Homem-Aranha 2 teve uma versão estendida lançada para DVD em 2007, chamada de Homem-Aranha 2.1, com oito minutos a mais que a versão de cinema (Foto: Sony Pictures)
Davi Marcelgo
É muito difícil falar algo novo de Homem-Aranha 2 (2004) vinte anos depois de seu lançamento. Todo mundo já teceu algum comentário: sobre ele ser a adaptação definitiva de um quadrinho de super-herói, sobre suas cenas de ação de tirar o fôlego ou do enredo espetacular. De tudo já dito a respeito, pouco se fala – principalmente no meio nerd, que foca apenas em fidelidade para com a obra original – do melodrama. Para comemorar as duas décadas do filme que marcou e ainda marca gerações, ligue a Televisão e lembre-se do horário das nove, porque a sequência de Sam Raimi é um ‘novelão’.
Planeta dos Macacos: O Reinado é o décimo filme da franquia (Foto: 20th Century Studios)
Davi Marcelgo
Em Planeta dos Macacos: A Guerra (2017), Caesar (Andy Serkis) foi inserido numa narrativa inspirada na trajetória de Moisés e a terra prometida; levar seu povo a um lar sem violência. O novo Planeta dos Macacos: O Reinado (2024), persiste na dinâmica religiosa, mas não ficando somente no terreno da referência e, sim, tornando-a temática. Décadas após a morte de Caesar, o jovem Noa (Owen Teague) é a única esperança de salvar sua aldeia da tirania do rei Proximus (Kevin Durand).
X-Men ’97 foi indicado ao Emmy Awards 2024 (Foto: Disney+/Marvel Animation)
Davi Marcelgo
Ciclope, Jean Grey, Tempestade, Wolverine… a principal equipe da Marvel Comics, os X-Men,estreou seu primeiro projeto dentro da Marvel Studios no começo de 2024, quebrando recordes e conquistando a indicação ao Emmy de 2024 na categoria Melhor Programa de Animação. Escrita pelo showrunner Beau De Mayo, a série X-Men ’97 é a mutação do gene do estúdio que, por muito tempo, esqueceu a singularidade de seus personagens. A animação é recheada de cenas de ação incríveis, mas não deixa de fora os dramas, romances e ‘picuinhas’ do dia a dia dos mutantes.
O elenco principal tem novos dubladores: Zachary Levi e Thandiwe Newton dão vida a Rocky e Ginger (Foto: Netflix)
Davi Marcelgo
Depois de uma odisseia que durou 23 anos, o criativo A Fuga das Galinhas (2000) ganhou uma sequência. O longo percurso para a continuação sair do papel foi resultado de muitos fatores: o fim da parceria entre AardmanAnimations e Dreamworks em 2006, a pandemia da covid-19, a troca de elenco devido às polêmicas envolvendo racismo por parte de Mel Gibson – dublador do personagem Rocky em 2000 –, além do custo e da necessidade de uma equipe maior para a produção. Sem um grande estúdio por trás, a história das aves ficou sem um novo voo por mais de duas décadas. Em 2020, a Netflix anunciou a continuação, A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets. Mas será que ela mantém a qualidade do primeiro filme?
Vidro arrecadou 247 milhões de dólares em bilheteria ao redor do mundo (Foto: Universal Studios)
Davi Marcelgo
Em 2019, enquanto o mundo se encantava com Vingadores: Ultimatodurante o verão americano, em Janeiro daquele mesmo ano, Vidro de M. Night Shyamalan chegava aos cinemas, porém com a recepção bem menos calorosa em comparação ao apogeu do MCU. Sem pirotecnia ou confrontos de seres megalomaníacos, a terceira parte da trilogia encabeçada pelo ‘novo Spielberg’ se manteve no cerne da filosofia de super-heróis e regressou às origens das histórias infantis. Distraídos pela viagem no tempo de Capitão América e equipe, o público não soube ‘dar muita corda’ ao filme, mas por quê?
O filme foi inspiração para o músico Johnny Hooker compor a canção Flutua (Foto: Film4 Productions)
Davi Marcelgo
Os apartamentos de um subúrbio londrino são palco de opressão e violência. Dentro das paredes de um quarto azul, habita a tranquilidade e doçura de um romance púbere entre dois garotos: Ste (Scott Neal) e Jamie (Glen Berry). No mundo confortável de ambos, dedos passeiam através da pele e a câmera do longa de estreia da diretora Hettie MacDonald (Normal People) revela muito mais do que palavras conseguem. Delicada Atração (Beautiful Thing, no original) é um retrato cru de vivências homoafetivas, mas que não abandona o otimismo.
Em Maio, o Estante do Persona faz ode aos inícios (Texto de abertura por: Guilherme Machado Leal/ Artes: Julia Rodrigues)
Se apaixonar e se encantar por um livro pela primeira vez é uma das experiências mais marcantes de qualquer leitor. Seja fantasia, drama ou romance, as narrativas literárias transportam o público para as páginas e escritos de um autor. Por isso, o Estante do Persona deste mês celebra as primeiras indicações dos novos membros da Editoria com uma lista seleta de obras marcantes.
De suspenses literários brasileiros a clássicos mundiais, as recomendações atravessam os mais variados gêneros e atingem todos os públicos. Entre histórias em quadrinhos e livros sobre a iminência da vida adulta, algo que une todas as indicações do mês de Maio é o amor pela Literatura e pelas histórias contadas. Das narrativas infantojuvenis às poesias profundas de Sylvia Plath, o cardápio de obras literárias oferece arcos envolventes de personagens e tramas de tirar o fôlego.
Em suma, para este mês, as indicações se pautam em liberdade. Drama, distopia, aventura e muitos outros gêneros são encontrados no Estante do Persona de maio. Pegue uma pipoca, se aconchegue e se prepare para receber inúmeras recomendações de narrativas literárias. Do tradicional ao moderno, a lista a seguir é para quem pode se chamar de ávido leitor!
A nova promessa de Dua Lipa chegou aos streamings no Brasil em Maio (Foto: Warner Records)
Davi Marcelgo e Guilherme Machado Leal
Na música pop, artistas femininas são colocadas a prova a cada trabalho que realizam. Criam-se rivalidades entre cantoras, de Madonna à Gaga até Taylor Swift e Katy Perry. Seja pela sonoridade, pelos vocais ou pela composição, as mulheres do gênero musical precisam se esforçar duas vezes mais se comparadas aos cantores masculinos. Com Dua Lipa, a situação não foi diferente: desde a sua estreia, com o álbum homônimo, mesmo com números exorbitantes – a exemplo o clipe de New Rules, que possui mais de três bilhões de visualizações no Youtube –, a cantora não ficou ilesa das críticas devido aos seguintes questionamentos: ‘ela vai aprender a dançar?” e ‘ela irá superar o primeiro trabalho?’. Após o lançamento do Future Nostalgia, em 2020, a britânica provou que, daqui 40 anos, vamos sentir saudades do seu dance-pop.
Agora, iniciando a sua terceira era, Radical Optimism, a artista se afasta da sonoridade que abordou durante os três anos do seu segundo disco. No lançamento de Dance The Night para Barbie (2023) e os três singles, o público quis testar a albanesa ao apontar que o novo projeto seria uma coleção de descartes do FN. Porém, desde Houdini,a influência de Kevin Parker (Tame Impala) com os arranjos de sintetizadores e pianos elétricos, deixaram claro a pegada psicodélica do mais recente trabalho, distanciando-se dos laços com as pistas de danças da década de 1990. Mas será que com as diferenças, o mergulho de Dua Lipa entre tubarões é tão profundo e memorável quanto seu antecessor?
O Cinema em 2023 despertou emoções que há muito estavam enfraquecidas (Arte: Aryadne Xavier / Texto de abertura: Raquel Freire)
Quando o assunto é Cinema, é difícil encontrar alguém que não tenha alguma memória relacionada a ele. Seja por uma trilha sonora que ganhou um lugar especial em nossos corações ou por um enredo que mudou completamente nossa visão de mundo, a Sétima Arte, assim como todas as outras, tem a incrível habilidade de movimentar as emoções do público. É por esse motivo que não deixamos de apreciar obras cinematográficas e, consequentemente, o Persona não deixa de trazer sua clássica lista dos Melhores Filmes do ano.
Essa conexão entre a Arte e a população é, também, um dos motivos pelo qual Hollywood parou em 2023 com a greve dos roteiristas. Más condições trabalhistas prejudicam qualquer criação, inclusive as do audiovisual, e não é preciso se alongar muito sobre como o aperfeiçoamento da inteligência artificial coloca em risco a integridade das obras. Ver o adiamento de produções tão aguardadas foi dolorido, mas os quatro meses de discussão foram essenciais para que o trabalho daqueles que dão vida a essas histórias fosse mais valorizado.
As obras que não foram afetadas pela greve e chegaram ao público, por outro lado, proporcionaram experiências que há muito o Cinema não vislumbrava. Não há dúvidas de que o contraste entre o mundo cor-de-rosa de Barbie e a mente perturbada de Oppenheimer ficará marcado como um dos principais – e mais divertidos – momentos do ano. O border collie Messi foi, de longe, o dono do espetáculo, e fomos presenteados com a melhor atuação da carreira de Emma Stone até então.
O mundo cinematográfico abre diversas portas, e tanto os membros da nossa Editoria quanto nossos colaboradores não pensam duas vezes antes de adentrá-las. As 55 obras que compõem essa lista falam de tudo um pouco: da denúncia de um genocídio aos encontros e desencontros do amor; das ruas de Recife às geleiras dos Andes; da esperança ao horror.
Ao reservar algumas horas para contemplar uma produção audiovisual, não importa se o fazemos com a intenção de nos educarmos sobre um determinado assunto ou se é apenas com o intuito de nos entreter. Criar essa conexão com o Cinema é, citando Scorsese, “algo que, por alguma razão, permanece”. Assim, no Melhores Filmes de 2023 do Persona, você confere todos os lançamentos que permaneceram em nós. Continue lendo “Os Melhores Filmes de 2023”
Com os mais diversos gêneros e formatos, as séries iluminaram o ano de 2023 (Arte: Aryadne Xavier/ Texto de abertura: Nathalia Tetzner)
2023 foi um ano e tanto para a Televisão. Com grandes estreias e adaptações que eclodiram, títulos importantes também nos deixaram com seus últimos episódios. No que diz respeito às premiações, o ano atípico ganhou mais uma reviravolta: o adiamento das cerimônias e produções em prol da justa greve que parou Hollywood. Tradicionalmente, o Persona preparou um compilado com as melhores séries.
Entre as 51 séries selecionadas, Succession lidera o número de menções (8) em primeiro lugar. Logo depois, o apocalipse de The Last Of Us(4) e a cozinha caótica de The Bear (3) aparecem como destaque em meio às favoritas. Na batalha entre streamings, a Netflix assume a liderança absoluta com 16 aparições. Em sequência: Max (7), Amazon Prime Video(6), AppleTV+, Globoplay e Disney+(3), eParamount+(2).
A grande parte das produções são dos Estados Unidos, porém, alguns seriados brasileiros deram a cara por aqui com novelas e minisséries. Dentre elas, Cangaço Novo, Elas Por Elas e Vai Na Fé. Nós sempre acompanhamos as principais premiações da Televisão, o que explica 19 dos títulos escolhidos terem sido indicados ao Emmy de 2023 como The Other Two, Jury Duty e Dead Ringers.
Os realities roubaram a cena em 2023, seja tratando de moda, esporte, namoro ou sobrevivência. Next In Fashion, Casamento às Cegas: Brasil, A Batalha dos 100 e RuPaul’s Drag Race são alguns dos nomes bastante citados. Spin-Offs também marcaram presença forte, como os derivados de Bridgerton e Hora de Aventura: Rainha Charlotte e Fionna & Cake.
A nossa seleção conta com os mais diversos gêneros, com séries para a família toda como o heroísmo de Minhas Aventuras com o Superman e outras um tanto quanto explícitas à la Sex Education. Para além do adeus à família Roy, Maravilhosa Sra. Maisel, Ted Lasso e Barryvão deixar saudade. Abaixo você confere a lista mais que especial das melhores séries de 2023, escolhidas a dedo pela nossa Editoria e colaboradores.