Teto para Dois tem elenco perfeito, mas um roteiro ambíguo e estereotipado

Texto alternativo: Cena da série "Teto Para Dois" . Nela, podemos ver os personagens em um apartamento elegante e moderno, olhando um para o outro, enquanto a mulher branca na esquerda usando um vestido branco de bolinhas pretas e um homem negro de barba na direita usa um terno e gravata preta sob uma blusa branca com listras e segura flores.
O best-seller da autora Beth O’Leary foi adaptado para às telas pelo streaming Paramount+ (Foto: Paramount+)

Anna Clara Leandro Candido

Há anos, o Cinema e a Televisão se alimentam da Literatura para produzir sucessos de audiência e público. Isso vai desde o clássico Orgulho e Preconceito às séries de filmes Harry Potter e Jogos Vorazes, entre outros. Esse também é o caso de Teto para Dois, livro da autora inglesa Beth O’Leary, que recentemente foi adaptado em uma série original do Paramount+.

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Raya e o Último Dragão é o “como treinar o seu humano” que precisávamos

Cena do filme Raya e o Último Dragão com a personagem principal, Raya, no centro da imagem e de costas para a tela, veste uma capa vermelha e chapéu. Ela está segurando uma espada e apoiando-a em seu ombro. Ao seu lado esquerdo encontra-se Tuk Tuk, animal parte tatu, parte urso que é parceiro de Raya.
“Nós temos uma escolha; Construir ou destruir; Ou lutar para nos unirmos; O amor é uma ponte e a confiança é um presente; Nós a damos e ela fica melhor” – Jhené Aiko, Lead the Way (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Não, a Disney não comprou os direitos de Avatar e fez um filme da Korra. Mesmo compartilhando muitas características com a personagem da Nickelodeon, Raya é, na verdade, a protagonista do mais novo filme da Disney+. Lançado simultaneamente nos cinemas e na plataforma de streaming no dia 05 de março, o filme já conquistou o coração de muitos fãs e boas críticas. Raya e o Último Dragão traz novos horizontes para o conceito de histórias de princesas que tanto conhecemos, assim como dá um show de representatividade e animação.

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A cada novo episódio, Haikyuu se desafiou ainda mais até o topo

Cena da animação Haikyuu!!. A imagem mostra os dois personagens principais durante um de seus ataques rápidos. Hinata está de costas saltando e Kageyama levantando a bola. Os dois vestem um uniforme laranja, e são vistos em um ângulo baixo.
“Mesmo quem está no topo do mundo, se sempre fizer a mesma coisa, um dia  cairá. Nós não somos nem o melhor do país ainda. Se ficarmos presos no ontem, o que seremos amanhã?’’ Desafie-se hoje (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

“Aquele que sobe as escadas, deve começar por baixo’’. Essa pequena frase de sabedoria dita por Ittetsu Takeda representa bem a jornada percorrida pelos personagens de Haikyuu!! desde o primeiro episódio. Agora, após terem superado a muralha de ferro, o time festeiro, o grande rei e a antes invicta águia branca, os Corvos de Miyagi alçam voo rumo a quadra laranja em Tokyo. Munidos com uma nova animação, time de produção, uma épica trilha sonora, narrativas emocionantes e muita determinação.

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The Great Pretender: ser enganado nunca foi tão divertido

Na direita temos quatro dos personagens do anime. De cima para baixo há um garoto de cabelo castanho correndo com uma bolsa de dinheiro. Um homem loiro falando ao telefone. Uma garota em pé mexendo no cabelo e outra ruiva tirando os óculos.
Fingindo que eu estou indo bem, minha necessidade é tanta que eu finjo demais, eu sou solitário mas ninguém pode perceber – Freddie Mercury (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Por vários séculos no passado, narrativas como Star Wars e O Senhor dos Anéis basearam-se nos confrontos entre o bem e o mal para construir suas histórias e universos. Muitas vezes, os autores caracterizam a personalidade e modo de viver dos seus personagens com base em um desses dois lados. Por isso, era sempre fácil distinguir o mocinho do vilão e guiar o afeto do público. Até que um dia, ambos os lados convergiram e um novo tipo de personagem nasceu: pessoas que não são heróis nem vilões e mesmo estando ao lado dos mocinhos não compartilham do mesmo jeito de resolver as coisas que eles. Os chamados anti-heróis.

É com essa definição em mente que The Great Pretender constrói seu universo. Um anime criado pela Netflix em parceria com o estúdio Wit, que possui como protagonistas um grupo carismático e divertido de vigaristas internacionais. A segunda parte da história chegou em novembro no catálogo do streaming e conquista os espectadores com seus personagens carismáticos, aventuras divertidas, trilha sonora cativante e uma animação com um estilo deslumbrante.

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Julie and The Phantoms consegue o melhor de ambos os mundos

“Não desistiremos da música. Nós podemos tocar de novo, esse é um dom que nenhum músico negaria” – Luke (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido 

“You get the best of both worlds,  Chillin’ out, take it slow. Then you rock out the show.” É quase impossível que qualquer um pertencente a geração de crianças dos anos 2000 seja capaz de ler essa frase sem cantá-la. Hoje, produções como essa estão em decadência, sendo substituídas por narrativas que agradam mais as novas gerações que estão chegando e preferem streamings ao bom e velho sofá em frente à TV.

Contudo, uma onda de remakes recentemente começou a trazer séries e filmes de 10-20 anos atrás e adaptá-las a nova realidade onde seu público-alvo se encontra. Julie and The Phantoms é exatamente isso, uma série com os mesmo moldes de Hannah Montana, As Visões da Raven e High School Musical, mas atualizadas para a nova geração de crianças e adolescentes.

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Enola Holmes ensina a diferença entre solidão e solitude

“Ela queria que eu encontrasse minha liberdade, meu futuro, meu propósito. Sou uma detetive, uma decifradora, alguém que encontra almas perdidas. Minha vida é só minha e o futuro depende de nós” (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

A família Holmes vive há séculos no imaginário e coração de muitas pessoas ao redor do mundo. Sherlock, o personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle em 1887, já viveu inúmeras histórias e foi interpretado por diversos rostos, tornando-se uma figura amada do público. Foi sua influência que inspirou Nancy Springer a criar a irmã mais nova do famoso detetive, Enola Holmes. Agora, a história da caçula foi adaptada a um filme pela Netflix, trazendo uma narrativa não muito original, mas divertida, envolvente e repleta de assunto importantes para se refletir. 

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A revolução que Jogos Vorazes iniciou completa uma década

“E que a sorte esteja sempre ao seu favor” (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Durante a primeira década do século XXI, o mundo cinematográfico e literário foi tomado por grandes franquias. Desde a representação de uma sociedade bruxa até um mundo pós-apocalíptico, as histórias sobre revoluções com ruptura de padrões antiquados e preconceituosos estavam captando cada vez mais a atenção dos jovens-adultos. Incentivando-os a lutar por uma sociedade melhor e mais justa, tomar a iniciativa e se levantar contra as injustiças. Dez anos atrás, o livro Jogos Vorazes chegou ao Brasil trazendo consigo esses mesmos conceitos.

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Self Made tenta honrar o grande legado de Madam C. J. Walker

“Todos nós vamos morrer. Eu não controlo isso. Mas eu posso controlar como serei lembrada, o que deixarei para trás” (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido 

Madam C. J. Walker foi a primeira mulher negra a se tornar milionária por conta própria na história dos Estados Unidos. Filha de escravos, nascida poucos anos depois da abolição e mãe aos 18 anos, Sarah Breedlove – nome de nascença da empresária – fez sucesso ao vender produtos para cabelos negros numa época onde o racismo e o machismo ditavam o cotidiano de uma população.

Essa tão aclamada e importante figura de empoderamento negro e feminino só foi ganhar uma adaptação de sua história esse ano pela Netflix. Produzida por DeMane Davis, Eric Oberland e Lena Cordina, a minissérie Self Made, que ganhou o título nacional A Vida e a História de Madam C. J. Walker,  chegou para levar a história de Sarah ao mundo televisivo. A produção foca em sua jornada empreendedora e utiliza de vários recursos do drama para trazer uma linda história de superação e luta, atando-se a alguns pontos verdadeiros da obra original, mas deixando muitos outros de lado.

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Lucifer está de volta e dessa vez em dobro

“Nunca fui expulso de qualquer lugar antes na minha vida. Bem, exceto o Céu, claro” (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Entre o céu e o inferno. Essa é a posição que a Terra ocupa, proporcionando um local estratégico para o encontro de anjos e demônios e, quem sabe, até mesmo do Diabo em pessoa. É nesse cenário em que a série da Netflix, Lucifer, desenvolve sua trama. Após se cansar do Inferno e decidir tirar férias em Los Angeles, Lucifer (Tom Ellis) tornou-se dono de uma boate, tio, consultor civil da polícia e par romântico da detetive Chloe Decker (Lauren German). Agora, na primeira parte da quinta temporada, o Anjo das Trevas favorito de todos retorna do Submundo para agraciar o público com seu carisma e finalizar alguns assuntos inacabados. Acompanhados de uma linda ambientação e trilha sonora, os personagens voltam à ativa com todo seu glamour para agradar os fãs. Continue lendo “Lucifer está de volta e dessa vez em dobro”

Em seu fim, The Rain se desespera

The Rain surge como fruto dos investimento da Netflix em produções europeias, mas não alcança o mesmo sucesso que Dark, da Alemanha (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Após o sucesso de Dark, a Netflix apostou cada vez mais em produções europeias e The Rain é resultado desse investimento. Lançada em 2018 e dirigida por Jannik Tai Mosholt, Esben Toft Jacobsen e Christian Potalivos, a série surgiu como mais um dos projeto desse âmbito, sem, entretanto, conseguir o mesmo sucesso de sua prima alemã. Passada  na Escandinávia, The Rain conta com uma bela ambientação e uma boa trilha sonora, mas sua história, já ultrapassada dentro do universo distópico, e seus personagens mal desenvolvidos não conseguem sustentar a trama, deixando-a desamparada até o último minuto. Continue lendo “Em seu fim, The Rain se desespera”