5 anos depois, Com Amor, Simon permanece necessário às gerações atuais

Cena do filme Com Amor, Simon. Nela, observa-se o personagem Simon sentado, segurando um garfo, com um moletom preto e uma jaqueta jeans com pelo bege.
Ambientado no típico Ensino Médio americano, Com Amor, Simon, inova ao abordar os anseios da juventude LGBTQIAP+ (Foto: 20th Century Studios)

Guilherme Machado Leal

Em Com Amor, Simon, filme lançado em 2018, baseado no livro Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, escrito por Becky Albertalli, a história retratada é a de um adolescente que guarda um segredo a sete chaves. Simon Spier (Nick Robinson) teme, ao revelar que é gay, ser discriminado pelos seus colegas de aula e, por isso, esconde sua orientação sexual. No entanto, em certo momento da história, o protagonista decide conversar com um outro garoto em um blog – com os codinomes Jacques e Blue, respectivamente –, dando espaço para conhecermos o íntimo do jovem.

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O amor não é óbvio é o retrato de um primeiro amor entre garotas

capa do livro O amor não é óbvio. No meio, em frente a um fundo rosa escuro, está a capa. A ilustração do livro, está em preto e branco, de duas garotas, no estilo colagem. A da direita tem o cabelo longo, liso e repicado, ela usa óculos redondos e está segurando um binóculo com as mãos. Ao lado dela está uma garota de cabelos curtos e lisos, vestida com uma jaqueta jeans cheia de bottons. Ainda, na parte superior, está o nome da autora e o do livro.
A capa de O amor não é óbvio, um dos principais romances lésbicos do país, também foi ilustrado pela talentosa autora Elayne Baeta (Foto: Editora Record)

Monique Marquesini

Da busca por registrar e contar histórias felizes de amor entre garotas, origina-se O amor não é óbvio. Publicada em 2019, a obra é a estreia da admirável autora baiana Elayne Baeta e marca o primeiro best-seller lésbico nacional a atingir a lista de mais vendidos do país. Anteriormente lançado em formato digital de forma independente, o romance  ganhou espaço na Literatura brasileira e foi lançado pela Editora Record, sob o selo Galera. A escritora, ilustradora e poeta só escreve sobre o que já sentiu no peito, e talvez por isso, suas narrativas sejam nada óbvias.

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Genera+ion trata do amadurecimento na língua da Geração Z

cena da série Generation, com todo o elenco principal da série: Chloe East, Uly Schlesinger, Nathanya Alexander, Haley Sanchez, Lukita Maxwell, Chase Sui Wonders, Justime Smith, e Sydney Mae Diaz. Todos olham na direção do espectador.
Genera+ion retrata um grupo de adolescentes que exploram suas relações e sexualidade enquanto se aproximam dos novos amigos (Foto: HBO Max)

Maju Rosa

Pesquise no Google: como dar à luz?”. É assim que somos apresentados ao caótico episódio piloto da série teen do HBO Max, Genera+ion (escrita dessa forma mesmo). Lançado em março de 2021 (e em junho, no Brasil), é uma aposta para captar o público jovem LGBTQIA+, e levá-lo para a fase que todos passamos em algum momento: os dramas adolescentes sobre dificuldades adolescentes – e que apenas os adolescentes entendem. E apesar de ter conquistado um espectador que se identificou com a história de Chester, interpretado por Justice Smith (também protagonista de Detetive Pikachu e The Get Down), e seus novos amigos, a produção não foi renovada pelo streaming.

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Com um olhar aconchegante, Crush é uma revolução espontânea dos jovens queer nas telas do cinema

Jovens abertamente queer, medos e um amor fofo preencheram a narrativa de Crush e o coração do telespectador (Foto: Hulu)

Monique Marquesini

Os romances adolescentes nas telas são como deliciosas histórias confortáveis, com seus clichês e casais. Na comédia romântica Crush, a narrativa é centrada em uma receita antiga: aquela em que a personagem busca atenção de sua suposta alma gêmea, quando, na verdade, seu amor está mais perto do que se imagina. Porém, seu grande diferencial é que somos transportados para as aventuras e amores do Ensino Médio ao lado de uma jovem queer.

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