Bandidos não têm senso de moralidade. Ou, pelo menos, era assim que a banda tocava vinte anos atrás. A TV sempre pintou seus antagonistas como figuras cinzentas e sem remorsos. Tudo mudou quando Tony Soprano procurou terapia em 1999, na estreia de Família Soprano. Depois do mafioso desatar a discutir sentimentos e motivações, outras célebres figuras ‘malvadas’, como Walter White e Ragnar Lothbrok, se tornaram o centro psicológico de grandiosas produções. Em Ozark (2017), a história não é diferente.
Baseando-se no livro do jornalista norte-americano Brian Stelter, “Top of the Morning: Inside the Cutthroat World of Morning Tv”, a Apple TV+ lançou a série The Morning Show. Criada por Jay Carson, a produção conta a história do Jornal da Manhã da emissora UBC, onde Alex Levy (Jennifer Aniston) e Mitch Kessler (Steve Carell) são co-âncoras por mais de 15 anos. Tudo muda quando, após acusações de abuso sexual dentro do trabalho, Mitch é demitido e Alex vê sua vida virar de ponta cabeça. Nessa hora todo o país entende que, por trás das câmeras do Jornal da Manhã, nada é o que parece ser. Enquanto isso, a repórter local Bradley Jackson (Reese Witherspoon) viraliza na internet após iniciar uma discussão durante um protesto, e é chamada para dar uma entrevista, dando início à relação com muitos altos e baixos de Bradley e Alex.
Após o sucesso de Dark, aNetflix apostou cada vez mais em produções europeias e The Rain é resultado desse investimento. Lançada em 2018 e dirigida por Jannik Tai Mosholt, Esben Toft Jacobsen e Christian Potalivos, a série surgiu como mais um dos projeto desse âmbito, sem, entretanto, conseguir o mesmo sucesso de sua prima alemã. Passada na Escandinávia, The Rain conta com uma bela ambientação e uma boa trilha sonora, mas sua história, já ultrapassada dentro do universo distópico, e seus personagens mal desenvolvidos não conseguem sustentar a trama, deixando-a desamparada até o último minuto.Continue lendo “Em seu fim, The Rain se desespera”
A quarentena mexeu com todo mundo. Talvez você não aguente mais ler e ouvir sobre isso – nem eu –, mas é impossível não traçar um paralelo entre o novo extended play (EP) de Troye Sivan, In A Dream, com os últimos meses. Apesar da maior parte das faixas terem sido criadas antes do mundo acabar, as palavras falam diretamente com todos nós, e quase todas as músicas parecem ter sido escritas ontem mesmo, quando ninguém podia sair de casa por motivo nenhum, e até os sonhos eram mais interessantes que a vida real. Bem, não só os sonhos, mas os pesadelos também.
Ao olhar para a construção do mundo midiático brasileiro, diversas personalidades se destacam. Isso ocorre muito pela genialidade dessas pessoas ao se mostrar na frente do público, e como isso os cativou. Elas estavam em diversas áreas, sendo apresentando programas, cantando, atuando ou até praticando esportes. Em 2019, para homenagear umas das maiores apresentadoras brasileiras, foi lançado o filme Hebe – A Estrela do Brasil. O estúdio ainda transformou a obra em uma minissérie de dez episódios, que foi liberada no seu serviço de streamingGloboplay, em abril de 2020.
Visuais rústicos e paisagens bucólicas fotografadas em preto e branco mas que ocasionalmente revelam verdes úmidos e marrons aconchegantes. Foi com essa serenidade que Taylor Swift surgiu nas redes sociais no dia 24 de julho para anunciar seu novo álbum, folklore, apenas 24 horas antes de seu lançamento.
Não há uma fórmula perfeita para contar histórias de super-heróis. Desde que os quadrinhos passaram a ter suas narrativas adaptadas para as telas de cinema e da TV, diversas foram as tentativas de abordagem. Nas séries da DC, como Flash e Legends Of Tomorrow, vemos a presença de um tom mais leve e cômico para retratar suas histórias, enquanto as produções da Marvel optam pela seriedade e morbidez, explicitado em Jessica Jones e Demolidor. Já The Umbrella Academy, da Dark Horse, prefere não escolher radicalmente nenhum desses lados, e é a melhor coisa que ela faz.
O filme do espetáculo de sucesso da Broadway teve sua estreia adiantada em streaming
Letícia Machado e Rafaela Thimoteo
Como um bastardo, órfão, filho de uma prostituta e pai fundador dos Estados Unidos presente na nota de dez dólares se tornou um dos maiores fenômenos na indústria dos musicais e plataformas de streaming de todos os tempos?
Hamilton: An American Musical é um musical composto, escrito e protagonizado por Lin-Manuel Miranda. Norte-americano de família porto-riquenha que nasceu em Nova York, em 1980, Miranda se inspirou na biografia de Alexander Hamilton do historiador Ron Chernow para criar essa peça.
Não tinha outro jeito. Quando Shea Couleé entrou no ateliê, a Coroa, o cetro e o quadro do Hall da Fama já estavam com nome e sobrenome estampados. Quem chegasse na competição depois já não era importante, ou sequer relevante. 5 edições à dentro dessa corrida (quatro, se desconsiderarmos o terrível All Stars 1), o jogo já não tem mais tantas nuances. Ao passo que as nove queens restantes retornavam para a disputa do título e do cheque, Shea não tinha com o que se preocupar. Oito episódios depois, a conta veio.
Muito mais uma manobra de redenção, por vezes autoinfligida, a escolha de RuPaul parece levar em conta o passado e o prestígio em detrimento do agora. Assim, a questão que fica é a seguinte: essa competição virou um acerto de contas ao invés de uma congratulação e reconhecimento por mérito? A resposta definitiva não existe, Shea Couleé não venceu por pena ou migalhas, mas a narrativa dessa 5ª temporada abre margem para discussões mais profundas quanto ao papel da corrida secundária pela coroa. Está na hora do All Stars acabar.
Um dos primeiros contatos do cinema com viagem no tempo foi na trilogia De Volta Para O Futuro, lançada em 1985, e, com o passar do tempo, novas produções como Efeito Borboleta, Donnie Darko e Vingadores: Ultimatoforam surgindo. Essa temática pode ser considerada um dos assuntos mais utilizados em produções de ficção científica. Apesar das diferentes abordagens, a reviravolta em grande parte das narrativas parece ser sempre a mesma: provocar alterações no passado geram consequências no futuro. E, por muito tempo, pode ter se pensado que essa era uma das únicas maneiras de se criar histórias sobre viagem no tempo, até o surgimento de Dark.