Pacificador redime o anti-herói com muito humor ácido, ação e abraços reconfortantes de águias

A imagem é uma cena da abertura da série e mostra o elenco de Pacificador reunido em pose em um estúdio escuro com luzes neon. A câmera os retrata em um ângulo distante e de baixo para cima. Todos usam os trajes da série e permanecem ao fundo. No centro, em destaque, está o Pacificador, interpretado por John Cena. John é um homem branco, alto e musculoso, na casa dos quarenta anos. Ele usa uma calça branca e uma camiseta justa vermelha: seu uniforme. Além disso, usa botas pretas, luvas azuis e um capacete prateado que cobre seus olhos. Ele está com uma expressão séria e carrega em um dos ombros o personagem Judomaster, interpretado por Nhut Le. Nhut tem descendência asiática, uma aparência jovem, é baixo, magro e usa um uniforme inteiramente verde, da cabeça aos pés. Ele também usa um capuz verde sobre a cabeça, que só não cobre a boca e seus olhos. Um pouco a frente dos dois está Eagly, a águia de estimação do Pacificador.
A trilha sonora marcante de Clint Mansell e Kevin Kiner é um dos grandes destaques de Pacificador, que recebeu uma indicação ao Emmy 2022 (Foto: HBO Max)

Mariana Nicastro 

Após décadas de filmes de super-heróis, obras subversivas desse tema nascem como algo novo, diferente das fórmulas surreais representadas sob o véu puro e íntegro das produções Disney. Porém, mais interessante do que assistir à jornada já conhecida de heróis quase perfeitos, de super-homens, é acompanhar o desenvolvimento, conflitos e contrastes de um anti-herói, sem pudor, honra ou valores e objetivos generosos. Afinal, dualidades e fortes conflitos internos os fazem mais humanos e reais.

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O Esquadrão Suicida atira primeiro e pergunta depois

Cena do filme O Esquadrão Suicida exibe várias pessoas paradas no meio da selva. O homem no canto direito veste uma camiseta vermelha e azul colada ao corpo, bastante chamativa, usa uma calça branca e um capacete prateado na cabeça. À esquerda, há um homem negro com cabelo muito curto vestindo uma armadura, um tubarão humanoide e uma mulher branca também protegida por uma armadura e com uma máscara de gás na cabeça. Além disso, vemos uma mulher branca, com cabelo preto longo e preso, vestindo uma regata verde-musgo. Atrás dela, dois homens negros observam, como se vissem algo fora do comum. Por último, vemos um homem branco musculoso e com uma tatuagem no braço esquerdo. Ele tem cabelo curto e usa uma camiseta amarela, estampada com o desenho de um coelho segurando uma placa.
O Esquadrão Suicida foi lançado simultaneamente nos cinemas e no HBO Max nos Estados Unidos (Foto: Warner Bros Pictures)

Caio Machado

O primeiro Esquadrão Suicida foi lançado em 2016, ainda numa tentativa de construir um universo cinematográfico dos personagens da DC Comics para rivalizar com a Marvel. O filme dirigido por David Ayer foi um sucesso de bilheteria, mas um fracasso de crítica. Em 2018, o diretor James Gunn, conhecido pelos dois Guardiões da Galáxia, foi contratado pela Warner para fazer um novo filme do grupo de supervilões, com liberdade criativa para tomar rumos diferentes da obra de Ayer. Na época, a contratação ocorreu depois da Disney ter demitido Gunn da direção de Guardiões da Galáxia Vol. 3 devido à polêmica envolvendo tweets antigos do cineasta que faziam piadas de mau gosto envolvendo estupro e pedofilia. Em 2019, Gunn foi recontratado pela Disney, mas o diretor já estava envolvido na produção de O Esquadrão Suicida.

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Esquadrão Suicida: vilões domesticados não mordem

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Galerinha do mal (Créditos: DC Comics/Warner)

Jefferson Garcia

Seja por questão estética ou escapismo moral, não é surpresa e nem mesmo demérito admitir que, muitas vezes, simpatizamos com vilões da ficção. Apesar de os desfechos das histórias (às vezes, de modo bem burocrático) quase sempre lhes trazerem punições, na maior parte do tempo estes personagens conseguem materializar, ainda que sob um prisma caótico, uma das maiores utopias humanas: a liberdade – de roubar, matar, se vingar e, o que talvez seja o mais atraente, não sentir um pingo de remorso por tudo isso.

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