Vamos fazer o Time Warp novamente: The Rocky Horror Picture Show

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Da esquerda para a direita, as personagens: Columbia, Magenta, Frank-N-Furter, Riff Raff

Bárbara Alcântara, estudante de Jornalismo da Unesp Bauru

No ano em que foi lançado, 1975, The Rocky Horror Picture Show foi um fracasso de bilheteria. Para os críticos, era um filme de difícil classificação: terror? Comédia? Musical? Sátira? Para o público em geral, o roteiro era confuso e, principalmente, polêmico. Talvez por conter uma enorme quantidade de referências que iam desde os cultuados filmes de ficção científica e terror, até cantores e estilos musicais da época. Ou então por praticamente pregar a liberação sexual. Fosse qual fosse o motivo do fiasco, o que ninguém esperava era que, nos anos seguintes, o longa deixaria de ser um desastre para se tornar um clássico cult. Passaria a ser exibido regularmente em sessões especiais de cinemas espalhados pelos Estados Unidos e ganharia, além de uma legião de fãs, um remake televisivo quatro décadas depois. Continue lendo “Vamos fazer o Time Warp novamente: The Rocky Horror Picture Show”

Pequena Miss Sunshine e a hora de trocar o pneu

Uma década depois de seu lançamento, a viagem continua.

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Luis Felipe Silva

Depois de viajar cerca de 1.300 km, chegava ao Brasil, há dez anos, uma Kombi amarela caindo aos pedaços. Dentro dela, uma família pouco convencional que, mesmo somadas as diferenças, se uniu em torno do sonho de ganhar um concurso de beleza da pequena Olive interpretada por Abigail Breslin.

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Persona: o silêncio fala

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Nenhum pôster é grande o suficiente pra esse filme

Nilo Vieira

De modo bastante rudimentar e generalizante, pode-se apresentar a obra do cineasta sueco Ingmar Bergman a um leigo como um “surrealismo cáustico do cotidiano”. Seus filmes propõem reflexões existencialistas através de metáforas incômodas e por vezes demoníacas, e a capacidade de extrair e expandir as mais diversas hipóteses sobre determinado tema em diálogos ásperos ou mesmo aparentemente banais (sempre retradados com fluência assustadora) é a espinha dorsal de seu trabalho.

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Vislumbrando um futuro além das águas claras de Aquarius

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Adriano Arrigo, estudante de jornalismo da Unesp Bauru

Há de se frutarem as pessoas que forem ao cinema assistir Aquarius e não verem o nascer da nova Esquerda Brasileira a partir do cruzamento entre Lula e Sônia Braga. Ora, o borbulho foi tanto em torno do filme (“o dever das pessoas de bem é boicotar Aquarius”, disse o amargurado jornalista Reinaldo Azevedo) que se criou expectativas que ultrapassam o senso lógico de interpretação de um filme. Continue lendo “Vislumbrando um futuro além das águas claras de Aquarius”

As disruptivas associações de Boi Neon e o Brasil que não conhecemos

Gabriel Mascaro junta os cacos de um Nordeste que já passou e o transforma em um novo mosaico brasileiro

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Adriano Arrigo

O quase continente chamado Brasil é objeto fílmico de toda a sorte. Sorte, nesse sentido, cai lhe bem, já que a quantidade de produções nacionais que tenta recriá-lo através dos vários estilhaços que lhe compõem às vezes consegue retratá-lo fielmente; porém, é grande a frequência de projetos que distorcem a realidade e, quando não, mentem para o espectador, seja por interesses econômicos ou por padronização estética do mercado. Continue lendo “As disruptivas associações de Boi Neon e o Brasil que não conhecemos”

Born to be Blue: O Jazz e a Heroína

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Eli Vagner F. Rodrigues

Quando Charlie Parker morreu, em 12 de março de 1955, aos 34 anos, o médico legista testemunhou que seu corpo parecia o de um homem de 65, resultado de sua adição em heroína. Quando Chet Baker caiu da janela de um hotel em Amsterdam em 13 de maio de 1988, aos 58 anos, seu corpo aparentava ser de um homem de 80 anos, efeito da mesma devastação provocada por essa que foi a droga mais associada à história do jazz. Continue lendo “Born to be Blue: O Jazz e a Heroína”

Miles Ahead: muito pouco sobre o Dark Magus do jazz.

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Eli Vagner F. Rodrigues

Miles Ahead não segue o modelo de “cinebiografia hagiográfica”, característica de algumas produções cinematográficas que retratam vidas de artistas. Tampouco segue o padrão histórico-cronológico, que sintetiza os momentos mais expressivos da carreira de um artista tendo como pano de fundo um panorama sociocultural. Essas produções geralmente se baseiam em um retrato das dificuldades que o artista enfrentou até chegar ao estrelato, ressaltando as condições desfavoráveis de sua origem em contraste com o poder transformador de seu talento. Continue lendo “Miles Ahead: muito pouco sobre o Dark Magus do jazz.”

Um escaravelho, algum suspense e vários clichês

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Danielle Cassita

Uma boa forma de reviver um clássico da literatura infanto-juvenil é trazê-la de volta como filme, e foi o que aconteceu com O Escaravelho do Diabo. O livro de Lúcia Machado de Almeida foi lançado na década de 70, e traz uma história que mescla o suspense policial com terror. Na pequena cidade do Vale das Flores, os ruivos estão sendo assassinados por um serial killer. Antes de morrerem, recebem um escaravelho. Continue lendo “Um escaravelho, algum suspense e vários clichês”

Esquadrão Suicida, spoiler: machismo é o super vilão

Camila Ramos

Muitos filmes usam as personagens femininas para trazer algum benefício aos personagens masculinos: deixá-los como heróis que salvaram a mocinha; mostrar sua superioridade perante a companheira; dar prazer (e apenas isso) e o último (e não estou dizendo que existem apenas esses) que trataremos aqui: entreter visualmente os espectadores masculinos.

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Esquadrão Suicida: vilões domesticados não mordem

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Galerinha do mal (Créditos: DC Comics/Warner)

Jefferson Garcia

Seja por questão estética ou escapismo moral, não é surpresa e nem mesmo demérito admitir que, muitas vezes, simpatizamos com vilões da ficção. Apesar de os desfechos das histórias (às vezes, de modo bem burocrático) quase sempre lhes trazerem punições, na maior parte do tempo estes personagens conseguem materializar, ainda que sob um prisma caótico, uma das maiores utopias humanas: a liberdade – de roubar, matar, se vingar e, o que talvez seja o mais atraente, não sentir um pingo de remorso por tudo isso.

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