O instinto grita de volta nos 10 anos de The Hunting Party

Capa do álbum The Hunting Party. A imagem tem um fundo cinza superior, semelhante à fumaça, que vai em degradê para o branco na parte inferior. No centro superior, está uma criatura segurando um arco e uma flecha, que parecem ser feitos de ossos. Essa criatura não é identificável, mas tem alguns espinhos semelhantes à estalactites em cor de gelo, e se parece com uma estátua pela coloração cinza de mármore.
A chegada desse álbum é um alívio para os fãs da banda, que voltam a bater cabeça após seu lançamento (Foto: Warner Records)

Maria Vitória Bertotti 

Eles estão em sua forma mais animalesca possível e com fome por Música. Foi com essa premissa que, há 10 anos, a banda norte-americana Linkin Park lançava seu sexto álbum de estúdio, The Hunting Party. A obra pode ser lida como um retorno às origens do rock mais pesado, que beira o visceral mas não esquece dos testes melódicos e eletrônicos de seus outros registros. Com mensagens certeiras e um ritmo perfeitamente equilibrado, o projeto é facilmente um dos melhores álbuns da discografia da banda.

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The College Dropout: há 20 anos, uma revolução na indústria musical se iniciava

Capa do CD The College Dropout. Fotografia retangular com fundo branco. Na parte central está um mascote de urso marrom, em tamanho humano, sentado em madeiras marrom. Está vestindo um blazer marrom, moletom laranja e calças jeans. Suas mãos estão apoiadas no joelho. Enquadrando a foto, há uma moldura dourada com dois anjos em cada lado, encontrados na parte central dos lados. No canto inferior direito, há um retângulo e dentro dele, em fundo preto, está escrita a palavra Parental. Logo abaixo, outro rótulo, dessa vez maior, escrito em fundo branco a palavra Advisory. Logo abaixo, em um retângulo proporcional ao da palavra Parental, em fundo preto, está escrito Explicit Content, que significa conteúdo explícito.
The College Dropout, álbum de estreia de Kanye West, soma mais de quatro milhões de cópias vendidas mundialmente (Foto: Roc-A-Fella)

Sinara Martins

Há 20 anos, Kanye West lançou seu primeiro álbum: The College Dropout. Visto, até então, apenas como um produtor, o cantor teve seu projeto negado por vários caça talentos, como foi mostrado em seu documentário Jeen-Yuhs (2022), até ser aprovado pela produtora Roc-A-Fella, em um ato de egoísmo de Damon Dash, para que o rapper não procurasse outras gravadoras.

Quando finalmente lançado, em 2004, o disco foi responsável por consolidar a carreira musical de Ye e debutou em segundo lugar nos charts da parada musical estadunidense Billboard Hot 200. Além disso, venceu as categorias de Melhor Álbum de Rap e Melhor Canção de Rap com Jesus Walks no Grammy do ano seguinte. Somado a suas vitórias, o álbum ainda coleciona outras dez indicações na premiação.

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Há 5 anos, Djonga roubava a cena com Ladrão e provava que um raio pode cair mais que duas vezes no mesmo lugar

A capa e o título do álbum Ladrão fazem referência ao personagem Robin Hood, colocando o rapper mineiro roubando dos ricos para dar aos pobres (Foto: Gravadora Ceia)

Tharek Alves

Em 2017, no lançamento de seu primeiro álbum, Heresia, Djonga havia carimbado seu nome no meio do rap nacional, com uma estreia abaladora o suficiente para alavancar as expectativas em cima de suas próximas obras. Porém, o rapper dobrou a aposta em 2018 e superou todas as expectativas com O MENINO QUE QUERIA SER DEUS, tão abalador e marcante quanto seu antecessor. Visto na época como novo nome do rap mainstream, o mineiro tinha uma árdua missão de manter a qualidade em seus próximos lançamentos.

Assim como os antecessores e os que viriam posteriormente, Djonga também lançou seu terceiro álbum em 13 de Março e provou, mais uma vez, que raios podem sim cair no mesmo lugar. Intitulado Ladrão, os discursos presentes nas músicas ficaram ainda mais objetivos, com críticas incisivas ao racismo e desigualdade social, além de assumir, de fato, o papel de protagonista não só na luta antirracista, como também, no rap nacional.

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Yeehaw… Beyoncé coloca o cavalo na chuva no maior estilo COWBOY CARTER

Capa do disco COWBOY CARTER. A arte se trata de uma fotografia de Beyoncé sentada em cima de um cavalo em movimento enquanto segura a bandeira dos Estados Unidos. A cantora é uma mulher negra de cabelos platinados longos que são fotografados balançando junto a bandeira do país. Ela está de frente para a câmera e veste um chapéu branco com uma vestimenta tradicional de cowboys nas cores branco, azul e vermelho. O cavalo é branco e é representado em movimento. Ao fundo, o cenário é um vazio preto com um chão desértico estilo faroeste.
“Este não é um álbum country. Este é um álbum ‘Beyoncé’.” (Foto: Blair Caldwell)

Nathalia Tetzner

Quando Beyoncé idealiza um projeto, dá adeus aos limites e insiste até funcionar. Em sua nova empreitada, COWBOY CARTER, ela definitivamente não chega de ‘mansinho’ para cavalgar pelo country. Diante de um gênero musical financiado por uma indústria conservadora que já a alertou para ‘tirar o cavalinho da chuva’, a texana se aventura enquanto, pelo bem e mal, deixa a sua marca registrada em todas as 27 faixas. 

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Os cinco anos de Black Panther: The Album e a narrativa sob o olhar norte-americano

Capa do álbum Black Panther: The Album. Imagem quadrada de fundo preto. No canto inferior direito está escrito “Parental Advisory Explicit Content” ou “Aviso parental de conteúdo explícito”, em tradução literal. Acima está um colar prateado em que seus adereços são semelhantes a garras refletindo a luz
Na semana de lançamento, Black Panther: The Album debutou em 1° lugar na Billboard 200 (Foto: Top Dawg Entertainment)

Henrique Marinhos

Black Panther: The Album, trilha sonora de Pantera Negra, é composto por 14 faixas e foi produzido pela Top Dawg Entertainment, mesma gravadora de Kendrick Lamar. A obra se consolidou como um dos aspectos mais elogiados do filme lançado cinco anos atrás, apresentando uma fusão de influências africanas e afro-americanas que resulta em uma sonoridade autêntica e independente da produção audiovisual. 

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10 anos do Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui

Capa do álbum O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui. Na imagem, Emicida está em destaque, centralizado, com o enquadramento da foto cortando seu rosto do nariz para cima, e da cintura para baixo.Ele usa um terno na cor cinza claro e segura nas mãos um microfone de modelo clássico. O fundo da imagem é bege. No canto superior esquerdo, está escrito em letras pequenas “Emicida”, na mesma cor do fundo, e ao lado direito do Emicida, mais ao centro, está escrito em letras pretas “O Glorioso Retorno De Quem Nunca Esteve Aqui”.
O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui foi o primeiro disco de estúdio de Emicida (Foto: Laboratório Fantasma Produções)

Tharek Alves

Em 2013, com duas mixtapes e dois EPs lançados, Emicida já tinha grande impacto dentro do cenário do rap e era reconhecido como um grande músico e compositor. Contudo, foi apenas com o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio que ele atingiu o público geral e consagrou seu nome dentro da música nacional. Após dois anos sem lançar novas composições, O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui foi uma volta do cantor para os fãs e, ao mesmo tempo, uma estreia para aqueles que ainda não conheciam suas obras.

Lançado em 21 de Agosto daquele ano, Emicida buscou no álbum a inovação, para evitar a mesmice e a repetição daquilo que já havia lançado. O rapper conseguiu isso através da mistura do rap com outros estilos musicais, como samba, rock e funk. Com letras pesadas e impactantes como Bang!, que relata as dificuldades de não se desviar de seu caminho e o racismo escancarado de nossa sociedade, e faixas suaves e românticas como a declaração de amor que é Alma Gêmea, o debute do artista veio para alcançar variados públicos e mostrar sua versatilidade musical. 

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10 anos depois, Because The Internet ainda ecoa no cenário do hip-hop

Capa do álbum “Because The Internet” de Childish Gambino. A capa é uma fotografia do cantor. É um homem negro, de olhos escuros, e veste uma camisa em tons de rosa e laranja e coqueiros verdes. Ele está encarando a câmera, com uma feição séria. O fundo da foto é rosa, do lado direito, e laranja, do lado esquerdo.
Childish Gambino foi uma das inspirações para a criação de Miles Morales, o Homem-Aranha (Foto: Glassnote Records)

Amábile Zioli

O mix de gêneros, ritmos e estilos pode ser uma ferramenta muito utilizada no meio musical. Encontrar o equilíbrio e não pender para o exagero, no entanto, é uma tarefa que poucos conseguem alcançar. Em 2013, Donald Glover, sob o pseudônimo de Childish Gambino, lançava seu segundo álbum de estúdio, Because the Internet, e mostrava ao mundo que entendia de tudo um pouco.

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De Min Yoongi a Agust D, o que aprendemos sobre o caminho do artista em SUGA: Road to D-DAY

Cena do documentário SUGA: Road to D-DAY. Na imagem o cantor sul coreano aparece de costas segurando um microfone. Ele tem pele clara e cabelos lisos pretos, está vestindo uma calça e uma jaqueta preta. A imagem se passa a noite.
Em Abril de 2023, SUGA, do BTS, presenteou seus fãs com a estreia do documentário SUGA: Road to D-DAY, um retrato pessoal da sua busca pela criatividade e pelo direito de ser vulnerável (Foto: Disney+)

Isabella Lima

“Sinceridade não pode ser fabricada; a sinceridade de cada integrante do BTS é sedimento de suas provações, tribulações, tristezas, medos e esperanças a partir de suas próprias experiências vividas”, afirmou Jiyoung Lee em seu livro BTS Art Revolution, sobre o grupo de K-pop que conquistou, e ainda conquista, fãs leais ao redor do mundo. O legado de RM, Jin, SUGA, J-hope, Jimin, V e Jungkook é incontestável; sete rapazes de um pequeno país asiático que foram capazes de quebrar diversas barreiras linguísticas dentro da indústria da Música. O septeto, que iniciou a carreira em 2013, pode até ter anunciado uma pausa na carreira como grupo, mas seus trabalhos solos estão proporcionando aos fãs do BTS, conhecidos como ARMYs, verdadeiras obras musicais. Entre elas, encontramos os projetos de Min Yoongi, que se denomina como SUGA dentro do grupo, porém, quando em carreira solo, é conhecido por Agust D.

Apesar de ser a mesma pessoa, o cantor utilizou os nomes fictícios para explorar todo o seu potencial artístico, seja em equipe ou sozinho. O pseudônimo Agust D não é estreante no cenário musical: suas letras combativas, carregadas de rap e críticas são a marca registrada do artista desde 2016, quando lançou o seu primeiro projeto solo intitulado Agust D. Em 2020, a segunda parte da sua jornada chegou com o nome D-2, e agora, em 2023, conhecemos o capítulo mais recente dessa história: o álbum D-DAY, que além de dois videoclipes inéditos, também ganhou um documentário no Disney+, SUGA: Road to the D-DAY

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Vessel: 10 anos do crepúsculo violento e alvorecer quieto de Twenty One Pilots

Foto do duo Twenty One pilots. Nela temos, da esquerda para direita, Josh Dun, um homem branco de barba preta e Tyler Joseph, um homem branco de cabelos pretos com luzes loiras. Os dois usam um moletom preto de esqueleto, enquanto Josh usa uma bermuda preta e um boné branco, e Tyler uma calça preta. Eles estão em um sofá amarelo e Tyler está apoiando seu rosto na mão esquerda, enquanto Josh olha para o lado esquerdo de braços cruzados.
Em uma estética a lá memento mori, as roupas de esqueletos foram um dos uniformes da era, nos lembrando de nossa mortalidade (Foto: Instagram/@twentyonepilots)

Guilherme Veiga

Lá em 2011, um grupo de Ohio passava por uma reformulação e almejava ser, na melhor das hipóteses, regional. O que não se esperava era que, dois anos depois, a banda envelheceria tão bem e se lançaria de forma tão contundente no cenário do mainstream alternativo. Agora um duo, os inseguros Tyler Joseph e Josh Dun assinavam seu primeiro contrato profissional como Twenty One Pilots, com a Fueled By Ramen, que hoje é responsável por nomes como Young The Giant e Paramore.

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Racionais MC’s: o legado das ruas em um documentário

Fotografia retangular com o fundo branco. No centro estão os quatro membros do grupo Racionais Mc´s. Da esquerda para a direita tem-se Edi Rock, KL Jay, Mano Brown e Ice Blue. Todos usam calças, camisetas e jaquetas brancas, exceto Kl Jay que usa calça e camiseta preta. Os quatro homens são negros de estatura mediana, olham fixamente para frente com expressões sérias.
A valorização de uma estética única entre o grupo funciona como uma forte ferramenta no incentivo da autoestima da população negra (Foto: Jef Delgado)

Julie Anne Alves

Com mais de trinta anos de estrada, premiações internacionais e canções que salvaram gerações, o grupo de rap Racionais MC’s  foi contemplado com o documentário Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, disponibilizado pela Netflix. Dirigido por Juliana Vicente, o longa estreou na plataforma em Novembro de 2022 como um dos mais acessados mundialmente, e conta, em pouco menos de duas horas, a história do quarteto a partir do olhar dos membros e de quem os acompanha ao longo dos anos. 

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