“Caramba, moleque/Você me fodeu tão gostoso que eu quase disse ‘Eu te amo’” é a primeira frase que Lana Del Rey diz em seu sexto álbum de estúdio, Norman Fucking Rockwell!. A letra faz parte da faixa-homônima do disco, cujo nome é referência ao famoso pintor do século XX, conhecido pela sua representação do American Dream. Em meio a uma bela produção orquestral, Del Rey canta sobre esse homem prepotente, autodepreciativo, tóxico emocionalmente e, bem, um homem. É a forma brilhante que a artista encontra de introduzir a temática que irá se estender: uma reflexão sobre o mundo contemporâneo sob suas lentes melancólicas, ambientalizada na Califórnia da década de 1960.
São muitas as frases icônicas que poderiam começar esse texto, então: ‘entre no carro, caro leitor, vamos entrar em uma viagem de volta ao começo da década de 2000’. Meninas Malvadas foi lançado em 2004 e dirigido por Mark Waters, um dominador das comédias românticas e adolescentes. Também foi roteirizado pela comediante do Saturday Night Live, Tina Fey, com base no livro Queen Bees and Wannabes (Abelhas-Rainhas e Aspirantes, em tradução literal) de Rosalind Wiseman. Continue lendo “Há 20 anos, Meninas Malvadas determinava que às quartas-feiras usamos rosa”
O início da nova era de Sabrina Carpenter começou muito antes do lançamento de Espresso. A reação positiva em cadeia se iniciou no lançamento de seu quinto álbum, emails i can’t send (2022), que possui em sua tracklist a faixa Nonsensecom seu outro engraçadinho: “Acordei esta manhã pensei em escrever um hit pop/Com que rapidez você consegue tirar a roupa?”. No entanto, a piada não é nada em comparação com o que viria em seguida nos shows da cantora, que criou uma tradição de sempre mudar a letra final de acordo com o local da apresentação.
No ato de abertura da The Eras Tour de Taylor Swift, em Novembro de 2023, no Brasil, a cantora cantou: “Garoto, venha aqui, isso não é um teste/Ele disse ‘Fique por cima’, eu disse ‘Eu vou’/Aí ele me fez gozar no Brasil”. Assim, a construção dessa identidade ‘safadinha’ culminou no lançamento de seu sexto álbum de estúdio, Short n’ Sweet. O título, “Pequeno e Doce” (em tradução livre), além de poder ser uma descrição da própria cantora, reflete sobre os relacionamentos curtos, porém, intensos, que ela vivenciou.
Existem momentos na história em que o mundo se une em torno de um único artista, celebrando seu pico de sucesso com admiração. São instantes marcantes, onde a Música transcende o mero entretenimento e se torna um fenômeno cultural que define gerações. A Beatlemania na década de 1960, o lançamento de Thriller por Michael Jackson em 1982 e a ascensão de Madonna como ‘Rainha do Pop’ na década de 1990 são apenas alguns exemplos dessa catarse coletiva. Em cada um desses casos, a obsessão pela estrela era palpável, dominando conversas, inspirando moda e comportamento, e consolidando seu lugar como ícone cultural inegável.
O mesmo aconteceu com Taylor Swift em 2023. Em Março daquele ano, a cantora iniciou uma das maiores turnês da história, a The Eras Tour. Celebrando todos os seus dez (agora, onze) álbuns, a sequência de shows já ultrapassou a marca de 1 bilhão de dólares de arrecadação, e está bem longe de acabar. Durante esse período, Swift ainda lançou duas regravações – Speak Now (Taylor’s Version) e 1989 (Taylor’s Version) –, quebrou recordes nos cinemas com o lançamento do registro ao vivo da turnê e foi nomeada como Pessoa do Ano pela revista Time. Já no começo de 2024, seguindo a onda de conquistas, a artista se tornou a primeira a ganhar quatro vezes o prêmio de Álbum do Ano no Grammy, sendo o último gramofone pertencente a Midnights.
É logo após esse turbilhão de acontecimentos que Taylor Swift lança seu 11º álbum de estúdio, THE TORTURED POETS DEPARTMENT. O disco vendeu mais de 2,5 milhões de cópias em sua primeira semana nos EUA e debutou com 313 milhões de reproduções no Spotify, sendo a maior estreia da carreira da cantora e da plataforma. Ao longo de suas 16 faixas – na versão standard –, a compositora fala sobre o término de seu relacionamento de seis anos com o ator britânico Joe Alwyn, a breve mas intensa reaproximação com o cantor Matty Healy, vocalista da banda The 1975, e a não muito bem-vinda opinião da mídia e de alguns fãs sobre sua vida pessoal.
Ao contrário do que a era reputation (2017) proclamava, a “antiga Taylor” não estava morta, e ela ressurgiria mais forte do que nunca em Lover, de 2019. Deixando para trás a escuridão, as cobras e os dramas públicos, o sétimo álbum de estúdio de Taylor Swift abraça a luz do dia, borboletas coloridas e o amor em suas várias formas. É um retorno à forma da artista, que focou em lembrar ao público geral que a cantora de All Too Well ainda tinha as características que todos amavam: compositora, sonhadora e verdadeira consigo mesma.
Chegando a sua 27ª edição, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo – o maior evento literário da América Latina – ocorreu dos dias 06 a 15 de Setembro de 2024. A editoria do Persona esteve presente no primeiro domingo, 08/09, para conferir lançamentos, estandes e discussões que compuseram a programação do dia. Os integrantes acessaram o espaço credenciados como Imprensa para realizar a cobertura.
Em Abril de 2024, Sex and the City entrou no catálogo da Netflix e foi novamente popularizada. Originalmente, a série esteve no ar de 1998 a 2004, mas foi com o poder da maior plataforma de streaming do mercado que se tornou, mais uma vez, o assunto do momento. E assim, de uma hora para outra, as redes sociais foram dominadas pelas frases de efeito de Carrie, discussões sobre como a protagonista é uma péssima amiga e vários tutoriais de como fazer o famoso drink Cosmopolitan.
Entender a si mesmo como uma pessoa LGBTQIA+ é, muitas vezes, uma tarefa difícil. Isso pode ser ainda mais intenso na adolescência, quando a pressão externa para ser igual a todo mundo – ou até melhor – te empurra a ser exatamente como esperam que você seja. Nesse contexto, coisas simples podem ganhar um significado imenso. Mas afinal, como a representatividade na mídia importa?
Em um momento de descoberta, dar de cara com um livro, filme, clipe ou até comercial que te faça sentir inteiro pode mudar muito sua jornada de auto aceitação. Encontrar casais sáficos, gays, pessoas trans e demais letras da comunidade existindo e sendo de verdade – mesmo que na ficção – nas linhas de algum produto é o tipo de coisa que te mostra que está tudo bem ser assim, não é um desvio de caráter e, muito menos, uma exclusividade azarada.
Fechando mais um Mês do Orgulho, alguns membros da nossa Editoria compartilham como o contato com produções queer na adolescência fez diferença e, de certa forma, acompanha suas vidas até hoje. Levantando a bandeira de um jornalismo cultural que preza pelo respeito e acolhimento da diversidade, o Persona agradece por mais essa cobertura. Amar e existir são atos de resistência lindos.
De tempos em tempos, surge uma história de romance adolescente que se passa em um verão calorento e que envolve duas pessoas que acabaram de se conhecer. Um formato clássico sempre bem-vindo e que, se bem executado, pode facilmente entrar na lista de obras reconfortantes que revisitamos com carinho. O filme Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo almeja esse status e, de certa forma, quase chega lá, mas perde seu propósito no meio do caminho.
Em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Joel e Clementine, interpretados por Jim Carrey e Kate Winslet, embarcam em um romance intenso, porém marcado por turbulências. Após um término doloroso, ambos optam por apagar as memórias um do outro através de um procedimento inovador. Essa busca por um recomeço emocional ecoa no sétimo álbum de estúdio de Ariana Grande, eternal sunshine, lançado sete meses após seu divórcio. Inspirado diretamente no filme, o disco é uma jornada introspectiva em que a artista explora a dor da perda, a esperança de cura e a busca por um novo amanhecer.