20 anos atrás, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban dava início ao lado sério e sombrio da saga

Na parte superior esquerda, mais próxima a câmera, está uma luz branca que sai da varinha de Harry Potter. Harry está no centro da tela, um pouco mais ao fundo da luz. No fundo, o cenário é de uma floresta escura
Expecto Patronum, traduzido do Latim, significa “desejo um protetor” (Foto: Warner Bros. Picture)

Guilherme Moraes

Dois anos após o lançamento de Harry Potter e a Câmara Secreta, o terceiro filme da saga chegava aos cinemas, dessa vez, mostrando a outra face desse mundo mágico. Se nos dois primeiros longas-metragens, em especial no primeiroChris Columbus apresentou o lado fascinante e alegre desse universo, em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, Alfonso Cuarón introduz o lado sério e sombrio que irá tomar conta da saga a partir daqui.

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Na Short n’ Sweet Tour!, Sabrina Carpenter choca a crítica e fãs com performances intensas

A fotografia mostra a cantora Sabrina Carpenter, em que aparece deitada de lado sobre um fundo rosa. Ela tem cabelos loiros longos e ondulados, maquiagem com destaque para olhos levemente delineados e batom rosa claro. Ela está vestindo uma roupa de tecido delicado com alças finas, transmitindo uma aparência suave e glamourosa.A Short n’ Sweet Tour! é a primeira turnê de arena da cantora (Foto: Sabrina Carpenter)

Marcela Jardim

Com os hits Espresso, Please Please Please e Taste, o sexto álbum da cantora Sabrina Carpenter ganhou uma turnê mundial com prováveis datas na América Latina. Short n’ Sweet foi lançado em Agosto de 2024 e conta com 12 faixas cuidadosamente produzidas, revelando uma maturidade artística impressionante. O single Taste teve um videoclipe muito bem executado, protagonizado pela artista junto a atriz Jenna Ortega, e conta com mais de 100 milhões de visualizações no Youtube em menos de três meses de lançamento. Continue lendo “Na Short n’ Sweet Tour!, Sabrina Carpenter choca a crítica e fãs com performances intensas”

5 anos de Aladdin, o live-action que transborda magia

Cena do live-action Aladdin. O personagem Aladdin chega a Agrabah como o príncipe Ali. Estão parados, na frente da caravana, o Gênio, em sua roupa azul, três dançarinos à sua esquerda e três à sua direita, enfileirados. Atrás de cada trio há três dançarinas, vestindo roupas amarelas típicas da cultura árabe. Seguindo o padrão, há fileiras de diversos outros dançarinos e dançarinas, todos com roupas em cores vibrantes, como rosa e roxo. No centro da caravana, atrás do gênio, há um elefante e, logo atrás, um enorme camelo feito de outro no qual Aladdin (príncipe Ali) está sentado. Ao redor da caravana o povo de Agrabah comemora e caem confetes do céu.
O live-action de Aladdin esbanja riqueza de detalhes e cativa o público pelo visual belíssimo (Foto: Disney+)

Gabriela Bita

De cachorros que falam a leões hiperrealistas, a Disney tem protagonizado erros e acertos em seus remakes das clássicas histórias animadas. Já tem mais de uma década que a empresa vem expandindo seu catálogo com live-actions de seus sucessos, para a alegria de uns e infelicidade de outros. Em 2019, o estúdio brilhou nas telas com a adaptação de Aladdin, uma das mais fiéis – se não a mais – à animação homônima de 1992.

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Em Megalópolis, Coppola nos permite sonhar com outro Cinema

A imagem está toda em um tom amarelado. Ao fundo é possível ver uma megalópole, com alguns arranha-céu. Mais próximo a câmera, estão várias vigas de metal. À direita estão Cesar e Julia se beijando. Cesar usa uma roupa preta e Julia um vestido verde. Cesar está sentado em uma das vigas e segura a cintura de Julia enquanto a beija. Julia está com apenas um pé na viga.
O filme custou cerca de 140 milhões de dólares (Foto: American Zoetrope)

Em um Cinema que simula um realismo, repleto de imagens sem cor e pasteurizadas, com escassez de histórias originais, recheado de remakes e continuações, pouco há espaço para grandes projetos autorais e arriscados. Sobre esse contexto, grandes diretores da história da indústria começaram a se manifestar, em especial, aqueles que ajudaram a consolidar Hollywood na década de 1970, como Martin Scorsese e Steven Spielberg. Nesse sentido, Francis Ford Coppola se juntou a eles e manifestou seus sonhos com relação à sociedade e a Arte em Megalópolis. Continue lendo “Em Megalópolis, Coppola nos permite sonhar com outro Cinema”

Matéria Escura, de Blake Crouch, tenta matar a saudade de Dark

Da esquerda para a direita: Jason Dessen (Joel Edgerton), um homem branco, com olhos claros, cabelo loiro escuro, barba rala e vestido com um casaco preto olha para sua frente com a boca aberta e expressão facial de alguém impressionado. Ao seu lado, está Amanda (Alice Braga), uma mulher branca, com cabelo castanho escuro, olhos escuros e vestida com um casaco cinza. Ela carrega a mesma expressão facial impressionada de Jason. No fundo, há uma parede de concreto e uma paisagem arborizada, que dividem a cena com um céu azul acinzentado.
Lançada em Maio de 2024, a série Matéria Escura presenteia o público com uma mistura de ciência e filosofia, com esplêndida atuação da atriz brasileira Alice Braga (Foto: Apple TV+)

Laura Lopes

Escrita e produzida por Blake Crouch, a produção de Matéria Escura foi baseada no livro homônimo escrito pelo mesmo autor norte-americano. A trama de ficção científica, lançada pela Apple TV+ em Maio de 2024, traz consigo elementos primordiais da filosofia ocidental, como a discussão proposta pelo existencialista francês Jean Paul-Sartre (1905 – 1980) e, principalmente, pela teoria do pessimista alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 1860). Enquanto o primeiro se debruça sobre o fato de a liberdade humana ser angustiante; o segundo, em sua ilustre obra literária O Mundo como Vontade e Representação (1818), estuda, a grosso modo, como o ser humano sempre deseja aquilo que não tem. Dark Matter (no original) é uma mistura de tudo isso.

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Após 15 anos de Arraste-Me para o Inferno, ser levado para os confins da Terra talvez não seja má ideia

Cena do filme Arraste-Me para o Inferno Na imagem, a personagem Christine Brown está sendo atacada pelos braços de uma pessoa. Ela está com lama cobrindo todo o cabelo e sujando o rosto, em sua volta tem mais lama. Christine está com expressão de dor. Ela é uma mulher na faixa dos 30 anos, de pele clara e cabelos loiros.
Em 2022, o filme entrou no top 10 dos mais assistidos na Netflix no Brasil (Foto: Ghost House Pictures)

Davi Marcelgo

Desde Sally (Marilyn Burns) de O Massacre da Serra Elétrica (1974) até Grace (Samara Weaving) de Casamento Sangrento (2019), a final girl é praxe no Terror, principalmente no slasher. É ela quem vence o assassino, sobrevive e, de quebra, aparece nas continuações. Mas para Christine Brown (Alison Lohman), do grotesco Arraste-Me para o Inferno (2009), já faz 15 anos que ela está perpetuada nos confins da Terra. O aniversariante que não é um filme de mascarados empunhando facas, sem dúvidas garante uma curiosa discussão sobre mulheres no gênero. 

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Sabrina Carpenter está com os hormônios à flor da pele em Short n’ Sweet

Na imagem da capa do álbum, a cantora Sabrina Carpenter aparece em um fundo azul profundo, olhando sobre o ombro direito em direção à câmera. Ela tem cabelos longos e loiros com franja, e sua pele está levemente iluminada pelo sol. No ombro exposto, há uma marca de beijo em tom vermelho escuro, como se tivesse sido deixada por um batom. A expressão de Sabrina é confiante e suave, com maquiagem destacando os olhos claros e os lábios em um tom nude. A imagem evoca uma estética clássica e sedutor
Para Sabrina Carpenter, se uma experiência é engraçada o suficiente para fazê-la rir, então, também merece uma música (Foto: Island Records)

Arthur Caires

O início da nova era de Sabrina Carpenter começou muito antes do lançamento de Espresso. A reação positiva em cadeia se iniciou no lançamento de seu quinto álbum, emails i can’t send (2022), que possui em sua tracklist a faixa Nonsense com seu outro engraçadinho: “Acordei esta manhã pensei em escrever um hit pop/Com que rapidez você consegue tirar a roupa?”. No entanto, a piada não é nada em comparação com o que viria em seguida nos shows da cantora, que criou uma tradição de sempre mudar a letra final de acordo com o local da apresentação.

No ato de abertura da The Eras Tour de Taylor Swift, em Novembro de 2023, no Brasil, a cantora cantou: “Garoto, venha aqui, isso não é um teste/Ele disse ‘Fique por cima’, eu disse ‘Eu vou’/Aí ele me fez gozar no Brasil”. Assim, a construção dessa identidade ‘safadinha’ culminou no lançamento de seu sexto álbum de estúdio, Short n’ Sweet. O título, “Pequeno e Doce” (em tradução livre), além de poder ser uma descrição da própria cantora, reflete sobre os relacionamentos curtos, porém, intensos, que ela vivenciou.

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Há 25 anos, nos tornamos chapéus de palha em busca do lendário One Piece

Cena do anime One Piece. Tem dez pessoas na imagem. Da esquerda para a direita aparece Nami, uma mulher jovem branca, com cabelo longo e ruivo e olhos castanhos, ela usa um vestido vermelho com uma armadura de metal por cima do vestido, ela também segura um bastão laranja nas mãos. Do seu lado está Sanji, um homem jovem branco, ele tem cabelo curto loiro e olhos castanhos, ele tem um cavanhaque e uma sobrancelha ondulada, ele veste um terno de cor vinho e está fumando um cigarro. Atrás dele está Brook, um esqueleto vivo com um cabelo afro preto, ele veste um sobretudo branco e preto com um lenço vermelho no pescoço e usa uma cartola. Do seu lado está Jinbe, um mistura de homem com tubarão-baleia, ele é bípede e sua pele é azul, ele tem um cabelo longo preto, que está preso em coque, um cavanhaque e olhos castanhos, ele veste um quimono laranja com uma faixa vermelha na cintura e uma capa preta nas costas. Atrás dele está Franky, que está dentro de robô gigante que possui as cores prata, vermelho e amarelo, na cabeça do robô há uma broca. Na sua frente e no centro da imagem, está Luffy, um jovem branco de cabelo curto e preto, ele tem olhos castanhos e uma cicatriz em formato de X no peito, ele veste uma camisa vermelha, que está aberta, uma bermuda laranja, uma capa preta nas costas e o chapéu de palha que está preso em um cordão no pescoço. Ao seu lado está Chopper, uma rena humanoide, ele é bípede, tem a pelagem marrom e olhos castanhos, ele veste uma armadura de samurai vermelha e um elmo vermelho com chifres dourados. Do seu lado está Robin, uma mulher mais velha, que tem cabelo longo e preto, e olhos azuis, ela veste um quimono branco com uma faixa vermelha na cintura e uma capa preta nas costas. Seguido dela está Zoro, um homem jovem, com cabelo curto e verde, seus olhos são castanhos e o seu olho esquerdo possui uma cicatriz, ele um quimono preto com uma faixa vermelha na cintura e segura uma espada na mão esquerda, na sua cintura tem mais duas espadas. No canto esquerdo está Usopp, um jovem negro, ele tem o cabelo longo, cacheado e preto, que está preso em um coque, ele tem os olhos castanhos e um cavanhaque. Ele tem o nariz muito grande e pontudo. Ele veste uma armadura preta e uma calça amarela, na sua cabeça tem um capacete vermelho e ele segura um bastão preto nas mãos. No fundo da imagem, tem um gigante de pele rosada caído no chão.
Com mais de 1100 episódios, o anime comemora 25 anos em Outubro de 2024 (Foto: Toei Animation)

Nathan Sampaio

Um dos gêneros literários mais antigos existentes é a epopeia. Caracterizada por ser um poema longo que utiliza aspectos narrativos, ela narra feitos heroicos, passagens gloriosas e apresenta personagens icônicos, e pode ser considerada um registro histórico de sua época. Embora pesquisadores apontem que esse estilo de narrativa está extinto desde o século XVIII, sua influência em obras modernas ainda pode ser observada. Em 2024, comemora-se os 25 anos de uma das animações influenciadas pelo gênero: o anime One Piece.

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No sopro da vida, descobrimos que Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal

Cena do filme Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal. Uma mulher negra, vestindo um vestido branco, está em pé em um campo verdejante, segurando sua filha nos braços. Ela está envolta em um pano branco e deitada confortavelmente no colo da mulher, que olha para ela com ternura e proteção. A figura da mulher transmite força e suavidade, enquanto o fundo de árvores e casas distantes cria uma atmosfera serena e natural. A luz suave destaca o laço afetivo entre elas, capturando um momento de amor e cuidado materno.
A Fotografia do longa, por Jomo Fray, foi premiada no Black Reel Awards, cerimônia de reconhecimento de excelência de afro-americanos (Foto: A24)

Henrique Marinhos

Em meio à poeira e quietude do Mississippi, Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal (All Dirt Roads Taste of Salt, no original) desenha uma narrativa lírica e contemplativa sobre amadurecimento. Dirigido por Raven Jackson e produzido pela A24, o filme é uma coleção de memórias e silêncios que moldam a história de Mackenzie, interpretada por Mylee Shannon, Kaylee Nicole Johnson, Charleen McClure e Zainab Jah, cada uma em diferentes fases da vida. Continue lendo “No sopro da vida, descobrimos que Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal”

48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo: entre telas, trânsito e tesouros

O evento aconteceu entre os dias 17 e 30 de Outubro, com direito a exibição de Ainda Estou Aqui (2024)

Pôster da 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo com uma ilustração criada por Satyajit Ray em tons terrosos. A imagem central representa uma cena interior com três figuras humanas. No primeiro plano, à direita, duas pessoas estão sentadas no chão; uma delas parece estar penteando o cabelo da outra, com gestos suaves e intimistas. No fundo, uma terceira pessoa está sentada mais distante, observando ou participando de uma interação sutil com as outras figuras. A ambientação sugere uma cena doméstica ou cotidiana, com paredes e sombras que adicionam profundidade à composição. No centro do pôster, há um símbolo estilizado que lembra uma flor em vermelho e verde, contrastando com os tons suaves da ilustração.
A abertura oficial do festival contou com a exibição do longa-metragem Maria Callas, dirigido por Pablo Larraín e protagonizado por Angelina Jolie (Foto: Mostra SP)

Henrique Marinhos

A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, dirigida por Renata Almeida, é um dos maiores e mais prestigiados eventos do calendário cinematográfico nacional. Neste ano, a 48ª edição do festival aconteceu de 17 a 30 de outubro, e celebrou a Sétima Arte em toda a sua diversidade. Desde a 44ª Mostra, o Persona tem o privilégio de acompanhar e cobrir essa jornada.

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