Sob escombros do pós-guerra, nasceram os escultores do heavy metal: o quarteto desajustado que se tornou o sinistro Black Sabbath

Capa do primeiro disco do Black Sabbath, o qual recebe o mesmo nome da banda. Fotografia quadrada com o nome do grupo na parte superior central. A região parece ser rural. O clima é nublado e as folhas, secas. Em segundo plano, há uma casa e, pela textura da imagem — meio desfocada e não tão nítida — dá a sensação de ser mal-assombrada. No primeiro plano, ao centro, uma mulher muito pálida e vestindo capa preta olha diretamente para o espectador, instaurando um ambiente misterioso.
A capa do primeiro disco do Black Sabbath serviria muito bem para um filme de terror: a figura central pode tanto ser uma bruxa como a figura misteriosa vestindo preto, mencionada na faixa inicial; fato é: era uma amiga da banda e nunca recebeu direitos pela foto (Foto: Black Sabbath)

João Pedro Piza

A Segunda Guerra Mundial, em muitos aspectos, mudou os rumos da humanidade. As atrocidades presentes no front, o medo constante da vigilância proveniente dos membros dos Estados totalitários e o horror disseminado pelas mais modernas técnicas de batalha forjaram no inconsciente dos cidadãos europeus um grande sentimento de desesperança. A Inglaterra, uma das potências mundiais da época e, por isso, grande alvo de Hitler na parte ocidental do continente, foi bombardeada pelos aviões alemães da Luftwaffe em 1940. Sob escombros e com pelo menos 450 mil mortos, os ingleses buscavam reestruturar o país a partir dos anos 1950, após a vitória dos aliados e dos efeitos do Plano Marshall. Mas não era nada fácil.

Nesse contexto, seria pouco coerente as manifestações artísticas do cenário cultural de Birmingham, cidade industrial e protagonista da metalurgia na Inglaterra, rodeada pela miséria, desemprego e crises, apresentarem o mesmo tom de paz, amor e esperança dos hippies — especialmente poetas e músicos norte-americanos. Dessa forma, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward possuíam uma ótica pessimista e distópica no que tange a maneira de encarar a sociedade e ver o futuro. Naturalmente, trocaram as roupas coloridas e as flores por jaquetas de couro e crucifixos. 

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Drácula: o horror de um clássico

Capa do livro Drácula de Bram Stoker pela editora Principis. Na imagem, aparecem representados em um tom de azul escuro: o castelo do Conde acima de um monte envolto por um grande portão e árvores tortuosas, na frente do portão está a sombra do próprio vampiro e de pequenos morcegos. Ao fundo a cor vermelho sangue toma conta do espaço do céu e o nome do livro e do autor aparecem estampados.
Exprimindo a atemporalidade da literatura gótica, Drácula de Bram Stoker é a prova de que existem clássicos que envelhecem como vinho (Foto: Editora Principis, com tradução de Karla Lima)

Jamily Rigonatto

“Quando o Conde viu meu rosto, os olhos dele brilharam com um tipo de fúria demoníaca, e de repente ele fez um movimento para agarrar meu pescoço. Eu me desviei, e a mão dele tocou a corrente onde estava o crucifixo. Aquilo provocou uma mudança instantânea, pois a fúria passou tão depressa que eu mal podia acreditar que tinha existido.”

Não há quem escute o nome Drácula e não reconheça a famosa representação vampiresca e suas lendas folclóricas. Ao longo dos anos, o Conde se consolidou como um personagem clássico dos gêneros de Terror e Horror e ganhou diversas releituras das mais variadas áreas, nas quais é descrito do grotesco ao carismático. A figura imponente criada por Bram Stoker no livro Drácula, de 1897, popularizou os vampiros no imaginário do público e alimentou mitos sobre o assunto. Hoje, a obra segue ganhando novas edições e sendo um dos textos mais apreciados pelos leitores do gênero. 

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The Away From Home Festival e o doce sabor da volta aos palcos para Louis Tomlinson

Arte do festival The Away From Home Festival. A imagem mostra um círculo branco centralizado ao centro, com o nome do festival escrito em preto com letras estilizadas. Há o desenho de uma carinha com dois X no lugar dos olhos dentro da letra o de Home. À frente vemos os desenhos de montanhas de diferentes tons de vermelho. Uma delas, a que está ao centro, tem uma estrada desenhada em branco e vermelho escuro que leva até o círculo no centro. Ao redor, há outros círculos vazados desenhados em branco. O fundo da imagem é preto.
“Juntos, somos imparáveis!” (Foto: The Away From Home Festival)

Ana Laura Ferreira

“Faith in the future”. Essa é a frase um tanto poética que o cantor Louis Tomlinson vem espalhando nos últimos tempos, e o que poderia ser apenas uma ideia motivacional, se tornou grandiosa nas mãos do britânico. Realizado no dia 30 de Agosto, o The Away From Home Festival, produzido e curado pelo músico, viu sua primeira edição chegar como um voto de fé no futuro pós covid-19. Reunindo diferentes artistas independentes, o evento abriu as portas para uma promessa de esperança.

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