados do que as produções seguintes, servindo como um pilar das duas marcas. Continue lendo “10 anos da 1ª temporada de Demolidor: o herói entre a fé e a justiça cega”

Doechii resgata essência do hip-hop e se prova além do gênero com Alligator Bites Never Heal

Na imagem, Doechii, uma mulher negra, está sentada em uma cadeira de madeira sobre um tapete estampado, com uma parede de fundo em tom verde escuro. Ela veste uma saia verde, uma camisa branca, sapatos marrons e meias brancas. Seu cabelo está trançado, com acessórios decorativos. A mulher segura um jacaré albino em seu colo, olhando diretamente para a câmera.
Alligator Bites Never Heal, mixtape de Doechii, faturou três nomeações no 67º Grammy Awards (Foto: Top Dawg Entertainment)

Talita Mutti

No dia 13 de Junho de 2019, uma jovem chamada Jaylah Ji’mya Hickmon publicou um vídeo em seu canal no YouTube questionando o porquê da transição para a vida adulta ser tão difícil. Como poder investir nos próprios sonhos, se ela precisava pagar contas e lidar com a vida real? “Eu só quero atingir meus objetivos, ser uma grande estrela, […] mas eu sinto que preciso fazer uma escolha”, diz. Arriscar continuar lutando pelos seus sonhos talvez tenha sido a melhor decisão da vida de Doechii, rapper que usou um trecho de seu desabafo em uma das faixas de sua mixtape Alligator Bites Never Heal, lançada em Agosto de 2024. Com o projeto, se tornou a terceira mulher a faturar o Grammy de Melhor Álbum de Rap na história da premiação, além de ter sido uma das nomeadas ao prêmio de Artista Revelação, junto de Sabrina Carpenter e a vencedora Chappell Roan.

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A Nonsense Christmas abraça o absurdo e entrega um especial natalino engraçado e caótico

A imagem mostra Sabrina Carpenter, que é uma jovem mulher loira de olhos azuis, segurando um microfone e sorrindo para a câmera. Ela veste um vestido vermelho justo, decorado com pequenas pedrarias brilhantes e detalhes de plumas brancas na parte superior. Seu cabelo é longo, liso e tem franja, emoldurando seu rosto de traços delicados. Sua maquiagem inclui blush rosado, batom suave e olhos destacados com delineador e cílios volumosos. O cenário ao fundo sugere um ambiente de bastidores, com equipamentos de produção e iluminação. A luz quente do ambiente realça sua expressão animada e carismática.
“É uma hora de absurdo literal”, disse Carpenter à revista TIME sobre o especial em Outubro de 2024 (Foto: Netflix)

Marcela Jardim

Em meio a uma avalanche de clichês típicos das produções de fim de ano, A Nonsense Christmas, estrelado por Sabrina Carpenter, aposta em uma abordagem irreverente que subverte as expectativas do gênero. Apesar de seu charme inegável e do carisma da intérprete de Espresso, que transita com facilidade entre a atuação e sua persona musical, a produção levanta a questão: até que ponto o ‘nonsense’ pode sustentar uma narrativa? Enquanto alguns momentos brilham pela originalidade e criatividade, outros escorregam no excesso, deixando um ‘gostinho’ agridoce para o público.

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Em Jurado Nº2, Clint Eastwood relembra clássico ao questionar o sistema judiciário norte-americano

Ao fundo estão os personagens de Cedric Yarbrough e Rebecca Koon. O primeiro está à direita com uma camiseta preta e o olhar vago e a segunda está à esquerda com uma camiseta rosa e uma blusa branca, ela está olhando para algo fora do plano. Mais a frente, em foco e no centro da imagem está o personagem de Nicholas Hoult, ele está com uma expressão preocupada, olhando para algo fora da câmera.
O filme chegou direto no streaming na maioria dos países (Foto: Warner Bros. Pictures)

Guilherme Moraes

Em 1957, Sidney Lumet lançou 12 Homens e uma Sentença (1957). A história é simples: um júri composto por 12 homens decide o futuro de uma pessoa. 11 votaram a favor da prisão e apenas um contra, e este que se opõe, tenta mudar a opinião dos demais. Clint Eastwood permeia o clássico, mas vai para um caminho diferente. Se na obra original, Henry Fonda reafirma e refresca o respeito aos processos legais no funcionamento do sistema, Nicholas Hoult é a incorrigível falha de uma das grandes instituições norte-americanas: a justiça.

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Entre cortinas e crimes, o mistério da terceira temporada de Only Murders in the Building foge do controle

Cena da terceira temporada de Only Murders in the Building. Na foto vemos Mabel, Oliver e Charles dentro de um elevador. Mabel, mulher branca com cabelos castanhos escuros, usa uma camiseta branca com um suéter verde e, por cima, um sobretudo bege. Oliver, homem branco de cabelos grisalhos claros, veste um terno na cor verde escura. Em sua mão direita ele segura uma garrafa de água na cor bordô. Charles, homem branco de cabelos grisalhos, veste um sobretudo preto e óculos. Oliver e Charles parecem discutir enquanto Mabel fixa seus olhos para a frente e finge não prestar atenção nos dois. Ao fundo é possível ver a parede do elevador de madeira escura.
Only Murders in the Building já foi indicada 49 vezes ao Emmy (Foto: Patrick Harbron)

Vitória Borges

Os vizinhos mais queridos do Upper West Side estão reunidos novamente, Charles (Steve Martin), Oliver (Martin Short) e Mabel (Selena Gomez) retornam mais uma vez com sua sagaz habilidade em desvendar mistérios. Na terceira temporada de Only Murders in the Building, indicada na categoria de Melhor Série de Comédia no Emmy 2024, o trio apaixonado por crimes reais é encarregado de manter a dinâmica e química que somente eles possuem. Criado por Steve Martin e John Hoffman, o seriado que conquistou uma legião de fãs mistura o humor afiado de Martin e Short com o jovem talento de Gomez. 

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