Em Kansas Anymore (The Longest Goodbye), Role Model dá a devida despedida ao amor do passado

Capa do álbum Kansas Anymore (The Longest Goodbye) do Role Model. A imagem em preto e branco mostra um Tucker vestindo um casaco de couro e um chapéu de cowboy, de perfil, com o olhar voltado para baixo. O nome do artista e o título do álbum estão escritos em branco e amarelo.
O deluxe já acumula mais de 12 milhões de streamings nas plataformas digitais (Foto: Interscope Records)

Isabela Nascimento

Em Fevereiro deste ano, Tucker Pillsbury lançou o deluxe do seu disco mais recente, Kansas Anymore (The Longest Goodbye). A sua nova versão traz quatro músicas inéditas, colocando o ponto final na sua última história de amor.  A versão original foi lançada em Julho de 2024, como seu segundo álbum de estúdio, Kansas Anymore. Nessa produção, o cantor traz uma nova versão de si mesmo, abandonando sua persona rapper apresentada no seu primeiro disco, Rx (2022). Nesse novo projeto, o americano se apresenta como um artista de pop rock, com influências do country atual. Essa troca de estilo fez público conhecer o outro lado de Pillsbury e ajudou a chamar uma fanbase mais engajada.

Continue lendo “Em Kansas Anymore (The Longest Goodbye), Role Model dá a devida despedida ao amor do passado”

5 anos da 1.ª temporada de Outer Banks: a divertida e desastrosa busca pelo Royal Merchant

Aviso: o seguinte texto discursa sobre temas que podem se tornar gatilhos para algumas pessoas que sofrem/sofreram com dependência química e abuso verbal

Dentro de um barco em meio ao mar e uma planície inundada, da esquerda para a direita, Kie, uma garota morena de cabelos bem ondulados; JJ, loiro bronzeado cheio de acessórios e com musculatura bem definida por fora da regata; John B, de cabelo tapado pelo boné rosa desgastado e bandana envolta do pescoço e Pope, menino negro de boné azul escuro e blusa de botões abertos, estranham o que avistam a frente.
Outer Banks é uma das séries produzidas pela Netflix mais bem sucedidas, seguindo para a sua quinta e última temporada (Netflix)

Livia Queiroz

The Outer Banks, paradise on earth” (“Outer Banks, o paraíso na terra”, em tradução livre). Há cinco anos, ouvimos pela primeira vez, de muitas, a narração de John B. Routledge (Chase Stokes) pela série original da Netflix, Outer Banks. Com um total de dez episódios, ‘OBX 1 é um projeto divertido que trata sobre um grupo de amigos que se envolvem em uma caça ao tesouro – antes iniciada pelo pai do personagem principal – enquanto vivem a vida como adolescentes. O seriado é, com certeza, um dos maiores sucessos originais da plataforma, seguindo para a 5.ª e última temporada com muita adesão do público, apesar das críticas à decadência na qualidade do roteiro e enredo ao longo de suas atualizações. 

Continue lendo “5 anos da 1.ª temporada de Outer Banks: a divertida e desastrosa busca pelo Royal Merchant”

2.ª temporada de Ruptura atualiza o conto de Orfeu e Eurídice enquanto lida com a crise existencialista

Em primeiro plano está Mark, coberto de sangue em seu rosto e sua gola. Ao fundo, desfocada, está Hellen. Ambos estão em um corredor iluminado de vermelho. Mark esta de costas para Helen, que olha em direção a Mark.
A série revigora o conto de Orfeu e Eurídice (Foto: Apple TV+)

Guilherme Moraes

Depois do grande sucesso da temporada de estreia, a expectativa para a sequência de Ruptura era enorme. No entanto, apesar da ansiedade dos fãs, Severance (no original) retornou três anos depois, um tempo considerável levando em conta a velocidade com que se produz séries atualmente para agradar a demanda do público. Contudo, se o preço para uma produção de qualidade é o tempo, então que se espere mais alguns anos para a continuação, pois a 2.ª temporada mantém o nível, ao colocar Mark S. (Adam Scott) e outros internos em crise existencialista, sem perder de vista as críticas ao sistema capitalista e as jornadas de trabalho.

Continue lendo “2.ª temporada de Ruptura atualiza o conto de Orfeu e Eurídice enquanto lida com a crise existencialista”

10 anos de Eyes Wide Open: o início da carreira musical promissora de Sabrina Carpenter

Capa do álbum Eyes Wide Open de Sabrina Carpenter, apresentado em duas cores principais, azul e laranja, presentes no título e na imagem da cantora deitada olhando para a câmera em um suéter off-white e atrás uma janela iluminada com discos, uma vitrola em maleta e uma caixa de som.
A cantora Meghan Trainor é autora de duas músicas do primeiro álbum de Sabrina Carpenter: Can’t Blame A Girl For Trying e Darling I’m A Mess (Foto: Hollywood Records)

Livia Queiroz 

Você é do tipo de pessoa que vive juventude de forma leve e que preza pelo maior número de experiências possíveis, de certo modo, inconsequente, ou do tipo que se vê preocupada com o presente e o futuro, parecendo muito madura para sua própria idade? Não se preocupe, ambas situações são normais na vida de um adolescente. É sobre essa fase memorável que Sabrina Carpenter canta em seu debut. Eyes Wide Open te leva em uma jornada pela adolescência em sua essência: erros, acertos, paixões, amizades e inseguranças. 

Continue lendo “10 anos de Eyes Wide Open: o início da carreira musical promissora de Sabrina Carpenter”

Para revolucionar Ultimate Homem-Aranha, só com Peter Parker LGBT+

Aviso: O texto contém alguns spoilers

Ilustração do quadrinho Ultimate Homem-AranhaNo desenho, Peter Parker está junto com sua família, eles estão posando para uma foto. Peter está no meio, sentado e veste o uniforme de Homem-Aranha. O traje é na cor vermelha, com linhas imitando uma teia por todo corpo, exceto no antebraço que é na cor azul marinho. No peito, há uma aranha preta desenhada. Peter é um homem de pele clara, cabelos lisos na cor castanha e barba grande da mesma cor. Do seu lado direito, está o filho mais velho. Na faixa dos 15 anos, o garoto tem pele clara, olhos verdes e cabelos ruivos. Está vestindo uma camisa de botões e gola alta na cor vinho. Do lado esquerdo, com o braço em cima do ombro de Peter, o abraçando, está Mary Jane, sua esposa. Ela é uma mulher branca, na faixa dos 40 anos, de cabelos ruivos e olhos verdes. No rosto ela possui sardas. Está vestindo uma blusa branca de mangas curtas e usa um colar com pingente de coração. À sua frente, segurando a mão da mãe, está a filha mais nova. Ela possui as mesmas características físicas da mãe, tem por volta de 8 anos e veste uma roupinha cor-de-rosa. O fundo é uma parede bege.
O primeiro volume, que chegou ao Brasil em Novembro de 2024, compila as primeiras seis edições em um único encadernado (Foto: Panini Comics)

Davi Marcelgo 

Desde que o Cabeça de Teia surgiu, em 1962, na revista Amazing Fantasy #15, muitos autores e desenhistas assumiram o controle das histórias e tentaram, à sua maneira, trazer algum frescor no universo do herói. Porém, ainda que Peter Parker tenha saído do colégio e prometido votos de matrimônio, de alguma forma, ele voltava à estaca zero: um personagem solitário que não podia se relacionar com ninguém sem que uma tragédia acontecesse. Os fãs reclamavam em redes sociais sobre o vai e vem, pedindo por tramas que saíssem da rotina. Em Março de 2024, o pedido foi atendido. Após o retorno da linha Ultimate da Marvel Comics, chegava às bancas dos Estados Unidos a primeira edição de Ultimate Homem-Aranha, escrita por Jonathan Hickman e ilustrada por Marco Checchetto. Trazendo o protagonista mais velho, casado e com filhos, a maior diferença é que, neste universo, o Homem-Aranha não existe – pelo menos até as últimas páginas da primeira edição. 

Continue lendo “Para revolucionar Ultimate Homem-Aranha, só com Peter Parker LGBT+”

Selena Gomez disse I Said I Love You First para Benny Blanco, mas ninguém tinha perguntado nada

Imagem da capa do álbum I Said I Love You First, de Selena Gomez e Benny Blanco. A arte mostra um casal visto através do formato de um buraco de fechadura. A cena tem tons alaranjados e iluminação suave, com os dois sentados em uma cama. A mulher usa um cardigã e tem cabelos curtos, enquanto o homem tem cabelos cacheados e usa uma camiseta branca. Ao fundo, há uma janela com persianas projetando sombras na parede. O restante da imagem ao redor do buraco de fechadura é completamente escuro.
Na capa de I Said I Love You First observamos Selena Gomez e Benny Blanco por meio de uma fechadura, como se estivéssemos espiando um momento íntimo (Foto: Interscope Records)

Arthur Caires

Selena Gomez tem uma carreira musical carregada de hits. Desde o começo, quando estava fazendo músicas contratuais para a Disney, ela entregava ‘farofas’ marcantes como Slow Down e Love You Like A Love Song. Já em 2015, quando conseguiu mais controle artístico com Revival, ela foi pioneira no pop ASMR com as deliciosas Hands To Myself e Good For You. Na era dourada dos singles avulsos em 2017, a cantora lançou algumas de suas melhores faixas, como Bad Liar e Fetish. Até mesmo o Rare, de 2020, tem Dance Again e Souvenir, que servem algum propósito.

Porém, ao longo dos últimos anos, foi possível perceber que a Música tratava-se mais de um hobby para Gomez do que algo que ela colocasse um esforço substancial. Logo após o lançamento de Emilia Pérez, em 2024, a atriz declarou em uma entrevista: “Será muito difícil para mim voltar para a Música algum dia”. Mesmo assim, após um período polêmico envolvendo seu namoro altamente público com o produtor Benny Blanco, a ex-Disney lançou um novo álbum.

Continue lendo “Selena Gomez disse I Said I Love You First para Benny Blanco, mas ninguém tinha perguntado nada”

Antônio Bandeira – O Poeta das Cores não faz jus ao artista

Cena do filme Antônio Bandeira - O Poeta das CoresNa imagem, o pintor Antônio Bandeiras está pintando um quadro abstrato com o fundo azul claro e linhas pretas da obra. Ele é um homem negro, na faixa dos 40 anos, de cabelos curtos e grisalhos. Usa um cavanhaque e bigode que está brancos. Nas mãos ele segura um pote e um pincel da cor vermelha. Está vestindo uma blusa de manga comprida, que está arregaçada nos cotovelos, da cor vermelha e uma calça marrom. O cenário é um quarto, do lado esquerdo há uma porta com quadros em branco dentro e outros desenhos que estão pendurados em uma parede. No canto direito, há uma mesa com potes e pinceis.
O pintor viveu anos na Europa e retornou para o Brasil no final dos anos 1950 (Foto: Sereia Filmes)

Davi Marcelgo

A execução de um filme é guiada, por muitas vezes, pela noção de unidade entre forma e conteúdo, ou seja, de que maneira o diretor e demais artistas transpõem história ou roteiro através da linguagem do Cinema. O documentário Antônio Bandeira – O Poeta das Cores é um exemplo de insucesso quando pensamos nessa ideia. Dirigido por Joe Pimentel e apoiado pelo sobrinho do biografado, o longa não consegue transmitir por suas imagens a grandiosidade de Bandeira – e às vezes nem pelo conteúdo. 

Continue lendo “Antônio Bandeira – O Poeta das Cores não faz jus ao artista”

Há 15 anos, Brilhante Victória estreou na Televisão e fez tudo brilhar

Cena da série Brilhante Victória. A imagem mostra três mulheres com uma expressão confusa no rosto. A primeira é Jade, que é branca, tem cabelos pretos com mechas roxas, olhos escuros e usa regata e calça pretas. A adolescente do meio é Tori, que também é branca e tem longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor, está usando uma blusa azul estampada, uma jaqueta de couro bege e calça preta. A terceira garota é Cat, que é branca e baixa, tem cabelos tingidos de vermelho, usa uma blusa rosa com babado e um casaco verde água. O fundo da cena é iluminado e predomina tons de azul.
Ao longo dos anos, a série foi indicada ao Emmy quatro vezes, porém, não ganhou nenhuma das categorias pelo qual foi indicada (Foto: Nickelodeon)

Marcela Jardim

A Televisão infanto juvenil sempre desempenhou um papel fundamental na formação cultural de diferentes gerações, proporcionando entretenimento e, muitas vezes, moldando percepções sobre amizade, escola e desafios da adolescência. Dentro desse cenário, a Nickelodeon se destacou, ao longo dos anos, com produções que marcaram época, como iCarly, Drake & Josh e Zoey 101. Entre esses sucessos, Brilhante Victória (Victorious, no original) se consolidou como um dos grandes marcos do gênero, comemorando 15 anos desde sua estreia em 2010. Criada por Dan Schneider, a série inovou ao combinar Comédia, Música e tramas adolescentes, acompanhando a jornada de Tori Vega (Victoria Justice) ao ingressar na Hollywood Arts, uma escola de artes nada convencional, onde talentos são lapidados e conflitos juvenis ganham espaço.

Continue lendo “Há 15 anos, Brilhante Victória estreou na Televisão e fez tudo brilhar”

50 anos de glórias: Neguinho da Beija-Flor deixa o maior legado da história do samba

Neguinho da Beija-Flor é um homem negro de cabelo preto, roupa branca com detalhes de búzios na camisa, com microfone na mão direita na região do rosto cantando, e uma toalha branca na mão esquerda, ao lado do músico da Beija-Flor, que está utilizando um blazer branco com detalhes rosa, gravata branca e camisa branca com detalhes em dourado.
Neguinho da Beija-Flor no desfile da escola ao lado de Betinho Santos, cavaquinista da Beija-Flor (Foto: Alex Ferro)

Lucas Barbosa

No espaço democrático do samba, quem o cantava com amor e carinho era valorizado nas ruas e na avenida. O Jovem Luiz Antônio sabia muito bem disso, filho de músicos, aos 10 anos, ganhou um concurso de Música cantando um samba do seu ídolo Jamelão, o prêmio foi uma lata de goiaba. Ali, ele entendeu que o samba não seria seu maior amor e, sim, a sua vida.

Continue lendo “50 anos de glórias: Neguinho da Beija-Flor deixa o maior legado da história do samba”

As Melhores Séries de 2024

A Netflix foi a produtora que mais recebeu indicações na lista de 2024 do Persona (Texto de abertura: Guilherme Moraes; Arte de capa: Eduarda Anselmo)

O ano de 2023 foi conturbado em Hollywood, com o atraso de inúmeras produções e o adiamento de algumas cerimônias de premiação. Nesse sentido, 2024 sofreu muito das consequências da greve, porém, foi uma etapa importante na luta pelos direitos dos artistas e, agora, ao que parece, estamos voltando à normalidade. Séries postergadas foram lançadas e o Emmy voltou a ser transmitido em Setembro, como ocorre anualmente. Contudo, muitos dos seriados que estavam em produção tiveram um atraso, afetando muito a última temporada. A lista anual de melhores séries do Persona reflete um pouco o panorama geral da Televisão nesse período, com apenas 23 produções sendo selecionadas, menos da metade do ano anterior. 

Dentre as indicadas, há um equilíbrio muito grande, com as duas mais mencionadas sendo a animação Arcane e a minissérie britânica Bebê Rena, ambas com quatro votos. Logo em seguida vem a adaptação do romance One Day (3) e um empate quíntuplo entre Heartstopper, Agatha All Along, House of the Dragon, Abbot Elementary e De volta aos 15, que receberam duas menções.

Na disputa entre os streamings, a Netflix se destaca com dez aparições. Em segundo lugar vem a Max (3) e empatados em terceiro lugar estão o Disney+ e o Prime Video (2). Não é novidade que as produções dos Estados Unidos são a maioria, mas devido à greve em Hollywood, o ano de 2024 teve uma diversidade maior de países. Nesse contexto, o Brasil se sobressai com três menções, dentre elas, Senna e a terceira temporada de De Volta aos 15. Contudo, ainda há espaço para duas obras japonesas e uma inglesa.

Algo que chama muito a atenção na lista é a ausência de Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, vencedora do Emmy de melhor série dramática. Além disso, alguns seriados consagrados também ficaram de fora, como What We Do in the Shadows e Only Murders on the Building. Dentre as 21 indicadas, 13 são estreantes, sendo apenas oito já conhecidas pelo público. Abaixo você pode ver como ficou a nossa lista de melhores de 2024, selecionadas pelos membros da nossa Editoria.

Continue lendo “As Melhores Séries de 2024”