The Good Place ensina sobre a vida e ainda te faz dar risadas

Ao receber os mortos, O Arquiteto os apresenta o bairro (Foto: Reprodução)

Ana Beatriz Diogo Rodrigues

A vida após a morte é uma incógnita. Tudo sobre esse assunto é incerto e não há clareza sobre qual é a verdade. O destino, as pessoas que encontraremos e o modo como nos comportaremos depois de morrermos são questões irrespondíveis. Mas a série The Good Place (2016-2020), com comédia e filosofia, tende a construir um caminho para essa jornada inexplorável. Abordando diversos assuntos filosóficos, a produção discute o sentido da vida ao decorrer das suas quatro temporadas.

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A força do luto é o que mais assusta em The Outsider

A figura do vilão em The Outsider é sempre uma sombra, escondida e guardada a sete chaves (Foto: Reprodução)

Caroline Campos

A morte caminha lado a lado com a vida desde que o mundo é mundo. É a única e mais misteriosa certeza da existência humana. Se há morte, há luto – quanto mais amado o falecido, mais dolorosa sua partida. No entanto, o luto se torna um grande banquete na nova série da HBO, The Outsider, sendo saboreado em cada momento de fúria exorbitante ou tristeza contida em seus dez episódios. Baseada na obra homônima de 2018 do mestre Stephen King, a série rodeia o sentimento de perda e suas consequências, impulsionada pelo caráter sobrenatural já conhecido das obras do Rei do Terror.

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O quinto ano de Better Call Saul veio para abalar o mundo da metanfetamina

As duas faces de um homem só: Saul Goodman e Jimmy McGill (Foto: Reprodução)

Vitor Tenca

Os advogados, como agentes essenciais da administração da justiça, devem manter em todos os momentos a honra e a dignidade da sua profissão. Porém, nem todos aqueles que exercem o Direito seguem esses ideais. Um homem claramente dividido entre a uma lei sagrada e uma lei selvagem, Jimmy McGill, ou, como gosta de ser chamado, Saul Goodman (Bob Odenkirk), nos mostra que a lei não precisa usar paletó e gravata – mas, se for usar, que seja algo extravagante e colorido. Continue lendo “O quinto ano de Better Call Saul veio para abalar o mundo da metanfetamina”

Normal People retrata o amor através da distância e do tempo

Com personagens muito fáceis de se identificar, a obra explora as incertezas do mundo jovem-adulto (Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

Algumas histórias apelam para fantasias impossíveis, enquanto outras buscam as emoções presentes na normalidade. Normal People, minissérie do streaming Hulu em parceria com o canal britânico BBC, encanta justamente por falar de um romance digno de pessoas reais. Indicada ao Emmy desse ano, a história é uma adaptação do best-seller da autora irlandesa Sally Rooney. O livro é mencionado como fenômeno literário da década pelo jornal The Guardian, e a adaptação para a TV não fica atrás no quesito qualidade.

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Mrs. America é a lembrança de que ainda vivemos no passado

Um dos grandes nomes indicados ao Emmy deste ano, a produção revive um cotidiano patriarcal muito similar aos dias atuais (Foto: Reprodução)

Vitória Silva

O quanto uma sociedade consegue evoluir em 50 anos?

Há 50 anos, o telefone celular ainda era algo em desenvolvimento. Não existia wi-fi, nem conexão bluetooth. Hoje, temos praticamente um aparelho ou aplicativo para realizar cada função do nosso dia-a-dia. O homem vai ao espaço quase como quem viaja para a Europa. Nós conseguimos até imprimir comida

Pensar no cotidiano de 50 anos atrás é pensar num passado distante e totalmente fora da nossa realidade. Uma sociedade tão retrógrada e nem um pouco próxima da modernidade que temos hoje em dia. Isso, se a humanidade fosse capaz de se desenvolver no mesmo passo que os aparelhos tecnológicos. E Mrs. America surge para comprovar essa afirmação. 

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Ozark mata os clichês na paulada

O terceiro ano de Ozark é o mais tenso e carregado até agora (Foto: Netflix)

Vitor Evangelista

Bandidos não têm senso de moralidade. Ou, pelo menos, era assim que a banda tocava vinte anos atrás. A TV sempre pintou seus antagonistas como figuras cinzentas e sem remorsos. Tudo mudou quando Tony Soprano procurou terapia em 1999, na estreia de Família Soprano. Depois do mafioso desatar a discutir sentimentos e motivações, outras célebres figuras ‘malvadas’, como Walter White e Ragnar Lothbrok, se tornaram o centro psicológico de grandiosas produções. Em Ozark (2017), a história não é diferente. 

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The Morning Show: A perturbadora realidade por trás das câmeras

The Morning Show, grande investimento da Apple TV+ com as estrelas Jennifer Aniston e Reese Witherspoon no elenco, não decepciona (Foto: Reprodução)

Milena Pessi 

Baseando-se no livro do jornalista norte-americano Brian Stelter, “Top of the Morning: Inside the Cutthroat World of Morning Tv”, a Apple TV+ lançou a série The Morning Show. Criada por Jay Carson, a produção conta a história do Jornal da Manhã da emissora UBC, onde Alex Levy (Jennifer Aniston) e Mitch Kessler (Steve Carell) são co-âncoras por mais de 15 anos. Tudo muda quando, após acusações de abuso sexual dentro do trabalho, Mitch é demitido e Alex vê sua vida virar de ponta cabeça. Nessa hora todo o país entende que, por trás das câmeras do Jornal da Manhã, nada é o que parece ser. Enquanto isso, a repórter local Bradley Jackson (Reese Witherspoon) viraliza na internet após iniciar uma discussão durante um protesto, e é chamada para dar uma entrevista, dando início à relação com muitos altos e baixos de Bradley e Alex.

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Mesmo antes da interatividade, Unbreakable Kimmy Schmidt tomava decisões aleatórias

Lançado em maio nos EUA, o filme só chegou no catálogo nacional da Netflix em agosto, tudo isso pelo atraso da dublagem, consequência da pandemia que vivemos (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista 

Unbreakable Kimmy Schmidt é uma série de lunáticos. Seus criadores Tina Fey e Robert Carlock são filhos do Saturday Night Live, o maior laboratório de malucos que a América filma e televisiona por mais de quatro décadas. De tão extravagante, a trama de Kimmy foi recusada pela NBC e achou casa na Netflix, lar aberto à visões distorcidas e um afinco pelo humor não-convencional. Lançada em 2015, a primeira sitcom da ‘emissora’ rendeu 4 temporadas, finalizando as aventuras da trupe nova iorquina ano passado. 

Junto do anúncio do fim, Fey revelou que desenvolvia um filme interativo que daria continuidade à história. E então Unbreakable Kimmy Schmidt: Kimmy vs. The Reverend chegou com a promessa de colocar quem assiste no controle das decisões dos personagens. Algo que, como o roteiro do seriado cansou de mostrar, já era recorrente da trama: Kimmy Schmidt sempre procurou o caminho mais louco e desmiolado para guiar sua protagonista. A única diferença é que agora temos a ilusão de que nós mesmos apertamos os botões decisivos. 

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Pequenos Incêndios metafóricos e necessários Por Toda Parte

Littles Fires Everywhere (no original) é da Hello Sunshine, produtora fundada por Reese Witherspoon, que vem adaptando diversos livros escritos por mulheres, como Big Little Lies (2017) e o filme Garota Exemplar (2014) (Foto: Reprodução)

Jaqueline Neves Bueno 

Uma das coisas que sempre deixa as pessoas com o pé atrás sobre adaptações de livros para o audiovisual é a questão da fidelidade à obra original. Pequenos Incêndios Por Toda Parte, minissérie da Hulu disponível na Amazon Prime, foi fruto do livro da escritora norte-americana Celeste Ng. Filha de imigrantes de Hong Kong, seu livro traz questões sobre a vivência asiática, além de já ter morado no bairro em que a história se desenrola. Ng também escreveu Tudo o que Nunca Contei, que ganhou alguns prêmios, como o Amazon Book of the Year

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Em ano eleitoral, RuPaul’s Drag Race toma partido

The Essence of Beauty (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

A décima segunda temporada do reality de drag queens sofreu um bocado. A começar pela polêmica de Sherry Pie, acusada de assédio, e sua desclassificação do programa, o novo ano enfrentou a pandemia mundial que impediu a gravação com público dos episódios finais. O isolamento se refletiu em soluções inventivas e conferências à distância. Munido de propaganda eleitoral e do hit American, RuPaul Charles coroou Jaida Essence Hall, uma rainha negra e que celebra a cultura de concursos de beleza. Num momento tão crítico dos Estados Unidos, a escolha de Mama Ru evidencia o papel da arte no meio das revoltas e reivindicações: celebrar performers negros e evidenciar seu carisma, singularidade, coragem e talento.

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