Muitos filmes abordam a figura do herói como corajoso por enfrentar seu inimigo. Harry Potter superou sete livros para enfim derrotar Voldemort. Daniel San mostrou sua força vencendo Johnny no torneio. Mas em Jump In!, o protagonista Izzy é corajoso porque ele prefere pular corda ao invés de lutar boxe.
Tendo como plano de fundo o cenário underground da Londres dos anos 1970, somos apresentados a um universo onde a ficção científica e o Punk Rock se conectam. Temos Como Falar Com Garotas Em Festas, obra inspirada no homônimo conto de Neil Gaiman. O longa narra uma viagem intergaláctica e poética sobre como o autor entende as mulheres. E, assim como em Deuses Americanos – série que chegou a sua segunda temporada em março -, Gaiman constrói um novo e maravilhoso mundo.
A sétima arte entrou de luto no fim de março. A cineasta Agnès Varda morreu na noite do dia 28, em consequência de um câncer, aos 90 anos. Fotógrafa, cineasta, documentarista, e formada em psicologia e literatura, ela é hoje o principal nome a lembrar quando se fala em cinema autoral francês de qualidade, a novelle vague – precursora do movimento e uma das raras figuras femininas a compô-lo.
A diretora de clássicos como Cléo das 5 às 7 (1962) e Os Catadores e eu (1999, um dos seus muitos filmes-ensaios documentários) foi assunto da última edição da nossa newsletter (se não assinou, assine já) e não poderíamos deixar de fora na retomada do cineclube, com os destaques do cinemas brasileiros no último mês.
A família está no centro de tudo. Shazam! é um filme sobre o coração dos bons e destemidos. Aqueles que, mesmo falhos, se tornam heróis. Billy Batson (Asher Angel) é um jovem que recebe poderes do Mago Shazam e, ao dizer seu nome em voz alta, assume a forma do homem perfeito. Na nova safra da DC Comics no cinema, o diretor David F. Sandberg adiciona sua visão elegante do terror a uma clássica história de origem.
Após o sucesso de Get Out, Jordan Peele e a audiência permaneceram em silêncio durante 2 anos na espera de um lampejo em sua mente criativa. Meses atrás, chegaram os pôsteres, trailers e a trilha sonora e junto deles, a expectativa aumentando. E então, a estréia mundial de Us finalmente aconteceu, quebrando recordes de audiência e novamente reacendeu os debates sobre o gênero do horror no cinema.
Imagine que você acordou e em um piscar de olhos sua vida se tornou uma verdadeira comédia romântica. Insano, né? É exatamente sobre isso que Megarrrômantico, a nova produção original da Netflix, se trata.
Natalie (Rebel Wilson) é uma arquiteta completamente frustrada com sua vida profissional e amorosa. Realista, ela prefere manter os pés no chão e fugir de tudo aquilo que a tire de sua zona de conforto. Principalmente, se essas situações forem cheias de clichês dignos de comédias românticas – as quais ela detesta. No entanto, após uma pancada na cabeça, a protagonista percebe que está em uma realidade alternativa de seu mundo. Tudo tomou um ar mais romântico e, o que antes se mostrava insatisfatório, agora se eleva a uma perfeição quase cômica.
No último longa lançado pela Marvel Studios antes da chegada do esperado Vingadores: Ultimato, somos apresentados à combate Vers, da raça alienígena Kree. No enredo, acompanhamos sua transformação em Capitã Marvel, carregando o título do filme e o elo no Universo Cinematográfico do estúdio. A história começa quando a protagonista já adquiriu os super-poderes e durante o desenvolvimento do filme seu passado vai sendo revelado através de flashbacks sobre sua vida humana, como a pilota de avião Carol Danvers. Duas raças da Casa das Ideias estão em guerra, os Kree e os Skrull, e é em uma das missões para o povo Kree que Carol tem o primeiro contato com o planeta Terra e com agentes já conhecidos da S.H.I.E.L.D.
Dando nova roupagem a uma quarta versão do mesmo conto de apaixonados, o longa estreia de direção de Bradley Cooper transmite todo o amor que precisa. Ao lado de Lady Gaga, o ator-barra-diretor é maestro de um espetáculo musical que emociona em seus momentos mais íntimos.
Vitor Evangelista
Jackson Maine (Cooper) é um rockstar a la country já em fim de carreira. Na saída de um de seus shows, ele acaba num bar de drags e encontra o (angelical) talento escondido de Ally (Gaga). A garçonete logo cai nas graças do barbudo e eles embarcam numa caminhada conjunta em direção ao estrelato. Como nem tudo são flores (poucas coisas são), a ascensão de Ally implica no definhamento de Maine.
É fato conhecido que o Oscar não liga para animações. A categoria mais previsível entregou a estatueta apenas para grandes estúdios americanos, desde sua criação, com raras exceções. E depois de dois anos sem o Ghibli, o Tio Sam olha para o outro lado e indica o Japão, representando o belíssimo Mirai (Mirai of the Future, sem lançamento no Brasil ainda), do diretor Mamoro Hosuda, cujo currículo contém projetos muito bem recebidas tanto pelo grande público quanto pelo especializado, como Summer Wars, Wolf Children e The Girl Who Leapt Trough the Time. Porém, nunca tinha sido indicado pela academia.
No encerramento de sua trilogia gestacional surpresa, M. Night Shyamalan trabalha a quebra constante da expectativa dentro do gênero dos filmes de herói. Assumidamente quadrinesco e colorido, Vidro tem uma linguagem própria e finaliza bem um trabalho inconstante e ora problemático do diretor. É um fim perfeito para uma criação de sua mente.