A subversão em camadas de Brat and it’s completely different but also still brat

Capa do álbum de remixes de brat. Imagem quadrada com fundo verde vibrante contendo texto em preto, exibido de forma invertida (espelhada). A frase é: 'Brat and it's completely different but also still Brat', traduzindo-se para 'Brat e é completamente diferente, mas ainda assim Brat'.
Em entrevista à Apple Music, Charli XCX revelou que o motivo da simplicidade da capa de Brat foi para economizar na sessão de fotos (Foto: Atlantic Records)

Henrique Marinhos

Não é novidade que ‘ser brat’ é sobre quebrar regras. Charli XCX não só entende isso como vive essa filosofia há um bom tempo. Brat and it’s completely different but also still brat é paradoxal e só poderia ser assim. A coletânea de remixes – se é que podemos definir assim – não se trata da adição de versos ou uma versão estendida; é uma desconstrução completa do álbum original, completamente diferente e, ainda assim, brat.

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BRAT não reinventa a roda, ele queima pneu

Capa do álbum brat, da cantora Charli xcx. A capa é totalmente verde neon com o escrito “brat” em letras minúsculas, em preto e pixeladas.
Uma jogada de marketing e tanto: qualquer um pode fazer o que quiser com o conceito de BRAT em bratgenerator.com (Foto: Atlantic Records)

Henrique Marinhos

Provando por ‘A+B’ que opera nas margens do mainstream, não por falta de talento ou oportunidade, mas porque simplesmente quis assim, Charli XCX tornou-se uma força motriz na Arte contemporânea. Um álbum. Um movimento. Um estilo de vida. BRAT é quase inadjetivável e não tem espaço para introspecções ou profundidades poéticas excessivas. É o agora.

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A partir do afrofuturismo, Dirty Computer mantém seu impacto político intacto mesmo após 5 anos

Capa do álbum Dirty Computer. Nela está a cantora Janelle Monáe, uma mulher negra de cabelos curtos que veste uma burca feita de joias brilhantes interligadas por correntes. Apenas seus olhos não estão cobertos. A burca é de metal e vazada. Sua pele é iluminada por uma forte luz vermelha enquanto ao fundo está um círculo que se assemelha a um planeta com árvores ao redor de sua cabeça. Este é preenchido por um degradê que vai do vermelho ao amarelo. Ao fundo, tons de azul que se assemelham a nuvens e à esquerda o texto Janelle Monáe - Dirty Computer.
Dirty Computer foi anunciado com um trailer, exibido nas sessões do filme Pantera Negra (Foto: Bad Boy Records)

Henrique Marinhos

Baseado em uma história distópica que transforma aqueles que não se conformam em computadores sujos, Dirty Computer é o terceiro álbum de estúdio da cantora, compositora e atriz Janelle Monáe. Lançado em 2018, a obra-prima não se destaca apenas por sua sonoridade, mas também por sua narrativa visual e conceitual, unidas em um audiovisual de 48 minutos emocionante.

Desde o lançamento de seu primeiro álbum, The ArchAndroid, em 2010, Monáe tem sido aclamada pela crítica e pelos fãs por sua originalidade e inovação na Música. Ela mistura elementos de R&B, soul, funk e rock, além de ser conhecida por suas performances energéticas e hipnotizantes, que cativam a audiência em seus shows ao vivo. Hoje, ela pode comemorar a realização de um manifesto impactante que comemora cinco anos de existência.

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Tell Me That It’s Over: de volta ao indie rock californiano, Wallows propõem um ensaio sobre as desilusões amorosas

Capa do CD Tell Me That It’s Over. Fotografia centralizada dentro de um quadrado com o fundo amarelo claro. Na imagem estão os três integrantes da banda em cima do telhado de uma casa. Dylan está sentado à esquerda, é um homem branco, jovem, de cabelo preto e curto, está vestindo uma calça marrom e um suéter listrado por cima de uma camiseta toda branca . Braeden está em pé no meio, é um homem branco, jovem, de cabelos pretos, está vestindo uma calça bege clara e um suéter preto de manga longa . Cole está sentado à direita, é um homem branco, jovem, de cabelos pretos mais longos e ondulados, está usando uma calça jeans escura, um suéter preto de manga longa e uma blusa vermelha por baixo do suéter. Atrás deles há árvores e um céu azul um pouco estourado devido ao efeito do flash na fotografia. Na parte superior pode-se ler “Wallows”. Na parte inferior pode-se ler “Tell Me That It’s Over”
A Wallows trouxe para referências de artistas como The Beatles, Arcade Fire e Vampire Weekend (Foto: Atlantic Records)

Isabella Lima

A maneira como lidamos com os sentimentos desencadeados pelo fim de um relacionamento diz muito sobre a nossa capacidade de adaptação. Muitas vezes, temos de lutar contra o desejo constante de voltar desesperadamente para alguém que não faz mais sentido manter ao redor. Mesmo estando cientes disso, ainda amamos aquela perigosa ideia de estar perto de algo familiar. Agora junte isso com momentos de epifania, com uma vontade de gritar para o mundo ‘quando esses sentimentos vão acabar?’, riffs de guitarra e o melhor do indie rock. Dessa combinação, temos  os elementos principais do álbum Tell Me That It’s Over, o novo trabalho da banda californiana Wallows. 

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