Depois de 15 anos, Diamond Eyes ainda carrega a genuinidade de um álbum inesperado.

Texto Alternativo: Uma coruja branca de braços abertos, está em frente a um fundo preto. Ao lado esquerdo está o nome da banda junto ao nome do álbum, no canto inferior direito está o selo de restrição de idade.
O nome Diamond Eyes é uma tentativa de celebração a vida e ver a beleza que ela tem (Foto: Reprise Records)

Lucas Barbosa

Para alguns, Deftones tem certos períodos primordiais ao longo da sua trajetória. Primeiramente com Around the fur e todo seu som pesadíssimo que era condizente com o Nu Metal da época; White Pony, um dos álbuns que revolucionaria o Metal de sua época, e o período entre Saturday Night Wrist e Diamond Eyes, onde a banda faria uma revolução, mas na sua própria maneira de fazer Música. 

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Após cinco anos desde a estreia, a terceira temporada de Killing Eve ainda ressoa na memória

Cena de Killing Eve. Na imagem, duas moças jovens estão sentadas lado a lado em um salão de paredes vermelhas. À esquerda, está a personagem Villanelle, uma mulher branca que usa um terno com estampa rosa e azul. Com cabelos loiros, ela não usa acessórios e olha serenamente para o horizonte. À direita, está Eve Polastri, mulher de ascendência sul-coreana e cabelos escuros cacheados, que veste uma blusa preta de gola alta e mangas cumpridas. A personagem também olha para o horizonte, mas com feição preocupada.]
As respectivas performances em Killing Eve renderam um Emmy para Jodie Comer (Villanelle) e um Globo de Ouro para Sandra Oh (Eve Polastri) (Foto: BBC America)

Esther Chahin

Às ruínas de uma vila de beleza tocante no coração da Itália, o corpo de Eve se estilhaça no chão. Os planos de Villanelle (ou Oksana) de iniciar sua nova vida pacata ao lado da mulher que ama – se é que esse é o sentimento – se desfalecem. Por consequência, o olhar da assassina russa muda e, com isso, Polastri deixa de ser intocável. Esse é o terreno que a irreverente Emerald Fennell, principal showrunner da segunda temporada de Killing Eve, deixa para Suzanne Heathcote, quem a sucede no cargo. Em 2020, Jodie Comer e Sandra Oh se juntaram à Fiona Shaw (Carolyn Martens) e Kim Bodnia (Konstantin Vasiliev) e voltaram ao elenco da produção em uma nova leva de episódios que comemora o seu quinto aniversário em 2025. Continue lendo “Após cinco anos desde a estreia, a terceira temporada de Killing Eve ainda ressoa na memória”

20 anos atrás Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith aceitava a inevitabilidade da tragédia

O cenário é de uma sala futurista. Anakin está ao centro, ele está de lado, mas olhando para a câmera. Ele usa um capuz marrom escuro que cobre parte de seu rosto. Seus olhos estão amarelos e demonstram ódio.
Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith voltou aos cinemas em comemoração ao seu aniversário de 20 anos (Foto: LucasFilm)

Guilherme Moraes

Depois da trilogia original, a volta de Star Wars nos anos 2000 causou grande alvoroço. Eram muitas expectativas para a história de origem de Darth Vader, que, na época, não foram atendidas (ainda que o último capítulo tenha sido poupado). A mudança de tom pode explicar tal aversão a trilogia prequel. Se a original conservava um espírito aventuresco, esta foi tomada por uma dramaticidade muito teatral. Contudo, 20 anos depois, a trajetória de Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e, principalmente, Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith está sendo revisitada e entendida como é: um grande conto sobre destino e tragédia greco-romana.

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15 anos de Alice no País das Maravilhas: a adaptação que firma beleza dentro da loucura

Fotografia de Chapeleiro Maluco, em seu blazer turquesa, blusa engravatada em estampa de bolinhas e seus chapéu desgastado marrom com uma grande faixa rosa, ao lado de Alice, mulher branca, com feições delicadas e cabelo louro cacheado, em sua armadura prata e com os cabelos cacheados soltos, enquanto Capturandam, uma espécie de buldogue com urso, e soldados brancos estão em segundo plano.
Alice no País das Maravilhas venceu o Oscar de 2011 por Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino (Foto: Walt Disney Studios Motion Pictures)

Livia Queiroz 

Você está maluca, pirada, mas vou te contar um segredo: as melhores pessoas são assim”. Esta é a última frase transmitida pelo pai de Alice (Mia Wasikowska) antes do corte temporal para mencionar sua morte na narrativa, uma referência a mesma fala dita pelo Chapeleiro Maluco à menina no livro de Lewis Caroll. Em  paralelo com a vida não-ficcional, quantas vezes você já se viu como diferente da maioria por pensar demais ou por sonhar além do que os outros dizem que é possível? Quantas vezes desejou viver em histórias que viu em livros e filmes ao invés da sua realidade? Há 15 anos atrás, Alice no País das Maravilhas, dirigido por Tim Burton, o cineasta antagônico de Hollywood, nos apresentava por meio de um mundo extraordinário e imaginário o recorrente sentimento de estranheza com a realidade.

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Há 5 anos, a 7ª temporada de Brooklyn Nine-Nine trazia novos personagens e uma fase inédita de Peraltiago

Cena da série Brooklyn Nine-Nine. Na imagem, há sete pessoas alinhadas em uma sala da delegacia, todas vestindo camisetas de manga comprida azul-marinho com o distintivo da polícia de Nova York no lado esquerdo do peito. À esquerda, Holt, que é um homem negro e careca, mantém uma expressão séria, enquanto ao seu lado Scully, um homem branco de cabelo curto grisalho, parece surpreso, com a boca entreaberta. No centro, Rosa, uma mulher de cabelos longos e escuros, está de braços cruzados, transmitindo confiança. Ao lado dela, Jake, um homem branco de cabelo castanho curto também mantém os braços cruzados, com uma expressão firme. Mais à direita, Amy, uma mulher de cabelos escuros presos sorri levemente, e ao seu lado, Hitchcock, um homem branco careca aparece parcialmente visível e parece confuso. À extrema direita, Debbie, uma mulher branca de cabelos ruivos curtos sorri abertamente, parecendo a mais descontraída do grupo. Todos estão observando algo à frente, sugerindo que aguardam alguma instrução ou estão prestes a entrar em ação.
A série quase foi cancelada, porém, os direitos foram comprados pela NBC (Foto: NBC)

Marcela Jardim

O gênero das sitcoms policiais ganhou um novo fôlego com Brooklyn Nine-Nine, série criada por Michael Schur e Dan Goor, que conquistou o público ao mesclar humor afiado e críticas sociais relevantes. Estreando sua sétima temporada há cinco anos, em 2020, a produção já havia passado por momentos turbulentos, como o cancelamento pela Fox e o subsequente resgate pela NBC. Esse novo ciclo veio em um momento de transição, trazendo desafios narrativos e estruturais para o seriado, que precisava manter sua identidade ao mesmo tempo em que lidava com mudanças significativas. 

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Há 85 anos, John Ford antecipava Portinari com As Vinhas da Ira e criava uma versão norte-americana de Os Retirantes

Na imagem está Tom Joad do lado esquerdo. Ele usa uma boina, uma camisa de botão por baixo e um sobretudo preto e sujo por cima. Ele está olhando para a esquerda, para algo fora do plano. Ao seu lado está Ma Joad, ela olha para Tom com uma expressão preocupada. Ela usa uma blusa velha.
As Vinhas da Ira é uma adaptação do livro de John Steinbeck (Foto: 20th Century Studios)

Guilherme Moraes

Após a Depressão de 1929, os Estados Unidos entraram em uma crise profunda que afetou diversas áreas, dentre elas, a agrária. Nesse contexto entra As Vinhas da Ira (1939), livro de John Steinbeck que foi adaptado aos cinemas por John Ford em 1940. Ainda que seja um pouco ofuscado pela outras obras-primas do diretor, The Grapes of Wrath, no original, se consolidou na história do Cinema como uma grande análise sociopolítica, feita a partir da destruição de uma família em meio a instabilidade econômica que, de certa forma, dialoga com o quadro Os Retirantes (1944) de Candido Portinari.

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Há 15 anos, Brilhante Victória estreou na Televisão e fez tudo brilhar

Cena da série Brilhante Victória. A imagem mostra três mulheres com uma expressão confusa no rosto. A primeira é Jade, que é branca, tem cabelos pretos com mechas roxas, olhos escuros e usa regata e calça pretas. A adolescente do meio é Tori, que também é branca e tem longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor, está usando uma blusa azul estampada, uma jaqueta de couro bege e calça preta. A terceira garota é Cat, que é branca e baixa, tem cabelos tingidos de vermelho, usa uma blusa rosa com babado e um casaco verde água. O fundo da cena é iluminado e predomina tons de azul.
Ao longo dos anos, a série foi indicada ao Emmy quatro vezes, porém, não ganhou nenhuma das categorias pelo qual foi indicada (Foto: Nickelodeon)

Marcela Jardim

A Televisão infanto juvenil sempre desempenhou um papel fundamental na formação cultural de diferentes gerações, proporcionando entretenimento e, muitas vezes, moldando percepções sobre amizade, escola e desafios da adolescência. Dentro desse cenário, a Nickelodeon se destacou, ao longo dos anos, com produções que marcaram época, como iCarly, Drake & Josh e Zoey 101. Entre esses sucessos, Brilhante Victória (Victorious, no original) se consolidou como um dos grandes marcos do gênero, comemorando 15 anos desde sua estreia em 2010. Criada por Dan Schneider, a série inovou ao combinar Comédia, Música e tramas adolescentes, acompanhando a jornada de Tori Vega (Victoria Justice) ao ingressar na Hollywood Arts, uma escola de artes nada convencional, onde talentos são lapidados e conflitos juvenis ganham espaço.

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The Vampire Diaries já fez 15 anos e não vai sair tão cedo do nosso cangote

os três protagonistas estão direcionados para a frente. Damon é um homem branco de cabelos pretos e olhos azuis penetrantes. Ele usa uma camiseta básica preta. Elena é uma jovem branca, magra, de cabelos castanhos lisos e olhos também castanhos. Veste uma blusa verde e uma jaqueta de couro. Stefan é um homem branco de cabelos castanhos, lábios finos e sobrancelhas grossas. Também usa uma camisa preta. Ao fundo, a sala da mansão Salvatore desfocada, com abajures de luzes amareladas.
Elena Gilbert tem o espírito de heroína que faz de tudo para proteger quem ama, apesar de parecer tão indefesa (Foto: The CW)

Beatriz Apolari

Em Setembro de 2009, aquela que poderia ser só mais uma história de vampiros viu a gloriosa luz do dia. A série The Vampire Diaries – ‘TVD’ –, da rede norte-americana de televisão The CW e dirigida por Marcos Siega, estreou com uma audiência de 4,91 milhões de espectadores e, até seu encerramento, em 2017, colecionou milhares de fãs. O show tem inspiração na saga de livros homônima, lançada em 1991 por Lisa Jane Smith, mas diverge da literatura em pontos que vão desde a aparência e sobrenome de alguns personagens, até a criação de novos.

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Há 5 anos, Fiona Apple deixava uma mensagem que o mundo precisa ainda hoje: Fetch The Bolt Cutters!

A capa do álbum Fetch the Bolt Cutters apresenta um fundo preto com uma fotografia em preto e branco no centro. A foto mostra um close-up do rosto de Fiona Apple, com expressão divertida e olhar arregalado. Acima da imagem, o nome "Fiona Apple" aparece em letras roxas desenhadas à mão, com um pequeno cachorro marrom inserido entre as palavras. Abaixo da foto, o título do álbum, Fetch the Bolt Cutters, também está escrito à mão, em letras roxas e irregulares, dando um ar cru e artesanal à arte. Dois raios dourados cortam as laterais da capa.
O nome Fetch The Bolt Cutters é tirado diretamente de uma fala de Gillian Anderson na série The Fall (Foto: Epic Records)

Arthur Caires

Se a discografia de Fiona Apple sempre carregou nuances de raiva e angústia sobre a experiência de ser mulher, Fetch the Bolt Cutters (2020) surge como a obra em que ela finalmente rompe qualquer amarra que pudesse suavizar sua fúria. Neste álbum, a crueza e a violência emocional não são filtradas – são expostas sem reservas. A faixa-título evidencia exatamente esse espírito de libertação: “Pegue os alicates, estou aqui há muito tempo/Não importa o que aconteça”. Ou seja, arranque as barras dessa minha prisão e me deixe falar.

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Há 10 anos, Kingsman: Serviço Secreto mostrava que um cavalheiro também pode bater em caras maus

A cena mostra um homem de meia-idade, alto e de aparência refinada, usa um terno cinza risca de giz, gravata listrada e óculos de armação grossa. Seu cabelo é loiro-acinzentado, bem penteado, e ele tem uma expressão séria e autoritária enquanto levanta a mão para um jovem. O rapaz, de pele clara e aparência jovem, veste um boné azul, uma jaqueta preta acolchoada e uma camisa polo listrada. Ele tem um rosto anguloso, sobrancelhas marcadas e mantém uma expressão desconfiada ou desafiadora. A cena ocorre em uma sala de estilo clássico, com paredes verdes, quadros e uma mesa de bilhar ao fundo.
O filme arrecadou mais de US$ 414 milhões mundialmente, tornando-se o maior sucesso comercial de Vaughn até o ano de 2014 (Foto: 20th Century Studios)

Marcela Jardim

Lançado em 2015, Kingsman: Serviço Secreto trouxe um novo fôlego para os filmes de espionagem ao combinar ação estilizada, humor ácido e uma estética sofisticada. Dirigido por Matthew Vaughn, o longa subverteu clichês do gênero ao transformar um jovem marginalizado em um agente de elite, sob a tutela do carismático Harry Hart (Colin Firth). Inspirado na HQ The Secret Service, de Mark Millar, a obra se destacou pela violência coreografada e pelo tom irreverente, equilibrando homenagens aos clássicos de James Bond com uma abordagem moderna e exagerada. O roteiro dinâmico e repleto de reviravoltas, aliado às atuações cativantes, fizeram do longa uma experiência única, misturando o charme britânico com sequências de ação eletrizantes.

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