Dez anos atrás, o Arctic Monkeys se tornava um ‘animal perigoso’ em Humbug

 

(Foto: Reprodução)

Maria Carolina Gonzalez

Nos últimos anos, percebemos que o Arctic Monkeys é uma banda totalmente fora da caixinha. O caminho para a imagem de queridinhos da música alternativa, consolidada com o gel no cabelo e as jaquetas de couro, começou a ser expandido há quase uma década. O terceiro álbum da banda, Humbug, mostrou que os garotos de Sheffield não se contentavam em ser apenas ícones do indie, mas também tinham potencial como promessas do rock.

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Metá Metá retoma o essencial de sua origem para novas experimentações no Sesc

Persona acompanhou o show no dia 14 de agosto e comenta os melhores momentos da noite

Metá Metá
“Pra quem não conhece, Thiago França (dir.), Kiko Dinucci (esq.) e Juçara Marçal (centro)”, brinca Juçara enquanto agradece a presença da plateia no final do show (Foto: Reprodução)

Vinícius Nascimento

Composto por Juçara Marçal (voz), Kiko Dinucci (Violão) e Thiago França (saxofone) é a segunda vez do trio em para Bauru. Às 8 horas e meia do dia 14 de agosto no Sesc, quem esperava um show com banda acaba por ter uma surpresa: no palco, somente violão, sax e microfones. No fim do show conversando com a banda, Kiko é enfático ao dizer: “A força bruta do Metá Metá é essa formação em trio, as vezes a gente acha mais pesado do que show com banda”. Assim seguimos noite adentro, com os três amigos nos guiando dentro da atmosfera de sonoridades que nos hipnotiza.

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Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão continua relevante 25 anos depois

Com este álbum, Marisa Monte se consagrou definitivamente na música popular brasileira

(Foto: Reprodução)

 

Guilherme Hansen

Quando Marisa Monte começou a carreira, em 1987, com o show Veludo Azul, naturalmente foi exaltada e posta como estrela do MPB. No entanto, não foi isenta às críticas que todo artista sofre. De origem rica, era acusada de ter um estilo aristocrático demais em sua música e de ser uma nova-iorquina que canta música brasileira, em uma crítica de Maria Bethânia que ficou famosa em entrevista à revista Playboy.

Com o CD “Mais”, de 1991 e com a ajuda de hits como “Beija eu” e “Eu sei (Na mira)”, conseguiu se tornar mais popular, mas, ainda assim, era considerada distante do público médio. 

Chegamos então no clássico “Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão”. Lançado em 1º de agosto de 1994, Marisa mais uma vez faz a sua mistura de estilos, porém, como bem disse Bethânia, colocou toques de Paulinho da Viola e o violão de Gilberto Gil. Ela abrasileirou muito mais seu repertório e, consequentemente, agradou mais o público e a crítica. 

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Ultraviolence: Meia década do melhor de Lana Del Rey

(Foto: Reprodução)

Isabelle Tozzo

Ultraviolence é o melhor de todos. Essa é a frase que meus amigos já ouviram de mim algumas vezes em conversas sobre Lana Del Rey. Como fã da artista, afirmo sem hesitar que o terceiro álbum da cantora – que completa cinco anos – é o mais belo, coeso e intimista de toda a carreira da norte-americana. Continue lendo “Ultraviolence: Meia década do melhor de Lana Del Rey”

Melhores discos de Junho/2019

Emicida se uniu a Pabllo Vittar e Majur para trazer luz sobre o diálogo da saúde mental na visceral “AmarElo”. O sample de Belchior coroa a parceria. (Divulgação/Papel Pop)

Junho marca o início do verão americano e também celebra o orgulho LGBTQ. Artisticamente, o mês seis costuma ser um dos mais frutíferos do ano. Amém! E acaba que é muita música boa para míseros 30 dias. Os nossos momentos preferidos estão elencados abaixo.

Gabriel Ferreira, Jho Brunhara, Leonardo Teixeira

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O retorno dos Jonas Brothers e a busca pela felicidade

(Foto: Reprodução)

Gabriela Abreu 

Após a separação dos Jonas Brothers no ano de 2013, ninguém imaginaria que voltaríamos a falar dos irmãos Jonas em 2019. O retorno veio de surpresa (pra alguns), mas a verdade é que a separação dos Jonas Brothers nunca colocou um ponto final na história desses irmãos – eles apenas apertaram o pause.

De acordo com a crítica do site Pitchfork, “Os Jonas Brothers não precisavam de uma completa reinvenção para retornar. Eles só precisavam de um começo limpo.” E é com esse espírito que a banda lançou os singles ‘Sucker’ e ‘Cool’, marcando o início de uma nova era para os irmãos Jonas. Continue lendo “O retorno dos Jonas Brothers e a busca pela felicidade”

20 anos do Enema of the State, o álbum que atingiu a maioridade junto com a geração emo

 

(Foto: Reprodução)

Lara Ignezli e Maria Carolina Gonzalez

No primeiro dia de junho, o terceiro álbum do Blink-182, Enema of the State, completou 20 anos. O disco foi responsável por impulsionar a banda formada, até então, por Mark Hoppus, Tom DeLonge e Travis Barker e é, sem dúvidas, seu maior e o melhor trabalho. Mais do que um divisor de águas do pop-punk, Enema of the State é considerado uma bíblia para os adolescentes intrincados do final dos anos 90 e começo dos anos 2000.

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Melhores discos de Maio/2019

Shantay you stay (David Dagley)

Adriano Arrigo, Egberto Santana, Gabriel Leite e Leonardo Santana

A sua mãe gosta dele. A comunidade LGBT+ ama dele. Assim como a família real britânica e a cantora Lady Gaga. Elton John é um monstro da cultura pop, com três dezenas de discos lançados e uma elogiada cinebiografia saindo do forno. Rocketman (Dexter Fletcher, 2019) já é considerado o primeiro filme de um grande estúdio a retratar o sexo entre dois homens de forma natural e explícita, exigência feita por Elton pessoalmente. Fica a dica de uma discografia que, apesar dos altos e baixos, é brilhante.

Os registros que deixamos abaixo são também recomendações pessoais do Persona. Maio foi um mês de trabalhos muito grandes para seus respectivos públicos e tem música para muitos gostos e tribos. Aproveitem!

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Carly Rae Jepsen e a probabilidade de amor à terceira vista

A cantora definiu seu novo registro em um conjunto de “músicas para ouvir limpando a casa” (Reprodução)

Leonardo Teixeira

O ciclo de vida de um one hit wonder é curto e traiçoeiro. Depois do sucesso, tentativas de replicá-lo e o ostracismo costumam fazer parte do roteiro. Mas Carly Rae Jepsen, dona de uma das músicas mais vendidas da história, não é vítima do passado. Ela uniu a aura dionísica das pistas dos anos 80 com amor sem vergonha de ser e conquistou a todo mundo que deu atenção ao impecável E•MO•TION (2015). Quatro anos depois, mais um sucessor difícil é posto em seu caminho: conseguimos nos apaixonar por ela uma terceira vez?

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Zandare mostra toda a sua pluralidade em EP de estreia

Banda do interior paulista mescla o rock progressivo com a riqueza da música brasileira

A arte da capa foi feita por Pedro Andrade. (Foto/Reprodução)

 Vinícius Gálico

 As vivências em uma universidade vão muito além das experimentadas nas salas de aulas, nós sabemos. Entre a rotina de estudo e perrengues inerentes à esta fase, também se encontram boas descobertas, aprendizados e possibilidades. Para cinco estudantes do interior de São Paulo, por exemplo, a graduação resultou em uma banda e novos rumos. Faz poucos dias, aliás, que esta mesma banda, a Zandare, está em uma nova etapa: com diplomas e instrumentos em mãos, acabam de lançar o seu primeiro trabalho autoral. O EP, Batizado de Pétalas Solares, é fruto de muito trabalho e experimentação. Nos próximos parágrafos, você irá conhecer um pouco sobre a trajetória da banda até aqui.

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