O Apanhador no Campo de Centeio: a voz do jovem que nunca se cala

Cultuado livro de J.D. Salinger completa 70 anos em 2021; nova tradução chegou ao mercado editorial em 2019.

 

A imagem é uma foto da capa do livro O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger. Na capa, há o desenho de um cavalo vermelho, com uma lança atravessando o seu corpo. Na parte superior, acima do cavalo, há o título do livro, escrito em um fundo vermelho com uma fonte de cor amarela. Abaixo do cavalo, na parte inferior direita, sob um fundo branco, está o nome do autor em fonte de cor preta.
A mais recente edição brasileira foi publicada pela editora Todavia, em 2019, com tradução de Caetano Galindo e capa da 1ª edição (Foto: Reprodução)

Bruno Andrade

“Se você quer mesmo ouvir a história toda…” — então lá vai. Em 1951, um certo feito literário mudou os rumos da literatura produzida nos EUA e, posteriormente, na literatura mundial. Jerome David Salinger, veterano de guerra e já conhecido no cenário literário após a publicação de alguns contos, lançou O Apanhador no Campo de Centeio, livro que, em pouco tempo, se transformou em um clássico norte-americano, e que completa 70 anos no dia 16 de julho.

Continue lendo “O Apanhador no Campo de Centeio: a voz do jovem que nunca se cala”

Bom dia, Verônica: sangue se paga com sangue

Depois do sucesso de Bom dia, Verônica, Tainá Müller fará mais duas séries policiais (Foto: Reprodução)

Caroline Campos

Feminicídio, necrofilia, violência doméstica e golpes virtuais. É essa série de crimes que Ilana Casoy e Raphael Montes escolhem para desenvolver o mundo do sistema penal de Verônica Torres, escrivã na Delegacia de Homicídios da cidade de São Paulo. Bom dia, Verônica, o resultado final, foi lançado pela Darkside Books em 2016, quando seus autores ainda se escondiam sob o pseudônimo de Andrea Killmore. Identidades reveladas, não demorou muito para conseguirmos uma adaptação – e ela chegou em outubro de 2020, pelas mãos da Netflix.

Continue lendo “Bom dia, Verônica: sangue se paga com sangue”

Ninguém é cancelado no Território Lovecraft

Por mais que a publicação de Território Lovecraft seja recente, Matt Ruff revelou que essa ideia germina em sua mente desde os tempos da faculdade (Foto: Fright Like a Girl)

Vitor Evangelista

O termo cultura do cancelamento é tão novo quanto as pessoas que o levam a sério. Atribuído à atitudes consideradas erradas, o ato de cancelar alguém busca anular sua voz, e apagar quaisquer de suas contribuições. O que fazer, entretanto, quando o indivíduo digno de ser cancelado está morto há 83 anos? Para Matt Ruff, autor de Território Lovecraft, o certo é não fazer nada que se assemelhe ao cancelamento. Eis o impensável: ele raciocina e entende, adivinhem só, que nem tudo é simples como dois mais dois são quatro.

Continue lendo “Ninguém é cancelado no Território Lovecraft”