Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo captura com precisão o início de uma amizade na adolescência (Foto: Blue Fox Entertainment)
Arthur Caires
De tempos em tempos, surge uma história de romance adolescente que se passa em um verão calorento e que envolve duas pessoas que acabaram de se conhecer. Um formato clássico sempre bem-vindo e que, se bem executado, pode facilmente entrar na lista de obras reconfortantes que revisitamos com carinho. O filme Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo almeja esse status e, de certa forma, quase chega lá, mas perde seu propósito no meio do caminho.
O nome artístico da cantora é uma homenagem ao sobrenome de seu avô somado a música favorita dele (Foto: Island Records)
Guilherme Veiga
“Eu sou a artista favorita do seu artista favorito. Eu sou a garota dos sonhos da sua garota dos sonhos”. Foram com essas palavras que Chappell Roan se apresentou ao mundo, ‘de supetão’ mesmo. E nada mais justo. Hoje, o pop se mostra um gênero extremamente cruel, onde se consolidar nele é como lutar por sobrevivência na savana africana. E não foi só com sua personalidade, mas também com seu disco de estreia, The Rise and Fall of a Midwest Princess, que a intérprete chegou para impor seu lugar e permanecer no estilo.
Pepper LaBeija era a mãe da House of LaBeija na época das gravações de Paris Is Burning (Foto: Miramax Films)
Esther Chahin
“É como atravessar o espelho para o País das Maravilhas. Você entra nos bailes e sente-se 100% bem em ser gay. Não é assim no mundo, e deveria ser”
– Paris is Burning
Madonna, Ryan Murphy, RuPaul e diversos outros nomes influentes da cultura pop inspiraram-se na mesma fonte para criação de alguns de seus trabalhos. Estamos falando da cultura Ballroom, que dominou a cena afro-descendente, latina e LGBTQIAPN+ da periferia nova-iorquina em meados da década de 1980. As diversas categorias que compunham os bailes e parte das narrativas sensíveis dos membros da comunidade queer à época são expostas no documentário Paris Is Burning. Lançada em 1991, a obra foi produzida e dirigida pela cineasta Jennie Livingston, obtendo seu reconhecimento com prêmios como Teddy Award, no Festival de Berlim, e de Melhor Documentário, no Festival de Sundance.
Matt Bomer e Jonathan Bailey possuem grandes chances de serem indicados ao Emmy 2024 (Foto: Paramount+)
Guilherme Machado Leal
Nos últimos anos, obras audiovisuais que conversam sobre temáticas queers e colocam as pessoas da comunidade como personagens principais têm ganhado espaço na indústria. Do amor puro em Heartstopper ao ‘besteirol’ sarcástico Bottoms, o público tem a possibilidade de acompanhar a comunidade LGBTQIAPN+ sob diversas perspectivas. Em Companheiros de Viagem, por exemplo, há o retrato da época do Macarthismo, em que os políticos americanos perseguiam amplamente os comunistas e aqueles que não se viam como heterossexuais. Com Matt Bomer e Jonathan Bailey interpretando os protagonistas Hawkins e Tim, respectivamente, o amor de dois homens durante quatro décadas é o tema principal na narrativa adaptada pelo produtor Ron Nyswaner.
Cabeças falantes nem sempre precisam fazer sentido (Foto: Arnold Stiefel Company)
Guilherme Veiga
Um tablado preto de teatro. Uma luz no fundo, de onde vem um par de pernas que veste uma calça cinza clara e um sapato terrivelmente branco. Essas pernas chegam até um microfone e então é posto um rádio ao lado. A mão do corpo a quem pertence tais pernas dá play no aparelho, e então uma bateria digital começa aquela que seria uma das versões mais emblemáticas de Psycho Killer. A câmera sobe até o vislumbre de um jovial David Byrne e o resto é história. Assim começa aquela que, posteriormente, seria considerada a obra definitiva quando o assunto é filmes-concerto: Stop Making Sense.
A 4ª temporada de Harley Quinn estreou no verão estadunidense de 2023 (Foto: Max)
Nathalia Tetzner
Respirar novos ares é desafiador, mas refrescante. Na quarta temporada de Arlequina, o seriado aposta em uma roupagem diferente para a protagonista que, frente a decisão de mudar de ramo profissional – isso é, passar a irritar a Bat-Família no lugar da Legião do Mal enquanto persegue criminosos com seu bastão de baseball –, consegue proporcionar um sentimento de identificação com o público nunca antes explorado pela animação. Do humor pesado, floresce uma jovem que tenta equilibrar a nova fase de sua vida sem deixar a natureza maquiavélica para trás, justamente o que fez Hera Venenosa e nós cairmos de amores por ela pela primeira vez.
A produção nacional teve sua primeira exibição no Cine Ceará, o Festival Ibero-americano de Cinema (Foto: Embaúba Filmes)
Felipe Nunes
Em A Filha do Palhaço, o título engana e que bom por isso. A história, inicialmente simples sobre mais uma relação paternal problemática, se transforma em uma trama catártica cheia de reviravoltas que te prende do início ao fim e está longe de ser um drama clichê. É com Renato (Demick Lopes) e Joana (Lis Sutter) que vemos uma disfuncional relação entre pai e filha abrir portas para a polissemia da cinematografia. Da maternidade solo ao abandono parental, a obra passeia por temas delicados com uma abordagem fiel ao que se propõe. O mérito é do excelente roteiro assinado por Amanda Pontes, Michelline Helena e Pedro Diogenes.
Há cinco anos, a cantora lançou seu primeiro álbum que a tornou a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio de Álbum do Ano no Grammy (Foto: Kenneth Cappello)
Guilherme Barbosa
Billie Eilish entrou para a história em 2020, na 62ª edição do Grammy Awards, quando seu álbum de estreia aclamado, WHEN WE ALL FALL ASLEEP, WHERE DO WE GO?, ganhou o prêmio de Álbum do Ano, o que a tornou a garota mais jovem a conquistar essa categoria. Ao longo das 14 faixas que compõem o disco, a artista navegou por diferentes sentimentos, desde os melancólicos até os mais obscuros.
O uniforme todo branco de O-Ren lembra o da Yuki, principal personagem de Lady Snowblood (Foto: Miramax Films)
Guilherme Moraes
Apostar em uma maior cadência depois do sucesso do primeiro filme, que foi inspirado no clássico Lady Snowblood, é um desafio. No entanto, Kill Bill – Volume 2mostra que essa foi uma escolha acertada ao encerrar a saga dando mais substância à protagonista. Quentin Tarantino nos surpreende ao diminuir a violência em tela, mostrando que o caminho que a personagem trilhava era em direção ao fim do ciclo sangrento em que ela vivia, mas que, paradoxalmente, exigia o sacrifício de mais alguns personagens.
Dev Patel atua, dirige e roteiriza em Fúria Primitiva (Foto: Diamonds Filmes)
Guilherme Machado Leal
Em 2008, um jovem ator britânico estrelou o drama adolescente Skins como um coadjuvante. No mesmo ano, protagonizou um sucesso que chegou ao Oscar, o longa-metragem Quem Quer Ser Um Milionário?. Esses são apenas dois dos trabalhos que marcam a carreira de Dev Patel. Agora, com Fúria Primitiva, o artista inicia sua carreira atrás das câmeras. Nos papéis de roteirista, diretor e ator principal, ele dá vida a Kid, um rapaz que luta em um clube clandestino com o codinome Monkey Man para sobreviver e pagar as contas.