Godzilla Minus One é uma carta de amor aos fãs do universo do Kaiju

Cena do filme Godzilla: Minus One. A personagem Noriko, branca, de olhos castanhos e cabelo preto liso, ao caminho do trabalho em um trem, encara a criatura, que se assemelha a um lagarto que caminha em duas patas, pelo reflexo da janela.
O longa se destaca pelo seu foco nos dramas do pós-guerra e no terror dos ataques do Godzilla (Foto: Toho Company)

Flora Vieira e Nathan Sampaio

Indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, Godzilla Minus One é a nova empreitada da produtora Toho para a franquia do monstro radioativo, entre nós desde 1954. Escrito e dirigido por Takashi Yamazaki, também responsável pelo CGI, o filme teve um orçamento calculado que varia de US$ 10 a 15 milhões. Seu primo americano, lançado em 2014 e considerado o reboot da franquia em terras ocidentais, em comparação, custou US$ 160 milhões.

Sua indicação não é à toa. Com um pequeno orçamento e uma equipe reduzida, os efeitos alcançam um primor técnico invejável a qualquer blockbuster produzido pelos Estados Unidos, num triunfo alcançado pelo diretor outras vezes, como em Lupin III: The First (2019). Competindo com o novo Missão Impossível – Acerto de Contas Parte 1 e Guardiões da Galáxia Vol. 3, ambos com orçamentos que beiram os US$ 200 milhões, o longa faz história na categoria e tem boas chances de vitória.

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Entre erros e acertos, Elementos tenta manter a fórmula através de um romance

Cena do filme Elementos. A imagem apresenta em primeiro plano as personagens principais da história, Faísca, uma chama com aparência humanizada feminina, de cor laranja vibrante com tons amarelos e vermelhos, cabelo que se assemelha a uma labareda, olhos com íris na cor âmbar, sobrancelhas, nariz em pé e que veste uma roupa preta com detalhes dourados. Ela estica a mão em direção a mão de gota, uma gota de água humanizada, com o corpo azul quase transparente, olhos azuis claros e um sorriso sutil no rosto, que veste uma camiseta lilás com listras brancas na manga. Enquanto ele a encara sereno, ela parece preocupada. Atrás deles, é possível ver a cidade Elemento, sede do filme, pela qual se espelham prédios altos, alguns azuis (do elemento água), alguns mais esverdeados (do elemento terra), além de um lindo lago com cristais coloridos.
Com um visual estonteante, digno de encher os olhos do espectador, Elementos cativa muito mais no que se vê do que se lê na história (Foto: Disney+)

Aryadne Xavier

Ao lançar Toy Story 1 em 1995, a Pixar foi muito além da proeza de fabricar o primeiro filme de animação longa-metragem totalmente produzido em um computador. Após quase 30 anos, o longa segue sendo um dos maiores clássicos do Cinema e um marco em toda uma geração que cresceu assistindo aos desenhos do estúdio. Anos e sucessos de bilheteria depois, a fórmula do sucesso pode ser descrita, de maneira simplória, como um casamento entre a inovação visual e a profundidade de suas histórias. Indo além de apenas um show técnico, as jornadas de seus personagens sempre foram cativantes e relacionáveis com o público, trazendo aquilo que era contado na tela próximo de quem assistia, emocionando e conectando com multidões.

Com o tempo, a técnica foi se transformando, deixando de focar em apenas uma jornada e ambicionando a criação de um universo inteiro em duas horas de produto final em que, entre erros e acertos, muitas coisas poderiam ser pontuadas. Talvez o maior sucesso nessa lógica tenha sido Divertida Mente (2015), acompanhando de perto a mente da pequena Riley.  Tentando replicar o mesmo método de sucesso em Elementos, o estúdio foi pego então pela sua maior armadilha: a balança desigual entre técnica e humanidade. E na tentativa de conciliar os gráficos e a química impecável por trás do seu visual, o filme peca ao deixar de lado sua premissa original em prol de um romance que brilha aos olhos e até emociona, mas não leva muito ao coração.

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Segredos de Um Escândalo prova que a Arte não passa a história a limpo

No Oscar 2024, May December concorre à categoria de Melhor Roteiro Original (Foto: Diamond Films)

Vitória Gomez

Pode a Arte imitar a realidade sem se basear nela? Pode a vida de alguém virar arte se não houver autorização? Todd Haynes prova que sim. Tão melodramático quanto bem-humorado, Segredos de Um Escândalo, inspirado em uma história real, mostra que o papel da arte não é necessariamente passar as coisas a limpo. Do contrário, a obra disseca os restos do que um dia foi um escândalo, reimaginando os ecos reais dele muito tempo depois que os noticiários se esqueceram. 

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Em Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, Tom Cruise é o agente que o Cinema precisa

Foto de cena do filme. Os 4 personagens principais da franquia estão sentados em um barco de cor laranja. É pôr do sol, o céu está todo alaranjado. No canto direito da foto está o ator Tom Cruise, é o único personagem com foco na foto. Ele é um homem de 60 anos, de pele clara e cabelo liso na cor escura. Ele veste uma jaqueta de couro preta que está aberta revelando que usa uma camisa também na cor preta. Atrás dele, está Rebecca Ferguson. Ela é uma mulher sueca na faixa dos 40 anos, tem pele clara e cabelos loiros. Ela veste um casaco na cor vinho, por dentro uma camisa de botões na cor cinza. Em seguida, está Ving Rhames, ele é um homem negro na faixa dos 60 anos, veste uma jaqueta preta e está com todas peças de roupa na cor preta, inclusive usa uma touca na cabeça também desta cor. Do lado esquerdo, dirigindo o barco, está Simon Pegg, homem branco de cabelo liso, com barba e cabelo ruivos.
O orçamento de Missão: Impossível 7 foi de US$290 milhões, o mais caro de toda franquia (Foto: Paramount Pictures)

Davi Marcelgo

Ex-espiões que se voltaram contra organizações, agentes duplos, traficantes de armas, bombas nucleares e risco biológico. Ethan Hunt (Tom Cruise) enfrentou todo tipo de perigo desde que a história se iniciou em 1996, mas nem ele nem o público estavam prontos para a missão do sétimo filme da franquia: deter uma Inteligência Artificial. 

Na trama de Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, uma IA chamada Entidade desenvolveu consciência e desapareceu sem deixar pistas. Sabendo do poder furtivo da máquina, várias nações iniciam uma corrida para encontrar duas chaves que, juntas, podem controlar a arma. O rebelde Ethan Hunt e sua equipe nadam contra a corrente para impedir que esse poder caia em mãos erradas, ao mesmo tempo que precisam lidar com as armadilhas da tecnologia.

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