Na capa de So Close To What, Tate McRae está que nem a Billie Eilish na frente do espelho (Foto: RCA Records)
Arthur Caires
Em 2023, Tate McRae lançou THINK LATER, seu segundo álbum de estúdio. Na faixa cut my hair, ela canta: “ser uma garota triste ficou um pouco chato”. Mais do que uma declaração sobre sua própria evolução artística, esse verso reflete o momento atual do pop. Nos últimos anos, o gênero foi dominado por composições confessionais e melancólicas, com artistas como Taylor Swift, Olivia Rodrigo, Billie Eilish e Phoebe Bridgers no centro da cena. Mas, essa atmosfera introspectiva acabou criando uma saturação, despertando no público o desejo por algo mais leve, enérgico e dançante.
Essa guinada ficou evidente em 2024, com o crescimento de nomes como Charli XCX, Sabrina Carpenter e Chappell Roan, que trouxeram frescor ao pop sem abandonar a conexão emocional com suas letras. Assim como essas artistas, Tate McRae entendeu que o zeitgeist precisa de diversão e é isso que ela entrega no seu terceiro disco, So Close To What.
Kathryn Hahn brilha performando Agatha Harkness, desde seu movimentos com as mãos até suas expressões faciais (Foto: Disney+)
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Desde sua primeira aparição em WandaVision (2021), Agatha Harkness conquistou o público com seu charme, ironia e carisma, frutos da magistral atuação de Kathryn Hahn. O impacto foi tão grande que a personagem ganhou sua própria série, Agatha Desde Sempre. Criada pela mesma mente por trás da história de Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), Jac Schaeffer, a produção busca capturar a magia da obra original ao mesmo tempo que apresenta uma narrativa própria e ousada.
Demorou três temporadas, mas finalmente Nick e Charlie disseram ‘eu te amo’ um para o outro (Foto: Netflix)
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A atmosfera positiva e idealizada de Heartstopper é uma marca registrada da série desde a sua estreia, gerando algumas críticas por parte do público. Embora certos momentos possam ser considerados caricatos, a produção tem como objetivo ser uma fuga da adolescência corrompida de obras como Euphoria,focando em ser quase como um ‘manual’ para a nova geração e um acalento para os mais velhos. Na terceira temporada, lançada em Outubro de 2024, o original Netflix segue com o tom adocicado, mas oferece um retrato mais realista e autêntico ao tratar de temas mais maduros.
Na capa de Norman Fucking Rockwell!, Lana Del Rey e Duke Nicholson, neto do ator Jack Nicholson, navegam em direção ao horizonte, fugindo da nostalgia norte-americana em chamas (Foto: Interscope Records)
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“Caramba, moleque/Você me fodeu tão gostoso que eu quase disse ‘Eu te amo’” é a primeira frase que Lana Del Rey diz em seu sexto álbum de estúdio, Norman Fucking Rockwell!. A letra faz parte da faixa-homônima do disco, cujo nome é referência ao famoso pintor do século XX, conhecido pela sua representação do American Dream. Em meio a uma bela produção orquestral, Del Rey canta sobre esse homem prepotente, autodepreciativo, tóxico emocionalmente e, bem, um homem. É a forma brilhante que a artista encontra de introduzir a temática que irá se estender: uma reflexão sobre o mundo contemporâneo sob suas lentes melancólicas, ambientalizada na Califórnia da década de 1960.
A cena de Jingle Bell Rock em Meninas Malvadas é um marco da cultura pop (Foto: Paramount Pictures)
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São muitas as frases icônicas que poderiam começar esse texto, então: ‘entre no carro, caro leitor, vamos entrar em uma viagem de volta ao começo da década de 2000’. Meninas Malvadas foi lançado em 2004 e dirigido por Mark Waters, um dominador das comédias românticas e adolescentes. Também foi roteirizado pela comediante do Saturday Night Live, Tina Fey, com base no livro Queen Bees and Wannabes (Abelhas-Rainhas e Aspirantes, em tradução literal) de Rosalind Wiseman. Continue lendo “Há 20 anos, Meninas Malvadas determinava que às quartas-feiras usamos rosa”
Para Sabrina Carpenter, se uma experiência é engraçada o suficiente para fazê-la rir, então, também merece uma música (Foto: Island Records)
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O início da nova era de Sabrina Carpenter começou muito antes do lançamento de Espresso. A reação positiva em cadeia se iniciou no lançamento de seu quinto álbum, emails i can’t send (2022), que possui em sua tracklist a faixa Nonsensecom seu outro engraçadinho: “Acordei esta manhã pensei em escrever um hit pop/Com que rapidez você consegue tirar a roupa?”. No entanto, a piada não é nada em comparação com o que viria em seguida nos shows da cantora, que criou uma tradição de sempre mudar a letra final de acordo com o local da apresentação.
No ato de abertura da The Eras Tour de Taylor Swift, em Novembro de 2023, no Brasil, a cantora cantou: “Garoto, venha aqui, isso não é um teste/Ele disse ‘Fique por cima’, eu disse ‘Eu vou’/Aí ele me fez gozar no Brasil”. Assim, a construção dessa identidade ‘safadinha’ culminou no lançamento de seu sexto álbum de estúdio, Short n’ Sweet. O título, “Pequeno e Doce” (em tradução livre), além de poder ser uma descrição da própria cantora, reflete sobre os relacionamentos curtos, porém, intensos, que ela vivenciou.
Para Taylor Swift em THE TORTURED POETS DEPARTMENT: “Tudo é justo no amor e na poesia” (Foto: Republic Records)
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Existem momentos na história em que o mundo se une em torno de um único artista, celebrando seu pico de sucesso com admiração. São instantes marcantes, onde a Música transcende o mero entretenimento e se torna um fenômeno cultural que define gerações. A Beatlemania na década de 1960, o lançamento de Thriller por Michael Jackson em 1982 e a ascensão de Madonna como ‘Rainha do Pop’ na década de 1990 são apenas alguns exemplos dessa catarse coletiva. Em cada um desses casos, a obsessão pela estrela era palpável, dominando conversas, inspirando moda e comportamento, e consolidando seu lugar como ícone cultural inegável.
O mesmo aconteceu com Taylor Swift em 2023. Em Março daquele ano, a cantora iniciou uma das maiores turnês da história, a The Eras Tour. Celebrando todos os seus dez (agora, onze) álbuns, a sequência de shows já ultrapassou a marca de 1 bilhão de dólares de arrecadação, e está bem longe de acabar. Durante esse período, Swift ainda lançou duas regravações – Speak Now (Taylor’s Version) e 1989 (Taylor’s Version) –, quebrou recordes nos cinemas com o lançamento do registro ao vivo da turnê e foi nomeada como Pessoa do Ano pela revista Time. Já no começo de 2024, seguindo a onda de conquistas, a artista se tornou a primeira a ganhar quatro vezes o prêmio de Álbum do Ano no Grammy, sendo o último gramofone pertencente a Midnights.
É logo após esse turbilhão de acontecimentos que Taylor Swift lança seu 11º álbum de estúdio, THE TORTURED POETS DEPARTMENT. O disco vendeu mais de 2,5 milhões de cópias em sua primeira semana nos EUA e debutou com 313 milhões de reproduções no Spotify, sendo a maior estreia da carreira da cantora e da plataforma. Ao longo de suas 16 faixas – na versão standard –, a compositora fala sobre o término de seu relacionamento de seis anos com o ator britânico Joe Alwyn, a breve mas intensa reaproximação com o cantor Matty Healy, vocalista da banda The 1975, e a não muito bem-vinda opinião da mídia e de alguns fãs sobre sua vida pessoal.
Taylor Swift dá adeus à escuridão de reputation e ressurge nas cores pasteis de um dia ensolarado (Foto: Valheria Rocha)
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Ao contrário do que a era reputation (2017) proclamava, a “antiga Taylor” não estava morta, e ela ressurgiria mais forte do que nunca em Lover, de 2019. Deixando para trás a escuridão, as cobras e os dramas públicos, o sétimo álbum de estúdio de Taylor Swift abraça a luz do dia, borboletas coloridas e o amor em suas várias formas. É um retorno à forma da artista, que focou em lembrar ao público geral que a cantora de All Too Well ainda tinha as características que todos amavam: compositora, sonhadora e verdadeira consigo mesma.
Imergindo no universo literário, o Persona marcou presença na maior edição dos últimos dez anos da Bienal Internacional do Livro de São Paulo (Texto de Abertura: Jamily Rigonatto / Arte: Aryadne Xavier)
Chegando a sua 27ª edição, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo – o maior evento literário da América Latina – ocorreu dos dias 06 a 15 de Setembro de 2024. A editoria do Persona esteve presente no primeiro domingo, 08/09, para conferir lançamentos, estandes e discussões que compuseram a programação do dia. Os integrantes acessaram o espaço credenciados como Imprensa para realizar a cobertura.
Sex and the City é um dos pilares da cultura da década de 2000 (Foto: HBO)
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Em Abril de 2024, Sex and the City entrou no catálogo da Netflix e foi novamente popularizada. Originalmente, a série esteve no ar de 1998 a 2004, mas foi com o poder da maior plataforma de streaming do mercado que se tornou, mais uma vez, o assunto do momento. E assim, de uma hora para outra, as redes sociais foram dominadas pelas frases de efeito de Carrie, discussões sobre como a protagonista é uma péssima amiga e vários tutoriais de como fazer o famoso drink Cosmopolitan.