Elizabeth Moss, produtora e protagonista da série. (Foto: Divulgação/HULU)
Rafaela Martuscelli
Com mais de 20 indicações ao Emmy, O Conto Da Aia (The Handmaid’s Tale) faz sucesso desde a sua estreia. A série é uma adaptação da obra literária da escritora canadense Margaret Antwoord, que foi publicada em 1985, e tem como produtora e protagonista a atriz Elisabeth Moss.
A história se trata de uma distopia. Tal conceito na ficção procura mostrar como a sociedade pode caminhar para um modo de autodestruição – e é dessa forma que ela se desenvolve. O livro foi lançado ao mesmo tempo em que acontecia a segunda onda feminista no mundo, aonde eram exigidos em suas manifestações a igualdade de gêneros e a garantia do direito das mulheres. Os atos tinham como objetivo atingir diretamente a sociedade conservadora que existia na época.
Em meio a dragões, dramas medievais, distopias futuristas e a realeza britânica, “This is us” consegue alcançar diversas indicações a 70º edição do Emmy com seu segundo ano. Numa temporada focada em perdas e superações, o seriado da NBC aproxima ainda mais seu público tratando das crônicas familiares e criando ali uma mitologia emocionante e empática.
Quando eu encontrar uma explicação para a maçã na boca do elenco, eu trago pra vocês. (Foto: Reprodução/FX)
Egberto Santana Nunes
Se existisse um prêmio real para o artista do ano, Donald Glover provavelmente estaria cotado e até mesmo ganharia. Digo “real” porque o VMA (Video Music Awards) tem essa categoria em sua premiação, mas a gente ignora pois é o VMA. Além de ter todo um outro embasamento, voltado ao mundo da cultura pop e os abalos na indústria. A questão aqui é que Glover se catapultou no mainstream de uma forma que ele não só fosse o assunto do momento, como também fez com que fossem discutidos outros temas bem mais problemáticos. E é claro, no final de 2018, na retrospectiva feita por diversos canais, “This is America” estará lá sendo reprisado e discutido. Mas hoje o assunto não é o ótimo clipe de Gambino e, sim, seu mais não tão novo trampo, a série de TV Atlanta.
O atraso (proposital) do lançamento tornou o seriado inelegível ao Emmy 2017, concorrendo apenas na edição seguinte, que ocorre em 17 de setembro [Foto: HBO]Vitor Evangelista
Numa leva menor de capítulos, Game of Thrones aparou as arestas e foi direto ao ponto. Com uma linha narrativa ágil, o penúltimo ano leva o público aos preparativos finais para dar fim às histórias de Westeros. A sétima temporada conseguiu juntar seus protagonistas, guinando a história para seu derradeiro final, a guerra contra o exército do Rei da Noite.
Anunciado em março pela Netflix e lançado em junho, o filme Alex Strangelove, dirigido por Craig Johnson, traz a história de Alex Truelove (Daniel Doheny), um jovem no último ano do ensino médio que namora Claire (Madeline Weinstein), mas começa a questionar seus sentimentos ao conhecer Elliot (Antonio Marziale). Pela Sinopse, se assemelha a qualquer filme adolescente de triângulo amoroso ou do garoto que achava ser hétero e se descobre gay. No começo do ano tivemos o lançamento do filme Com Amor, Simon, outra comédia romântica com temática LGBTQ+, seguindo a mesma linha de aceitação e descobertas. É óbvio que a indústria das produções cinematográficas está vendo a oportunidade de explorar essa temática e alcançar um público específico, mas existe um algo a mais: esses clichês são poderosos.
A parede florida da residência dos Crellin evoca a alma cuidadosa de Adora, semelhante a Mãe Natureza (Foto: Reprodução)
Vitor Evangelista
Estrelada por Amy Adams, a minissérie da HBO adentra o passado da jornalista Camille Preaker, que retorna a sua cidade natal para noticiar a morte de duas jovens garotas. Carregada de ressentimento, a produção caminha a passos lentos e cores quentes para mapear as relações familiares problemáticas de sua protagonista. Camille é uma mulher marcada por abusos. A começar pela distante relação que construiu com a mãe Adora (Patricia Clarkson, sublime), a perda de sua irmã caçula ainda na infância, os anos marcados pela automutilação e alcoolismo, a personagem de Amy Adams tem problemas em encarar o passado e, principalmente, deixá-lo ir.
Muita gente sente uma nostalgia quando ouve: “Água… Terra… Fogo… Ar! Há muito tempo as nações viviam em paz e harmonia, e aí tudo isso mudou quando a nação do fogo atacou. Só o avatar domina os 4 elementos e pode impedi-los, mas, quando o mundo mais precisa dele, ele desaparece.” A animação da Nickelodeon, Avatar: A Lenda de Aang, criada por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko, teve seu último episódio lançado há 10 anos, encerrando a épica batalha entre o Avatar Aang e o Senhor do Fogo Ozai, com a instauração de uma era de paz e harmonia.
A Equipe Avatar (Imagem: Reprodução)
Leonardo Dota Zonaro e Raul Galhego da Silva
O conceito de avatar vem da teogonia bramânica, onde um deus encarna no mundo material para a realização de grandes feitos. O avatar, na definição da animação, é a junção de uma alma humana com um espírito ancestral e poderoso, Raava, sendo o único capaz de dominar todos os quatro elementos (habilidade concedida pelas tartarugas leão e possibilitada por Raava). Sendo o responsável por trazer equilíbrio para o mundo, o espírito do avatar é repassado para um recém-nascido da próxima nação assim que o portador atual morre, na ordem: Tribo da Água, Reino da Terra, Nação do Fogo e Nômades do Ar.
Em um absurdismo cômico, o seriado extrapola metalinguagem e a inversão caricata de papéis (Foto: Reprodução)
Vitor Evangelista
Com o buzz político das denúncias de abuso de Hollywood, passando pelas declarações polêmicas do presidente Donald Trump, a primeira parte da 4a temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt discute feminismo e atualidades com propriedade. Calcada num roteiro ácido e com timing cômico impecável, a série de Tina Fey mais uma vez diverte mas sem nunca fazer deixar de refletir.
Segunda temporada da série original Netflix explora ainda mais os traumas dos adolescentes protagonistas (Foto: Netflix)
Vitor Evangelista
Calcada em polêmicas e no retrato problemático de transtornos e distúrbios psicológicos: foi assim que 13 Reasons Why veio à tona. Após uma estreia provocativa e um final aparentemente fechado, o seriado retorna para um segundo ano na esperança de contar a versão de cada um dos “porquês” que levaram ao suicídio de Hannah Baker (Katherine Langford). Continue lendo “A desmistificação da verdade em 13 Reasons Why”