Antes do Amanhecer é uma ode aos breves encontros

Antes de desenvolver a crítica, façamos um exercício de pensamento. Quantas vezes já aconteceu de você conhecer uma pessoa, ter uma conversa envolvente, viver um momento daqueles de querer guardar para sempre num gavetinha, e no final nunca mais vê-la novamente?

Céline (Julie Delpy) e Jesse (Ethan Hawke) e Jesse vivem um dia inesquecível (Foto: Reprodução)

João Batista Signorelli

Poucos filmes foram capazes de capturar tão naturalmente a beleza dos encontros passageiros como Antes do Amanhecer (1995), que em 2020 completa 25 anos e continua tão jovem quanto em seu lançamento. Em um trem cruzando o continente europeu, dois jovens adultos, o norte-americano Jesse (Ethan Hawke) e a francesa Céline (Julie Delpy) se conhecem por acaso. Jesse convence Céline a descer em Viena, onde têm apenas uma tarde uma noite para conviverem antes que ele parta em um voo de volta aos EUA pela manhã e ela retorne a Paris de trem.  

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Palm Springs e seu reflexo do looping no isolamento

O nome do filme é em referência ao lugar onde a história se passa, Palm Springs na Califórnia (Foto: Reprodução)

Ana Beatriz Diogo Rodrigues 

A rotina da quarentena é extremamente cansativa por mais que não precisemos mais sair de casa. Acordar e fazer as mesmas atividades todos os dias se tornou um ciclo desagradável e nunca achar uma saída para esse cotidiano é ainda mais preocupante. Mesmo gravado em cenário pré-pandêmico, o filme Palm Springs se relaciona com essa atual realidade. Os protagonistas vivem um looping temporal da mesma maneira que nosso isolamento é repetitivo.

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Charlize Theron rouba a cena e garante o sucesso de The Old Guard

Com lugar garantido na lista dos dez mais vistos da Netflix, The Old Guard está perto dos 72 milhões de espectadores (Foto: Reprodução)

Vitória Lopes Gomez

“Não é o que o tempo rouba, é o que ele deixa para trás”. Com um trailer recheado de ação e uma pitada de mistério, e contando com ninguém mais ninguém menos que Charlize Theron como protagonista, a Netflix lançou sua nova empreitada: The Old Guard. Cada vez mais apostando em suas produções originais, desde romances adolescentes, como A Barraca do Beijo, e thrillers, como Bird Box, a plataforma arrisca pouco, mas, novamente, garante o entretenimento em seu novo longa de ação.

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Musical Hamilton no Disney+ e a experiência do teatro durante a quarentena

O filme do espetáculo de sucesso da Broadway teve sua estreia adiantada em streaming

Da esquerda para a direita: Leslie Odom Jr., Daveed Diggs, Lin-Manuel Miranda, Christopher Jackson and Renee Elise Goldsberry (Foto: Joan Marcus/Playbill)

Letícia Machado e Rafaela Thimoteo  

Como um bastardo, órfão, filho de uma prostituta e pai fundador dos Estados Unidos presente na nota de dez dólares se tornou um dos maiores fenômenos na indústria dos musicais e plataformas de streaming de todos os tempos?

Hamilton: An American Musical é um musical composto, escrito e protagonizado por Lin-Manuel Miranda. Norte-americano de família porto-riquenha que nasceu em Nova York, em 1980, Miranda se inspirou na biografia de Alexander Hamilton do historiador Ron Chernow para criar essa peça.

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Seja em livro ou filme, Cidades de Papel ainda encanta

Pôster do filme e capa do livro Cidades de Papel (Foto: Reprodução)

Gustavo Alexandreli

Após o sucesso da produtora Temple Hill em parceria com a FOX na adaptação do best-seller A culpa é das estrelas (2014), rendendo uma bilheteria de 307,2 milhões de dólares, as produtoras apostaram em mais uma adaptação da obra de John Green, desta vez em 2015. O best-seller Cidades de papel (Paper Towns) virou filme, dirigido pelo americano Jake Schreier. Em 9 de julho de 2020 a trama romântica completa cinco anos de lançamento e mantém temáticas atuais acerca de assuntos importantes, como a amizade, o amor na juventude e as transformações causadas pela chegada da vida adulta.

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As Patricinhas de Beverly Hills e o ápice dos anos 90

(Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

“Ugh, As If!” – Cher Horowitz

Estreava 25 anos atrás, o filme Clueless, ou (como foi intitulado no Brasil) As Patricinhas de Beverly Hills. Esse clássico da cultura jovem recontou o livro Emma, da escritora Jane Austen, mas levando a trama inglesa para o alto de Beverly Hills. O longa-metragem escrito e dirigido pela cineasta Amy Heckerling, conquista pelos clichês adolescentes que ainda hoje fazem sucesso. Com uma trama simples, o filme consegue mesclar bem a comédia e os estereótipos jovens: os maconheiros, os skatistas e as “material girls”.

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Toy Story 3 mostra que a franquia conseguiu crescer ao lado do público

Relembrar Toy Story 3 traz à tona emoções que confirmam seu papel marcante entre as produções da Pixar (Foto: Reprodução)

Bianca Penteado 

O ano era 1995 e pela primeira vez Woody (Tom Hanks), Buzz Lightyear (Tim Allen) e seus amigos, marcavam presença nas telonas dos cinemas, com Toy Story. O longa-metragem, que pioneiro no uso integral de ferramentas de computação gráfica, teve destaque pela trama incomum que carregava: um mundo onde brinquedos são seres vivos que, na presença de humanos, fingem ser inanimados. O sucesso foi tanto, que o tempo passou e, ao passo que seu público crescia em tamanho e idade, a obra foi sequenciada, com seus enredos amadurecendo paralelamente aos fãs.

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A Ghost Story: ainda não sabemos o que fazer com o luto

A Ghost Story foi produzido pela queridinha A24, responsável por Corra! (2017) e Euphoria (2019) (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Minha bisavó morreu há pouco tempo. Nunca antes tinha sentido perda tão próxima, nem acolhido o vazio como um velho amigo tão rápido. Não sou chegado em críticas em primeira pessoa, mas ocasiões excepcionais demandam escolhas extraordinárias. Passei muito tempo ‘guardando’ A Ghost Story (2017) para o futuro, mesmo sem saber o porquê. Agora, entendi. O conto de tempo e fantasmas chegou à Netflix e decidi assistir. Encontrei um estudo sobre a solidão e os vazios que preenchemos no mundo, uma história íntima que me ligou pro fato de que ainda não sabemos processar todas essas emoções sem remetente físico. 

Em A Ghost Story, que ganhou o título nacional de Sombras da Vida, conhecemos a rotina de um casal, C (Casey Affleck) e M (Rooney Mara). Longas tomadas deles vivendo numa casinha de campo, ele tocando o piano que veio na mudança e o silêncio do lar. Inesperadamente, C morre e deixa M sozinha. O filme é simples quando fala sobre o tempo e a fragilidade de tudo que nos cerca. C vira um fantasma. Ele vaga pela casa, com um lençol branco cobrindo seu corpo, nunca diz nada. Ele acompanha o luto da esposa, assiste atônito enquanto ela segue em frente.

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5 anos depois, a magia da Pixar continua encantando em Divertida Mente

Através de muita criatividade, Divertida Mente trata de assuntos complexos, levando seus espectadores às lágrimas (Foto: Reprodução)

Pedro Gabriel 

A Pixar sempre teve êxito explorando os dilemas da vida por perspectivas diferentes. O estúdio esmiuçou, nos filmes de Toy Story, os aspectos da amizade e mudanças na vida aos olhos de um brinquedo, nos emocionou com a relação entre pai e filho em Procurando Nemo (2003), e com a história de uma vida maravilhosa de UP: Altas Aventuras (2009). E, com Divertida Mente (2015), não é diferente. Em junho, a animação comemora cinco anos.

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Destacamento Blood relembra o que a América nunca deixou de ser

Arte original do filme reconecta as duas batalhas enfrentadas em um mesmo período: a luta por Direitos Civis e a linha de frente no Vietnã (Reprodução: Netflix)

Egberto Santana Nunes

Uma marca já consolidada de Spike Lee em seus filmes é renegar a simples representatividade positiva. Ele vai além e busca sempre mostrar como o povo negro é diverso e tem seus próprios conflitos – muitas vezes originados do homem branco. Em Destacamento Blood, a temática continua presente, mas dessa vez é no Vietnã que o choque acontece, um outro campo filmado pelos Estados Unidos que também nunca foi tão bem representado.

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